Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom
A Câmara de Vereadores de São José aprovou, na sessão dessa segunda-feira, 9, o Projeto de Lei (PL) que permite ao município integrar a rede do transporte coletivo metropolitano da Grande Florianópolis. Falta somente Palhoça decidir se vai aderir ao novo modelo.
“São José aprovou o projeto e ainda deu contribuições importantes. Um exemplo é a emenda que exige que a integração aconteça até 2021. Todos temos pressa para resolver esse problema, e a emenda vem reforçar e garantir que o processo não se prolongue ainda mais”, afirmou o superintendente da Suderf, Matheus Hoffmann.
O sistema de ônibus em São José atende 80 mil passageiros por dia, sendo que 14% das viagens ocorrem nas linhas municipais de São José e 85% das viagens nas intermunicipais. A rede metropolitana vai reforçar serviços municipais, facilitar acesso à região de Kobrasol/Campinas, rever itinerários – melhorar atendimento populacional e fazer a integração temporal no centro e os bairros.
Além de São José, outros municípios já aprovaram fazer parte do novo sistema de transporte metropolitano. São eles: Antônio Carlos, Águas Mornas, Biguaçu, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara.
Aprovação em Palhoça
A Câmara de Vereadores de Palhoça ainda precisa votar o PL que passa a competência das linhas municipais para a Suderf. Uma das discussões envolve a inclusão de Palhoça na Rede Integrada somente após a construção de corredores exclusivos de ônibus. Segundo Hoffmann, é preciso esclarecer que a integração não depende dos corredores. Eles estão previstos no Plano de Mobilidade Sustentável da Grande Florianópolis (Plamus), mas a implantação ocorrerá em outra etapa, já que o projeto depende de novas parcerias e contrapartida do Governo Federal por incluir trajetos em rodovias federais, como a BR-101 e a BR-282.
“Também trabalhamos para conseguir os corredores exclusivos. Agora, vamos fazer a integração do transporte, que é vantajosa para os usuários, acaba com concorrência entre linhas municipais e intermunicipais e evita que ônibus entrem desnecessariamente na Ilha. Só com isso, já há um ganho expressivo nos serviços”, salienta o superintendente.
Quem ganha é o usuário
Uma das maiores demandas do transporte coletivo na Grande Florianópolis é pela diminuição do tempo de deslocamento entre origem e destino. O projeto pretende atender esse anseio da população fazendo a reorganização da linhas, itinerários mais curtos, oferecendo tarifas justas e mais frequência de ônibus.
O usuário, por exemplo, que hoje utiliza a linha de Biguaçu para Palhoça, leva em média 53 minutos para chegar ao destino. Se precisar desembarcar no Bairro Kobrasol, em São José, ele tem três alternativas: descer na BR-101 e caminhar 1 quilômetro até o bairro, pegar outra linha de ônibus de Barreiros ao Kobrasol ou ir até o Ticen (Terminal de Integração do Centro), em Florianópolis, e pegar outro ônibus direto ao Kobrasol. Em todos casos o passageiro paga duas passagens do sistema intermunicipal.
Com a Rede Integrada o usuário pegará a linha Terminal Biguaçu-Kobrasol e irá direto ao destino, pagando apenas uma passagem. E o tempo de deslocamento será bem menor, em torno de 25 minutos.
Além da distância e do tempo menor, a Rede Integrada terá um único cartão de transporte, novos terminais de ônibus e contará com um modelo de gestão compartilhada entre as prefeituras dos municípios participantes e o Governo do Estado, através da Suderf.
O sistema metropolitano foi baseado no estudo realizado pela equipe do Observatório de Mobilidade Urbana da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), juntamente com a equipe técnica da Suderf e com o apoio do Comitê de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Coderf), que compreende a participação de todos os nove municípios da região.
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Fonte: Governo de SC