Rose de Freitas aponta irresponsabilidade e omissão no rompimento de barragens

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Em pronunciamento em Plenário, nesta terça-feira (14), a senadora Rose de Freitas (Pode-ES) disse que o rompimento de barragens no Brasil é fruto da “irresponsabilidade, ganância e incúria” com que esses empreendimentos são tratados no país.

Na condição de presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho, em curso no Senado, Rose de Freitas defendeu a adoção de novos critérios técnicos e de segurança na construção de barragens, além de investigação rigorosa, sem omissão do Congresso Nacional, para punição dos responsáveis pelo rompimento das barragens.

A senadora lembrou que, até o momento, 240 corpos já foram identificados na tragédia ocorrida no rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG), ocorrida em janeiro último, embora ainda existam 30 desaparecidos, além dos prejuízos ambientais e econômicos.

Rose de Freitas ressaltou expedição recente da Fundação SOS Mata Atlântica, segundo a qual não há mais condições de vida aquática em mais de 300 quilômetros do rio Paraopeba. Cálculos do Ibama apontam ainda que o rompimento da barragem de Brumadinho devastou 173 hectares de vegetação nativa e 70 hectares de proteção permanente ao longo dos cursos d’água do município.

— Áreas agricultáveis foram afetadas, e as lavouras, destruídas. A pecuária sofreu danos com a perda de animais. O comércio sentiu o prejuízo de todos os estragos provocados pela tragédia. O setor hoteleiro municipal, que vinha crescendo, foi o que mais sofreu — afirmou.

A senadora destacou ainda que a Vale perdeu mais de R$ 70 bilhões em valor de mercado logo após a tragédia de Brumadinho, o que gerou a maior perda de mercado de ações brasileiro em apenas um dia.

— Desde o desastre de Mariana, em 2015, tentam nos fazer crer que tudo não passou de acidente, e essa insensibilidade nos deixa estarrecidos. Não foi mero acidente. Episódios com essa dimensão não ocorrem da noite para o dia nem por acaso. Continuamos correndo risco de novas tragédias. As evidências são fortes de que a Vale e órgãos governamentais já teriam conhecimento dos problemas da barragem de Brumadinho — concluiu.


Source: Senado

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