Informações sobre a Febre Amarela em SC e na região

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Com a proximidade do feriadão de Carnaval, quando milhares de pessoas viajam por todo o Brasil, a Secretaria de Estado da Saúde alerta para a vacinação contra a febre amarela. Quem planeja visitar algum município que integre as Áreas com Recomendação de Vacina (ACRV) e ainda não foi imunizado contra a febre amarela, deve se dirigir a uma unidade de saúde pelo menos dez dias antes da viagem. “Esse é o período adequado para a imunização, ou seja, para que a pessoa crie anticorpos e fique devidamente protegida”, explica Eduardo Macário, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (Dive/SES/SC). Segundo ele, quem tomou a primeira dose há menos de dez anos não precisa adiantar o reforço.

A vacinação de rotina é ofertada em 19 estados do país com recomendação para imunização. Atualmente, em virtude do aumento no número de casos da doença, também foram incluídas as regiões leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo e oeste da Bahia, além do noroeste do Rio de Janeiro, que está localizado na divisa com áreas que têm registros de casos. De acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 13 de fevereiro foram confirmados 234 casos de febre amarela. Ao todo, foram registrados 1.214 casos suspeitos, sendo que 877 permanecem em investigação e 103 foram descartados. Dos 189 óbitos notificados, 79 foram confirmados, 107 ainda são investigados e 3 foram descartados. Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte e Tocantins possuem casos em investigação.

SANTA CATARINA

Em Santa Catarina, 162 municípios integram as Áreas com Recomendação. “Nesses locais, além dos viajantes, toda a população residente é orientada a se vacinar contra a febre amarela”, ressalta Eduardo Macário. A Secretaria de Estado da Saúde vem reforçando a importância da vacinação da população dessas áreas desde o início deste ano, a partir da reemergência da febre amarela no país.

Dados preliminares indicam que 11.552 doses da vacina foram aplicadas em Santa Catarina em janeiro de 2017, contra um total de 10.442 doses aplicadas no mesmo período de 2016. Isso representa um aumento em torno de 10% no número de doses aplicadas quando comparada ao mesmo período do ano anterior. “O total de doses aplicadas em janeiro ainda está sendo processado no sistema de informação do Programa Nacional de Imunizações, e deverá ser divulgado no próximo dia 15. A partir daí, teremos um número real de vacinados no estado até o momento”, enfatiza Vanessa Vieira da Silva, Gerente de Imunização da Dive/SES/SC. Em todo o ano passado, a rede pública de saúde de Santa Catarina aplicou 127.322 doses da vacina contra a febre amarela.

Santa Catarina não registra casos de febre amarela em humanos desde 1966. De 1 de janeiro a 13 de fevereiro de 2017 foram notificados sete casos suspeitos de febre amarela no estado. Desses, cinco foram descartados por apresentarem resultado não reagente, e dois (com histórico de viagens para Goiás e Mato Grosso do Sul) aguardam resultado laboratorial. Os exames são realizados pelo Instituto Adolfo Lutz/SP, laboratório de referência em febre amarela para Santa Catarina, e os resultados podem levar até 20 dias para serem liberados.

http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/27/Municipios-Conforme—reas-ACRV-ACRT-ASRV-Febre-Amarela-Jan-2017-.pdf

Link para acessar os municípios que constam como áreas de recomendação para vacinação contra a febre amarela.

Sobre a região

Nos sete municípios atendidos pela Gerência Regional de Saúde de Canoinhas que são Bela Vista do Toldo, Canoinhas, Irineópolis, Major Vieira, Matos Costa, Porto União e Três Barras, não teve nenhum caso confirmado, apenas casos suspeitos importados de outra região. Segundo o gerente de Saúde Antonio Gilberto de Carvalho, até o momento estão sendo realizados monitoramento de primatas não humanos (macacos), sendo intensificada as ações de vigilância da doença na região com colaboração dos servidores da saúde dos municípios. “Ressaltamos mais uma vez que quem tem a intenção de passar as férias nas regiões de risco que procurem uma unidade de Saúde mais próxima e façam sua imunização, lembrando que a doença é transmitida apenas pela  picada dos mosquitos. Agredir, maltratar ou matar macacos de qualquer espécie  é crime ambiental e prejudica as ações de prevenções”, finaliza.

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