O bebê Miguel foi para casa nesta sexta-feira (01) após ficar um mês internado no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG). Ele nasceu em uma cesariana de emergência no Centro Obstétrico da instituição com a mãe em coma induzido. Grávida de sete meses, Kézia Fernanda Lemes Mira foi uma das vítimas de um acidente 25 de outubro, na PR-151, no qual morreram os pais dela.
“Eu estou feliz, agradecida e com grande alívio por tudo ter saído bem para mim e meu bebê. Agradeço a Deus e a todos do hospital que agora são muito importantes nas nossas vidas. Nós saímos vivos do hospital e eu serei eternamente grata”, disse Kézia.
Ela, Miguel e o pai do bebê, Clodoaldo dos Santos Mira, receberam como um presente especial o convite da equipe do HU para participar do Presépio Vivo que integra as ornamentações natalinas espalhadas por todo o hospital.
Clodoaldo dos Santos, que teve ferimentos leves no acidente, se emociona ao agradecer estar com o filho nos braços e também à equipe pelo convite. “A gente nem sabe como agradecer a atenção de todos, mas é muita satisfação. Nós saímos todos felizes e só Deus para recompensar os esforços do hospital. Eu construí uma família nova com eles”.
A chefe de Enfermagem do HU-UEPG, Caroline Simionato Zander, conta que a ideia de integrar a equipe do hospital para enfeitar o local neste Natal surgiu da sensibilidade nesta época. “É uma época em que as pessoas estão mais próximas da família e que remete ao renascimento, à vida e à renovação”.
Com o convite “Enfeite seu setor, decore o HU-UEPG neste Natal”, Caroline diz que o objetivo é era tirar a imagem do hospital de um local de sofrimento. “Nós enfeitamos o Natal do hospital para trazer a seus ambientes mais alegria. Todos os setores aderiram à campanha”.
INTEGRAÇÃO – Para o diretor do Hospital Universitário, Everson Augusto Krum, a volta de Kézia e Miguel para casa é resultado de um trabalho conjunto da equipe do HU. Os esforços para salvá-los foram iniciados pela equipe de emergência, passando pela neurocirurgia, em conjunto com a Obstetrícia, até chegar aos cuidados intensivos na UTI.
O parto do bebê foi de alta complexidade. Ocorreu com a mãe entubada e Miguel sofreu uma parada cardiorrespiratória em função da saúde da mãe. “A tensão da equipe que atendeu o parto era grande porque havia o risco de morte. Mas hoje vivemos esse momento de satisfação de ver mãe e filho recuperados e a família voltando para casa”.
O diretor atribui o sucesso do tratamento de mãe e filho aos profissionais qualificados do hospital e destaca a importância da participação das equipes em espaços de treinamento. Neste contexto cita o curso de Emergência Obstétrica que reuniu enfermeiros do hospital e da equipe Neonatal.