Vendas do Dia das Crianças tem crescimento

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Última grande festa comemorativa antes do Natal, o Dia das Crianças não deve passar despercebido pelos brasileiros. Mesmo em meio a um cenário econômico desafiador, com alto índice de desemprego e renda achatada, 73% dos consumidores devem ir às compras este ano. É o que revela pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais. No ano passado, 66% compraram presentes na data. Para 2019, a expectativa é de que o varejo movimente aproximadamente R$ 10,3 bilhões.

Apesar dos números expressivos, o levantamento aponta que a maioria dos entrevistados pretende tomar cuidado com as despesas. No total, cada consumidor vai desembolsar, em média, R$ 198,79 com presentes — quantia muito próxima ao previsto ano passado, que foi de R$ 186,92. Entre os presentados estão filhos (48%), sobrinhos (38%), afilhados (18%) e netos (15%).

A reportagem do Jornal O Iguassú entrou em contato com algumas empresas das cidades para saber como estava a expectativa de vendas. Nas lojas da Casa Estrela na quarta e quinta-feira houve atendimento com horário diferenciado, sendo na quinta-feira atendimento até às 19h e na sexta-feira, véspera do feriado, as lojas ficaram até às 20h. Segundo um dos proprietários Tiago Iwamko, “A expectativa de crescimento é de 3% nas vendas e o valor médio de compra de 120,00 reais”, destaca. Segundo ele “os principais brinquedos procurados são Boneco Luccas Neto e personagens Toy Story”, afirma.

Na Loja Havan, segundo informações do gerente Michelangelo essa semana as vendas aumentaram em 30%. “Os produtos procurados vão de bonecas até celulares. Mas temos opções para todos os bolsos, mas o que está tendo mais saída são os brinquedos de rodas (triciclos, bicicletas, motos)”, comenta.

Mas de forma geral Em União da Vitória e Porto União segundo repassou a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) o crescimento esperado é de 6% nas vendas em relação a 2018. E a média de compra está por volta de 206,00 reais, um aumento de 8% em relação ao ano passado. Lembrando que neste sábado as lojas não devem abrir devido ao feriado nacional e a CDL não estará atendendo.

Na média nacional um terço dos entrevistados pela CNDL, (33%) planeja adquirir dois presentes, enquanto 25% somente um. No geral, os consumidores vão adquirir cerca de dois presentes. Quanto aos produtos mais procurados no Dia das Crianças estão as bonecas e os bonecos (45%), as roupas e os calçados (33%), os jogos de tabuleiro (26%), além dos carrinhos e aviões de brinquedo (18%). “Os dados de intenção de compra servem de termômetro para o fim de ano, ao trazer as primeiras impressões do que deve acontecer no Natal, principalmente em um momento em que muitos brasileiros estão sentindo os efeitos de um mercado de trabalho retraído e de uma economia que tem demorado a engrenar”, analisa o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Mais gastos

Embora medidas recentes, como a liberação de recursos do FGTS, possam vir a estimular positivamente o comércio nos próximos meses, a pesquisa indica que a maior parte dos entrevistados (39%) espera gastar a mesma quantia em relação ao ano passado. Outros 24% vão gastar menos e 21% têm intenção de desembolsar mais. A principal razão para que haja um freio no consumo daqueles que pretendem gastar menos este ano deve-se ao orçamento apertado (33%), enquanto 28% desejam economizar, 15% têm intenção de pagar dívidas em atraso e 13% se veem impossibilitados de comprar por estarem desempregados.

Considerando as formas de pagamento mais utilizadas, 78% pretendem pagar à vista, especialmente em dinheiro (53%), e no cartão de débito (26%). Ao mesmo tempo, 36% devem optar pelo parcelamento, sobretudo no cartão de crédito (32%). Desses, a média estimada ficará entre três e quatro prestações — ou seja, quem preferir dividir as compras acabará pagando pelos presentes, pelo menos, até janeiro de 2020.

O lugar preferido dos consumidores para fazer suas compras são os shopping centers (45%), embora 39% optem pela internet, o que proporciona comodidade em pesquisar e encontrar seus presentes. Já 32% mencionaram que buscarão o tradicional comércio de rua. Mesmo com a inflação em patamares baixos, 52% dos entrevistados avaliam que os preços dos produtos para crianças estão mais caros do que em 2018. Para 40%, os preços estão na mesma faixa e apenam 5% dizem estar mais baratos.

77% planejam pesquisar preços antes de comprar e 65% dos inadimplentes que devem ir às compras estão com o nome sujo

O estudo aponta ainda que quase oito em cada dez consumidores (77%) pretendem pesquisar preços antes de comprar. Entre esses, a grande maioria (71%) utilizará a internet para obter informações dos produtos, enquanto 49% preferem percorrer as lojas de shopping, 46% as lojas de rua e 19% os supermercados. Entre os que adotam a prática da comparação pela internet, o meio de pesquisa que mais costumam utilizar são os sites e aplicativos de busca (70%). Também há os que recorrem aos portais e aplicativos de comparação de preços (51%), aos sites de varejistas (48%) e aos sites e apps de ofertas (21%).

Para a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os consumidores precisam avaliar antes de ir às compras se o orçamento permite fazer novos gastos e qual a melhor forma de pagamento. “Aqueles que estão com as contas em dia, vale tentar um desconto e pagar à vista. Já os que estão com muitas dívidas, o ideal é concentrar esforços para quitá-las e evitar contrair novas dívidas”, recomenda.

A gerente de Planejamento Estratégico da Abrasce, Gabriella Oliveira, disse que “a inflação controlada, que contribui para o aumento do poder de compra das famílias; a variação positiva do volume de empregos, mesmo que ainda discreta; e um maior volume de crédito afetam positivamente a decisão de consumo”. Além desses fatores, Gabriella lembrou que os eventos promovidos pelo setor têm efeito positivo sobre o fluxo de visitantes, o que reforça a expectativa de alta de 6% nas vendas.

De acordo com a Abrasce, brinquedos, vestuário e calçados continuam sendo os principais itens comercializados no Dia das Crianças, com previsão de expansão de 92%, 54% e 38%, respectivamente. Entre as opções de lazer e entretenimento, o destaque é o cinema, com 81% de procura pelo público, e praça de alimentação, 79%. Confirmando a expectativa positiva, a Abrasce estima que o gasto médio vai oscilar entre R$ 100 e R$ 200.

Os empreendimentos esperam também elevação das vendas de itens de informática, cultura (livros, CDs e DVDs) e telefonia, que poderão atingir 31%, 17% e 27%, respectivamente.

Cuidados

O Instituto de Metrologia (Imetro)  de Santa Catarina alerta sobre a segurança dos presentes. Para saber se um brinquedo atende a todas as normas de qualidade exigidas por lei, ele precisa conter um selo do Inmetro.

A certificação de brinquedos é obrigatória no Brasil. Seja nacional, seja importado, o brinquedo para crianças de até 14 anos deve conter a Identificação da Conformidade.

Para garantir que os brinquedos que estão sendo vendidos em Santa Catarina estejam dentro da legislação, o Imetro vistoriou 14.947 itens em lojas do Norte do Estado, do Oeste e do Planalto Serrano. Com 77 ações das equipes de fiscalização, 60 brinquedos foram reprovados e apreendidos.

A finalidade foi retirar do mercado produtos não conformes com a regulamentação de segurança, que possam causar acidentes de consumo nas crianças, tais como ingestão de peças pequenas, cortes, perfurações e intoxicações. A operação especial de qualidade foi durante os primeiros sete dias de outubro.

“O objetivo do Imetro nesta operação foi conferir mais segurança nos artigos infantis e seus usuários”, destaca o presidente do Imetro de SC, Rudinei Floriano.

FIQUE DE OLHO

– O selo Inmetro é a evidência de que o produto passou por diversos critérios de segurança exigidos pelo regulamento. Ele deve possuir informações como faixa etária, alerta sobre composição e riscos como bordas cortantes e partes pequenas que podem ser engolidas ou inaladas.

– O selo Inmetro assegura que o produto passou por testes feitos em laboratórios acreditados pelo Inmetro para avaliar os principais itens de segurança como: impacto e queda (pontas cortantes e agudas); mordida (partes pequenas que podem ser levadas à boca); composição química (metais nocivos à saúde); inflamabilidade (risco de combustão em contato com o fogo); e ruído (níveis acima dos limites estabelecidos pela legislação).

Além dos brinquedos, o Inmetro regulamenta compulsoriamente diversos itens voltados ao público infantil: cadeirinhas de automóvel, mamadeiras, chupetas, carrinhos de bebê, cadeira alta para alimentação e berços são alguns produtos já certificados, e que só podem ser comercializados com selo de identificação da conformidade.

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