União da Vitória elabora estratégias para a Educação durante a pandemia causada pela Covid-19, enquanto Porto União executivo e professores entram em atrito

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A educação escolar foi afetada diretamente pelo coronavírus (Covid-19) principalmente desde a suspensão das aulas presenciais, por conseguinte, foram necessárias a criação e planejamento rápido de estratégias pedagógicas e adequação de metodologias para dar continuidade ao processo de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos da rede municipal sejam estes tanto do Ensino Fundamental, quanto da Educação Infantil da cidade de União da Vitória.

“Nossas ações estão pautadas em uma visão de ser humano integral, por isto, muitas delas perpassam aspectos diretamente ligados a questões pedagógicas e abrangem a preocupação que vai desde a alimentação das crianças que estão em casa, como o bem-estar de todos os alunos e profissionais neste momento”, menciona o secretário de Educação Ricardo Brugnago.

Ações executadas e em andamento em União da Vitória: A Educação Infantil por sua vez, além do objetivo central do seu trabalho que é o desenvolvimento integral da criança, articulado ao cuidar e ao educar, procura neste momento também, manter o vínculo com as famílias e os profissionais desta etapa seguem trabalhando de modo remoto considerando esta perspectiva;  Aulas gravadas pelos professores da rede e disponibilizadas pela afiliada da TV Cultura em União da Vitória a TV Mill, no Portal Educa União e em redes sociais; Criação do site: “Educa União”, o qual é composto por atividades variadas para todas as turmas, livros de histórias em PDF, vídeos de aulas e contações de histórias, entre outras atividades; Material didático imprenso disponibilizado para todos os alunos da rede, preparado pelos próprios professores das turmas; Reuniões pedagógicas são realizadas de modo virtual via Google Meet; Equipe da Secretaria Municipal de Educação continua em constante trabalho, participando ativamente no planejamento de estratégias para o enfrentamento da pandemia, acompanhando o trabalho realizado pelas escolas e Centro Municipal de Educação Infantil (CMEIs), buscando o diálogo inter setorial, fortalecendo parcerias na busca de mitigar os efeitos deste momento de isolamento social na rede de ensino. Parceria com a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) campus União da Vitória, via Colegiado de Pedagogia e projeto de extensão: Senta que lá vem História; Parceria com o Centro Universitário do Vale do Iguaçu (Uniguaçu) para realização de formação continuada para professores; Psicóloga da Secretaria Municipal de Educação em constante contato com a rede, a qual orienta neste momento famílias, alunos e profissionais por meio de vídeos e áudios; Dedica Municipal 2020, formação continuada em serviço para os professores com temáticas voltadas para a formação humana; Entrega de kits de alimentação escolar aos alunos mais necessitados neste momento; Continuidade do atendimento médico das crianças da rede acompanhadas pelo neuropediatra da Secretaria Municipal de Educação; “Diante do exposto, é importante salientar que estas são algumas das ações e estratégias utilizadas pela Secretaria Municipal de Educação de União da Vitória considerando que desde o início da pandemia várias ações têm sido executadas de acordo com seu plano de ação elaborado especificamente para o momento, como também outras ações estão em discussão para possível realização. Sobretudo, percebe-se o envolvimento das famílias juntamente a comunidade escolar e dedicação de nosso s profissionais e alunos, o qual torna-se visível no acompanhamento junto as escolas e CMEIs, também nas postagens nas redes sociais das famílias e instituições educativas”, destacou o secretário de Educação Ricardo Brugnago.

Enquanto isso em Porto União, após o Executivo Municipal enviar um projeto para Câmara de Vereadores, flexibilizando as funções dos servidores, sem cair no desvio de função, causou uma revolta, principalmente nos professores municipais, que temiam serem deslocados para outras funções que não fossem lecionar. O Projeto de Lei de número 25/2020 entrou para votação em regime de urgência especial e seria votado na sessão virtual de segunda-feira, 25, mas após protestos dos professores, os vereadores alteraram o regime de urgência especial para regime de urgência simples e o PL segue os trâmites legais e deverá ser votado na próxima sessão que acontece nessa segunda-feira, 1º.

Para tentar resolver a questão os vereadores solicitaram uma reunião entre executivo, representantes dos professores para tentar chegar em um consenso. Mas na reunião realizada nesta quinta-feira, às 9 horas na Câmara de Vereadores não obteve o êxito desejado.

Mediada pelo presidente do Legislativo Sandro Calikoski (MDB), a reunião teve o prefeito Eliseu Mibach (PSDB) atacando duramente alguns professores e questionando a presidente do Conselho Municipal de Educação, Caroline de Souza, sobre documento assinado por ela aprovado o método utilizado para as aulas remotas nesse momento de pandemia.

O prefeito acusou os professores de estarem fazendo atos políticos pensando apenas em dinheiro, deixando de lado a questão da educação. Ele foi rebatido pelos professores presentes e pela presidente do Conselho, mas foi ríspido em suas respostas e argumentos, afirmando novamente que os professores só pensam em seus salários, que tiveram redução.  Em abril o executivo cortou os 10% de gratificação salarial e a dobra das 20h dos professores. 

Na questão do plano de aulas remotas, Caroline afirmou que se as aulas continuarem suspensas por mais tempo, uma nova abordagem no plano de ação, para que sejam realizadas as alterações necessárias. Antes do fim da reunião Mibach afirmou que após a decisão do Governo do Estado de Santa Catarina, flexibilizando e deixando a cargo dos municípios o retorno das aulas e do transporte público, ele retornaria as aulas presenciais nos municípios até a primeira quinzena de junho.

A fala do Prefeito Eliseu Mibach repercutiu no município, principalmente nas redes sociais, onde vários pais e responsáveis pelos alunos, criticaram a postura do chefe do executivo nesse momento.

O que diz o projeto 25/2020

Em seu primeiro artigo o projeto autoriza o poder executivo enquanto durar o Estado de Calamidade Pública declarado pelo Congresso Nacional, determinar o gozo de férias e licenças prêmio pelos servidores públicos municipais, podendo inclusive, a critério do interesse público antecipar períodos de férias; instituir o Trabalho Remoto; criar e a instituir banco de horas, flexibilizando a jornada de trabalho, mediante compensação; redistribuir servidores para outros setores e funções, visando o aproveitamento máximo da capacidade de trabalho, sem que isso importe em desvio de função e por fim suspender pagamentos de gratificações, abonos e conversões em pecúnias, fato esse que segundo os professores já aconteceu.

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