Está na hora de repensar uma série de cursos fornecidos pelas faculdades e autorizados pelo MEC. Estamos formando uma geração de jovens em curso superior que, após a festa da formatura, ficam perdidos, sem saber o que fazer com o diploma na mão.
Segundo reportagem exibida no Jornal do Almoço da RBS TV, do dia 20 de outubro/17, 51% dos jovens formados estão perdidos; isso demonstra a falta de cuidado na escolha dos cursos e a pouca orientação que a faculdade oferece a estes jovens para atuação no mercado de trabalho.
Segundo a reportagem, poucas ou quase nenhuma faculdade faz análise do mercado de trabalho para justificar um curso que é oferecido aos estudantes, ficando eles lá por quatro ou cinco anos, estudando um conteúdo que pouco vai contribuir para sua vida profissional.
Há alguns meses eu vinha alertando sobre a quantidade de cursos de formação superior que pouco valem ou contribuem para a formação profissional dos estudantes, que por cota de facilidades oferecidas e valor baixo, acabam fazendo uma faculdade sem sentido para suas vidas. Aí se forma e depois: o que fazer?
O MEC precisa, com urgência, rever esta avalanche de cursos oferecidos sem uma base de sustentação e garantia no mercado de trabalho. A exemplo disso, existem cursos que, há muito tempo, precisam sair de cena ou parar por algum tempo, devido ao excesso de profissionais formados e ociosos. Um exemplo é o curso de Direito, tem muito advogado para pouca causa. Já no curso de Administração, multiplicaram o tema em vários segmentos, usando o termo Administração com ênfase … em alguma coisa, que leva do nada para lugar nenhum. Os chamados ênfases em…
O resultado é isso aí que a reportagem muito bem mostrou, onde 51% dos recém-formados, estão perdidos e não sabem o rumo a seguir.
Em se tratando de Brasil, pouco vai ser feito, pois diante de um regime arrecadador, pouco importa o resultado final, o que importa é o faturamento e a arrecadação de impostos. É lamentável que um jovem passe quatro anos pagando uma faculdade para ter, no seu final, um diploma que pouco ou nada vai contribuir para a sua profissão.
Até a próxima.