RFCC de União da Vitória é uma das beneficiadas pela Nota Paraná

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Os créditos e sorteios do programa Nota Paraná ajudam a salvar vidas, colaborando com a manutenção de instituições de combate e prevenção ao câncer no Estado. Desde março de 2016 até setembro deste ano, R$ 13,8 milhões foram repassados a 16 instituições que dão apoio a pacientes e atuam no combate e prevenção à doença no Paraná.

O programa foi criado em 2015 com o objetivo de combater a sonegação de impostos e ampliar a arrecadação do Estado. No ano seguinte, o Nota Paraná passou a beneficiar entidades sociais, que recebem doações de notas fiscais de pessoas físicas e jurídicas e têm acesso aos créditos e sorteios do programa.

Desde então, já foram repassados R$ 151,8 milhões para 1.348 instituições cadastradas, uma média de R$ 112,6 mil por mês. São entidades das áreas de assistência social, saúde, cultura, esporte e defesa e proteção animal.

“O Governo do Paraná cumpre um papel social importante ao permitir que as entidades sem fins lucrativos recebam os créditos dos consumidores que não desejam informar o CPF na nota”, afirma a coordenadora do Nota Paraná, Marta Gambini. “Além de pacientes com câncer, esses valores têm contribuído para a qualidade de vidas de pessoas com deficiência, em situação de vulnerabilidade, animais abandonados e participantes de projetos de esporte e cultura”, destaca.

Uma das entidades apoiadas é a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Maringá, que participa do programa desde o início. Em média, R$ 40 mil são repassados mensalmente pela Secretaria de Estado da Fazenda através do programa. O valor cobre 40% do custo mensal da organização. A instituição espalhou 500 urnas em empresas e estabelecimentos comerciais para arrecadar as notas fiscais.

De acordo com a gestora institucional da entidade, Janaina Montovani, é esse valor que tem suprido as necessidades básicas da entidade, que já arrecadou R$ 1,7 milhão desde 2016. “O valor arrecadado desde o início é de grande importância para o cumprimento da missão da instituição, que é prover qualidade de vida da mulher em tratamento”, disse ela.

A Rede Feminina presta atendimento mensal a 283 pessoas, todos moradores de Maringá e Sarandi. Entre as vagas disponíveis, 206 são para mulheres e homens adultos e 45 para crianças e adolescentes.

Além dessas vagas, a instituição fornece medicamentos que não são fornecidos pelo SUS, fraldas e apoio psicológico aos pacientes. A rede conta com uma casa de apoio, com capacidade de atender até 32 pessoas, onde são disponibilizadas hospedagens, alimentação e transporte.

AMIGAS DA MAMA

A Associação Amigas da Mama, de Curitiba, conta com mais de 200 voluntárias. A entidade já recebeu mais de R$ 1,4 milhão em créditos do Nota Paraná. A Associação gasta em média R$ 6 mil por mês.

A entidade oferece empréstimos de perucas, doação de lenços, porta-dreno, prótese mamária externa, apoio psicológico, artesanato, orientação jurídica, drenagem linfática dos membros com linfedema, meditação e auriculoterapia. A presidente Macarcy Engelbert disse que os créditos do Nota Paraná trazem um alento, “é uma ajuda que a gente sabe que pode contar. Caso aconteça um imprevisto, teremos esse dinheiro”.

Hoje, a sede da Associação é locada, porém, a intenção é que com os créditos a instituição possa adquirir um local próprio que comporte as demandas e as necessidades do projeto. O projeto atendeu 5 mil pessoas em 2018, 329 mulheres que descobriram o câncer de mama procuraram a entidade

RFCC União da Vitória

A Rede Feminina de Combate ao Câncer de União da Vitória está cadastrada desde o início do Nota Paraná e arrecadou R$ 364 mil até setembro. A manutenção da entidade gira em torno de R$ 20 mil a R$ 25 mil por mês e o valor repassado mensalmente cobre um terço dos custos da instituição. Esse dinheiro ajuda na folha de pagamento, devido à dificuldade na captação dos recursos. A Presidente da Rede, Márcia Regina Martins, falou sobre a importância dos repasses de créditos para a instituição, ao destacar a incrível diferença que o Nota Paraná faz para a instituição. “O programa é um auxílio necessário”, destaca.

A rede atende 350 pessoas por mês, conta com são 1.872 pessoas cadastradas, entre mulheres e homens em tratamento. A instituição oferece aos pacientes atendimentos com assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeuta e nutricionista, incluindo visitas domiciliares de profissionais de serviço social.

Além dos atendimentos, também são feitas doações de próteses de silicone externa e sutiãs para mulheres que fizeram mastectomia, empréstimos de muletas, bengalas, cadeira de rodas, cadeiras de banho e camas hospitalares.

A entidade conta também com um grupo de fortalecimento de vínculo e faz dinâmicas em grupos para estimular os pacientes, além de oferecer aulas de ioga, dança circular e oficinas de culinária, que acontecem em um espaço cedido por uma igreja.

Para dar conta dos atendimentos, além do recurso obtido pelo Nota Paraná a entidade conta também com uma marca própria, a Rosa Chic, que customiza peças de roupas usadas e vendem por um valor maior. O trabalho é feito por voluntários e pelos próprios pacientes, que também ficam com uma parte do que é arrecadado com a venda.

Calças que não podem ser recuperadas são transformadas em outros objetos, como lixos para carro, aventais ou jogos americanos. Os pacientes e voluntários fazem também outros trabalhos artesanais, como pinturas em MDF, ponto cruz e crochê. (Com informações da AEN)

A Rede

Como missão a Rede Feminina de Combate ao Câncer de União da Vitória busca contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes oncológicos e de seus familiares nas cidades de União da Vitória e Porto União, por meio do acolhimento, apoio e suporte, com foco na humanização do tratamento e na prevenção precoce.

A sua visão é atuar com excelência na prevenção e enfrentamento do câncer, mantendo a qualidade de vida dos pacientes e familiares, influenciando nas políticas públicas de saúde. Sendo uma instituição de caráter privado, sem fins econômicos, de finalidade social e filantrópica. É formada por uma Diretoria Executiva, Conselho Fiscal, Assembleia Geral e diversos setores.

1960

A Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) foi criada na década de 60 por Clarice Manfroni e Anete Stefani, e até 1990 arrecadava dinheiro que era remetido ao Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba – PR, com o objetivo de auxiliar no tratamento de doentes encaminhados desta região.

1997

No dia 03 de julho de 1997 foi reativada, com o objetivo de sensibilizar e mobilizar a comunidade de Porto União da Vitória para a construção da Unidade Oncológica na região, junto ao Hospital São Braz. Em 13 de junho de 2000 foi inaugurada sua sede própria à Rua Coronel João Gualberto, n.º 300, no Centro de União da Vitória, denominada “Casa Bebel”, em homenagem à enfermeira Izabel Carvalho Martins, que dedicou sua vida auxiliando doentes carentes portadores de câncer de nossas cidades.

2003

A Rede Feminina de Combate ao Câncer foi declarada de Utilidade Pública Municipal em União da Vitória pela Lei n.º 2827/2001. Em Porto União, a Rede Feminina de Combate ao Câncer foi oficialmente fundada no dia 23 de outubro de 2003, com a presidente nacional da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Sra. Sônia Maria Silveira Mastella e declarada de Utilidade Pública Municipal pela lei n.º 008/2004 de 23 de junho de 2004. (Com informações da RFCC)

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