Na manhã desta quinta-feira,7, o auditório da Celepar recebeu mais de 170 inscritos para a palestra de lançamento da parceria da BRI Brasil (Blockchain Research Institute) com a Celepar. O evento foi aberto pelo presidente, Allan Costa que ressaltou a importância dessa parceria na desburocratização e inovação no serviço público. - Foto: Divulgação Celepar

Paraná firma parceria para uso da tecnologia blockchain

670 views
5 mins leitura

O Governo do Paraná assinou um acordo com a BRI Brasil (Blockchain Research Institute) no qual a Celepar será precursora do processo de expansão e implantação dessa tecnologia no Estado. O objetivo é criar uma gestão pública desburocratizada, ágil e, acima de tudo, com transparência. O acordo foi oficializado na manhã desta quinta-feira (7), no auditório da Celepar, em Curitiba.

A BRI Brasil é uma organização canadense e independente focada em pesquisas inovadoras sobre a tecnologia blockchain, que consiste em blocos de informações que registram várias transações, com cópias espalhadas em diversos computadores. Esse sistema dificulta a alteração de dados, já que a mesma informação teria que ser modificada em todos os computadores, impedindo assim situações como desvios de recursos públicos e conferindo celeridade aos processos.

O diretor-presidente da Celepar, Allan Costa, ressaltou a importância dessa parceria na desburocratização e inovação no serviço público. “Somos pioneiros no Brasil ao fechar esse acordo, quebrando paradigmas, colocando todos os órgãos do governo para conversar”, destacou. “Vamos levar a Celepar a um novo patamar, respeitando a história da tecnologia da informação, mas sendo o ator principal no papel de inovação para que o Paraná se torne o estado mais inovador do país”.

O executivo da BRI Brasil Carl Amorim apresentou todos os modelos de tecnologia que podem ser aplicados na gestão pública do Paraná, como a criação de políticas públicas para desburocratizar os serviços, controle de gastos e orientação estratégica e abertura de novos mercados. “Vamos oferecer as condições para que o Paraná se transforme em um hub de tecnologia blockchain no Brasil, exportando essa expertise e servindo de referência para outros estados da federação”.

Ele também destacou a confiança nos dados, que podem ser referentes a transações financeiras, informações de rastreabilidade de produtos agrícolas, informações de compra e venda de produtos. “Esses dados são imutáveis, ou seja, uma vez feita a transação não há como alterar, impedindo assim desvios de recursos públicos e agilidade de processos.”, concluiu Amorim.

NA PRÁTICA – O evento foi encerrado com um painel conduzido pelo diretor técnico da Agência Paraná de Desenvolvimento (APD), Giancarlo Rocco, do qual participaram representantes do setor privado que já utilizam a tecnologia blockchain e a diretora de Operações do Paranacidade, Camila Mileke Scucato. Ela detalhou como funciona todo o fluxograma de obras e pagamentos no Estado e de que forma a tecnologia poderia facilitar esse trabalho.

Segundo ela, hoje o processo para liberação de recursos em uma obra pública segue um rito burocrático, o que inclui o envio de projeto para financiamento de obra pelo município, aprovação de projetos pelo corpo técnico do Paranacidade, autorização, medição da obra e pagamento. “Com essa tecnologia, esse processo pode ser simplificado, tornando-se mais ágil. Ele pode ser totalmente informatizado, com a possibilidades de acompanhar todas as etapas da obra por um aplicativo, por exemplo”, explicou.

BRI – O Blockchain Research Institute (BRI) é uma organização canadense e independente focada em pesquisas inovadoras sobre a tecnologia blockchain. Possui mais de 80 projetos que documentam as implicações estratégicas do blockchain nos negócios, governo e sociedade.

O desafio da instituição é prover oportunidades de mercado, assim como melhores práticas de implementações, além de inspirar e preparar líderes dos setores privado e público para serem os catalisadores da transformação do blockchain.

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Publicação anterior

Paraná registra aumento de casos de dengue grave

Próxima publicação

Café especial produzido por mulheres chega ao mercado externo