Estado realiza ações de recuperação na bacia do Rio Iguaçu

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O Governo do Paraná e a Itaipu Binacional vão atuar juntos em ações de educação ambiental, dentro do programa de revitalização do Rio Iguaçu. O Estado vai utilizar a metodologia do programa Cultivando Água Boa, da Itaipu, que conscientiza indivíduos para o cuidado e o respeito ao meio ambiente. Inicialmente, as ações envolverão 49 municípios lindeiros.

O anúncio foi feito nesta terça-feira, 8, no Palácio Iguaçu. Durante solenidade com o governador Beto Richa foram apresentados os resultados do trabalho de revitalização do Rio Iguaçu desde a criação do programa, em 2015. Participaram o diretor-geral da Itaipu, Luiz Fernando Vianna, e a vice-governadora Cida Borghetti, que coordena o comitê de revitalização do rio.

Será aplicada metodologia do programa Cultivando Água Boa para intensificar a educação ambiental em 49 municípios. Anúncio foi feito durante encontro em que foram apresentados o trabalho realizado, em dois anos, pelo Programa de Revitalização do Rio Iguaçu.

 

Projeto de recuperação

Desenvolvido desde 2003 na Bacia do Rio Paraná, onde está instalada a Hidrelétrica de Itaipu, o programa Cultivando Água Boa inclui ações como a recuperação de microbacias, proteção das matas ciliares e projetos de educação ambiental que envolvem escolas, ONGs, prefeituras e grupos da sociedade civil.

A bacia do Rio Iguaçu é a maior do Paraná, com 1.320 quilômetros de extensão e abrange 113 municípios. Além de ser utilizado para a agricultura, abastecimento de água, o rio é também responsável por 70% da energia gerada pela Copel. “Os cuidados preconizados pelo Cultivando Água Boa podem ser replicados no projeto do Rio Iguaçu. São ações educativas voltadas à conscientização da população com relação ao esgoto e os cuidados com as águas fluviais”, salientou o diretor-geral da Itaipu.

Para o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antonio Carlos Bonetti, a educação ambiental é imprescindível para que a preservação do rio se mantenha ao longo dos anos. “Toda a ação de recuperação é válida, mas precisamos fazer com que as pessoas não contaminem os rios. Precisamos ter a consciência de que toda a conservação é necessária, do solo, das matas e das nascentes, para que rios grandes, como o Iguaçu, não sejam contaminados”, explicou.

 

Ações já desenvolvidas

Em pouco mais de dois anos, 400 mil mudas de árvores nativas foram plantadas nas três bacias que compõem o rio – Alto, Médio e Baixo Iguaçu. Também foram estabelecidos 600 pontos de monitoramento da qualidade da água ao longo da extensão do rio e recolhidos 500 mil toneladas de lixo do Rio Pequeno, um dos afluentes do Iguaçu, localizado em São José dos Pinhais.

As ações do comitê gestor incluíram, ainda, a soltura de 3 milhões de alevinos nas águas do Médio Iguaçu e o cercamento de 800 quilômetros de áreas para preservação. “Com tudo isso, o Rio Iguaçu ganha vida nova. Alguns trechos já foram repovoados com peixes nativos e muitos lugares estão aptos para a navegação”, afirmou o coordenador operacional do comitê de revitalização, Mário Celso Cunha.

“E agora trazemos a experiência do Cultivando Água Boa, premiada internacionalmente, para fazer com que a comunidade participe, trazendo as escolas, grupos de escoteiros e ONGs nesse trabalho de conscientização”, salientou.

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