Aconteceu na Semana Passada
A semana passou com altos e baixos nos mercados financeiros, e os investidores tiveram muito a acompanhar tanto em âmbito global quanto local. A instabilidade começou logo no início, com o Ibovespa mostrando otimismo ao superar os 122 mil pontos, mas logo se estabilizando com uma leve queda de -0,02% ao final da semana.
Os olhares dos investidores estavam voltados para as decisões de juros dos principais bancos centrais dos mercados desenvolvidos. O Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, elevou os juros em 0,25 ponto percentual, chegando ao intervalo entre 5,25% e 5,5%. Apesar disso, o time de Economia XP acredita que essa foi a última alta do ciclo, pois houve melhorias significativas na dinâmica da inflação. Já o Banco Central Europeu (BCE) também aumentou suas taxas de juros em 0,25 ponto percentual, mas ao contrário do Fed, é esperado que o BCE faça mais um aumento antes de encerrar o ciclo de aperto, devido à persistente inflação na economia europeia. Por fim, o Banco Central do Japão (BoJ) manteve suas taxas inalteradas, mas chamou a atenção ao mostrar maior flexibilidade na política de controle da curva de juros, o que afetou as taxas de juros longas globalmente.
Nos EUA
Alguns indicadores relevantes mostraram uma economia em bom momento: o crescimento da economia americana no segundo trimestre foi de 2,4% t/t, superando as expectativas do mercado. Além disso, o indicador favorito do Fed, a inflação PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, desacelerou para 4,1% em junho, indicando uma tendência de acomodação na inflação.
A temporada de resultados corporativos nos EUA também surpreendeu positivamente, com mais de 81% das empresas do S&P 500 superando as expectativas de lucros. Com a inflação desacelerando e a economia mostrando resiliência, os índices americanos tiveram uma semana positiva.
Na China
Teve destaque ao anunciar um amplo pacote de incentivos voltados ao consumidor e apoio ao setor imobiliário, o que impulsionou as bolsas chinesas. As principais empresas de tecnologia também receberam acenos positivos do governo chinês, sinalizando uma possível reversão da intervenção governamental no setor.
No Brasil
Os indicadores econômicos também foram relevantes. A deflação mensal do IPCA-15 em julho surpreendeu ao cair 0,07% m/m, e as expectativas de um corte maior na taxa Selic aumentaram. A agência Fitch elevou a classificação de crédito do Brasil para BB, refletindo melhorias na economia e na política fiscal, mas ainda mantendo o país em grau especulativo.
Na esfera empresarial, os resultados do 2º trimestre ainda estão sendo divulgados, e, até o momento, mostram forte queda de lucros, especialmente por parte da Vale (VALE3).
Dólar e Juros
O dólar fechou a semana em queda de -1,05% em relação ao real, enquanto os juros futuros ficaram próximos da estabilidade em relação à semana anterior.
O que esperar para essa semana?
Na economia global, diversos indicadores importantes de atividade econômica serão divulgados, além da expectativa em torno do relatório de emprego dos Estados Unidos. No Brasil, o destaque será a decisão do Copom, onde se espera o início do ciclo de cortes na taxa Selic.
Os investidores devem estar atentos aos dados econômicos e resultados trimestrais corporativos, pois eles podem trazer volatilidade aos mercados. O momento exige cautela e análise cuidadosa das tendências para tomar decisões sólidas e bem fundamentadas no cenário econômico atual.
FONTE: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/ibovespa-fecha-a-semana-em-leve-queda-de-002-em-semana-carregada-de-indicadores-globais/
Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
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