Ibama divulga resultado final da primeira etapa da operação Oncideres

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Foi concluída a primeira fase da Operação de Fiscalização do IBAMA denomina Oncideres, referência ao nome científico de um inseto conhecido popularmente como serra-pau, cujas larvas se alimentam de madeira recém abatida, está em andamento na região Centro e sul do estado do Paraná. Neste local restam os últimos remanescentes da mata de Araucária, fitofisionomia vegetal inserida no bioma mata atlântica, extremamente ameaçada apresentando menos de 0,8% de sua vegetação original no estado e abrigo da árvore símbolo do Paraná Araucária angustifolia e da Imbuia (Ocotea porosa), ambas ameaçadas de extinção.

Esta primeira etapa de uma série de ações a serem realizadas foi direcionada ao combate a ilegalidades cometidas pelas serrarias que beneficiam produtos madeireiros da Araucária angustifolia de origem ilegal e nas empresas consumidoras desses produtos. Paralelamente a esta operação, estão sendo realizados monitoramentos por meio de imagens de satélite onde serão apurados os desmatamentos ilegais dos últimos 5 anos. Foram realizados 42 autos de infração totalizado R$ 1.182.377,47 em multas; 21 Termos de Embargo e Interdição Lavrados; 356,122 m³ de Araucária angustifólia apreendidas (equivalente a 35 caminhões de madeira); 699,7 m³ de créditos virtuais fictícios que poderiam esquentar madeira de origem ilegal retirados do sistema; 60 ha desmatados equivalente a 60 campos de futebol; 60 ha Embargados e 1 trator e 2 motosserras apreendidos.  Além da região Centro sul outros centros consumidores inclusive a região metropolitana de Curitiba também serão alvos da fiscalização nas próximas fases da operação. “O que chama a atenção é o grande volume de produtos madeireiros da espécie Araucária angustiólia sem origem legal apreendidas, por se trata de uma espécie constante na lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção”, informou o Ibama, que não divulgou as cidades onde foram realizadas as operações e nem as empresas multadas.

“Cabe salientar ainda, o grande volume virtual fictício, inverídico ou falso detectado e retirado do sistema Oficial de controle DOF, os quais poderiam ser utilizados para esquentar 699,7 m³ de madeira de origem ilegal, o equivalente a aproximadamente 70 caminhões carregados”, informou o órgão fiscalizador que ainda completa.“

Nas ações fiscalizatórias realizadas no ano passado foram averiguados polígonos de desmatamento, para esse ano e para os próximos estamos contando com a tecnologia das imagens de satélite para esse tipo de fiscalização, havendo uma tendência de priorização das ações presenciais das equipes do IBAMA nas empresas consumidores dos produtos florestais, principalmente das espécies ameaçadas. Por isso orientamos a essas empresas a manter o seu estoque de madeira nativa sempre amparado pelo Documento de Origem Florestal seja no armazenamento, no transporte ou na venda, para evitar a perda do produto e demais sansões previstas em lei”, finaliza o comunicado.

DOF

O Documento de Origem Florestal – DOF Destina-se ao controle do transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, contendo informações sobre sua procedência. Trata-se de documento público federal gerado pelo denominado Sistema DOF (disponibilizado e mantido pelo IBAMA em seu sítio na internet) e constitui em licença obrigatória para o transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, que deve acompanhar o produto ou subproduto desde a sua origem até seu destino final.

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