Busca Categoria

Estado SC- Pág 11

Santa Catarina sanciona lei mais rigorosa para crimes contra animais

161 views
11 mins leitura

Uma lei sancionada pelo governador Carlos Moisés dia 17, aumenta a multa para quem comete crueldade contra animais e inclui a proibição de rinhas de galos e de cães, abandono e prática de zoofilia no Código Estadual de Proteção aos Animais.

A multa para infrações graves, que era de R$ 500 a R$ 1 mil, passa a ser de R$ 10 mil a R$ 12 mil. Já as infrações consideradas gravíssimas, que poderiam resultar em multas de R$ 1 mil a R$ 2 mil, agora custarão de R$ 12 mil a R$ 20 mil. A iniciativa atualizou os valores da punição, que foram criados em 2003.

“Toda política pública para proteger os animais do sofrimento é bem-vinda. Precisamos combater práticas antigas, como as rinhas, que colocam a vida do animal em risco”, afirmou o governador. 

O projeto de lei é de autoria do deputado Marcius Machado. Com a alteração do Código de Proteção aos Animais, os crimes como rinhas, abandono de animais e zoofilia (prática sexual de humanos com animais) passam a ganhar mais visibilidade na legislação estadual, sem abrir brecha para contestações.

As infrações são classificadas como leves, graves e gravíssimas. Nos dois últimos casos, será verificado se há agravantes como reincidência, obtenção de vantagem econômica e consequências à saúde e ao bem-estar animal.

Rinha: multa para todos os envolvidos

No caso das lutas de cães e de galos, o texto prevê que as multas sejam estendidas a todos os participantes envolvidos no evento, como organizadores, proprietários do local, criadores, adestradores e comerciantes dos animais, assim como apostadores e espectadores.

Crimes contra os animais também estão previstos na legislação federal (Lei Nº 9.605/1998). A pena é de detenção, de três meses a um ano, para quem abusar, maltratar, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Quando se tratar de cão ou gato, a pena será de reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda.

Muitos dos animais abandonados nas vias públicas após estarem com uma idade avançada, aumentando o descontrole populacional dos pets. A estimativa do IBGE é que existam quase 140 milhões de animais em todo Brasil, desses aproximadamente 20 milhões vivem nas ruas, já os gatos somam aproximadamente 10 milhões. Em grandes cidades existe pelo menos um animal para cada cinco habitantes e políticas de controle são fundamentais para evitar a proliferação em massa.

Lei Federal

Em setembro do ano passado o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que aumenta as penas para quem maltratar cães e gatos. Agora, este crime passa a ser punido com prisão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda, a novidade do projeto. Antes, a pena era de detenção de três meses a um ano, além de multa.

Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, o presidente não vetou nenhum dispositivo da nova legislação, oriunda do projeto de lei 1.095/2019, de autoria do deputado federal Fred Costa (Patriota-MG).

A pena de reclusão da nova lei prevê cumprimento em estabelecimentos mais rígidos, como presídios de segurança média ou máxima. O regime de cumprimento de reclusão pode ser fechado, semiaberto ou aberto.

Em meio à pandemia da covid-19, que manteve mais pessoas em casa, aumentaram os registros de denúncias de maus-tratos a cães e gatos, segundo relatos de organizações não-governamentais de defesa e proteção animal. De acordo com a Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (DEPA), somente em São Paulo essas denúncias de violência contra animais apresentaram aumento de 81,5% de janeiro a julho de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Recurso para a causa animal em Porto União

A vereadora de Porto União Vanessa Witiuk (PSD) anunciou essa semana uma emenda do deputado estadual Valdir Cobalchini (MDB), de R$ 100 mil para o ano de 2020 e 2021, mais a contra partida R$ 50 mil para realizar um trabalho com castramóvel. “Se eu fui eleita, tenho plena consciência de tamanha responsabilidade que carrego e com calma estou plantando para que possamos colher bons frutos ali na frente. O trabalho não para e logo poderemos estar presenciando essas conquistas para a causa animal na prática. Este mês recebemos a visita do Deputado Valdir Cobalchini, o qual se dispôs a ajudar a causa animal, para realizar um trabalho com castramóvel para aproximadamente 1000 castrações para nosso município, para animais de rua e de famílias carentes”, explicou.

Segundo a vereadora o trabalho complexo envolverá de união entre protetores e o setor animal. “É uma grande conquista para a causa animal do nosso município e eu só tenho a agradecer a todos que me apoiaram e me apoiam nesta caminhada por confiarem no meu trabalho”, completa.

União da Vitória tem castromóvel desde 2020

O município de União da Vitória foi contemplado com a aquisição de uma unidade móvel (Castramóvel) destinada ao setor de Defesa Animal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que funcionará como clínica veterinária móvel para atender o Programa Municipal de Controle Populacional de cães e gatos por meio de esterilização (castração) dos animais, que atualmente é oferecido gratuitamente à população de baixa renda do município e está sendo realizado através de contrato entre o município e o ISPAE que atende no centro cirúrgico do Centro Universitário do Vale do Iguaçu (Uniguaçu).

O contrato firmado com a Uniguaçu, prevê a castração de 2400 cães e 960 gatos onde o município prevê um investimento de cerca de 450 mil reais, e que, até o momento, já foram realizadas cerca de 700 castrações entre cães e gatos. O Castramóvel veio para implementar as ações da Defesa Animal em conjunto com as protetoras independentes, que prestam um grande trabalho pela causa animal, as clínicas veterinárias credenciadas e o ISPAE (Uniguaçu).

Com a chegada do Castramóvel o próximo passo será necessário equipar para atender as normas do Conselho de Medicina Veterinária para iniciar suas atividades, totalizando um investimento de cerca de R$ 120 mil. O equipamento já conta com sala pré operatória, sala cirúrgica, sala pós operatória e banheiro. A equipe clínica contará com médico veterinário e auxiliar e voluntários, onde a intenção é realizar o atendimento nos bairros do município para atender a demanda por controle da população de cães e gatos sem dono (de rua) e animais de estimação de pequeno porte pertencentes a cidadãos de baixa renda inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e para quem acolheu algum animal de rua.

Para que o animal seja submetido à cirurgia, ele deverá ter um responsável legal, isso vale também para os animais de rua, visto que após o procedimento se faz necessário medicar e cuidar do animal por alguns dias. A intenção é a realização dos procedimentos com agendamento prévio, onde a forma e gestão será definida em breve. A princípio o animal passará por avaliação prévia e, se apto ao procedimento, será agendada a cirurgia e toda a orientação ao dono do animal com relação aos cuidados pré e pós cirúrgicos. A castração, além do controle populacional, é uma questão de saúde pública, visto que alguns animais podem transmitir doenças para humanos. Para o animal, a castração também traz benefícios, pois em fêmeas reduz em quase 100% a possibilidade de desenvolver neoplasias mamárias e doenças sexualmente transmissíveis e para os machos um controle na agressividade.

Presença de psicólogos e assistentes sociais em escolas é defendida em audiência na Alesc

151 views
11 mins leitura

Autoridades e representantes de entidades ligadas à educação, ao serviço social e à psicologia concordaram com a aprovação do Projeto de Lei (PL) 133/2019, em tramitação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, que trata da contratação de psicólogos e assistentes sociais para atuar nas escolas públicas estaduais. O assunto foi discutido em audiência pública virtual promovida pela Comissão de Educação, Cultura e Desporto e pela Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, na noite de terça-feira, 25.

O PL 133/2019, de autoria da deputada Paulinha (PDT), objetiva, principalmente, regulamentar em Santa Catarina a Lei Federal 13.935/2019, que dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica. A proposta está em análise na Comissão de Educação da Alesc, sob a relatoria da deputada Luciane Carminatti (PT), que solicitou a realização da audiência.

A parlamentar acredita que a lei deve ser aprovada e implementada, porém defende que a atuação conjunta entre professores, psicólogos e assistentes sociais reforce a luta por uma escola de qualidade, laica, como espaço de integração e diversidade. “O objetivo dessa lei é elevar o nível da qualidade da educação”, afirmou Luciane. “Não é para fazer cura gay, cura religiosa, não pode ter viés autoritário, fundamentalista e conservador. Escola é o espaço da integração, do respeito, do diálogo e não da padronização do comportamento.”

A deputada Marlene Fengler (PSD), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, afirmou que a atuação de psicólogos e assistentes sociais será importante no enfrentamento das consequências da pandemia da Covid na comunidade escolar.

Preparativos

A representante da Secretaria de Estado da Educação (SED) na audiência, Maria Tereza Hermes Cobra, afirmou que o PL 133/2019 representa um amparo legal à implementação da lei federal nas escolas do Estado. Para ela, a presença desses profissionais vai ao encontro das bases curriculares, nos planos da Educação e trará resultados positivos para a qualidade do ensino.

Maria Tereza informou que a implantação da norma já está em discussão na SED.  A expectativa é que já para 2022 haja psicólogos e assistentes sociais atuando no órgão central da SED e nas coordenadorias regionais.

Débora Ruviaro, representante do Grupo de Trabalho Estadual do Serviço Social e Psicologia na Educação, relatou o trabalho de implementação da lei federal em Santa Catarina, que envolve várias entidades ligadas às duas áreas. “Nossa preocupação não é só com a implantação da lei em si, mas com a qualidade do serviço que será prestado por esses profissionais”, comentou.

Ela defendeu a aprovação do PL 133/2019 ainda este ano. “A atuação desses profissionais está alicerçada nos direitos humanos e no acesso à educação como um direito de todos”, disse.

Opiniões

O professor Celso Tondin, da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee), ressaltou que os psicólogos não serão profissionais da saúde atuando nas escolas, mas, sim, profissionais da educação. O objetivo, segundo ele, não é oferecer atendimento individualizado aos alunos. “Os psicólogos vão trabalhar em conjunto com os educadores e os assistentes sociais na melhoria do processo de aprendizagem”, resumiu.

Kênia Figueiredo, do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), ressaltou que o compromisso dos profissionais do serviço social é com a educação pública de qualidade e o fortalecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Podemos trazer contribuições para a comunidade escolar e para as famílias através de ações que vão contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem”, afirmou.

Para o psicólogo Rudinei Beltrame, do Laboratório de Psicologia Escolar e Educacional (Lapee) da UFSC, a implantação da lei na rede pública de ensino faz uma reparação histórica com crianças e adolescentes que têm suas trajetórias marcadas pelo abandono do ambiente escolar. “Há muitas possibilidades de trabalhos para esses profissionais, com os estudantes, com as famílias, envolvendo a comunidade”, considerou.

Desafios

Para o promotor de Justiça João Luiz Botega, presidente do Conselho Consultivo do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (CIJ) no Ministério Público Estadual, a implantação da lei enfrenta dois desafios: a regulamentação das atribuições de psicólogos e assistentes sociais nas escolas e a quantidade de profissionais necessária para atender a demanda da rede.

“Faço um apelo para que os municípios e o Estado avancem nessa questão”, disse o promotor. “A presença desses profissionais não é para fazer psicoterapia individual, é para promover ações voltadas à cultura de paz, mediação de conflitos, combate à evasão escolar, fortalecer a gestão democrática nas escolas.”

Gérson Sicca, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), alertou para a necessidade do Estado e dos municípios planejarem a contratação desses profissionais. “É preciso discutir isso no orçamento, sabem o que é necessário, qual será o custo”, comentou.

A diretora-executiva da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), Sisi Blind, e a representante da União dos Dirigentes Municipais de Ensino (Undime-SC), Ivana Dias, consideraram que a lei é uma conquista para a educação, mas demonstraram preocupação com sua implantação nos municípios, em especial com a diferença nas cargas horárias entre os profissionais envolvidos e também com as restrições impostas para contratações pelo serviço público pela Lei Complementar Federal 173/2020, que controla os gastos públicos durante a pandemia da Covid.

Luiz Carlos Vieira, dirigente do Sinte-SC, sindicato que representa os profissionais da educação pública estadual, considerou que a atuação de psicólogos e assistentes vai representar um salto qualitativo na aprendizagem e vai ajudar no fortalecimento da comunidade escolar. “Mas queremos que esses profissionais estejam conosco na luta pela valorização da educação. Queremos formação continuada, salário e carga horária compatíveis. Não podem ser precarizados com contratos temporários”, afirmou,

Também participaram da audiência Adélcio Machado dos Santos, do Conselho Estadual de Educação (CEE-SC), e Norma Cosmo, do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Nacional

Foi promulgada em 2019, a Lei 13.935/19 que garante atendimento por profissionais de psicologia e serviço social aos alunos das escolas públicas de educação básica.

De acordo com lei, equipes multiprofissionais deverão atender os estudantes dos ensinos fundamental e médio, buscando a melhoria do processo de aprendizagem e das relações entre alunos, professores e a comunidade escolar.

Quando houver necessidade, os alunos deverão ser atendidos em parceria com profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

Veto derrubado

A norma originou-se do Projeto de Lei PL 3688/00, do Senado, aprovado pela Câmara em setembro. A proposta foi vetada integralmente pelo presidente da República em outubro de 2019, que argumentou que o projeto criava despesas obrigatórias, sem que se tenha indicado a respectiva fonte de custeio. No entanto no fim do mesmo mês, o Congresso derrubou o veto. (Fonte: Agência Câmara de Notícias)

Alesc aprova compra de vacinas contra o Covid-19 pela iniciativa privada

148 views
10 mins leitura

Por maioria de votos, os deputados aprovaram na sessão ordinária desta quarta-feira, 19, o projeto de lei (PL) que permite a compra de vacinas contra a Covid-19 pela iniciativa privada catarinense. A matéria, de autoria do deputado Valdir Cobalchini (MDB), segue para a votação da Redação Final antes de ser encaminhada para análise do governador.

Conforme o texto do PL 85/2021, pessoas jurídicas de direito privado poderão comprar as vacinas, desde que sejam autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tenham, no mínimo, 50% de eficácia. Além disso, as empresas, para aplicar os imunizantes, deverão obedecer ao Plano Nacional de Imunização estabelecido pelo Ministério da Saúde e doar 50% das doses compradas para o Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta recebeu os votos contrários dos deputados Bruno Souza (Novo) e Jessé Lopes (PSL).

“Na minha atuação parlamentar, sempre busquei ter projetos de qualidade. Acredito que mais vale a efetividade dos projetos do que a quantidade de projetos apresentados. Desta forma, temos conseguido avançar com ações importantes. Foi assim com outros Projetos de Lei. Não foi diferente hoje, com a aprovação em plenário do projeto que autoriza a compra de vacinas pelo setor privado. Esta é uma demanda que nos chegou do próprio setor empresarial, interessado em auxiliar no enfrentamento da pandemia. Isso é Santa Catarina: um estado em que todos se unem em busca da solução dos problemas. Assim que o Governador sancionar nosso projeto, o setor privado certamente utilizará toda sua expertise para que o número de vacinas disponíveis se amplie consideravelmente. Entregar resultados concretos: é assim que busco trabalhar. Sempre com coragem para fazer a diferença em favor do nosso povo”, destacou o parlamentar.

Projeto na Câmara Federal

A Câmara dos Deputados já concluiu a votação do projeto que permite à iniciativa privada comprar vacinas para a imunização de empregados, desde que seja doada a mesma quantidade ao Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta será enviada para análise do Senado.

Segundo o texto, os empresários poderão comprar vacinas que ainda não tiveram aval da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde que autorizadas por agências reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa aquisição pode ser feita diretamente pelas empresas ou por meio de consórcio.

A medida autoriza que trabalhadores prestadores de serviço também sejam beneficiados com a vacinação, inclusive estagiários, autônomos e empregados de empresas de trabalho temporário ou de terceirizadas. O texto prevê que a vacinação dos empregados deve seguir os critérios de prioridade estabelecidos no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O projeto libera empresas a contratarem estabelecimentos de saúde que tenham autorização para importar e dispensar as vacinas, como hospitais, laboratórios ou farmácias, para intermediar a compra do imunizante.

Multa

Em caso de descumprimento das exigências, a empresa estará sujeita ao pagamento de multa equivalente a dez vezes o valor gasto para comprar vacinas, além de sanções administrativas e penais.

Economia

Para o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), a proposta pode diminuir o impacto da pandemia de covid-19 no setor econômico do país. “A vacinação se constitui, por enquanto, a principal ferramenta para debelar a crise econômica ocasionada pela covid-19. Nesse sentido, é imprescindível e urgente a viabilização de medidas que permitam a imunização do maior número de pessoas no menor espaço de tempo, a fim de evitar o aumento no contágio, o colapso no sistema de saúde e o agravamento da crise econômica e trabalhista decorrente da pandemia”, afirmou o congressista.

Impasse

Na avaliação de parlamentares de oposição, a matéria vai instituir uma fila dupla para vacinação no país. Os deputados de partidos contrários ao projeto usaram o chamado “kit obstrução” para tentar adiar a apreciação da matéria.

“Nós estamos, infelizmente, no nosso ponto de vista, consolidando a criação de uma fila dupla para acesso à vacina, em um cenário em que há escassez de insumos, em um cenário em que nem mesmo o Governo — porque não quis comprar vacina lá atrás — tem vacinas para oferecer para o povo brasileiro. Então, há uma possibilidade nesse momento de se romper com o Plano Nacional de Imunização, de se vacinarem pessoas sem critérios epidemiológicos”, afirmou a líder do PSOL, deputada Talíria Petrone (RJ).

O deputado Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde, argumentou que os empresários encontrarão barreiras para adquirir os imunizantes já que as produtoras de vacinas comercializam direto com os governos dos países. “Quem vendeu para o Ministério da Saúde já disse publicamente que não vende para empresário, nem aqui no Brasil, nem na Europa, nem nos Estados Unidos, porque são empresas sérias que não se submetem a essa ação inescrupulosa que, infelizmente, está sendo aprovada, que vai furar fila da vacina no nosso País”, argumentou. 

“Já disseram que não vendem, que não fazem negócio, e não fazem, porque sabem da insegurança que é essa ação. Elas sabem, inclusive, que está no texto da lei que a autoridade da OMS não está exigindo a certificação de nível quatro, que é o que estava na lei anterior. Ouçam parlamentares, estão aprovando algo que vai permitir a importação de vacinas de baixa qualidade”, completou.

Portaria estabelece recursos para o enfrentamento à Covid nos municípios

Foi publicada no Diário Oficial da União, na quarta-feira, 12, a Portaria GM/MS Nº 894, DE 11 DE MAIO DE 2021 que institui, em caráter excepcional, incentivos financeiros federais de custeio no âmbito da Atenção Primária à Saúde, a serem transferidos, em parcela única, aos municípios e Distrito Federal, para enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) decorrente da Covid-19.

Os recursos que serão destinados para a região do planalto norte terão papel importante na manutenção de unidades básicas de saúde, assistência de gestantes e crianças, idosos que se encontram com limitações de locomoção, além de que os repasses tem objetivo de estimular o trabalho das equipes de assistência em saúde.

A transferência de recursos trará para os municípios da Amplanorte em torno de um milhão de reais que auxiliarão no funcionamento de serviços ofertados no âmbito da Atenção Primária à Saúde para o enfrentamento da Covid-19, por meio dos seguintes incentivos financeiros, conforme Capítulos I a IV da portaria:

I – incentivo financeiro per capita;

II – incentivo financeiro para cuidado em saúde das pessoas idosas;

III – incentivo financeiro para atenção à saúde de crianças e gestantes; e

IV – incentivo financeiro para assistência à saúde aos povos e comunidades tradicionais.

Moises é afastado novamente do governo de SC

131 views
12 mins leitura

Por 6 votos a 4, o Tribunal Especial de Julgamento acatou a denúncia contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) no caso dos respiradores, em sessão encerrada no fim da noite de sexta-feira, 26. Com a decisão, Moisés será temporariamente afastado do cargo por até 120 dias e julgado por crime de responsabilidade pela aquisição fraudulenta dos 200 ventiladores pulmonares artificiais, em março do ano passado. A vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) assumiu interinamente o comando do Estado nesta terça-feira (30).

A governadora interina Daniela Reinehr afirmou que priorizará as ações de saúde durante seu período no comando do Estado e conclamou a sociedade catarinense a um compromisso pela vida. As declarações foram dadas durante uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, 30, no Centro Administrativo. Segundo a chefe do Executivo, o momento exige a união de todos os setores para superar as dificuldades proporcionadas pela pandemia de Covid-19.

Daniela Reinehr também contou que buscará fomentar o desenvolvimento econômico do Estado, mesmo diante dos desafios impostos pelo atual momento. O diálogo institucional com os poderes também será ampliado. Segundo ela, todas as iniciativas que busquem o desenvolvimento de Santa Catarina terão voz e contarão com o apoio do Governo do Estado.

“O momento é de união e não mediremos esforços para preservar a vida de todos em Santa Catarina. O combate à pandemia será nossa prioridade máxima e também não nos descuidaremos do desenvolvimento econômico. Precisamos garantir a empregabilidade e a estabilidade do nosso Estado. Contamos com o apoio de todos os segmentos da sociedade para alcançarmos esse objetivo”, afirmou a governadora.

Daniela Reinehr também anunciou mudanças no secretariado, com novos nomes para pastas como a Saúde, Casa Civil, Infraestrutura, Procuradoria-Geral do Estado, Comunicação e Casa Militar.

A Casa Civil será ocupada por Gerson Luiz Schwerdt. A Procuradoria-Geral, pelo procurador de carreira Luiz Dagoberto Brião. A Secretaria de Estado da Saúde ficará sob o comando da deputada Carmen Zanotto, e a Secretaria de Estado da Infraestrutura, por Leodegar Tiscoski.

O tenente-coronel da Polícia Militar Alessandro Marques será o novo chefe da Casa Militar. Já a Secretaria Executiva da Comunicação fica a cargo de Miguel Bertolini.

Com a deputada Carmen assumindo a pasta da saúde, a suplente da deputada é a ex-vereadora de Canoinhas Norma Pereira (PSDB), que deverá assumir a cadeira na câmara Federal nos próximos dias. 

“Estes são nomes técnicos e que prontamente atenderam ao nosso chamado, entendendo as dificuldades pelas quais estamos passando e os desafios que temos pela frente. Tenho certeza que essa equipe, com os reforços que estão chegando e os que permanecem à frente das demais secretarias, não medirá esforços para que a gente consiga dar uma injeção de ânimo e de esperança para o povo catarinense em um momento de muitas incertezas”, afirmou Daniela Reinehr.

O julgamento

Eram 23h32 quando o presidente do tribunal, desembargador Ricardo Roesler, proclamou o resultado, após mais de 12 horas de sessão. “O momento reclama comprometimento”, disse o magistrado. “Rogo a todos que mantenham esse espírito elevado. É preciso resgatar esse espírito de pertencimento do povo catarinense.”

A sessão começou por volta das 9 horas, com a homenagem do presidente do tribunal aos profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate à Covid-19. Roesler lembrou que, justamente pelo agravamento da pandemia, a sessão foi realizada de forma remota. O desembargador também deixou sua solidariedade às vítimas da doença. Outros julgadores também se somaram à manifestação, no decorrer da sessão.

A denúncia apreciada pelos julgadores apontava possível cometimento de crime de responsabilidade pelo governador na compra dos 200 respiradores não entregues, na tentativa de contratação do hospital de campanha que seria instalado em Itajaí, na prestação de informações falsas à CPI dos Respiradores e na não adoção de procedimentos administrativos contra os ex-secretários de Estado Helton Zeferino (Saúde) e Douglas Borba (Casa Civil). Apenas o ponto referente aos respiradores foi acatado pelos julgadores.

Está é a segunda vez que Moisés é afastado da chefia do Executivo estadual. No ano passado, entre outubro e novembro, ele também foi afastado em função do processo de impeachment referente ao reajuste dos procuradores do Estado. No julgamento, ele foi absolvido e retornou ao cargo.

Os votos

Após a manifestação dos advogados de acusação e de defesa, a relatora, a desembargadora Rosane Wolff, proferiu, por quase duas horas, o voto, no qual recomendou o acatamento da denúncia, excluindo a questão relacionada à tentativa da contratação do hospital de campanha de Itajaí.

Segunda julgadora a votar, a desembargadora Sonia Schmidt considerou que cabia julgar Moisés pela compra dos respiradores, descartando os demais pontos da denúncia. Ela reforçou a tese de que houve omissão do chefe do Executivo na questão dos respiradores.

O deputado Marcos Vieira (PSDB) foi o primeiro parlamentar a apresentar seu voto e rejeitou a denúncia. Ele considerou que Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e Polícia Federal (PF) afastaram a responsabilidade direta de Moisés na compra dos respiradores. “Se o Judiciário absolver o governador, não teremos condições de devolver o seu mandato”, disse Vieira.

O desembargador Roberto Lucas Pacheco foi o quarto julgador a se manifestar e acatou a denúncia nos pontos referentes aos respiradores e à prestação de informações falsas à CPI. “Ainda que o ordenador direto da despesa tenha sido o secretário da Saúde, a omissão do governador deve ser considerada relevante”, afirmou o magistrado.

Na sequência, o deputado José Milton Scheffer (PP) votou contra a deliberação da representação e considerou Moisés vítima da “difícil tarefa de manter a governabilidade”. Para ele, o governante não tem como acompanhar detalhes de todos os processos de compra do Estado. “Isso compete aos secretários, superintendentes e diretores”. O deputado também apelou pela manutenção da estabilidade política do Estado, num momento delicado como o atual.

Sexto a se manifestar, o desembargador Luiz Zanelato votou pelo recebimento da denúncia na questão dos respiradores. Para ele, na condição de governador, Moisés não teria como fiscalizar todos os atos de seus subordinados diretos, mas, por ter conhecimento da compra dos ventiladores, o governador deveria ter agido. “Há expressivos indícios de que o denunciado tinha conhecimento [da compra dos respiradores] e deveria evitar a concretização da operação, feita sem as devidas exigências legais”, comentou.

Já era noite quando o deputado Valdir Cobalchini (MDB) votou contra o acolhimento da denúncia. Relator da comissão especial do impeachment na Alesc, o parlamentar afirmou que, da análise inicial da representação, em outubro, até hoje, procedimentos feitos pela polícia e pelo Ministério Público apontaram que “não é possível afirmar com segurança que Carlos Moisés teve ciência dos aspectos mais específicos da compra dos respiradores.”

O deputado Fabiano da Luz (PT) foi o próximo a votar. Ele relembrou que votou pela abertura do processo de impeachment e afirmou que decisões do Tribunal de Contas do Estado (TCE), no Ministério Público e da Polícia Federal o fizeram mudar de ideia. “Há de se ter cautela quando estamos com martelo [de juiz] na mão”, ponderou. “Noto a falta de provas da participação do governador, bem como que ele tenha se beneficiado dessa compra”, completou.

Penúltimo a se manifestar, o desembargador Luiz Fornerolli afirmou que decisões do MP e da PF não poderiam ser utilizadas no julgamento do impeachment, por se tratarem de outras investigações. O magistrado citou nove evidências que o levaram a votar pelo acolhimento da denúncia no caso dos respiradores e da prestação de informações falsas à CPI da Alesc. “Tenho enorme tristeza em chegar a essa conclusão, mas a função me impõe”, concluiu.

O último julgador a votar, o deputado Laércio Schuster (PSB) definiu o placar pelo afastamento de Moisés e o prosseguimento do processo de impeachment. Ele afirmou que Moisés se colocou na posição de líder no combate à doença e, por isso, “deveria ter tido um zelo que não teve”. Para o parlamentar, há indícios suficientes para se processar o governador. “Por que deveríamos nos furtar de investigar?”, questionou Laércio, que votou pelo acolhimento da denúncia dos respiradores e da não responsabilização dos ex-secretários.

Vacinação contra covid: Confira os dados locais e estaduais

//
235 views
4 mins leitura

O Paraná aplicou mais de meio milhão de vacinas no primeiro mês da campanha De Domingo a Domingo. Desde o início da campanha, 529.615 doses de vacinas contra o Covid-19 foram aplicadas nos fins de semana, uma média de 52 mil doses/dia. Já em Santa Catarina, um relatório estadual de vacinação divulgado no dia 23 aponta que o estado aplicou um total de 1.463.434 doses da vacina. Atualmente, União da Vitória já vacina idosos com mais de 62 anos, e Porto União, idosos com mais de 60 anos.
A campanha De Domingo a Domingo, criada pelo Governo do Estado do Paraná no dia 26 de março, atingiu a marca de 529.615 doses da vacina aplicadas nos fins de semana, uma média de 52 mil doses/dia. As datas consideradas para a análise foram os cinco fins de semana de 27 de março a 25 de abril. O objetivo é acelerar a vacinação contra a Covid-19. De acordo com os dados do Vacinômetro, até a tarde desta segunda-feira (26), 2,4 milhões de doses da vacina já haviam sido aplicadas no Paraná, ou seja, mais de 21% deste total foi aplicado durante os fins de semana.
Outra estratégia do Governo do Estado para acelerar a vacinação no Paraná foi a criação, no dia 5 deste mês, do Corujão da Vacinação. A ideia é proporcionar a vacinação fora dos horários normais, disponibilizando
atendimento até a meia-noite em algumas regiões. O Governo do Estado também colocou aeronaves à disposição da Secretaria da Saúde para agilizar o envio dos imunizantes logo que chegam ao Paraná. A média de tempo entre a chegada das vacinas e o recebimento nas Regionais de Saúde tem sido de até 24 horas.
O Balanço Parcial de vacinação contra a Covid-19 divulgado nesta sexta-feira, 23, mostra que o estado aplicou um total de 1.463.434 doses da vacina contra a Covid-19 na população dos grupos prioritários. Do total, 990.324 foram da
primeira dose (D1) e 473.110 da segunda (D2). Em um comparativo com o boletim de doses divulgado na quarta-feira, 21, houve um aumento de 136.547 no número de doses aplicadas.
Os grupos prioritários que já iniciaram a vacinação são trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência e idosos institucionalizados, indígenas, quilombolas, idosos com 60 anos ou mais e profissionais das forças de segurança e
salvamento. Todas as 129.750 doses da vacina contra a Covid-19 que chegaram ao Governo do Estado na manhã desta sexta-feira, 23, já estão sendo distribuídas.
Dados de vacinação contra o covid-19 de Porto União:
1° dose:
-Indígenas: 08
-Instituições de Longa Permanência: 03
-Profissionais da saúde: 943
-Idosos: 4.447
-Força e Segurança: 06
2° dose:
-Indígenas: 08
-Instituições de Longa Permanência: 02
-Profissionais da saúde: 519
-Idosos: 2.107
-Força e Segurança: 00
Dados de vacinação contra o covid-19 em União da Vitória, que já aplicou 7898
primeiras doses e 3241 segundas doses:-128 Idosos em Instituições de Longa Permanência
-1724 Profissionais da Saúde
-37 Profissionais de Força de Segurança
-6009 Idosos com mais de 63 anos


Fontes: Agência de Notícias do Paraná, Governo de Santa Catarina,
Agência Brasil, Prefeituras Municipais de União da Vitória e Porto União

SC registra queda em todos os indicadores de criminalidade no primeiro trimestre e tem melhor março da história no número de furtos e roubos

108 views
2 mins leitura

Santa Catarina encerrou o primeiro trimestre de 2021 com queda em todos os indicadores de criminalidade frente ao mesmo período de 2020. Além disso, o mês de março registrou os números mais baixos da série histórica para ocorrências de roubos e furtos no Estado, com queda de 23%, conforme boletim da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, divulgado nesta terça-feira, 6.

“Mesmo diante do quadro de pandemia, que iniciou em março de 2020, os números seguem em queda. Os bons indicadores também refletem o empenho e a qualidade das nossas Forças de Segurança Pública em Santa Catarina”, afirma a governadora Daniela Reinehr.

FOTO: Governo de Santa Catarina

Os desempenhos englobam os registros do primeiro dia do ano até 31 de março e são comparados com o mesmo período do ano passado (01/01 a 31/03). Além de roubo e furto, os indicadores de homicídio, feminicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e confronto policial também apresentaram queda. 

“Os números provam o quanto o trabalho do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial está no caminho certo. Pela primeira vez, podemos comparar o mesmo cenário, pois em março do ano passado já estávamos em pandemia. E os números seguem caindo, provando que a queda não está ligada apenas ao isolamento social, mas ao intenso trabalho das nossas Forças de Segurança”, afirma o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, Charles Alexandre Vieira. 

Durante o primeiro trimestre de 2021, os números de homicídios mantiveram a queda, apresentando redução de 22,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Mesmo em período de pandemia, a violência doméstica e o feminicídio também tiveram baixas no Estado. O feminicídio caiu 33,3% e a violência doméstica caiu 4,7%, o que representa 900 registros a menos do que no primeiro trimestre do ano passado.

Fonte: Governo de Santa Catarina

Governadora reforça importância do setor produtivo durante abertura do 21º Simpósio Brasil Sul de Avicultura

109 views
2 mins leitura

A governadora Daniela Reinehr participou nesta terça-feira, 06, da abertura do 21º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA). O evento on-line segue até a quinta-feira, 08, e é considerado um dos maiores do segmento avícola latino-americano. Na ocasião, a governadora destacou a importância da  avicultura e do setor produtivo para a economia. 

Daniela Reinehr lembrou que, mesmo diante do cenário difícil, o mercado de aves teve um crescimento nas exportações e encerrou fevereiro com alta de 34% no faturamento em relação ao mês anterior em Santa Catarina. Foram mais de US$ 129,7 milhões gerados com a venda de 80,8 mil toneladas do produto. 

“Isso mostra a importância dessa matriz econômica para Santa Catarina, para o Brasil e para o mundo e também a força do trabalho do nosso povo. O setor produtivo catarinense é motivo de muito orgulho, estamos nos mercados mais exigentes do mundo com produtos de excelência. E hoje esse evento reforça a ainda mais a busca por tecnologia, inovação e qualidade. Podem contar sempre comigo, com o Governo do Estado como parceiro, como motivador”, reforçou.

Santa Catarina é o segundo maior produtor de carne de frango do Brasil e o produto é o principal item da pauta de exportações catarinense. O estado conta com cerca de 5,9 mil avicultores e em 2020 exportou 965 mil toneladas de carne de frango, com um faturamento que passa de US$ 1,5 bilhão.

“Nosso estado é uma referência internacional pela qualidade e profissionalismo de nossa produção. A avicultura é uma das grandes forças do nosso agronegócio e da economia catarinense. Eventos como este são fundamentais para planejarmos o futuro e reforçarmos os cuidados tão necessários para manter o nosso grande diferencial que é a sanidade animal”, disse o secretário da Agricultura, Altair Silva. 

Fonte: Governo de Santa Catarina

Aprovados projetos sobre Lei Maria da Penha, educação e cultura

174 views
6 mins leitura

Os deputados estaduais aprovaram, na sessão desta quarta-feira (31), projetos de lei (PLs) relacionados ao combate à violência contra a mulher, além de propostas na área da educação e da cultura. As matérias serão votadas em Redação Final, na semana que vem, antes de ir para análise da governadora em exercício.

O PL 79/2018, do deputado Rodrigo Minotto (PDT), institui o Programa Maria da Penha vai à Escola. À proposta, foi apensado projeto de igual teor, de autoria da deputada Luciane Carminatti (PT). O objetivo é desenvolver ações, dentro das escolas, para a conscientização sobre a lei.

“Nada mais justo que no dia de hoje termos a aprovação desse projeto, que busca minimizar a violência contra a mulher”, afirmou Minotto. “É um avanço para o Parlamento a votação desse projeto. Nenhum adulto nasce violento, precisamos substituir a cultura da violência pela cultura do respeito, da igualdade, da valorização de mulheres e homens”, completou Luciane.

Jessé Lopes (PSL) e Bruno Souza (Novo) foram contra a iniciativa. Jessé considera o projeto segregador, pois não leva em conta a violência contra os homens, as crianças, os idosos, os anões. “Isso é bandeira política”, disse o parlamentar. “Brasileiro tem essa índole mais agressiva, mas temos que combater a violência como um todo.”

Já Bruno Souza afirmou que o PL era uma intervenção no sistema educacional. “Temos uma boa intenção, mas não temos o papel de executar. Criamos uma obrigação para a Secretaria de Estado da Educação e acabamos gerando um problema”, comentou.

A deputada Ana Campagnolo (PSL) foi autora de uma emenda ao PL 79/2018, com o objetivo, segundo ela, de amenizar os efeitos colaterais da iniciativa. “A emenda recomenda que se ensine a gravidade das falsas denúncias de violência doméstica, que podem acontecer por vingança ou chantagem”, explicou.

O outro projeto relacionado ao combate à violência contra a mulher que foi aprovado, de autoria do deputado Kennedy Nunes (PSD), é o PL 521/2019. A proposta trata da exibição de campanha de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher nos eventos realizados ou patrocinados pelo Governo do Estado de Santa Catarina.

Educação
O Plenário também aprovou o PL 93/2019, de Ada de Luca, que institui o portal da transparência nas escolas públicas mantidas pelo Estado e pelos municípios. “Com esse portal, pais, alunos e comunidade escolar poderão acompanhar informações sobre o dinheiro que a escola recebe, onde ele é investido, as obras realizadas”, afirmou a autora.

Também foi aprovado o PL 274/2019, do deputado Marcius Machado (PL), que trata do fornecimento de uniforme escolar na educação básica da rede pública do Estado de Santa Catarina, devendo o vestuário ser compatível com o clima de cada município.

Ainda na área da educação, os deputados rejeitaram o PL 156/2019, de Kennedy Nunes (PSD), que tratava da inclusão da disciplina Noções Básicas de Direito no currículo escolar do ensino médio nas escolas do estado. A proposta havia recebido parecer contrário da Comissão de Educação, Cultura e Desporto. Os deputados contrários argumentaram que a matéria era inconstitucional, pois invadia competência do Executivo, além de ferir a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

Cultura
Por maioria de votos, foi aprovado o PL 265/2019, que altera a lei que institui o Sistema Estadual de Cultura (Seic). Conforme a autora do projeto, deputada Luciane Carminatti, o pedido para a alteração partiu do Conselho Estadual de Cultura e possibilita que o presidente e vice-presidente do colegiado sejam eleitos pelos membros do conselho, algo que não está previsto na legislação vigente.

Por fim, foi aprovado o PL 511/2019, do deputado Felipe Estevão (PSL), que trata da divulgação de mensagem incentivando a doação de sangue, em todas as competições esportivas e eventos culturais, bem como em clubes de futebol, no âmbito do Estado de Santa Catarina.

Fonte: Agência da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina

Alesc implanta o Observatório Estadual da Violência Contra a Mulher

151 views
7 mins leitura

Após seis anos de sua promulgação, a lei estadual 16.620/2015, que permaneceu sem regulamentação por parte do governo estadual, foi assinado nesta quarta-feira (31), último dia do mês da mulher, o termo de cooperação técnica entre a Assembleia Legislativa (Alesc), instituições e entidades vinculadas para implantação do Observatório Estadual da Violência Contra a Mulher (OVM-SC). O evento, que reuniu o presidente da Alesc, deputado Mauro de Nadal (MDB), a governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido), e lideranças políticas e jurídicas, foi avaliado como um dia histórico à luta pela vida e segurança das mulheres catarinenses.

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina é a primeira do Brasil a contar com o OVM-SC. A implementação do OVM-SC foi coordenada pela deputada Luciane Carminatti (PT), por meio da Bancada Feminina. “O observatório vai servir para qualquer cidadão ou cidadã saber onde buscar dados cruzados sobre a violência contra a mulher, e para ser útil a embasar ações.”

Com a implementação do OVM-SC, Santa Catarina passa a ter um programa de monitoramento, registro e análise de dados interssetoriais relacionados à violência contra mulheres e meninas, necessário para embasar a proposição de políticas públicas de enfrentamento.  Além da Bancada Feminina, assinam o termo de cooperação técnica: Governo do Estado (Secretarias de Estado da Segurança Pública, Desenvolvimento Social, Saúde e Educação), Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, OAB/SC, UFSC e Conselho Estadual dos Direitos da Mulher.

O trabalho será realizado em uma sala no piso térreo do Palácio Barriga Verde, com profissionais e equipamentos cedidos pela Alesc, a partir de segunda-feira (5), e a divulgação dos primeiros dados levantados ocorre até o mês de junho.  Em novembro de 2020, as deputadas integrantes da Bancada Feminina destinaram emendas parlamentares impositivas na Lei Orçamentária de 2021, num total de R$ 400 mil, para estruturação do OVM-SC, a ser executada via Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social.

A UFSC também ofertará recursos humanos para análise dos dados apresentados por cada entidade. A autora da lei, a ex-deputada Ana Paula Lima (PT), lembra que a lei foi proposta porque o estado não tinha dados sobre a violência contra a mulher. “Foi uma forma de organizar esses dados e ter, assim, diretrizes para políticas públicas. O observatório é fundamental pra gente concretizar e saber a real situação da violência contra a mulher em SC.”

Manifestações
A governadora interina, Daniela Reinehr, salientou a importância do evento da assinatura do termo de cooperação técnica, coincidentemente no último dia do mês de março, o mês da mulher, por meio de um projeto que vem há muitos anos sendo reivindicado por entidades e por muitas mulheres. “A nossa principal referência é que precisamos de dados precisos para que se possa, com base neles, desenvolver políticas públicas em favor das mulheres.”

O presidente da Alesc, deputado Mauro de Nadal, também destacou a importância da assinatura. “A exemplo do Senado, o Parlamento catarinense, em relação às demais Assembleias Legislativas do Brasil, é protagonista com esse projeto. Isso é fruto de um trabalho muito perseverante de muitas mulheres que ocuparam espaço no nosso Parlamento. É um trabalho que vem há mais de um mandato e que conta com a sensibilidade dos poderes, do governo do Estado, do Tribunal de Justiça, dos órgãos, como o Ministério Público, a UFSC, Defensoria Pública. Então, são várias mãos que congregam e que fazem com que esse ato retire do papel essa iniciativa em Santa Catarina.”

Operacionalização do Observatório
A deputada Luciane Carminatti explica que o termo de cooperação técnica assinado traz também as responsabilidades e as atribuições de cada entidade parceira. Agora inicia a busca dos dados, que é uma informação fundamental já que o Observatório trabalha com a padronização dos dados. “Então, uma das primeiras tarefas é ver de onde vêm esses dados, de que forma serão apresentados, quais dados são importantes e a partir desta padronização, nós vamos constituir o site que apresentará o rosto do Observatório. Claro, que para isso acontecer, nós temos legislações que se cruzam, como a Lei de Proteção aos Dados, que precisa ser seguida, o que é possível na publicidade destes dados. Nós não queremos apenas levantar números, mas sim análise e interpretações destas informações para atuar no combate à violência contra a mulher.”

Fonte: Agência da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina

Moises é afastado novamente do governo de SC

146 views
17 mins leitura

Por 6 votos a 4, o Tribunal Especial de Julgamento acatou a denúncia contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) no caso dos respiradores, em sessão encerrada no fim da noite de sexta-feira, 26. Com a decisão, Moisés será temporariamente afastado do cargo por até 120 dias e julgado por crime de responsabilidade pela aquisição fraudulenta dos 200 ventiladores pulmonares artificiais, em março do ano passado. A vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) assumiu interinamente o comando do Estado nesta terça-feira (30).

A governadora interina Daniela Reinehr afirmou que priorizará as ações de saúde durante seu período no comando do Estado e conclamou a sociedade catarinense a um compromisso pela vida. As declarações foram dadas durante uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, 30, no Centro Administrativo. Segundo a chefe do Executivo, o momento exige a união de todos os setores para superar as dificuldades proporcionadas pela pandemia de Covid-19.

Daniela Reinehr também contou que buscará fomentar o desenvolvimento econômico do Estado, mesmo diante dos desafios impostos pelo atual momento. O diálogo institucional com os poderes também será ampliado. Segundo ela, todas as iniciativas que busquem o desenvolvimento de Santa Catarina terão voz e contarão com o apoio do Governo do Estado.

“O momento é de união e não mediremos esforços para preservar a vida de todos em Santa Catarina. O combate à pandemia será nossa prioridade máxima e também não nos descuidaremos do desenvolvimento econômico. Precisamos garantir a empregabilidade e a estabilidade do nosso Estado. Contamos com o apoio de todos os segmentos da sociedade para alcançarmos esse objetivo”, afirmou a governadora.

Daniela Reinehr também anunciou mudanças no secretariado, com novos nomes para pastas como a Saúde, Casa Civil, Infraestrutura, Procuradoria-Geral do Estado, Comunicação e Casa Militar.

A Casa Civil será ocupada por Gerson Luiz Schwerdt. A Procuradoria-Geral, pelo procurador de carreira Luiz Dagoberto Brião. A Secretaria de Estado da Saúde ficará sob o comando da deputada Carmen Zanotto, e a Secretaria de Estado da Infraestrutura, por Leodegar Tiscoski.

O tenente-coronel da Polícia Militar Alessandro Marques será o novo chefe da Casa Militar. Já a Secretaria Executiva da Comunicação fica a cargo de Miguel Bertolini.

Com a deputada Carmen assumindo a pasta da saúde, a suplente da deputada é a ex-vereadora de Canoinhas Norma Pereira (PSDB), que deverá assumir a cadeira na câmara Federal nos próximos dias. 

“Estes são nomes técnicos e que prontamente atenderam ao nosso chamado, entendendo as dificuldades pelas quais estamos passando e os desafios que temos pela frente. Tenho certeza que essa equipe, com os reforços que estão chegando e os que permanecem à frente das demais secretarias, não medirá esforços para que a gente consiga dar uma injeção de ânimo e de esperança para o povo catarinense em um momento de muitas incertezas”, afirmou Daniela Reinehr.

O julgamento

Eram 23h32 quando o presidente do tribunal, desembargador Ricardo Roesler, proclamou o resultado, após mais de 12 horas de sessão. “O momento reclama comprometimento”, disse o magistrado. “Rogo a todos que mantenham esse espírito elevado. É preciso resgatar esse espírito de pertencimento do povo catarinense.”

A sessão começou por volta das 9 horas, com a homenagem do presidente do tribunal aos profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate à Covid-19. Roesler lembrou que, justamente pelo agravamento da pandemia, a sessão foi realizada de forma remota. O desembargador também deixou sua solidariedade às vítimas da doença. Outros julgadores também se somaram à manifestação, no decorrer da sessão.

A denúncia apreciada pelos julgadores apontava possível cometimento de crime de responsabilidade pelo governador na compra dos 200 respiradores não entregues, na tentativa de contratação do hospital de campanha que seria instalado em Itajaí, na prestação de informações falsas à CPI dos Respiradores e na não adoção de procedimentos administrativos contra os ex-secretários de Estado Helton Zeferino (Saúde) e Douglas Borba (Casa Civil). Apenas o ponto referente aos respiradores foi acatado pelos julgadores.

Está é a segunda vez que Moisés é afastado da chefia do Executivo estadual. No ano passado, entre outubro e novembro, ele também foi afastado em função do processo de impeachment referente ao reajuste dos procuradores do Estado. No julgamento, ele foi absolvido e retornou ao cargo.

Os votos

Após a manifestação dos advogados de acusação e de defesa, a relatora, a desembargadora Rosane Wolff, proferiu, por quase duas horas, o voto, no qual recomendou o acatamento da denúncia, excluindo a questão relacionada à tentativa da contratação do hospital de campanha de Itajaí.

Segunda julgadora a votar, a desembargadora Sonia Schmidt considerou que cabia julgar Moisés pela compra dos respiradores, descartando os demais pontos da denúncia. Ela reforçou a tese de que houve omissão do chefe do Executivo na questão dos respiradores.

O deputado Marcos Vieira (PSDB) foi o primeiro parlamentar a apresentar seu voto e rejeitou a denúncia. Ele considerou que Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e Polícia Federal (PF) afastaram a responsabilidade direta de Moisés na compra dos respiradores. “Se o Judiciário absolver o governador, não teremos condições de devolver o seu mandato”, disse Vieira.

O desembargador Roberto Lucas Pacheco foi o quarto julgador a se manifestar e acatou a denúncia nos pontos referentes aos respiradores e à prestação de informações falsas à CPI. “Ainda que o ordenador direto da despesa tenha sido o secretário da Saúde, a omissão do governador deve ser considerada relevante”, afirmou o magistrado.

Na sequência, o deputado José Milton Scheffer (PP) votou contra a deliberação da representação e considerou Moisés vítima da “difícil tarefa de manter a governabilidade”. Para ele, o governante não tem como acompanhar detalhes de todos os processos de compra do Estado. “Isso compete aos secretários, superintendentes e diretores”. O deputado também apelou pela manutenção da estabilidade política do Estado, num momento delicado como o atual.

Sexto a se manifestar, o desembargador Luiz Zanelato votou pelo recebimento da denúncia na questão dos respiradores. Para ele, na condição de governador, Moisés não teria como fiscalizar todos os atos de seus subordinados diretos, mas, por ter conhecimento da compra dos ventiladores, o governador deveria ter agido. “Há expressivos indícios de que o denunciado tinha conhecimento [da compra dos respiradores] e deveria evitar a concretização da operação, feita sem as devidas exigências legais”, comentou.

Já era noite quando o deputado Valdir Cobalchini (MDB) votou contra o acolhimento da denúncia. Relator da comissão especial do impeachment na Alesc, o parlamentar afirmou que, da análise inicial da representação, em outubro, até hoje, procedimentos feitos pela polícia e pelo Ministério Público apontaram que “não é possível afirmar com segurança que Carlos Moisés teve ciência dos aspectos mais específicos da compra dos respiradores.”

O deputado Fabiano da Luz (PT) foi o próximo a votar. Ele relembrou que votou pela abertura do processo de impeachment e afirmou que decisões do Tribunal de Contas do Estado (TCE), no Ministério Público e da Polícia Federal o fizeram mudar de ideia. “Há de se ter cautela quando estamos com martelo [de juiz] na mão”, ponderou. “Noto a falta de provas da participação do governador, bem como que ele tenha se beneficiado dessa compra”, completou.

Penúltimo a se manifestar, o desembargador Luiz Fornerolli afirmou que decisões do MP e da PF não poderiam ser utilizadas no julgamento do impeachment, por se tratarem de outras investigações. O magistrado citou nove evidências que o levaram a votar pelo acolhimento da denúncia no caso dos respiradores e da prestação de informações falsas à CPI da Alesc. “Tenho enorme tristeza em chegar a essa conclusão, mas a função me impõe”, concluiu.

O último julgador a votar, o deputado Laércio Schuster (PSB) definiu o placar pelo afastamento de Moisés e o prosseguimento do processo de impeachment. Ele afirmou que Moisés se colocou na posição de líder no combate à doença e, por isso, “deveria ter tido um zelo que não teve”. Para o parlamentar, há indícios suficientes para se processar o governador. “Por que deveríamos nos furtar de investigar?”, questionou Laércio, que votou pelo acolhimento da denúncia dos respiradores e da não responsabilização dos ex-secretários.

Conheça mais sobre os novos secretários

Casa Civil

Gerson Luiz Schwerdt tem 56 anos e é advogado com especialização em Direito Tributário. Ingressou na carreira de procurador do Estado em 1993 e já exerceu as funções de procurador-geral do Estado, chefe da Procuradoria Fiscal e procurador-geral adjunto para Assuntos Administrativos na PGE.

Schwerdt também atuou como consultor jurídico na Casa Civil, diretor da SCPAR e membro dos conselhos de administração dos portos de São Francisco do Sul e de Imbituba.

Procuradoria-Geral do Estado

Luiz Dagoberto Brião tem 67 anos, é advogado e ingressou na carreira de procurador do Estado em 1993. Especialista na área tributária, fez mais de 550 sustentações orais em matérias fiscais e tributárias no Tribunal de Justiça de Santa Catarina só em 2019. O procurador já foi professor da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), da Escola do Ministério Público e da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).

Secretaria de Estado da Saúde

Carmen Emília Bonfá Zanotto é natural de Lages, enfermeira e está no terceiro mandato como deputada federal. Ela tem especialização em Administração Hospitalar pela Faculdade São Camilo (SP), em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto (SP), Recursos Humanos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e formação em Políticas para Primeira Infância na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Carmen já foi secretária adjunta e de Estado da Saúde entre 2007 e 2010. Atualmente é relatora da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, da Câmara Federal

Secretaria de Estado da Infraestrutura

Leodegar da Cunha Tiscoski é engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Natural de Sombrio, já atuou como secretário de Estado dos Transportes e Obras (1999-2002) e como secretário de Estado da Casa Civil (1992-1994). Servidor público aposentado, fez carreira no extinto Departamento de Estradas e Rodagem (DER), onde atuou como engenheiro, coordenador e engenheiro-chefe. Foi deputado estadual constituinte (1987-1991) pelo PDS, deputado estadual (1991-1999) e deputado federal (1999-2007) pelo PP. Atuou, ainda, como Secretário Nacional de Saneamento Ambiental (2007-2012) e como Secretário Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos (2012-2014) no Ministério das Cidades. É casado com Maria Elizabeth Pelegrini Tiscoski.

Casa Militar

Alessandro Marques, 47 anos, Florianópolis, é tenente-coronel da Polícia Militar e especialista em Segurança Pública. Atualmente estava na Chefia do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar de Santa Catarina.

Secretaria Executiva da Comunicação

Miguel Angelo Bertolini é formado em Economia com especialização em Administração e Gestão (MBA) pela Fundação Getúlio Vargas. Também tem formação pelo Programa de Desenvolvimento de Conselheiros e pelo PDA da Fundação Dom Cabral. Atuou na RBS e também no Executivo estadual, com passagem de nove anos na Secretaria de Estado da Comunicação e na Casa Civil. Foi secretário de Administração e Planejamento de Joinville de 2013 a 2020.

Coronavírus em SC: Estado confirma 793.856 casos, 752.777 recuperados e 10.419 mortes

123 views
9 mins leitura

O Governo de Santa Catarina informou que há 793.856 casos confirmados de Covid-19, sendo que 752.777 se recuperaram e 30.660 estão em acompanhamento. O número foi divulgado neste sábado, 27. O novo coronavírus causou 10.419 óbitos no estado desde o início da pandemia. A taxa de letalidade é de 1,31%.

Há 101 óbitos a mais em comparação com a última atualização diária. O total de confirmados cresceu 3.494, enquanto 3.885 pessoas passaram a se enquadrar nos critérios para serem consideradas recuperadas. Esses dados resultam numa diminuição de 492 no número de casos ativos.

As 295 cidades catarinenses já têm registro de casos confirmados, e 290 registraram ao menos um óbito. Estima-se que haja casos ativos em 292. A maior quantidade de pacientes que já confirmaram infecção está em Joinville, que contabiliza 76.856 casos. Na sequência, aparecem Florianópolis (68.612), Blumenau (40.924), Chapecó (31.064), São José (30.043), Criciúma (26.931), Palhoça (23.934), Balneário Camboriú (20.749), Itajaí (20.373) e Brusque (19.946).

Atualmente, há 1.411 leitos de UTI Adulto ativos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado, dos quais 1.399 estão ocupados, sendo 1.026 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19. A taxa de ocupação de UTI Adulto é de 99,1% e há 12 leitos livres atualmente.

Confira o detalhamento de casos confirmados por município:

Abdon Batista – 221
Abelardo Luz – 1100
Agrolândia – 728
Agronômica – 385
Água Doce – 646
Águas de Chapecó – 349
Águas Frias – 441
Águas Mornas – 670
Alfredo Wagner – 585
Alto Bela Vista – 103
Anchieta – 376
Angelina – 411
Anita Garibaldi – 747
Anitápolis – 290
Antônio Carlos – 1371
Apiúna – 645
Arabutã – 313
Araquari – 2535
Araranguá – 7568
Armazém – 1161
Arroio Trinta – 363
Arvoredo – 256
Ascurra – 932
Atalanta – 186
Aurora – 553
Balneário Arroio do Silva – 1499
Balneário Barra do Sul – 1140
Balneário Camboriú – 20749
Balneário Gaivota – 1009
Balneário Piçarras – 3511
Balneário Rincão – 1111
Bandeirante – 175
Barra Bonita – 97
Barra Velha – 3048
Bela Vista do Toldo – 56
Belmonte – 194
Benedito Novo – 835
Biguaçu – 9368
Blumenau – 40924
Bocaina do Sul – 347
Bom Jardim da Serra – 528
Bom Jesus – 304
Bom Jesus do Oeste – 114
Bom Retiro – 533
Bombinhas – 3062
Botuverá – 752
Braço do Norte – 6414
Braço do Trombudo – 469
Brunópolis – 151
Brusque – 19946
Caçador – 3960
Caibi – 467
Calmon – 21
Camboriú – 10239
Campo Alegre – 776
Campo Belo do Sul – 502
Campo Erê – 760
Campos Novos – 3572
Canelinha – 1075
Canoinhas – 3445
Capão Alto – 123
Capinzal – 3440
Capivari de Baixo – 3300
Catanduvas – 1314
Caxambu do Sul – 419
Celso Ramos – 285
Cerro Negro – 74
Chapadão do Lageado – 163
Chapecó – 31064
Cocal do Sul – 2381
Concórdia – 9619
Cordilheira Alta – 513
Coronel Freitas – 1338
Coronel Martins – 135
Correia Pinto – 917
Corupá – 1342
Criciúma – 26931
Cunha Porã – 664
Cunhataí – 183
Curitibanos – 2308
Descanso – 628
Dionísio Cerqueira – 882
Dona Emma – 328
Doutor Pedrinho – 202
Entre Rios – 528
Ermo – 270
Erval Velho – 438
Faxinal dos Guedes – 1273
Flor do Sertão – 77
Florianópolis – 68612
Formosa do Sul – 299
Forquilhinha – 3026
Fraiburgo – 2613
Frei Rogério – 170
Galvão – 219
Garopaba – 2763
Garuva – 1486
Gaspar – 6151
Governador Celso Ramos – 2123
Grão-Pará – 888
Gravatal – 1823
Guabiruba – 2236
Guaraciaba – 1032
Guaramirim – 5456
Guarujá do Sul – 250
Guatambú – 667
Herval d’Oeste – 2711
Ibiam – 132
Ibicaré – 363
Ibirama – 1155
Içara – 5080
Ilhota – 1451
Imaruí – 946
Imbituba – 5871
Imbuia – 416
Indaial – 7360
Iomerê – 162
Ipira – 281
Iporã do Oeste – 457
Ipuaçu – 735
Ipumirim – 439
Iraceminha – 268
Irani – 903
Irati – 249
Irineópolis – 289
Itá – 708
Itaiópolis – 1516
Itajaí – 20373
Itapema – 9197
Itapiranga – 1495
Itapoá – 1986
Ituporanga – 2274
Jaborá – 504
Jacinto Machado – 943
Jaguaruna – 2508
Jaraguá do Sul – 16952
Jardinópolis – 331
Joaçaba – 4065
Joinville – 76856
José Boiteux – 548
Jupiá – 150
Lacerdópolis – 344
Lages – 18711
Laguna – 4076
Lajeado Grande – 150
Laurentino – 836
Lauro Müller – 1746
Lebon Régis – 311
Leoberto Leal – 200
Lindóia do Sul – 688
Lontras – 737
Luiz Alves – 1622
Luzerna – 666
Macieira – 102
Mafra – 3224
Major Gercino – 256
Major Vieira – 189
Maracajá – 845
Maravilha – 3060
Marema – 187
Massaranduba – 1795
Matos Costa – 115
Meleiro – 888
Mirim Doce – 164
Modelo – 271
Mondaí – 825
Monte Carlo – 756
Monte Castelo – 184
Morro da Fumaça – 2709
Morro Grande – 338
Navegantes – 6456
Nova Erechim – 451
Nova Itaberaba – 293
Nova Trento – 1519
Nova Veneza – 1992
Novo Horizonte – 128
Orleans – 3734
Otacílio Costa – 2338
Ouro – 1015
Ouro Verde – 250
Paial – 141
Painel – 126
Palhoça – 23934
Palma Sola – 693
Palmeira – 177
Palmitos – 1389
Papanduva – 324
Paraíso – 48
Passo de Torres – 890
Passos Maia – 194
Paulo Lopes – 950
Pedras Grandes – 425
Penha – 3562
Peritiba – 271
Pescaria Brava – 1408
Petrolândia – 461
Pinhalzinho – 2399
Pinheiro Preto – 244
Piratuba – 453
Planalto Alegre – 223
Pomerode – 4201
Ponte Alta – 381
Ponte Alta do Norte – 193
Ponte Serrada – 731
Porto Belo – 2432
Porto União – 1604
Pouso Redondo – 1241
Praia Grande – 872
Presidente Castello Branco – 413
Presidente Getúlio – 1348
Presidente Nereu – 81
Princesa – 113
Quilombo – 1191
Rancho Queimado – 320
Rio das Antas – 310
Rio do Campo – 357
Rio do Oeste – 528
Rio do Sul – 6249
Rio dos Cedros – 851
Rio Fortuna – 515
Rio Negrinho – 2605
Rio Rufino – 189
Riqueza – 367
Rodeio – 1245
Romelândia – 213
Salete – 642
Saltinho – 128
Salto Veloso – 388
Sangão – 1463
Santa Cecília – 980
Santa Helena – 67
Santa Rosa de Lima – 260
Santa Rosa do Sul – 982
Santa Terezinha – 166
Santa Terezinha do Progresso – 160
Santiago do Sul – 139
Santo Amaro da Imperatriz – 3268
São Bento do Sul – 4583
São Bernardino – 209
São Bonifácio – 389
São Carlos – 620
São Cristóvão do Sul – 129
São Domingos – 948
São Francisco do Sul – 5574
São João Batista – 3638
São João do Itaperiú – 537
São João do Oeste – 414
São João do Sul – 777
São Joaquim – 1656
São José – 30043
São José do Cedro – 1021
São José do Cerrito – 448
São Lourenço do Oeste – 654
São Ludgero – 2098
São Martinho – 582
São Miguel da Boa Vista – 202
São Miguel do Oeste – 3522
São Pedro de Alcântara – 566
Saudades – 771
Schroeder – 2439
Seara – 1872
Serra Alta – 186
Siderópolis – 958
Sombrio – 2597
Sul Brasil – 289
Taió – 1608
Tangará – 761
Tigrinhos – 211
Tijucas – 5235
Timbé do Sul – 583
Timbó – 5678
Timbó Grande – 395
Três Barras – 1362
Treviso – 596
Treze de Maio – 929
Treze Tílias – 606
Trombudo Central – 836
Tubarão – 16680
Tunápolis – 889
Turvo – 1539
União do Oeste – 297
Urubici – 616
Urupema – 140
Urussanga – 2815
Vargeão – 216
Vargem – 242
Vargem Bonita – 516
Vidal Ramos – 316
Videira – 6187
Vitor Meireles – 311
Witmarsum – 184
Xanxerê – 7538
Xavantina – 328
Xaxim – 3500
Zortéa – 629

Fonte: Governo de Santa Catarina

Coronavírus em SC: Estado recebe medicamentos do kit intubação e distribui para unidades de Saúde

129 views
2 mins leitura

O Governo do Estado recebeu, nesta sexta-feira, 26, dois lotes de medicações do chamado kit intubação adquiridas com recursos próprios. Esses medicamentos são fundamentais para o atendimento de pacientes da Covid-19.

Foram entregues 17.304 unidades de brometo de rocurônio de 10 mg e 23.750 de atracúrio. As doses atenderão as unidades próprias do Estado e também serão encaminhadas, em forma de doação ou empréstimo, a hospitais municipais, filantrópicos e organizações sociais.

Por meio de uma articulação da SES junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) foi desenvolvido um formulário para que as unidades de saúde que possuem UTI-Covid preencham informações sobre os estoques de medicamentos e a previsão de uso. Assim, o Ministério da Saúde pode acompanhar as demandas e calcular a necessidade de envio dos medicamentos.

“Nós entendemos que é necessária uma articulação nacional para que possamos administrar os estoques desses medicamentos em todo o país. Estamos trabalhando e buscando alternativas de aquisição para não sofrermos com desabastecimento”, afirma o secretário de Estado de Saúde, André Motta Ribeiro.

A Secretaria segue recebendo as solicitações e atendendo as demandas dos municípios sempre que possível, visto que a demanda por essas medicações aumentou drasticamente e os fornecedores vêm apresentando dificuldades de cumprimento dos contratos.

Está prevista para as próximas horas a chegada de mais um lote de medicações do kit intubação, agora disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

Desde o início da pandemia o Estado doou 203,6 mil unidades de medicamentos a essas instituições, em um valor que ultrapassa os R$ 4 milhões. Também foram realizados empréstimos de 57.508 doses, somando R$ 380 mil.

Fonte: Governo de Santa Catarina

Direitos Humanos aprova PLs em prol de vítimas de violência doméstica

131 views
4 mins leitura

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa aprovou, nesta quinta-feira (25), quatro projetos de lei que priorizam o atendimento da mulher em políticas públicas e reforçam o enfrentamento à violência doméstica.

Um deles foi o PL  42/2019, de autoria da deputada Ada de Luca (MDB), que estabelece a promoção de ações que visem a valorização de mulheres e meninas e reforcem a prevenção e o combate à violência contra as mulheres. O deputado Jessé Lopes (PSL) propôs emenda para substituir o termo “mulher” por “pessoas” e “violência contra a mulher” por “violência doméstica”. A relatora, deputada Marlene Fengler (PSD), ressaltou que “o objetivo do projeto é valorizar justamente a mulher, dar visibilidade e tratar esse tema da violência contra a mulher, já que os números comprovam que as mulheres são as maiores vítimas da violência doméstica”. O relatório de Marlene foi aprovado por maioria, com voto contrário de Jessé.

Também com relatório da deputada Ada, apresentado na reunião pelo vice-presidente do colegiado, deputado Fabiano da Luz (PT), foi aprovado o PL 190/2019, de autoria do deputado Rodrigo Minotto (PDT), que altera a Lei Complementar nº 422, de 2008, que institui o Programa de Habitação Popular do Estado de Santa Catarina, com o fim de priorizar o atendimento à mulher vítima de violência doméstica. Em voto-vista, o deputado Jessé sugeriu que o termo “mulher” fosse substituído por “pessoas”, tal como sugeriu no projeto anterior. Conforme a justificativa dele, todas as pessoas são seres humanos. “Os homens também sofrem violência doméstica e precisam ser defendidos”, acrescentou. Prevaleceu, por maioria, o relatório de Ada de Luca.

Já na votação do PL 30/2019, de autoria da deputada Paulinha (PDT), que institui, no âmbito estadual, o Programa Tem Saída, destinado ao apoio às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, os deputados acataram, por maioria, emenda substitutiva do deputado Jessé, efetivando, desta vez, a alteração que ele havia proposto também nos projetos anteriores, substituindo o termo “mulheres” por “pessoas”. Jessé frisou que se trata de um projeto “inócuo”, apenas autorizativo, já qje existe uma instrução normativa e uma lei aprovada regulando a reserva de vagas para vítimas de violência nos contratos terceirizados da administração pública e autarquias estaduais.

O quarto projeto aprovado na comissão, relatado pelo deputado Fabiano, foi o PL 521/2019, do deputado Kennedy Nunes (PSD), que originalmente dispõe sobre a exibição de campanha de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher nos eventos realizados ou patrocinados pelo governo do Estado. Esse projeto foi aprovado com emenda modificativa do deputado Mauricio Eskudlark (PL), aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, substituindo “violência contra a mulher” por “violência doméstica”.

Os quatro projetos aprovados na Comissão de Direitos Humanos estão agora aptos à análise do Plenário

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina

FECAM deve assinar essa semana contrato de compra de doses de vacina

87 views
1 min leitura

A Federação Catarinense dos Municípios deve assinar essa semana o contrato de intenção de compra de mais 3,5 milhões de doses da Sputnik V. Foram 262 municípios de Santa Catarina que entregaram a documentação para a aquisição das vacinas dentro do prazo, inclusive o município de Calmon. Após a assinatura do contrato, o laboratório terá um prazo de 72 horas para enviar as doses.

Interesse nacional

Representantes de 18 estados e do Distrito Federal já demonstraram interesse na aquisição da vacina russa, visitando as instalações da farmacêutica União Química, no Distrito Federal. A empresa é responsável pela produção do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina russa Sputnik V.

A fabricação em escala comercial ainda depende da aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os governadores desses estados querem a liberação célere da vacina para que o início da produção em larga escala ocorra o quanto antes.

Fontes: Prefeitura Municipal de Calmon, Agência Brasil

Estados do Sul formam consórcio para fortalecer luta contra a Covid-19

/
151 views
12 mins leitura

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul se uniram em busca de saídas conjuntas para conter a expansão da crise sanitária decorrente da pandemia da Covid-19. A formalização do consórcio de saúde envolvendo os três estados da Região Sul foi sacramentada nesta quarta-feira, 17, em reunião na Casa D’Agronômica, uma das sedes do governo catarinense, em Florianópolis.

O anúncio foi feito pelos governadores Carlos Massa Ratinho Junior (Paraná), Carlos Moisés (Santa Catarina) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), além dos respectivos secretários de Saúde de cada estado. O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o antigo, Eduardo Pazuello, em processo de transição no comando da pasta, participaram do início da reunião.

A primeira medida tomada pelo grupo foi a criação de um mecanismo de solidariedade entre os estados. A boa relação entre os vizinhos vai permitir a implantação de um estoque regulador central de insumos, com a troca de boletins diários sobre as quantidades disponíveis de medicamentos, equipamentos e materiais.

“Um estado pode ajudar o outro conforme a necessidade pontual. Pode ser de um remédio para sedação, de cilindros de oxigênio ou respiradores, por exemplo. Quem tem mais naquele momento vai disponibilizar para quem tem menos”, destacou Ratinho Junior.

Ele explicou que com a consolidação do consórcio será mais fácil também colaborar e receber a ajuda de outras unidades da Federação, conforme o estágio da contaminação em cada região.

“Os três estados do Sul estão vivendo momentos semelhantes no enfrentamento da pandemia e esse encontro serviu para reforçar os laços que historicamente nos unem. Também conversamos com o ministro Pazuello, que está deixando a pasta, e o novo ministro, Marcelo Queiroga. Eles nos asseguraram que haverá um novo impulso na entrega de doses de vacina, para dar um maior ritmo à campanha de imunização”, reforçou Carlos Moisés.

O governador Ratinho Júnior, salientou que o Sul do Brasil no momento é o epicentro da nova variante do coronavírus (P1). Ele também ponderou que os três estados estão enfrentando uma escassez de medicamentos do kit intubação, o que reforça a necessidade de integração.

“Liguei para o governador do Amazonas Wilson Lima nesta quarta-feira e ele ficou de nos enviar cilindros para armazenamento de oxigênio. Sabemos das necessidades de cada estado, mas é esse tipo de colaboração que queremos tornar mais intensa a partir do consórcio”, destacou Ratinho Junior.

Além do compartilhamento, a intenção é que a unificação dos dados em estoque permita a compra coordenada de insumos, ampliando a capacidade de aquisição.

Estratégia semelhante vai valer para a regulação de leitos. Uma central única do Sul, com dados uniformes dos três estados, será implementada nos próximos dias como forma de facilitar a internação de pacientes, seja em UTIs ou quartos clínicos.

“É uma união pela saúde da Região Sul e do Brasil. Para que aquele estado que conseguir sair antes da crise, que se encontrar em uma situação melhor, posso ajudar os outros. É uma forma de amenizar o sofrimento da população neste grave momento da pandemia no País”, afirmou Ratinho Junior.

“É mais fácil um paciente do Norte de Santa Catarina acessar um leito do Sul do Paraná do que atravessar o estado em busca de uma vaga. O mesmo vale para as divisas do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. Essa agilidade salva vidas”, acrescentou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Na avaliação do governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, embora o número de mortes esteja em alta, a tendência é de uma estabilização no número de casos. Apesar disso, reforçou ser preciso seguir vigilante e manter a expansão dos serviços.

“É muito importante nos reunirmos presencialmente para trocarmos as melhores experiências. Os Estados do Sul possuem perfil socioeconômico semelhante e observaram um comportamento parecido ao longo de um ano de pandemia. Observamos inicialmente no mês de fevereiro esta forte inclinação na demanda de internações, em função da variante”, contou Leite.

VACINAS

Outro ponto é a união de esforços por meio da criação de um fundo único para prospecção e possível compra de vacinas de diferentes laboratórios do mundo. “Vamos programar uma reunião dos três governadores com os presidentes de diferentes farmacêuticas em uma tentativa de aquisição de mais imunizantes”, destacou Ratinho Junior.

Os três governadores reafirmaram, contudo, que todas as vacinas adquiridas pelo consórcio do Sul serão encaminhadas para o Ministério da Saúde como forma de encorpar e dar mais agilidade ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ou seja, serão usadas na proteção de todo o País, e não apenas na população residente no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Acreditamos que a compra tem de ser centralizada no Governo Federal, no Ministério da Saúde, para que não haja competição de quem compra primeiro. Vamos sinalizar aos laboratórios a intenção de adquirir as vacinas em conjunto”, explicou o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Durante a reunião com os representantes do Ministério da Saúde os três governadores reforçaram o pedido por agilidade na distribuição de medicamentos, especialmente sedativos, aparelhos como monitores e respiradores, além de maior celeridade na aquisição de vacinas.

“O momento é de união, de ajuda mútua em prol da população. Vejo com muita valia essa reunião de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Faremos o que for possível para ajudar”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que assumiu o comando da pasta nesta semana.

Participaram do encontro os secretários da Saúde, Beto Preto, e da Comunicação Social e Cultura, João Debiasi; o diretor-geral da secretaria de Saúde, Nestor Werner Junior; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; e o diretor executivo do Consórcio Paraná Saúde, Eduardo Setti.

Paraná distribui mais 129,2 mil doses para continuar vacinação de idosos com mais de 75 anos

A 6ª Regional de Saúde do Paraná em União da Vitória deve receber esta semana 2.150 doses.  O Governo do Estado começou a distribuição da uma nova remessa de vacinas contra o coronavírus ontem, 18. Serão 129.200 doses do imunizante CoronaVac, produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O lote corresponde à metade das doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde na terça-feira (16).

A distribuição da vacina às 22 Regionais de Saúde será iniciada às 11h30, no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba. As doses serão enviadas por transporte terrestre a todas as regionais.

Com o novo lote, o oitavo encaminhado pelo Ministério da Saúde, a secretaria estadual segue com a vacinação de dois grupos prioritários. São 106.930 doses destinadas a idosos com idade entre 75 e 79 anos, o que abrange aproximadamente 47% desse público-alvo, e 22.270 doses para os profissionais da saúde que ainda não receberam os imunizantes.

Até a tarde desta quarta-feira (17), o Paraná já havia vacinado 524.035 pessoas. No total, foram 707.103 doses aplicadas: 524.035 referentes à primeira dose e 183.068 à segunda. Ao todo, o Paraná recebeu do Governo Federal até o momento 1.260.000 doses.

SEGUNDA DOSE

A outra metade do novo lote, também composta por 129.200 doses, permanecerá armazenada no Cemepar para garantir a segunda aplicação. O direcionamento das farmacêuticas é de garantir um intervalo de 15 a 28 dias entre as aplicações para garantir a eficácia na imunização.

A expectativa do Paraná é de chegar à marca de 4 milhões de pessoas vacinadas até maio de 2021, seguindo as diretrizes de grupos prioritários previstas no Plano Estadual de Vacinação.

1 9 10 11 12 13 259