A Triagem Auditiva Neonatal, também conhecida como Teste da Orelhinha, é de extrema importância para a detecção de problemas auditivos em recém-nascidos. O teste é uma forma de diagnóstico precoce. Quanto antes for feita a estimulação do bebê, maiores as chances de recuperação.
O exame é pouco invasivo, com a introdução de um fone no conduto auditivo da criança e a realização de um estímulo sonoro. O aparelho faz a leitura da resposta das células da cóclea, localizada na região do ouvido interno e responsável pela função auditiva. Dessa forma, é possível identificar alterações.
“O Sistema Nervoso Central apresenta grande plasticidade quando precocemente estimulado, principalmente até os dois meses de idade, permitindo o aumento de conexões nervosas e possibilitando melhores resultados na reabilitação auditiva e desenvolvimento de linguagem de crianças acometidas pela deficiência auditiva”, explica Jefferson Pitelli, otorrinolaringologista do Hospital Anchieta de Brasília.
Pitelli lembra ainda que, caso algo seja detectado no Teste da Orelhinha, não necessariamente significa que há problemas auditivos. “Outros exames de maior complexidade terão de fazer parte da investigação diagnóstica”, conclui.
Há cerca de um ano, a filha da coordenadora de Comunicação, Nara Lima, fez o teste ainda na maternidade. “O teste foi super rápido e sabemos da importância que ele tem. Todos os resultados foram conforme o previsto pelo protocolo. Ficamos felizes que não precisamos refazê-lo depois de algum tempo”, conta Nara.
A deficiência auditiva pode ter fatores hereditários ou etiologias adquiridas, como infecções neonatais e durante a gravidez. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-2019), 1,1% da população brasileira tem algum grau de deficiência auditiva (surdez), número que representa 2,2 milhões de pessoas.
Importância da audição
A audição é fundamental para o desenvolvimento da fala, da linguagem e da aprendizagem. Por meio desse sentido, as crianças podem desenvolver a vocalização, descobrir o significado das palavras e aprender a construir frases.
“A capacidade auditiva também influencia nas habilidades de comunicação e linguagem ao longo da vida. Dessa forma, alterações auditivas podem comprometer essas habilidades e, consequentemente, o aprendizado”, destaca Pitelli.
Fonte: Site Barra
Foto: Lia de Paula / Agência Senado