Na manhã desta quinta-feira,7, o auditório da Celepar recebeu mais de 170 inscritos para a palestra de lançamento da parceria da BRI Brasil (Blockchain Research Institute) com a Celepar. O evento foi aberto pelo presidente, Allan Costa que ressaltou a importância dessa parceria na desburocratização e inovação no serviço público. - Foto: Divulgação Celepar

Paraná firma parceria para uso da tecnologia blockchain

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O Governo do Paraná assinou um acordo com a BRI Brasil (Blockchain Research Institute) no qual a Celepar será precursora do processo de expansão e implantação dessa tecnologia no Estado. O objetivo é criar uma gestão pública desburocratizada, ágil e, acima de tudo, com transparência. O acordo foi oficializado na manhã desta quinta-feira (7), no auditório da Celepar, em Curitiba.

A BRI Brasil é uma organização canadense e independente focada em pesquisas inovadoras sobre a tecnologia blockchain, que consiste em blocos de informações que registram várias transações, com cópias espalhadas em diversos computadores. Esse sistema dificulta a alteração de dados, já que a mesma informação teria que ser modificada em todos os computadores, impedindo assim situações como desvios de recursos públicos e conferindo celeridade aos processos.

O diretor-presidente da Celepar, Allan Costa, ressaltou a importância dessa parceria na desburocratização e inovação no serviço público. “Somos pioneiros no Brasil ao fechar esse acordo, quebrando paradigmas, colocando todos os órgãos do governo para conversar”, destacou. “Vamos levar a Celepar a um novo patamar, respeitando a história da tecnologia da informação, mas sendo o ator principal no papel de inovação para que o Paraná se torne o estado mais inovador do país”.

O executivo da BRI Brasil Carl Amorim apresentou todos os modelos de tecnologia que podem ser aplicados na gestão pública do Paraná, como a criação de políticas públicas para desburocratizar os serviços, controle de gastos e orientação estratégica e abertura de novos mercados. “Vamos oferecer as condições para que o Paraná se transforme em um hub de tecnologia blockchain no Brasil, exportando essa expertise e servindo de referência para outros estados da federação”.

Ele também destacou a confiança nos dados, que podem ser referentes a transações financeiras, informações de rastreabilidade de produtos agrícolas, informações de compra e venda de produtos. “Esses dados são imutáveis, ou seja, uma vez feita a transação não há como alterar, impedindo assim desvios de recursos públicos e agilidade de processos.”, concluiu Amorim.

NA PRÁTICA – O evento foi encerrado com um painel conduzido pelo diretor técnico da Agência Paraná de Desenvolvimento (APD), Giancarlo Rocco, do qual participaram representantes do setor privado que já utilizam a tecnologia blockchain e a diretora de Operações do Paranacidade, Camila Mileke Scucato. Ela detalhou como funciona todo o fluxograma de obras e pagamentos no Estado e de que forma a tecnologia poderia facilitar esse trabalho.

Segundo ela, hoje o processo para liberação de recursos em uma obra pública segue um rito burocrático, o que inclui o envio de projeto para financiamento de obra pelo município, aprovação de projetos pelo corpo técnico do Paranacidade, autorização, medição da obra e pagamento. “Com essa tecnologia, esse processo pode ser simplificado, tornando-se mais ágil. Ele pode ser totalmente informatizado, com a possibilidades de acompanhar todas as etapas da obra por um aplicativo, por exemplo”, explicou.

BRI – O Blockchain Research Institute (BRI) é uma organização canadense e independente focada em pesquisas inovadoras sobre a tecnologia blockchain. Possui mais de 80 projetos que documentam as implicações estratégicas do blockchain nos negócios, governo e sociedade.

O desafio da instituição é prover oportunidades de mercado, assim como melhores práticas de implementações, além de inspirar e preparar líderes dos setores privado e público para serem os catalisadores da transformação do blockchain.

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