Empresas devem usar a criatividade para vender durante a Pandemia

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Neste momento de pandemia, a criatividade na divulgação é fundamental nas vendas. Alguns cuidados e uma rotina deve ser seguida para sua empresa ou seu produto ganhar visibilidade na internet e nos meios de comunicações tradicionais. A frase “a propaganda é a alma do negócio” nunca foi tão real como neste momento. A pandemia da COVID-19 provocou impactos significativos sobre os pequenos negócios. A recomendação de isolamento da população mudou os hábitos do consumidor e a forma de comercialização dos produtos. Neste cenário, os comerciantes que já possuíam ferramentas de venda online conseguiram minimizar os prejuízos, mas aqueles que não tinham qualquer presença digital sentiram o baque da crise.

A questão agora é como começar, o mais rapidamente possível, a montar uma estrutura mínima para atendimento online. A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Sebrae e outros órgãos dão dicas de como melhorar a visibilidade da sua empresa. A Reportagem do Jornal O Iguassú conversou com o proprietário da agência de publicidade Fixxa e sócio proprietário deste diário, Claudio José Gugelmin, que deu várias dicas para quem quer aumentar as vendas neste momento de crise.

“A venda online é uma tendência que há tempos vem aumentando sua curva de crescimento e as empresas que já estavam neste mercado saíram com uma vantagem grande em relação àquelas que entraram agora. A primeira preocupação que uma empresa tem que ter na venda online é o transporte, isso é, como será feita a entrega do produto. Não adianta vender e não ter um custo e prazo adequado na entrega”, disse Gugelmin.

Para ele a propaganda sempre foi e sempre será a alma do negócio. “E em tempos de crises grandes oportunidades aparecem, porque é nesta época que 80% dos empresários diminuem suas verbas em publicidade, quando não a cortam por completo. Quem vê a publicidade como ferramenta de venda sabe que a publicidade é ainda mais necessária em épocas de crise e fará uma análise cuidadosa para que o investimento retorne, para conquistar novos clientes, para criar novos mercados. Quem vê a publicidade apenas como um custo acaba perdendo espaço para os concorrentes”, explica.

O WhatsApp se tornou uma ferramenta mais rápida de negociação e divulgação direta com o cliente. Os números falam por si só. Segundo o Facebook, que comprou o WhatsApp em uma transação bilionária em 2014, são 42 bilhões de mensagens trocadas entre usuários todos os dias em mais de 1 bilhão de grupos existentes na plataforma. No Brasil, mais de 100 milhões de pessoas estão usando o whatsapp. É como se 1 a cada 2 brasileiros usassem o aplicativo. O potencial de mercado para vendas utilizando esse aplicativo é enorme.

Recentemente, o mercado passou a oferecer cursos voltados para negócios no WhatsApp e o aplicativo entrou de vez no planejamento de vendas das empresas e na palma da mão do cliente. Pesquisas apontam que uma pessoa normal visualiza a sua conta no WhatsApp de 70 a 150 vezes no dia.

“As redes sociais são uma das principais ferramentas para anunciar um produto ou serviço na atualidade. Mas é preciso saber que existem públicos que não tem o costume de utilizar redes sociais, ou as utilizam muito pouco. Rede social é apenas uma das ferramentas, mas outras mídias tradicionais ainda dão excelentes resultados. Rádio, TV, jornais, panfletos, outdoors, continuam a dar excelentes resultados para quem quiser anunciar”, orienta Gugelmin.

Mas quem for trabalhar com as redes sociais deve ter uma rotina e cuidados para não cansar o futuro cliente. Por isso Gugelmin dá outra dica. “Nunca é tarde para iniciar o trabalho com redes sociais. Mas quero deixar claro que o gerenciamento de uma rede social demanda tempo e muita dedicação. Não é simplesmente criar um novo perfil comercial e pronto. O público da internet é muito exigente e busca por novidades o tempo inteiro.  Então é preciso que exista um planejamento, uma rotina de publicações”, completa.

Gatilhos mentais são técnicas de persuasão que se relacionam com aspectos instintivos, emocionais e sociais presentes em todos os seres humanos. Quem aqui nunca comprou alguma peça de roupa e depois teve a conclusão que na verdade nem estava precisando dela.

Através dos gatilhos, você é capaz de engajar as pessoas no seu negócio e fechar vendas matando as objeções dos clientes.

Não deixe de pensar no futuro

A ação para a venda online é uma emergência agora, mas ela já se impõe como uma realidade também no cenário pós-Covide. Portanto, comece a planejar a implantação de uma página exclusiva para vendas online. Essa implantação costuma demandar um prazo médio de 3 a 6 meses, o que pode ser uma oportunidade para os comerciantes iniciarem a implantação de seus e-commerces sem correria.

A CNDL foi uma das primeiras entidades a lançar uma campanha, denominada “Adote um Pequeno Negócio”. Essa foi uma das ações que se somaram a vários outros projetos como, por exemplo, a do Sebrae, que criou um portal para orientar os empresários sobre a melhor maneira de agir neste período de isolamento social.

Agora, uma série de iniciativas da sociedade civil começa a surgir pelo país com o mesmo intuito: estender a mão ao pequeno comerciante e manter a roda do comércio local girando. Uma das mais bem-sucedidas experiências vem da cidade mineira de Montes Claros. Com uma ideia simples e um enorme senso comunitário, Fred Rocha, um especialista em varejo e consumo, criou uma ferramenta que conecta o desejo do consumidor com a necessidade do vendedor.

Fred criou site Pede pelo Zap, uma plataforma que une as três pontas fundamentais do comércio nesses tempos de pandemia: quem quer comprar, quem quer vender e quem pode entregar. Em pouco mais de três cliques a plataforma entrega os contatos de whatsapp dos comerciantes cadastrados no site. Tudo é tão simples e eficiente que, em pouco mais de uma semana, o site já contava com mais de 10 mil empresas de todo o território nacional. Falamos com Fred para ele dividir a sua experiência, inspirar outras pessoas e analisar esse momento pelo qual passar o pequeno varejista.

 “Com a chegada do coronavírus, vários eventos foram cancelados e me vi obrigado a ficar em casa. Foi aí que senti o impacto. Não conseguia encontrar nada na internet. O açougueiro, a frutaria, a padaria, nenhum pequeno comerciante tinha presença digital. Eu não sabia sequer o telefone da pamonharia que fica ao lado da minha casa. O problema eu já sabia. Não conseguia achar os vendedores. A ideia do site veio na sequência. Fui para o computador e criei um formulário muito simples onde cadastrei o açougue, a mercearia, a distribuidora de bebida de cada bairro. Precisava de três campos: o produto, o telefone e a região de cada estabelecimento”, conta.

DICAS:

Utilize plataformas prontas

Plataformas de vendas como o Mercado Livre podem ser uma boa alternativa para comercializar qualquer tipo de produto. É possível criar uma conta grátis, usar os meios de pagamento já inclusos e o serviço de logística dos Correios, tudo de forma integrada. O maior trabalho neste caso será cadastrar os produtos. Aqui é indicado focar naqueles com mais estoque ou maior valor. O importante é aproveitar as milhares de visitas diárias que o portal recebe.

Crie formas de divulgação digital

Vídeos no YouTube, posts no Instagram e Facebook são meios que ajudam a chegar mais rápido até o público. Atendimentos via WhatsApp é uma ótima alternativa, ainda mais para aqueles que mantém um contato mais próximo com o cliente. Alguns mercados de bairro estão usando esta estratégia, divulgando um número exclusivo para esse atendimento e fazendo entregas no entorno do bairro. Já o Facebook possui mais de 100 milhões de contas ativas e mantém uma área exclusiva de Marketplace, além ferramentas de anúncio para seus usuários.

Facilite as formas de pagamentos

Esse item pode ser crucial para o cliente comprar ou não. Ainda mais numa época em que as pessoas estão evitando inclusive bancos e ficando com menos dinheiro vivo na carteira. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e Serviço de Proteção ao Crédito mostra que 69% dos brasileiros parcelam as compras no cartão de crédito. Com isso, o importante é dar várias opções de pagamento online, como PayPal, MercadoPago, PagSeguro, entre outros, além de fechar convênios fáceis e rápidos com parceiros.

Ofereça maneiras alternativas de entrega

Considerada um dos pilares do comércio online, já que todos esperam receber suas compras em perfeito estado e dentro do prazo estipulado, são várias as formas disponíveis atualmente. Como Correios e transportadoras estão mantendo seus serviços em funcionamento durante a pandemia, são duas opções bastante utilizadas. Outras opções são a entrega por motoboy, que agiliza o processo, utilizar veículo próprio ou bicicleta, dependendo da distância, o que pode gerar uma boa economia ao final do dia. E, para aqueles que conseguem, oferecer o frete grátis nessa situação pode incentivar ainda mais as vendas.

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