Marcado por um cenário triste e desafiador para muitas famílias, o ano de 2020 também se destacou por gerar um incremento da cultura de doação e da solidariedade. Em União da Vitória 73 famílias foram beneficiadas com a doação de cestas básicas pela parceria do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), com a Quarentena Solidária.
Para o juiz Carlos Mattioli, Coordenador do CEJUSC, a prioridade é de atender à comunidade local de uma forma efetiva e com empatia, amenizando desigualdades e combatendo dificuldades socioeconômicas existentes em nosso meio social. “Isso foi possível graças à criação da Rede de Ajuda CEJUSC/Coronavírus [RAC], juntamente com apoio da Quarentena Solidária, nessa mobilização do cartorário Mário e sua esposa Joelma”, explica.
A RAC atuou em parceria com Campanha Quarentena solidária, realizada por intermédio do Oficial Titular do 2º Registro de Imóveis, Mário Sílvio Cargnin Martins Filho, e de sua esposa Joelma Martins. Segundo o agente delegado, a campanha surgiu quando a pandemia da Covid-19 se instaurou, momento em que foi formulada a ideia de angariar alimentos, materiais de limpeza e higiene. Desta forma ele e sua esposa procuraram de imediato o Centro Judiciário para a organização da entrega destas doações.
Joelma, por sua vez, disse que após a divulgação das doações, ela foi contatada por várias amigas, as quais se voluntariaram para ajudar. Ela ressaltou que a campanha tomou uma proporção que não esperava inicialmente. “A aceitação foi tamanha que as doações puderam se estender a outras famílias necessitadas, chegando ao conhecimento de voluntários, bem como, algumas entidades de nossa cidade”, relata.
A promoção de diversas ‘lives’ – transmissões ao vivo por redes sociais – foram feitas com o intuito de aproximar as pessoas e multiplicar as arrecadações, segundo Joelma. Em números, a Quarentena Solidária foi responsável por doar cerca de 70 cestas básicas na parceria com o CEJUSC. Estas direcionadas para pessoas com necessidade extrema. Segundo o magistrado “há casos em que não é possível esperar sequer a formalização da entrega de alimentos pelo CRAS ou Assistência Social. Há falta de comida para o dia de hoje. São estes casos que priorizamos”, explica o juiz.
“A Campanha Quarentena Solidária surgiu no momento em que a pandemia do Covid-19 se instaurou. Eu e minha esposa tivemos a ideia de angariar doações de alimentos, materiais de limpeza e higiene”, relembra Mário Sílvio Cargnin Martins Filho. “Procurei o CEJUSC para que as doações fossem destinadas a famílias que ali viessem buscar o auxílio. Conseguimos, ao longo do ano de 2020, distribuir as cestas, contribuindo para amenizar a dificuldade de aproximadamente 300 pessoas”.
Apesar dos desafios decorrentes deste ano pandêmico o ano de 2020 foi bastante produtivo para o Poder Judiciário e demais colaboradores, segundo o magistrado coordenador do CEJUSC, Carlos Mattioli, foi possível colaborar com o sistema de assistência social dos municípios e com as pessoas que já tradicionalmente atuam com a caridade. O foco do CEJUSC não é o assistencialismo, mas o fomento da cidadania, para que as pessoas e a comunidade possam por meios próprios desenvolver. Contudo a pandemia agravou muito as desigualdades, o que nos levou a prestar um serviço apoio social também direto ao nosso público”, completa.