Entidades organizadas e autoridades locais, foram pegos de surpresa ao receber a notícia extraoficial de que o Delegado Regional de Porto União, Nilson Luis de Oliveira Cezar, seria transferido da 23ª Delegacia Regional em Porto União.
Para tentar barrar essa transferência, que segundo informações extraoficiais, seria um pedido de um deputado, as entidades organizadas de Porto União e autoridades fizeram vários ofícios ao secretário de Segurança Pública de Santa Catarina que devido ao bom trabalho realizado pelo delegado, que permaneça no comando da 23ª Delegacia Regional, que atende além de Porto União as cidades de Irineópolis e Matos Costa.
O embasamento das entidades é numérico e estatístico. As ações contra o crime aumentaram e índice de criminalidade abaixaram.
“O delegado de Polícia Nilson Luis de Oliveira Cezar assumiu a 23ª Delegacia Regional de Porto União em 2014 e trata-se de um excelente profissional que vem prestando um ótimo serviço para a cidade de Porto União. Nos últimos três anos, as melhoras nos trabalhos da Polícia Civil de Porto União foram muito significativas, com inúmeras operações policiais realizadas, muitos crimes solucionados, muitas prisões efetuadas e com os mais baixos índices criminais, já visto na cidade de Porto União”, diz o ofício assinado pelo Prefeito Eliseu Mibach (PSDB); Vice-prefeito Percy Storck (PSD); pelo Presidente do Legislativo Municipal Luiz Alberto Pasqualin (PP); pelo PMDB; pelos vereadores Christian Martins (PMDB) e Carlos Roderlei Pinto (PR), pelo PR; pela Presidente da Associação Empresarial de Porto União (ACIPU), Célia Leão; e pelo presidente do Sindicato Patronal de Porto União, Daniel Leon Chiptoski. “Em segurança pública não se mete político, não é lugar”, completa Christian Martins.
Outro ofício foi feito pelo Sindicato das Industrias e da Construção e do Mobiliário de Porto União (SINDUSCOM), presidida pelo industrial Alison Omar Abbas, tendo como vice-presidente Maurício Schwegler.
“As atividades exercidas pelo Dr. Nilson, como dirigente da Polícia Civil, desde sua posse, estão sendo de fundamental importância para nossa sociedade local, além das várias operações policiais e investigações criminais realizadas com muito profissionalismo e resultando na baixa dos índices criminais em nosso município, também devemos salientar o seu trabalho de mediação de conflitos. Efetivamente, a atribuição de mediação de conflitos, exercida por este abnegado homem, além do enfrentamento da criminalidade e violência, é essencial porque ajuda a consolidar a cultura de paz em nosso município”, diz o ofício da SINDUSCOM.
Segundo alguns dados estatísticos em que as entidades tiveram acesso mostram que de 2014 a 2017, foram lavrados mais de 400 Autos de Prisão em flagrante e cumprido mais de 100 mandados de prisão expedidos pelo Judiciário. Essas mais de 500 prisões demonstram a eficiência dos trabalhos realizados pela Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar de Porto União.
Este ano a Polícia Civil de Porto União participou de inúmeras operações em todo o Estado, inclusive de combate ao crime organizado, que foi realizado nas cidades de Balneário Camboriú, Itajaí e Canoinhas.
Nos últimos três anos à frente da delegacia regional Dr. Nilson foi o responsável pela mudança do prédio da Delegacia Regional, através de um pedido feito a Secretaria de Segurança do Estado, para dar mais condições de trabalhos aos policiais e funcionários da delegacia e melhorar o acesso a população, já que o antigo prédio funcionava no segundo andar e não tinha acesso a cadeirantes. Com a mudança do imóvel foi melhorado o atendimento físico das outras unidades que funcionam junto a delegacia regional, como a Divisão de Investigação Criminal (DIC), a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), além do Ciretran.
Nesses três anos foram feitos a aquisições de novas viaturas através do governo estadual e em parceria com o governo municipal, além de aquisições de armamentos importantes para equipes especializadas da Polícia Civil.
A reportagem tentou entrar em contato com o delegado, mas não obteve êxito.
Crédito foto: Polícia Civil de Santa Catarina