A primavera é a estação do ano que se segue ao Inverno e precede o verão. É tipicamente associada ao reflorescimento da flora terrestre. A primavera teve início no mês passado em todo o hemisfério sul do planeta. No Brasil, a estação é caracterizada pela chegada das chuvas. Este ano, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) as precipitações começaram em outubro, um pouco mais tarde que no ano passado, que tiveram início em setembro.
Como se constata em uma data equinocial o dia e a noite tem a mesma duração na linha do equador. A cada dia que passa, o dia aumenta a duração e a noite encurta a duração, aumentando, assim, a insolação do hemisfério respectivo.
“A primavera, no geral, é a mudança da estação do inverno para a chegada do verão. Estamos saindo de um período frio para começar um período quente. Quando vamos para a parte central do Brasil e Sudeste, a estação é associada com a chegada das chuvas. Por isso, grande parte do Brasil tem plantio nessa época do ano, em outubro, quando as chuvas começam a se fixar”, disse, em Brasília, o chefe da previsão do tempo do Inmet, Francisco de Assis.
Acrescentou que a primavera é sempre associada a temporais, pancadas de chuva e trovoadas: “Exatamente por isso que estamos entrando em um período quente com a formação de nuvens, para começar o período de chuva”, explicou.
Junto com a primavera vêm também às preocupações com as alergias, entre elas as oculares e os sintomas de olhos mais secos, muito comuns durante essa época do ano, especialmente devido ao pólen liberado pelas flores.
A liberação de pólen pelas árvores ornamentais, comum nesta época do ano, aliada aos ácaros, que se intensificam na mudança de estação, podem causar sensibilização alérgica e aumentar os sintomas em quem já tem alergia.
As manifestações clínicas mais comuns são crises de asma e rinite alérgica, com impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. As crianças e adolescentes são os mais prejudicados, especialmente aqueles que já sofrem de alergia e não realizam tratamento adequado.
Conhecida como sazonal ou primaveril, a alergia ao pólen é mais frequente em regiões onde as estações do ano são bem definidas. No Brasil, a maior concentração de casos está nos estados da região sul e planalto central. Já os ácaros são responsáveis por 90% do quadro alérgico da população que vive em São Paulo. A saúde pode ser agravada com o clima seco e a poluição.
Os sintomas são coriza e congestão nasal, espirros contínuos e frequentes e falta de ar, além de irritação nos olhos. Ele pode ser confundido com resfriado de natureza viral. A diferença é que o resfriado apresenta queda do estado geral e febre, sintoma de infecção.
Coceiras frequentes, vermelhidão e lacrimejamento são ainda mais críticas em pacientes que já apresentam algum tipo de alergia como rinite, sinusite e dermatites.
O médico oftalmologista José Henrique Castilho comenta sobre as alergias. “A primavera juntamente com o inverno, são os dois períodos do ano em que as alergias respiratórias e oculares se intensificam. No inverno o causador são os ácaros presentes nas roupas que ficam guardadas muito tempo e que a hora que a pessoa retira essas roupas para ser utilizada ela recebe uma carga exagerada de ácaro. Diferentemente na primavera sem dúvida nenhuma o agente causador é o pólen e eu diria que este ano está um pouco mais intensa, a primavera mal iniciou e o número de pessoas com problemas respiratórios principalmente a rinite alérgica e conjuntivite alérgica comparativamente com os outros anos tem sido muito maior de uma maneira geral”, explica.
As crianças são mais acometidas de alergias respiratórias alergias oculares não são frequentes, “as alergias oculares provocadas na primavera é muito mais frequente no adolescente e no adulto e também a umidade relativa do ar quase que não atinge os olhos das crianças atinge mais os olhos dos adultos”, completa. Adultos alérgicos também ficam com os olhos mais sensíveis nesse período. Pessoas que trabalham muitas horas à frente do computador e em ambientes com ar condicionado têm maior tendência a sofrer com os olhos secos.
Segundo Dr. Castilho o sintoma predominante da alergia é a coceira “e aqui cabe uma advertência não se devem coçar os olhos. pode causar alterações muito sérias e muito desagradáveis, além da coceira que é o sintoma predominante, quando a pessoa coça muito ela pode provocar um inchaço das pálpebras também temos uma vermelhidão discreta um certo grau de lacrimejamento e um certo incomodo com a luz, mas sem dúvida nenhuma assim como na rinite a conjuntivite alérgica o que predomina é a coceira”, destaca.
Algumas dicas e cuidados para amenizar as alergias e irritações nos olhos na primavera estão: lavar as mãos com frequência, evitar coçar os olhos, usar óculos de sol.
Na primavera assim como no verão o uso de uma certa forma exagerada de ar-condicionado e ventilador provoca uma diminuição da umidade relativa do ar nesses ambientes então o ar-condicionado que resseca o ambiente, assim como ventilador resseca o ar do ambiente, “esse ressecamento para quem já tem conjuntivite alérgica é fator agravante, não é desencadeante ele é agravante então. O ar muito seco agrava o quadro de conjuntivite alérgica mas por outro lado a umidade relativa do ar baixa seja lá fora porque não chove isso também pode provocar uma sensação muito grande de desconforto pelo ressecamento dos olhos então ambientes muitos secos fazem com que a lágrima evapore muito rapidamente e isso traz o desconforto”, diz
Esse desconforto é caracterizado por ardência queimação uma discreta sensação de que parece que tem areia nos olhos. Com esses sintomas a pessoa deve procurar usar óculos escuros quando sai na rua, para proteger os olhos do vento, da iluminação solar excessiva e em ambientes fechados procurar usar colírios hidratantes recomendados pelo oftalmologista.
Dr. Castilho orienta sobre algumas medidas com relação às alergias provocadas, que são intensificadas no período da primavera. Algumas semanas antes da primavera; casas que tem muitas flores dentro de casa ou perto dos quartos devem ser retiradas “e quem já tem conjuntivite alérgica já começar a usar o medicamento antialérgico indicado pelo oftalmologista é orientar essas crianças pra não esfregar os olhos”, falou.
Segundo ele eliminar totalmente um quadro alérgico é impossível “mesmo porque alergia é uma situação que não o quadro pode ficar um pouco mais tolerável mas dizer que acabamos com alergia infelizmente não é verdade”, enaltece.