Resumo da semana 24-03 a 30-03

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Panorama de Mercado

Destaques Econômicos no Brasil: Copom Cauteloso e Medidas Fiscais

No cenário nacional, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou a cautela diante do aumento das incertezas, projetando uma possível taxa Selic para 9,00% até o final de 2024. Além disso, o governo formalizou propostas relacionadas ao Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos (Perse) e à desoneração da previdência para os municípios. Essas medidas, se aprovadas, podem impactar significativamente o resultado primário do país.

Indicadores Econômicos: Inflação e Mercado de Trabalho

No Brasil, o IPCA-15 de março refletiu uma composição desafiadora, com inflação acima do esperado, a inflação avançou 0,36% no mês. A variação acumulada em 12 meses recuou para 4,14%

No mercado de trabalho, o Brasil apresentou uma criação líquida de empregos consideravelmente acima das previsões em fevereiro, 306,1 mil empregos em fevereiro. destacando a robustez do setor. Entretanto, a taxa de desemprego subiu, evidenciando desafios contínuos.

Economia Global: Fed Cauteloso e Fortalecimento do Dólar

Na última semana, os membros do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos mantiveram uma postura cautelosa em relação à política monetária, ponderando sobre os custos da moradia e outros subgrupos de preços ao consumidor. A diretora do Fed, Lisa Cook, destacou a queda nos novos aluguéis, sugerindo uma possível redução da inflação dos serviços imobiliários. Por outro lado, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, expressou menor confiança na queda da inflação. Essas perspectivas influenciam as expectativas dos investidores, que agora vislumbram possíveis cortes nas taxas de juros a partir de julho.

Internacionalmente, o fortalecimento do dólar tem pressionado moedas como o iene japonês, que atingiu seu nível mais fraco em décadas. As autoridades monetárias japonesas discutiram a situação em uma reunião de emergência, indicando a prontidão para intervir no mercado cambial.

Bolsa de Valores

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou um aumento de 0,8% em reais e 0,6% em dólares, alcançando a marca de 128.106 pontos. No entanto, é importante destacar que o índice teve um desempenho desafiador durante o mês de março, com uma queda de -0,7%, e ao longo do trimestre, acumulando uma redução de -4,5%, ambos em reais. Esses números contrastam com o cenário global, onde os mercados continuam apresentando um desempenho positivo, com um aumento de 7,7% no ano.

Entre as empresas brasileiras, destacaram-se as seguintes altas na bolsa: São Martinho (SMTO3; +9,3%), impulsionada pelo anúncio de um programa de recompra de ações, e 3R Petroleum (RRRP3; +9,1%), seguindo a tendência de alta do Brent (+2,4%). Por outro lado, as maiores quedas foram observadas em empresas como Petz (PETZ3; -11,9%), afetada por movimentos técnicos, e CVC (CVCB3; -11,0%), que reportou resultados abaixo das expectativas no último trimestre de 2023.

No exterior, os mercados americanos também encerraram a semana e o trimestre em alta. O S&P 500 teve sua melhor performance no primeiro trimestre em cinco anos, registrando um aumento de 10,2%. Destaca-se o papel da Nvidia, cujo desempenho (+82,5%) foi o principal impulsionador desse crescimento.

No cenário nacional, a temporada de divulgação de resultados do quarto trimestre de 2023 está chegando ao fim. Até o momento, 80 das 83 empresas listadas no Ibovespa divulgaram seus resultados, com 45% delas superando as estimativas de lucro, embora com uma surpresa de -11%, conforme dados do Bloomberg.

O que esperar para essa semana?

No Brasil, as discussões sobre medidas fiscais, como o Programa Emergencial de Retomada do Emprego e Renda (Perse) e a desoneração de municípios, deverão influenciar o humor dos mercados. Além disso, espera-se uma queda nas projeções de inflação do mercado, reflexo da Medida Provisória do setor elétrico enviada recentemente ao Congresso Nacional.

Também teremos uma agenda repleta de indicadores econômicos domésticos:

Na terça-feira, o Banco Central divulgará as estatísticas de crédito de fevereiro, oferecendo insights sobre as concessões de crédito e a inadimplência de empresas e famílias.

Na quarta-feira, o IBGE publicará a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) de fevereiro, após uma surpresa positiva em janeiro.

Na quinta-feira, o Banco Central também tornará públicas as estatísticas do setor externo de fevereiro.

Na sexta-feira, será divulgada a nota de estatísticas fiscais do último mês, com expectativa de um forte déficit. No mesmo dia, a FGV divulgará o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de março, com expectativa de uma nova deflação mensal.

Nos Estados Unidos, serão divulgados dados importantes do mercado de trabalho, incluindo oferta de empregos (JOLTS) na terça-feira, criação líquida de empregos no setor privado (ADP) na quarta-feira e o relatório de emprego (Payroll) na sexta-feira.

Na zona do euro, os destaques serão os dados de inflação ao consumidor de março na quarta-feira, inflação ao produtor de fevereiro na quinta-feira e vendas no varejo de fevereiro na sexta-feira. Além disso, serão divulgados os Índices de Gerentes de Compras (PMIs) de março em diversos países, incluindo Japão, China, Estados Unidos, zona do euro e Reino Unido. Esses índices fornecem uma sondagem sobre as condições econômicas e de negócios nos respectivos países.

FONTE:
https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-mercado-de-trabalho-no-brasil-segue-aquecido/
https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-semanal-da-bolsa-ibovespa-sobe-08-na-semana-mas-fecha-mes-e-trimestre-no-negativo-aos-128-mil-pontos/

Mateus H. Passero
Assessor de investimentos
4traderinvest.com.br
41 9 9890 9119

 

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