Projeto visa à distribuição e fornecimento absorventes higiênicos as mulheres de baixa renda em Porto União

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Deu entrada na Sessão desta segunda-feira, 12, na Câmara de Vereadores de Porto União projeto de lei que visa à distribuição e fornecimento absorventes higiênicos as mulheres de baixa renda do município. De autoria do vereador Fernando Batista Alves (Fernando Barulho) do PSDB, o projeto segue agora para as comissões da casa para apreciação e posteriormente votação em plenário.

Barulho utilizou a palavra na sessão para justificar o projeto aos demais vereadores presentes, “A dificuldade de acesso é a maior do que se imagina, a gente já sabe a dificuldade nessa questão, principalmente financeira, tudo pela falta dos recursos. A distribuição gratuita é fundamental para a saúde da mulher como para o seu desenvolvimento diário do trabalho e do estudo, isso afeta muitas nas escolas. A gente fez um levantamento através de alguns estudos, as alunas chegam a faltar até trinta dias durante o ano, por causa deste problema. Essas alunas muitas vezes nem sempre dispõem do produto no momento, tendo que recorrer na grande maioria, as maneiras nada saudáveis e higiênicas, que acarretam grandes constrangimentos e possíveis complicações na saúde”, comentou.

Segundo o projeto ficaria a cargo da Secretaria Municipal de Saúde e Desenvolvimento Social definir o melhor método distribuição e fornecimento do produto, “uma vez que essas secretarias conhecem a realidade das mulheres de baixa renda no município. Em Santa Catarina tem vários municípios que estão aderindo a esse projeto. A gente vê a grande dificuldade, fui fazer uma tomada de preço e realmente é caro mesmo o absorvente. Esse produto é tão importante quanto o preservativo, que hoje você encontra no SUS gratuitamente”, compara.

O projeto teve apoio imediato da vereadora Eliane Aparecida dos Santos (PSC), que atua como enfermeira no município. “Quero parabenizar o vereador por esse projeto e vi o carinho e respeito com as mulheres que o colega vereador teve. É um projeto de muita sensibilidade”, comentou.

Câmara Federal

Estão em análise na Câmara dos Deputados pelo menos dez projetos de lei visando garantir o acesso de mulheres de baixa renda a absorventes higiênicos. Só neste ano, cinco propostas com esse objetivo foram apresentadas.

A ideia é combater o que a Organização das Nações Unidas (ONU) chama de pobreza menstrual. Segundo o Fundo de População da ONU, a expressão se refere a dificuldade que mulheres de baixa renda enfrentam para ter acesso a produtos para o período menstrual, incluindo absorventes e tampões, mas também a remédios para cólica menstrual, banheiros adequados e água corrente.

A falta de acesso a esses produtos e facilidades leva ao risco de infecção no aparelho urinário para essas mulheres. “O tabu em torno da menstruação pode até impedir que meninas frequentem a escola e outros espaços, prejudicando sua educação e oportunidades econômicas”, acrescenta Astrid Bant, do Fundo de População da ONU. “A igualdade de gênero está no centro desse debate, e é preciso garantir que mulheres e meninas tenham seus direitos preservados, com acesso a produtos menstruais e a informações sobre saúde”, ressalta.

Entre as propostas em análise na Câmara, está o Projeto de Lei 4968/19, da deputada Marília Arraes (PT-PE), que cria um programa financiado pelo Ministério da Saúde de distribuição gratuita de absorventes higiênicos para todas as alunas das escolas públicas de nível fundamental e médio, por meio de cotas mensais.

A coordenadora da bancada feminina, Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), e outros líderes partidários apresentaram recentemente pedido de urgência para essa proposta, que aguarda análise do Plenário da Câmara.

Algumas propostas preveem a distribuição de absorventes nas escolas públicas

No Distrito Federal, foi publicada uma lei, em janeiro, que prevê a distribuição de absorventes higiênicos a mulheres e adolescentes de baixa renda nas escolas públicas locais e nas Unidades Básicas de Saúde. A ideia da deputada Marília Arraes é que essa seja uma política de âmbito nacional.

Também tramita na Câmara dos Deputados o PL 672/21, da deputada Lauriete (PSC-ES), que prevê o fornecimento gratuito de absorventes e tampões higiênicos não apenas para alunas de escolas e universidades públicas, como para famílias inscritas no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

Lauriete alerta que muitas mulheres passam por constrangimentos no período menstrual. “De acordo com a ONU, uma em cada dez meninas falta aulas no período menstrual por não ter condição financeira de adquirir um absorvente higiênico”, destaca. “É essencial para a mulher esse cuidado, e, assim como os preservativos são distribuídos gratuitamente, da mesma forma devemos garantir a distribuição de absorventes para mulheres e meninas que os solicitarem”, compara.

Redução de impostos

Já Projeto de Lei 128/21, do deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), além de prever o fornecimento gratuito dos produtos a famílias inscritas no CadÚnico, reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da contribuição para o PIS/Pasep incidentes sobre os absorventes e tampões higiênicos.

Para o deputado, essa é uma pauta de saúde pública essencial. “A educação menstrual precisa ser tratada nos programas de apoio a mulher nas escolas, nos postos de saúde. A falta de conhecimento com a falta de condições financeiras põe a mulher em situação de vulnerabilidade e sérias consequências emocionais”, afirma.

“As pessoas de classe média e alta não têm o alcance dessas consequências, mas alunas deixam de frequentar as escolas até 45 dias do ano letivo e muitas mulheres ainda faltam ao trabalho, sem contar o problema das presidiárias e de moradoras de rua”, acrescenta.

O Projeto de Lei 61/21, da deputada Rejane Dias (PT-PI), inclui entre as atribuições do Sistema Único de Saúde (SUS) a distribuição de absorventes higiênicos às mulheres em situação de vulnerabilidade social, como aquelas vivendo na rua ou em unidades de acolhimento provisório. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

No Estado de São Paulo programa já é realidade

O Governador de São Paulo, João Doria, lançou no dia 14 de junho, o programa Dignidade Íntima, que vai investir mais de R$ 30 milhões na distribuição de produtos de higiene menstrual a alunas de escolas da rede estadual. A verba será aplicada pela Secretaria da Educação por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola e vai beneficiar, principalmente, estudantes em situação de vulnerabilidade econômica e social.

“Nós temos razões de sobra para respeitar as mulheres, as meninas, as alunas e os direitos que elas possuem. Não pode ser a pobreza, o distanciamento, a vulnerabilidade a limitar a oportunidade de vida, principalmente na escola”, declarou o Governador na cerimônia de apresentação do projeto. “As professoras e diretoras sabem quem precisa ou não precisa de absorventes. E as que precisam, agora terão”, reforçou Doria.

O novo projeto da Secretaria da Educação foi planejado para atender todas as alunas da rede estadual, mas priorizando as que estão situação de vulnerabilidade. A distribuição dos produtos será feita de forma a garantir a privacidade das estudantes a partir de boas práticas e sugestões de escolas estaduais. A partir de julho, a pasta irá orientar as equipes escolares para o atendimento.

Seis em cada dez consumidores sofreram algum tipo de fraude financeira nos últimos 12 meses, aponta CNDL/SPC Brasil

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Levantamento indica crescimento de 28% na incidência de fraudes em comparação com 2019. Prejuízo aos internautas é de R$ 2,7 bi. Pagar e não receber o produto é a ocorrência mais comum

A pandemia da COVID-19 representou uma verdadeira transformação nos hábitos de consumo da população. Com as medidas de restrição de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e também de circulação das pessoas nas ruas, a população se viu obrigada a buscar os meios digitais para realizar boa parte de suas compras.

Com o crescimento das compras online, houve também um importante aumento nas fraudes ocorridas pela internet no Brasil. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, 59% dos internautas sofreram algum tipo de fraude financeira no Brasil nos últimos 12 meses, o que representa aproximadamente 16,7 milhões de brasileiros lesados. Um crescimento de 28% em relação à pesquisa realizada em 2019. De acordo com o levantamento, 51% das vítimas são mulheres, 49% são homens e 56% pertencem à classe C contra 44% na classe A/B.

Considerando o ranking das fraudes investigadas, estão entre as 5 principais apontadas pelos entrevistados: não receber por um produto ou serviço que comprou (41%), aquisição de produtos ou serviços que veio diferente das informações especificadas pelo vendedor (41%), clonagem de cartão de crédito ou débito (24%), golpes por meio de ligação, e-mail, SMS ou WhatsApp informando que a vítima tinha direito a receber um dinheiro, e para conseguir a quantia, deveria fornecer dados pessoais e bancários, além do pagamento de honorários (17%) e pagamento de falsa cobrança por meio de depósito, boleto falsificado ou adulterado (15%).

Entre os internautas que caíram nesse tipo de golpe, as cobranças mais citadas vieram, supostamente, de lojas e empresas (44%); de bancos e financeiras (26%); de serviços de TV por assinatura e/ou internet (24%); e de telefonia fixa ou móvel (9%). Até mesmo contas básicas foram citadas, como as de luz (6%) e água (3%).

Um leitor do Jornal O Iguassú, que quis se identificar apenas como Mário, comentou sobre clonagem de cartão de crédito que sofreu após fazer algumas compras on line. “Eu e minha esposa fizemos algumas comprar durante a semana através de sites, que normalmente fazíamos compras e na madrugada começamos a receber alertas de compras no celular. A sorte que escutamos o alerta do celular e cancelamos na hora os nossos cartões. Foram feitas comprar de cursos e produtos em lojas on line antes de cancelarmos. Ficamos quase um mês sem cartão até vir os novos cartões. Mas agora deixamos no aplicativo ligados apenas para compras físicas e quando precisamos comprar on line ligamos no aplicativo para essa comprar”, contou.   Segundo eles o banco do cartão de crédito cancelou os valores na fatura.  “Agora tomamos mais cuidados com as compras on line, apesar de sempre comprar em sites de confiança”, completa. O caso não foi único na família, alguns meses antes sua tia e seu irmão tiveram o mesmo problema com os cartões de crédito.  

Com a modernidade das tecnologias os golpistas também se aperfeiçoam. Com a chagada do PIx novos golpes são aplicados também. A Polícia Militar de Porto União postou em suas redes sociais orientações sobre esse novo golpe. “A Polícia Militar de Porto União informa que está acontecendo um novo tipo de golpe online agora com a modalidade de transação por PIX. A vítima recebe em sua conta um certo valor por PIX de uma pessoa desconhecida, em seguida o criminoso entra em contato com a pessoa dizendo ter feito aquela transação por engano e pergunta se a pessoa poderia fazer a devolução do valor”, diz a nota.

Segundo a PM o criminoso não realizou de fato o PIX, apenas deixou o valor agendado, e assim que a vítima realizar a devolução do dinheiro, o mesmo cancela o agendamento, fazendo com que a vítima fique sem o valor.

Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, é importante que consumidores, empresas e poder público se unam por um debate mais amplo e por medidas que tragam mais segurança para a população.

“O estudo mostra que a perda de documentos e o fornecimento inadvertido de dados, sobretudo através de atualizações cadastrais, e-mail, mensagens instantâneas ou chamadas telefônicas, são alguns dos fatores que antecederam o golpe e podem ter sido a porta de entrada dos criminosos. Entendendo que o processo de digitalização dos serviços financeiros é irreversível, e que traz consigo um grande potencial econômico, o propósito do estudo é ensejar a conscientização dos consumidores e empresários, e mobilizar o debate público sobre o assunto”, destaca Costa.

Eletrônicos e vestuário lideram a lista de itens não recebidos. Marketplace é principal canal de venda fraudulenta

De acordo com a pesquisa, 39% dos entrevistados que compraram algum item e não receberam mencionaram ter feito o pagamento por cartão de crédito e 28% apontaram que a empresa era de fachada em site ou perfil de rede social falso, criada apenas com o intuito de aplicar o golpe. Um quinto dos que tiveram esse problema (21%) ainda mencionaram o extravio do produto, sem que a empresa responsável fizesse a reposição.

A respeito do local onde as compras foram realizadas, 40% mencionaram sites de lojas que vendem produtos diversos (os chamados marketplaces). Vale destacar que esse percentual recuou 26 pontos percentuais na comparação com 2019 (67%). Já os sites de lojas específicas foram citados por 28% dos entrevistados, seguidos de perfis de empresa em rede social (23%).

Na listagem dos produtos não recebidos, os eletrônicos mantiveram o destaque já observado em 2019. Esses produtos foram citados por 30%. Roupas, sapatos e acessórios foram citados por 25% dos entrevistados, cosméticos e perfumaria por 14% e os eletrodomésticos por 12%.

O valor perdido com os produtos não recebidos chegou a R$ 140, em média, sendo que para 46% ficou abaixo de R$ 100; 6% citaram fraudes com produtos acima de R$ 800.

Falso agenciamento de empregos é o principal serviço contratado, mas não realizado

Em tempos de interesse crescente pelo tema dos investimentos e de surgimento de novos ativos, como as criptomoedas, 14% foram vitimados com a perda de dinheiro em investimentos fraudulentos, como golpe das ações ou fundo de aposentadoria e esquemas de pirâmide financeira.

De acordo com a pesquisa, 13% dos entrevistados relataram que o seu nome foi usado para a compra de itens ou contratação de serviços por terceiros, a partir de documentos falsos, perdidos ou roubados. Para aqueles que foram surpreendidos com a contratação de produtos em seu nome, as linhas de telefone celular foram o tipo de contratação mais citado, destacada por 27% dos entrevistados.

A contratação de internet registrou queda de 10 pontos percentuais no número de citações na comparação com 2019, passando de 29% para 19% em 2021. O serviço de TV por assinatura foi mencionado por 15%. Também houve contratação de crédito no nome dos entrevistados: empréstimos, crediário e financiamentos foram citados por, respectivamente, 13%, 11% e 7% dos que sofreram esse tipo de fraude.

A clonagem do número de celular e da conta de WhatsApp para solicitar dinheiro aos parentes e amigos das vítimas foi mencionada por 11%. Outros 11% relatam transações financeiras como saques, pagamentos ou transferências na conta bancária sem a autorização.

Da mesma forma que alguns bens não chegaram aos compradores, alguns serviços pagos não foram realizados: 12% mencionaram esse tipo de fraude. Entre esses consumidores, a ocorrência que mais se destacou foi o falso agenciamento de emprego, citado por 26%. Em seguida, aparecem os serviços de limpeza de nome sujo (23%) e de renegociação de dívida (17%). Agências de viagem e promotores de festa foram citados por, respectivamente, 11% e 9%.

“Em tempos de crise, o desemprego aumenta e o endividamento das famílias sobe, fazendo com que aumente também a procura por serviços de recolocação profissional e de renegociação de dívidas, que se destacaram na pesquisa entre os serviços contratados, mas não realizados. É importante que o consumidor fique atento a promessas fora do “normal”, sempre buscando informações sobre as empresas contratadas. No caso de renegociação de dívidas, o ideal é que se busque sempre os canais oficiais e procurar negociar diretamente com o credor, que tem todo o interesse de receber”, destaca o presidente da CNDL.

Aviso de mensagens para atualização ou confirmação de conta de e-mails ou redes sociais (28%), instalação de softwares desconhecidos no computador/celular (16%) e perda documentos pessoais (13%) são os fatos que mais antecederam as fraudes ocorridas.

Entre os que sofreram algum prejuízo financeiro por conta da fraude, considerando os custos incorridos para a resolução do problema e as perdas ocasionadas pela própria fraude, o valor médio do prejuízo foi de R$ 512,4, sendo que 20% mencionaram um valor acima de R$ 800. Com esses valores, estima-se que o prejuízo decorrente de fraudes financeiras sofridas no universo dos internautas brasileiros chegou a R$ 2,7 bilhões, incluídos os gastos na busca de reparação do problema.

De acordo a pesquisa, 65% conseguiram recuperar ao menos uma parte do que perdeu, sendo que 43% recuperaram todo o valor. Esse percentual cresceu 11 pontos percentuais na comparação com o observado em 2019 (32%).

Depois da fraude: 29% ainda não solucionaram o problema. 19% dos internautas ficaram com o nome sujo

Uma vez ocorrida a fraude, 27% conseguiram resolver o problema em menos de um mês, enquanto 24% levaram entre 1 mês e seis meses para resolver a situação. Além desses, 7% resolveram num prazo entre 7 a 12 meses, e 29% ainda não conseguiram resolver.

A pesquisa ainda aponta que 29% não tomaram nenhuma medida para solucionar o caso. Entre os principais motivos para a inércia, esses consumidores citam a baixa expectativa de que conseguiriam resolver o problema (45%); o fato de não saberem como fazê-lo (29%); e a escolha de não ter mais preocupações com o assunto (19%).

Por outro lado, as principais medidas para solucionar a fraude foram o contato com o banco e administradora de cartão (27%); a negociação com a empresa, pessoa ou instituição financeira para reaver valores ou reparar danos (18%); a abertura de boletim de ocorrência na polícia (16%). A procura de órgão de defesa do consumidor foi citada por 12%.

Entre as maiores dificuldades enfrentadas para solucionar o problema, a mais citada pelas vítimas de fraude foi a perda de tempo, lembrada por 45%. Em seguida, apareceram a burocracia para mostrar que a vítima estava com a razão (27%); a perda de dinheiro (26%); e a falta de conhecimento sobre quem poderia resolver o caso (20%).

Não bastasse a perda de dinheiro, alguns ainda tiveram que lidar com o constrangimento de ficar com o nome sujo em razão da fraude. Segundo a pesquisa, 19% dos internautas vítimas de fraude foram incluídos nos cadastros de devedores, sendo que 12% conseguiram resolver e 7% ainda permanecem com restrição no nome.

Os danos também são emocionais: 47% relataram ter sofrido stress por causa da fraude. Além disso, 15% citaram a perda de tempo; 14% mencionaram ajustes no orçamento para cobrir os prejuízos e 11% relataram depressão, ansiedade e outros problemas psicológicos, além da dificuldade para conseguir crédito (10%).

Conheça o Fisiculturismo e os atletas das Gêmeas do Iguaçu que o praticam

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Objetivo da prática esportiva é desenvolvimento dos músculos

O Fisiculturismo, já considerado por muitos especialistas da Educação Física como esporte, é uma modalidade esportiva que tem como objetivo o desenvolvimento da musculatura dos praticantes. Popularizado por nomes como Arnold Schawarzenegger e Fernando Sardinha, esse esporte tem se consolidado cada vez mais, no mundo e no Brasil. Para conhecer um pouco mais sobre o universo do Fisiculturismo, que também pode ser considerado um estilo de vida, conversamos com Anderson Polika, fisiculturista premiado na categoria Men’s Physique.

Jornal O Iguassú: Como você iniciou sua trajetória no fisiculturismo?

Anderson Polika: Eu comecei a praticar musculação com 16 anos de idade. Sempre tive interesse em treinar e competir algum dia, mas sempre fiquei naquele ‘Será que vou, será que não vou’. Com 22 anos de idade, comecei a me regrar mais em dieta, focar mais no treino. Quando vi que comecei a ficar bom e que já dava para tentar subir no palco, eu disse ‘Agora eu vou’. No meu primeiro campeonato, em 2019, as poses que aprendi foi perguntando para o pessoal, mas a maioria aprendi tudo no YouTube. Não sabia se estava certo ou errado, como era ou não era. Fui no primeiro campeonato só para ver o que acontecia e já fiquei entre os 7 melhores. Após mais de 6 meses de preparação, fui para o Paranaense, e fiquei no Top 6. Recentemente ganhei a Copa Curitiba.

JI: Qual é a sua rotina de treino?

AP: Minha rotina de treino é de segunda a sábado, e faço “cardio” todos os dias. O domingo é o dia de descanso, ou as vezes, quando o treino está muito intenso, coloco um descanso na quarta-feira para recuperar as forças e voltar na quinta e sexta com tudo.

JI: Quais foram os desafios enfrentados nessa trajetória?

AP: O maior obstáculo é conseguir encaixar na preparação a dieta. Se você erra na dieta, você percebe no seu físico. Uma refeição que você não faça direito, o teu corpo sente na hora de treinar. Com o trabalho, faculdade, TCC e a preparação, foi difícil alinhar tudo, o lazer, o campeonato, o trabalho e a faculdade. O comprometimento, a dieta e o treino são as bases para o fisiculturismo. Sem os três você não tem resultados. Você pode treinar, mas não tem o resultado que almeja.

JI: Quais as melhores memórias que sua carreira no fisiculturismo já lhe rendeu?

AP: Eu vi desde aquele primeiro campeonato que todo mundo ajuda, todo mundo ensina. O fisiculturismo é como uma família, você está lá para se divertir. Todo mundo sabe como é sofrido a preparação, então quando você está pronto para o palco, existe uma união entre os atletas.

JI: Qual é a sua perspectiva para sua carreira no futuro?

AP: Eu estou buscando o Pro Card, para ser um atleta profissional. Até ser profissional, não vou parar. Meu maior sonho no fisiculturismo é competir no Mister Olympia, que é o maior campeonato do esporte, é a Copa do Mundo. São os melhores dos melhores, que foram selecionados.

JI: Como funciona a experiência de competir no Fisiculturismo?

AP: Com a data do campeonato, você já monta um protocolo de treino e dieta. Uma semana antes do dia, já preciso estar pronto para entrar no palco. Na inscrição, você passa pela pesagem e por uma avaliação e classificação, para avaliar se seu corpo está apto para competir. Nessa hora, eles vão te pesar, medir e os juízes vão examinar. Se eles liberarem, finalizam sua inscrição.

JI: O que os juízes avaliam nos candidatos?

AP: Principalmente os cortes musculares, se você está natural, se está sorrindo. Quando você faz a posição, precisa travar e ficar, até eles mandarem você trocar. Tem que travar e ficar, até o juiz mandar você virar.

JI: Qual é a reação das pessoas quando você fala que prática o fisiculturismo?

AP: A primeira pergunta que elas fazem é como aguento a dieta; se consigo treinar todo dia e como mantenho tudo em equilíbrio sem ficar estressado. As pessoas admiram, dizem que a cada 100 pessoas que tentam fazer isso, poucos conseguem.

JI: Qual a importância dos profissionais da Saúde na sua preparação?

AP: Principalmente nos detalhes. No campeonato eu gosto de pedir um feedback para o juiz, que me diz o que preciso melhorar. Quando você tem a ajuda de um profissional, ele te ajuda a atingir muito mais rápido seus objetivos, porque a pessoa estudou e sabe o que está fazendo. Na parte de como funciona o treino, a dieta, cada organismo funciona de uma forma, então se não tem os profissionais, todo o processo já fica mais difícil.

JI: Em que categoria do esporte você compete? Como ela funciona, e qual é a diferença para as outras categorias?

AP: Cada categoria do fisiculturismo tem determinadas poses e confrontos. No Classic Physique, o competidor tem que bater altura e peso. No Men’s Physique, você compete de bermuda e sua categoria é selecionada apenas pela altura. Cada categoria tem uma descrição e poses diferentes. Cada categoria depende de qual seu físico se encaixa mais. Me encaixei na Men’s Physique pelo tamanho da cintura e posterior mais largo, formando um V. Já na categoria Bodybuilder, se busca um formato mais “quadrado”.

Patrocínios

Anderson Polika é patrocinado pelo Treinador Bruno Ostrufka, Academia Corpo em Ação, Macedo’s Barbearia, Laboratório Bioclin e Salute Terapias.

O Fisiculturismo

Fisiculturismo é o uso progressivo de exercícios de treinamento para controlar e desenvolver a musculatura de uma pessoa para fins estéticos. Um indivíduo que se envolve nessa atividade é chamado de fisiculturista. No fisiculturismo profissional, os competidores aparecem nas filas e realizam poses especificadas para um painel de juízes que as classificam com base em simetria, muscularidade, tamanho, condicionamento, poses e apresentação no palco. Os fisiculturistas se preparam para as competições através da eliminação da gordura corporal não essencial, aprimorada no último estágio por uma combinação de desidratação extracelular e saturação de carboidratos, para alcançar a máxima definição e vascularização muscular.

O vencedor do concurso anual da Federação Internacional de Fisiculturismo (IFBB) Mr. Olympia é geralmente reconhecido como o melhor fisiculturista profissional masculino do mundo. Desde 1950, o Mister Universo da Associação Nacional de Fisiculturistas Amadores (NABBA) é considerado o principal campeonato amador de culturismo, com vencedores notáveis ​​como Reg Park, Lee Priest, Steve Reeves e Arnold Schwarzenegger. Os vencedores geralmente se tornam atletas profissionais.

Arnold Schwarzenegger

Arnold Schwarzenegger é o fisiculturista mais famoso do mundo. Após ganhar várias de se tornar o Mr Olympia se tornou ator, empresário e político, sendo o 38º Governador do estado da Califórnia de 2004 a 2011.

Apaixonado por artes marciais e esportes radicais, Schwarzenegger iniciou um treinamento físico intenso aos 15 anos de idade, visando sua saúde e a vaidade em definir seu corpo. Nesta época desejava trabalhar como modelo fotográfico. No final de sua adolescência conheceu o fisiculturismo, e desistiu da carreira de modelo, passando a se dedicar a treinos mais intensos para alcançar o máximo potencial de seu porte físico, cujo objetivo era ganhar cada vez mais músculos. Aos 20 anos foi premiado com o título de Mr. Universe e, ao longo de sua carreira, venceu o concurso Mr. Olympia um total de sete vezes. Permaneceu como uma personalidade proeminente no fisiculturismo, mesmo após sua aposentadoria, e escreveu vários livros e inúmeros artigos sobre o esporte.

Ganhou fama internacional, tornando-se um ícone de filmes de ação de Hollywood, notável pelos papéis principais em filmes como Conan; o Exterminador do Futuro entre outros.

Piso salarial de R$ 5 mil para professores em SC está garantido, afirmam secretários

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O anúncio do governador Carlos Moisés (PSL) de que nenhum professor da rede estadual que cumpra 40 horas vai receber menos de R$ 5 mil em Santa Catarina foi o principal tema discutido na primeira reunião da Comissão Mista que vai debater e construir um anteprojeto de lei que altere o plano de cargos e salários do magistério estadual, a ser enviado ao Executivo ainda este ano, realizada na noite de terça-feira, 15.

Os secretários da Casa Civil, Eron Giordani, da Administração, Jorge Tasca, e da Educação, Fernando Vampiro, confirmaram o anúncio, mas ressaltaram que ainda faltam definições de aspectos legais e operacionais.

”A intenção do governador é de que o valor entre em vigor ainda este ano, a decisão está tomada, agora estamos debatendo questões jurídicas e operacionais para que possamos implementar esse valor”, reforçou Tasca. Eron Giordani ressaltou a intenção do governo de aprofundar o diálogo e que serão levadas em conta as manifestações de entidades representativas da categoria e dos deputados sobre o tema. “Temos responsabilidade, por isso não podemos responder as indagações no momento, mas vamos responder todos os questionamentos assim que forem definidas essas questões jurídicas e operacionais.”

Fernando Vampiro enfatizou que a valorização dos professores não ocorre somente na parte remuneratória, mas também com ações que já estão sendo realizadas pelo governo estadual. Citou como exemplo a disponibilidade de internet gratuita para professores e estudantes da rede pública estadual e o Projeto de Lei enviado à Assembleia Legislativa que permitirá a doação de notebooks para professores efetivos com carga horária de 40 horas semanais e doação em regime de comodato para professores ACTs (Admissão de em Caráter Temporário), também com carga horária de 40 horas. “O anúncio do governador é o primeiro passo efetivo para valorização do magistério no estado.”

Os secretários também fizeram questão de destacar que o anúncio não tem relação com o objeto de análise da Comissão Mista da Assembleia e que o governo contribuirá para análise do plano de cargos e salários do magistério estadual. Eles também enfatizaram a preocupação do governo em atender todas as demais categorias, como servidores da Segurança Pública e da Saúde, entre outras, que também estão reivindicando reajustes salariais. “Temos a Lei de Responsabilidade Fiscal e a lei federal que impede estados e municípios de concederem aumento até 31 de dezembro, como medida compensatória pelo recebimento de recursos extras na pandemia, por isso pedimos um prazo para dar maiores detalhes desta decisão”, complementou Tasca.

Momento histórico

A presidente da Comissão Mista, deputada Luciane Carminatti (PT), destacou o momento histórico do envolvimento do Executivo, do Parlamento e do sindicato da categoria no debate do plano de cargos e salários do magistério. “Em três mandatos como deputada estadual é a primeira vez que isto ocorre.” Enfatizou ainda que há uma grande tensão entre os professores aguardando detalhes de como será feito este reajuste de R$ 5 mil, de quando ocorrerá e se haverá cortes de direitos conquistados pela categoria. Ela observou que mais de 1.400 pessoas acompanharam a reunião pelas redes sociais da Casa e que todos aguardam com ansiedade maiores detalhes.

O deputado Sargento Lima (PL) manifestou preocupação de que o anúncio não seria um ‘doce’ para apaziguar a categoria no momento em que começa a tramitar no Parlamento a Reforma da Previdência. “Foi uma ótima notícia, mas temos que começar a valorizar a carreira de professor, pensar nas futuras gerações, pois a nossa já foi comprometida. Temos que transformar a carreira do professor atrativa para as novas gerações.”

O deputado Fernando Krelling (MDB) também destacou o início da valorização do professor com o anúncio feito pelo governador. Informou ainda que durante a reunião Carlos Moisés postou em uma rede social que haverá um acréscimo de R$ 140 milhões ao orçamento do Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (Uniedu) para o segundo semestre. Com o incremento, serão investidos até R$ 467,3 milhões na oferta de bolsas de ensino superior a estudantes catarinenses em todo o ano de 2021.

O relator da Comissão Mista, deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), enfatizou o momento histórico do anúncio do governador e que há uma responsabilidade de todos os membros da comissão em discutir o plano de carreira e cargos da categoria. “Vamos mergulhar fundo nesta questão, deixando um legado para as próximas gerações.” A Comissão Mista tem o prazo de até 12 de julho para apresentar um relatório final, podendo este prazo ser prorrogada por mais 60 dias.

Defesa da categoria

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em educação de Santa Catarina (Sinte), Luz Carlos Vieira, avaliou como uma surpresa boa o anúncio do governador do mínimo de R$ 5 mil, mas questionou de como será implementado e quando entrará em vigor. Defendeu a realização de concurso, reajuste do vale refeição e a mais importante das reivindicaçoes da categoria: a definição do plano de carreira e cargos discutida pela Comissão Mista. “Estes R$ 5 mil não podem ser retirados de direitos já conquistados pela categoria.”

O economista técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Maurício Mulinari, falou dos superávits da economia catarinense, que somente de janeiro a abril deste ano foram em torno de R$ 2 bilhões e que desde 2019 já ultrapassa a cifra de R$ 4 bilhões. “Tem margem financeira para valorização da carreira do professor e de outras categorias de servidores públicos”, observou. Ele questionou se este anúncio estaria levando em conta os valores que não foram pagos há dez anos, no mínimo, que o governo estadual deveria investir 25% na Educação, e a economia registrada de R$ 1 bilhão com a suspensão das aulas presenciais no estado devido à pandemia do Covid-19.

Dinheiro para bolsas universitárias

O governador anunciou ainda o acréscimo de R$ 140 milhões ao orçamento do Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (Uniedu) para o segundo semestre. Com o incremento, serão investidos até R$ 467,3 milhões na oferta de bolsas de ensino superior a estudantes catarinenses em todo o ano de 2021.

“Este é um anúncio que a gente gosta muito de fazer. O Uniedu já é um programa de sucesso e com este incremento nós queremos valorizar a Educação e continuar dando condições às pessoas que não têm acesso ao ensino superior”, afirma o governador.

Os R$ 140 milhões acrescentados ao orçamento do Uniedu serão somados aos R$ 327,3 milhões anunciados no início do ano, valor que já representava o maior investimento feito pelo Governo do Estado em toda a história do programa. Durante o anúncio, o secretário Luiz Fernando Vampiro valorizou o esforço do governo para garantir a aplicação de novos recursos na oferta das bolsas.

“É uma determinação do governador para que possamos cumprir o investimento de 5% da receita líquida corrente no Uniedu, um investimento expressivo e uma meta que o Estado nunca conseguiu atingir. Nós entraremos com uma campanha forte para sensibilizar as pessoas que não têm condições de pagar uma universidade e um curso superior. O Estado de Santa Catarina dá essa oportunidade”, disse o secretário.

Os recursos são destinados à oferta de bolsas para cursos de graduação e pós-graduação em instituições de ensino superior comunitárias e privadas de toda Santa Catarina.

Presidente da Atema participa de reunião na Câmara de União da Vitória

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A Presidente da Associação de Turismo e Meio Ambiente do Vale do Iguaçu (Atema), Daiane Scolaro, participou da sessão da câmara de Vereadores de União da Vitória, nesta segunda-feira, 14, onde explanou sobre os projetos da entidade neste momento de pandemia e sobre a conquista da nova região turística do Paraná.  A entidade ela é sem fins lucrativos e hoje quem mantém a entidade são os eventos realizados e também pelos eventos dos associados.

A convite do Presidente do Legislativo Cordovan Neto, Daiane iniciou falando sobre a Associação. “A Associação tem a sua sede aqui em União da Vitória, mas ela tem a sua jurisdição em todo o Planalto Norte de Santa Catarina e também na região da Amsulpar (Associação dos Município do Sul do Paraná). Criada em 2014 através do Conselho Municipal de Turismo devido a necessidade de ter uma entidade formalizada para realizar os trabalhos de turismo, “Não só no município como Porto União da Vitória, mas também em toda a nossa região. Atualmente ela conta com 28 associados e estamos iniciando um trabalho para ampliar esse número de associados. Até porque a Atema conseguiu em março a governança da Região Sul do Paraná na parte de turismo. Nós também possuímos hoje uma cadeira no Conselho Estadual de turismo. Esse conselho tem a formulação e avaliação das políticas públicas do Estado do Paraná relacionadas ao turismo, então a gente pode participar dessas reuniões discutindo também projetos aqui para nossa região”, destacou

Ao usar a tribuna da casa de leis, a presidente da entidade falou sobre alguns dos projetos realizados desde 2014. Ela continuou falando do projeto Visita União, onde há um site disponível para consulta (www.visiteuniao.com.br) onde está todas as informações da parte de turismo de União da Vitória e Porto União, “como atrativos; roteiros; hospedagem; uma parte de alimentação; alguns vídeos que a gente fez de alguns dos roteiros para divulgar e atrair turistas aqui para os municípios”, explica.

Ela cometa o momento do turismo nesta pandemia, “na atual situação que agora a gente se encontra por conta da pandemia, nós temos que aguardar passar esse período. O que nós estamos fazendo agora é o trabalho de casa, arrumando a parte do Turismo para passar e atrair grupos de turistas aqui para região”, completa. Outro projeto comentado também é o festival gastronômico Vale do Iguaçu que foi adiado devido a pandemia e que já foram realizadas três edições.

Antes da pandemia foi realizado uma reunião em parceria com o Hotel 10, onde os empresários e funcionários dos empreendimentos turísticos da região receberam uma capacitação do que indicar para as pessoas que visitam as cidades “dentro desse projeto do Visita União nós confeccionamos flyer dos nossos roteiros que hoje estão disponíveis para comercialização também”, afirma.

Uma conquista da entidade, perante ao governo do Estado foi explicada por Daiane que é o desmembramento dos municípios do Sul do Paraná da região turística de Guarapuava. O trabalho teve início no ano passado vendo a necessidade de criar uma região turística específica para a região sul do Estado. “Nós optamos por fazer uma solicitação ao governo do estado, isso não foi nem só Atema, foi um grupo de entidades aqui da região. Entendemos que nós poderíamos ter uma nova região turística no estado do Paraná a nível de Brasil, então todos os estados eles são divididos por regiões turísticas, cada região turística tem uma associação uma entidade que é responsável por fazer a coordenação dos trabalhos regionais nessa região. Nós até então pertencia RT13, que era região turística Terra dos Pinheirais. Solicitamos através da Amsulpar com os prefeitos a solicitação para o governo do estado estudar a possibilidade de realizarmos um desmembramento aqui na nossa região e com isso foi criado a nossa própria região, a RT 15”, explanou Daiane.   

Segundo ela esse processo se iniciou em junho de 2020 e foram várias etapas que a Atema e os municípios tiveram que cumprir. “Tivemos também um apoio total do Sebrae do Paraná que nos cedeu um consultor durante 180 horas, que ficou conosco nessa questão do desmembramento. Isso é um resultado geral de tudo que a gente fez na região, foram 32 reuniões remotas com os municípios ou de forma coletiva ou de forma individual, tentando preparar os municípios para se atualizarem para esse ano estarem ali no mapa do Turismo brasileiro. Conseguimos sensibilizar os nove municípios aqui da nossa região para realizamos cinco grandes eventos. O nome que foi escolhido da região turística foi Sul Paraná. Agora nós somos a 15ª Região turística no estado do Paraná além dos novos municípios aqui de um Amsulpar agora no mês de abril a gente integrou também o município de Pinhão na parte de turismo então agora nós somos 10 municípios”, falou.

Anery Junior Baggio, consultor do Sebrae e especialista em turismo, foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento da identidade visual da nova RT. “No Sul do Paraná tudo acontece à sombra das araucárias, esse foi o conceito que serviu de partida para o design da marca. As araucárias são testemunhas da história da região e estão presentes no seu dia a dia. O design precisava se apropriar desse símbolo”, disse. Cada cor da nova marca remete a uma simbologia presente na região.

A nova RT foi apresentada durante a 84ª Reunião Ordinária do Conselho Paranaense de Turismo (Cepatur), que aconteceu em março. O secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, participou deste encontro, que validou a criação da RT Sul do Paraná, e destacou o seu impacto para os municípios. “Essa nova região será muito importante para que o desenvolvimento, principalmente desses nove municípios, seja focado em atividades voltadas para o turismo, que será, sem sombra de dúvidas, uma das atividades econômicas mais importantes nesse processo de retomada da nossa economia”, afirmou na época o Secretário.

Segundo contou a presidente da Atema, a RT Sul do Paraná já nasce com inúmeras vocações, como o turismo religioso, por contar com diversos santuários e monumentos espalhados pelos municípios; turismo de inverno, por ser a mais fria do Estado, inclusive com temperaturas negativas recordes; e turismo de natureza, já que é nessa região que Rio Iguaçu apresenta um dos trechos mais apropriados para a prática de esportes aquáticos, além da presença de muitas cachoeiras e de circuitos de cicloturismo.

A região também possui alguns roteiros turísticos já formatados, como a Rota Sul das Cachoeiras, City Tour, Roteiro Ucraniano e Passeio de barco Interpontes, em União da Vitória, e a Rota do Vinho, em Bituruna.

A região ainda tem uma certificação de Indicação de Procedência, com a erva-mate de São Mateus do Sul. Isso significa que o “modo de fazer” com relação à erva-mate é único e indissociável da região, o que acaba sendo a marca do produto daquele território, a exemplo do que aconteceu recentemente com as balas de banana de Antonina. Atualmente, a região é a maior produtora de erva-mate do Paraná, responsável por 62% da produção estadual.

Outro projeto em desenvolvimento pela entidade é o Circuito Interestadual de Cicloturismo do Vale do Iguaçu, “ainda estamos trabalhando para que ele seja lançado neste ano. É um projeto que envolve sete municípios: são três em Santa Catarina (Porto União, Irineópolis e Matos Costa) e quatro no Paraná (General Carneiro; Bituruna; Porto Vitória e União da Vitória). Esse projeto ainda está na fase de instalação de placas de sinalização do circuito. Nós temos três municípios que já instalaram, dois que estão em fase de licitação e um que tá na fase de elaboração de projeto para licitar”, explica.

Passada essa fase de instalação das placas inicia a parte de capacitação de todas as empresas, empreendimentos e pessoas que estarão ligadas ao roteiro para poderem alimentar um site onde vai ter todas as informações desse roteiro para comercialização. “Esse é um roteiro interestadual que é para ser um dos maiores do Sul do Brasil com aproximadamente 400 km”, completa.

Dia do doador de sangue é lembrado

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O dia 14 é o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2004 como forma de agradecer a doadores de sangue e também conscientizar para a ação que salva vidas (principalmente porque, desde o início da pandemia, há uma preocupação com a queda nos estoques de bancos de sangue em diversos estados do Brasil).

Para lembrar a data e incentivar a doação, o Plano de Saúde São Camilo de União da Vitória e o Banco de Sangue de União da Vitória – (Hemepar), realizaram neste domingo, 13, uma live com a médica hematologista da unidade, Dra. Paloma Fagundes e o bioquímico Alessandro Savi, que tiraram as maiores dúvidas enviadas durante a live, que foi mediada por Daiane Rodrigues.

“O primeiro passo para doar é fazer um cadastro onde deve ser levado um documento com foto e assinar um termo de consentimento e seguida passa por uma entrevista, que vamos questionar sobre o comportamento do doador, medicamentos e doenças que ele tem para saber se tem alguma situação de risco para doar sangue. Em seguida ele passa pelo teste de hemoglobina para ver se tem anemia e daí ele vai para a doação de sangue. Todo esse atendimento deve durar 45 minutos, sendo 12 minutos de doação de sangue. Após ele doar, deve ficar por mais 15 minutos de observação”, esclarece Dra. Paloma.

Ela explica ainda sobre a doação para quem tomou alguma vacina, principalmente as de Covid-19. “Para quem tomou as vacinas de outras doenças ou de Covid-19: Em geral o período é de 48 horas quando não é vírus vivo e quando é de vírus vivo como a da febre amarela é quatro semanas. As vacinas do Covid-19, a Coronavac deve esperar 48h e as outras vacinas são sete dias após receber já pode doar sangue”, explica.

O bioquímico Alessandro explica sobre a doação de sangue para quem já teve a forma branda do Covid-19, “A doação de sangue para quem já teve Covid-19 não grave, pode ser feito após 30 dias do diagnóstico. Ele pode comparecer e fazer a entrevista médica e se pode fazer a doação”, afirma.

A Secretaria da Saúde do Paraná, por meio do Hemepar (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná), lançou no início do mês a Campanha “Doe Sangue Pelo Esporte”. Atletas, familiares e amigos são os doadores potenciais, mas toda a comunidade pode participar.

A iniciativa, além de aumentar o número de cadastros de doadores de medula óssea, busca sensibilizar e incentivar a doação de sangue. A parceria surgiu em 2003 e acontece sempre no inverno, quando, devido ao frio e às férias escolares, normalmente ocorre uma queda no número de doações. Com a pandemia da Covid-19 a redução foi ainda mais acentuada.

“Este ano a campanha se mostra ainda mais necessária pois, por conta da pandemia, os estoques de sangue estão cada vez mais baixos em todo o Estado”, informa o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. Ele enfatiza que todos os cuidados de proteção contra a Covid-19 estão sendo tomados nas unidades de captação de sangue.

“É muito importante que as pessoas agendem sua doação e compareçam para doar, ajudando a salvar milhares de vidas que dependem de transfusão de sangue”, alerta o secretário.

O Hemepar é o órgão responsável no Paraná pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 385 hospitais públicos, privados e filantrópicos, além de atender 92,8% de leitos SUS no Estado. A necessidade de coleta para atender a demanda em Curitiba e Região Metropolitana é de cerca de 180 bolsas por dia. Com a pandemia da Covid-19, o número de coletas está em torno de 100 bolsas ao dia.

MEDULA ÓSSEA

O Paraná tem hoje 552.022 candidatos a doadores de medula óssea cadastrados. Liana comenta que parece muito, mas, levando-se em conta que a possibilidade de encontrar um doador compatível é de 1 para 100 mil, conclui-se que é necessário um número bem maior de cadastros. “Aumentando o número de candidatos cadastrados certamente ampliamos a possibilidade de que mais pacientes consigam o seu doador compatível”, afirma Liana.

CADASTRO

Para se cadastrar como doador de medula basta dirigir-se até um Hemocentro, preencher um cadastro e coletar uma pequena amostra de sangue para a realização do exame HLA. Os dados do doador e os resultados do exame são inseridos no Registro de Dadores de Medula Óssea (Redome) e, quando é apontada a compatibilidade, o doador é chamado para exames confirmatórios.

Se confirmada a compatibilidade o doador seguirá para o transplante, que pode ser feito por punção no osso ilíaco ou por coleta de sangue periférico. A regeneração no organismo do doador acontece após 15 dias. Segundo o Redome, hoje há no Paraná 850 pacientes aguardando um doador de medula compatível.

O ideal é que cada pessoa doe sangue pelo menos duas vezes ao ano. O agendamento das doações pode ser feito no site da Secretaria de Estado da Saúde.

COVID-19

Pessoas imunizadas contra a Covid-19 podem fazer doações de sangue normalmente, desde que aguardem o período estipulado para cada tipo de vacina.

A Coranovac/Butantan estabelece um prazo de 48 horas após o recebimento da vacina para que o cidadão possa fazer doação de sangue e a AstraZeneca/Fiocruz e a Pfizer/Comirnaty/BioNtech pedem o intervalo de sete dias para a doação.

Hemosc comemora Dia Mundial do Doador de Sangue com lançamento de livro

O Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) promoveu ontem, 14, data em que se comemora o Dia Mundial do Doador de Sangue, o lançamento do livro “A História da Hemoterapia Catarinense. O cotidiano dos anos 1950 aos dias atuais”. O lançamento, virtual, aconteceu às 19 horas, pelos perfis das redes sociais do Centro: Instagram (@hemoscoficial), Facebook (Hemosc), YouTube (Hemoscoficial).

O Hemosc é responsável pelo abastecimento de quase a totalidade do sangue que chega aos hospitais e clínicas do Estado. Pelo menos 99% do sangue transfundido aos catarinenses saem da mesma estrutura, com o mesmo padrão de qualidade na captação.

Com o slogan “A verdadeira nobreza está no Sangue”, a rede Hemosc deseja mobilizar a comunidade para que todos reflitam sobre essa importante necessidade e participem no momento oportuno e necessário deste processo. Neste ano, até o presente, vivenciaram o processo 68.126 candidatos à doação, com um total de 59.174 bolsas coletadas. Neste mesmo período, foram fornecidas 84.378 bolsas para transfusão.

As unidades da rede estarão com decoração especial na próxima semana, para receber os doadores. Muitas empresas solidárias ao Hemosc marcaram sua presença com doações de produtos, contribuindo para engrandecer as comemorações.

A necessidade de sangue seguro é universal. O sangue é essencial para tratamentos e intervenções urgentes de todos os tipos (acidentes, conflitos, desastres etc.), e pode ajudar pacientes que sofrem de condições de saúde com risco de vida, além de apoiar procedimentos cirúrgicos complexos. Tem papel primordial nos cuidados maternos e neonatais. Há pessoas que necessitam de transfusões durante toda a vida, como por exemplo os portadores de talassemias e anemia falciforme. Esse suprimento indispensável só pode ser garantido por meio de doações regulares e voluntárias.

O QUE É PRECISO PARA DOAR SANGUE

Uma única bolsa de sangue pode salvar a vida de até três pessoas.

Para manter o estoque adequado do banco de sangue, são necessárias muitas doações. O ideal é que cada pessoa doe sangue pelo menos duas vezes ao ano. Homens podem doar sangue a cada 60 dias e no período de 12 meses até 04 doações e mulheres em um intervalo de 90 dias e no período de 12 meses até 3 doações.

Para ser doador é preciso:

Estar em boas condições de saúde

Ter entre 16 e 69 anos completos (menores de idade com autorização e presença do responsável legal)

Observação: Durante a vigência da pandemia, doadores acima de 59 anos completos deverão, preferencialmente, permanecer em suas residências.

Pesar no mínimo 51Kg na balança Da unidade

Estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação)

Apresentar documento oficial com foto (Carteira de Identidade, Carteira do Conselho Profissional, Carteira de Trabalho, Passaporte ou Carteira Nacional de Habilitação)

Impedimentos temporários à doação

Manifestações gripais (tosse, febre, dor de garganta): aguardar 15 dias após a cura

Diarreia: aguardar 7 dias após a cura

Durante a gravidez: 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana

Amamentação 12 meses após parto/cesárea (não pode doar enquanto for a única e principal fonte de alimentação do bebe)

Ingestão de bebida alcoólica e uso de maconha nas 12 horas que antecedem a doação

Tatuagem, micropigmentação e piercing nos últimos 06 meses (se piercing genital e/ou oral 12 meses após a retirada)

Tratamento dentário: limpeza e obturações 72 horas; extração e canal 7 dias, implante 3 a 6 meses

Alergias em atividade: rinite (coriza/espirros) em uso de medicação; urticária

Hepatite: pode doar se hepatite antes dos 11 anos

Se convive na casa de quem teve hepatite: Hepatite B comprovar a imunidade pela vacina e Hepatite C comprovação da cura da pessoa que teve Hepatite

Medicações: Antibióticos 15 dias após o término. Em uso de medicação para hipertensão como propanolol, atenolol, pindolol, metoprolol, doxasosina (selozok). Mais de 3 medicações para doença crônica, mais de 2 para tratamento de saúde mental. Outros tratamentos também podem ter medicações que impeçam a doação

Diabetes: mediante avaliação do triador. Com uso de insulina não pode doar

Cardiopatias: alterações de infância como sopro não impede doação. Cateterismo, infarto, cirurgias cardíacas impedem a doação

Pressão alta: Acima de 180x100mmHg

Cirurgias: 6 meses a 1 ano

Situações nas quais houve maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis (aguardar 12 meses); Nova parceria sexual: se relacionamento fixo, 6 meses contados a partir da primeira relação sexual com a pessoa. Se ocasional 12 meses de inaptidão

Vacinas: febre amarela, tríplice e dupla viral e dengue 30 dias; Dupla e tríplice bacteriana, H1N1, Hepatite B, HPV 48 horas. Antirrábica: se profilática 48h, se por mordida de animal 12 meses

Endoscopia, Colonoscopia e Cirurgias Laparoscópicas: 6 meses

Viagens: Exterior 30 dias. Brasil – Região Norte, Nordeste, Centro-oeste e Sudeste (RJ, SP, ES, MG) 15 dias. Área de Malária – Acre, Amazonas, Rondônia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Amapá e Roraima 12 meses.

Outras situações a serem avaliadas

Para doação de PLASMA CONVALESCENTE/HIPERIMUNE

Homens ou mulheres de 18 a 59 anos completos

Trazer impresso o resultado positivo para COVID-19

Não ter sido submetido a ventilação mecânica/respirador

Nunca ter recebido transfusão de sangue

Ausência de gestações/abortos

45 a 90 dias pós diagnóstico

Se enquadrar nos critérios básicos de doação de sangue total

Não ter recebido a vacina para COVID-19

Observações:

Para doação de sangue total realizar o agendamento através do site: www.saude.pr.gov.br/doacao

Para agendar a doação do plasma hiperimune na Unidade Hemepar de União da Vitória Rua Castro Alves, 26

Fone: (42) 3522-1365 | (42) 3522-1793

E-mail: hemepar06rs@sesa.pr.gov.br

Horário de coleta: segunda a sexta-feira, das 08h às 11h e das 13h às 16h

IMPEDIMENTOS DEFINITIVOS

Hepatite viral após os 11 anos de idade

Diabetes insulinodependente

Epilepsia ou convulsão

Hanseníase

Doença renal crônica

Antecedentes de Neoplasias (Câncer)

Antecedentes de acidente vascular cerebral (Derrame)

Evidência Clínica ou Laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (Vírus HIV)

Doenças associadas ao HTLV I/II e Doença de Chagas

Conheça a história do ballet nas Cidades Gêmeas; ensinado há décadas e consolidado nas cidades

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Após inúmeras gerações de dançarinos, a modalidade continua sendo ensinada para muitos jovens nas cidades

O ballet é uma modalidade de dança que se originou no Século XV, na Itália renascentista e chegou ao Brasil no Rio de Janeiro, por volta do início do Século XIX. Nas Cidades Gêmeas, há décadas o ballet vem sendo ensinado em diversas escolas de dança e apresentado em espetáculos que revelaram o talento de bailarinos da região. Conheça a história do ballet regional e a trajetória de alguns profissionais da dança das cidades.

Os Primórdios

O ballet clássico começou a ser ensinado nas cidades por volta de 1980. Durante os primeiros anos da década, alguns professores lecionaram a modalidade por um pequeno período, como o argentino Ramon Jisniski, a professora Daniela Toaldo e os professores Pedro Moralles e Ewaldo Júnior, mas após pouco tempo seguiram para outras regiões. Depois desses anos com diversos professores, a entusiasta da arte Terezinha Wolf contatou o professor Tadeu Ribeiro para lecionar o ballet clássico, em 1988. Tadeu aceitou o convite e veio para as cidades, onde até hoje leciona. Ribeiro estruturou a dança na região e formou uma geração de profissionais do ballet, que posteriormente abririam suas próprias escolas de dança. Esse é o caso de Jéscica Olbertz, Samira Castilho e Fábio Bianchini, e de diversos outros professores.

Conversamos com alguns dos profissionais do ballet clássico de União da Vitória e Porto União que nos contaram sobre suas trajetórias pessoais na dança como bailarinos e como professores.

Terezinha Wolf, entusiasta da arte

Terezinha Leony Wolf é uma entusiasta da arte regional que foi uma das responsáveis pela consolidação do ballet nas Cidades Gêmeas. Ela conta que em 1988, quando retornou a morar em Porto União, ela e sua família solicitaram a concessão de uma área do Clube Concórdia para que professores lecionassem aulas de dança: “Apareceram muitos interessados. Pais e alunos solicitando aulas de jazz, ballet, sapateado e danças de salão. Faltavam os professores. Já trabalhava aqui o professor Pedro Moralles que precisava de um local para as aulas de jazz. Para as aulas de ballet procurei a professora Daniela, em Joinvile que lecionava naquela cidade. Cada professor teria como responsabilidade cobrar seus honorários dos próprios alunos, por aula, que cobririam suas passagens e estadia, cada um sendo autônomo para os encargos sociais”, relatou Terezinha, que dedicou seu tempo e esforço a esse projeto. Ela ainda recorda um dos primeiros espetáculos de dança em grande escala da região, “No final do segundo semestre o espetáculo “O CIRCO” foi apresentado no Cine Ópera. Para a montagem do cenário contamos com a colaboração dos bombeiros de Porto União, uma vez que faixas largas e coloridas encobrindo a plateia, ficavam presas no alto do palco e seguiam até os fundos do cinema, terminando no balcão. Para avivar o clima de circo, jovens vestidas a caráter, ofereciam pipocas e amendoins colocados em tabuleiro preso por alça no pescoço”, disse.

Porém, com o fim do ano de 1988, a concessão do Clube Concórdia se encerrou. Foi então que, através de sua filha, Terezinha contatou o professor Tadeu Ribeiro. Na época, ele dava aulas em Pato Branco e Francisco Beltrão. Também foi fundado o Centro de Danças de Porto União da Vitória, associação que Terezinha presidiu. Alguns anos depois, em 1991, em vista do trabalho e cultura promovida pela Centro de Danças, a Prefeitura de Porto União cederia um espaço para a associação na Estação Ferroviária, onde se localizam até os dias de hoje.

Jéscica Olbertz, professora de ballet na Futura Dance

Jéscica Olbertz é professora e proprietária da escola de dança Futura Dance, que já conta com mais de 20 anos de história. Ela foi aluna de Tadeu Ribeiro, mas iniciou sua trajetória na dança com outro professor, “Ballet eu comecei com o professor Ramon, que era um professor argentino. Ele era um senhor de idade, tinha uns 70 anos”, relembra. A paixão de Jéscica pelo ballet era tão grande, que Ramon a aceitou em sua aula, mesmo ela sendo mais nova que as outras alunas. “Ele tinha um sotaque argentino, e a aula dele era bem rígida, bem ballet com cajado mesmo. Mas fiz pouquíssimo tempo com ele, porque ele foi embora da cidade. Então vieram dois professores de fora, Pedro e Júnior. Eles ficaram na cidade uns dois anos, ali por 1986 e 1987”, afirmou. Todavia, Jéscica relatou que se apaixonou verdadeiramente pela dança com a professora Elisa Jane, “Ela era minha paixão, foi com ela que tive certeza que eu queria isso para a minha vida. Eu queria ser ela, eu queria fazer o que ela fazia, eu queria ser igual. E hoje, sou professora da afiliada dela”. Quando a professora Elisa Jane deixou a cidade, ela encaminhou Jéscica para Teresinha Wolf, que ajudou a pequena bailarina a continuar sua carreira na dança. “Foi aí que se encaixou minha história com a do professor Tadeu. Eu entrei na escola dele, e não saí nunca mais. Fiquei e me formei com ele”.  

Jéscica Olbertz relata que antes de se tornar professora, foi solicitada para dar aulas, “A Futura Dance, há 23 anos, nasceu assim. Três mães de alunas me procuraram e conseguimos uma salinha onde dividíamos horários na Fundação de Cultura. Ficamos 6 meses lá e foi dando tão certo que meu pai precisou ceder o galpão dele para as aulas. E assim a gente foi evoluindo”, disse Jéscica, que já formou cerca de 15 alunos e alunas no curso do ballet clássico. Segundo ela, para concluir esse curso é necessária muita determinação. “Ninguém chega até o final sem determinação. Não é fácil, é um curso longo, que tem todo um estágio, um trabalho final, uma exigência”.

Jéscica também afirmou que o amor é essencial em sua metodologia, “eu procuro sempre ensinar com amor. Eu gosto muito de dar aulas para crianças, pois você olha para a criança e vê que ela está fazendo aquilo com amor. O ballet transmite isso, o amor”, falou.

Ela ainda disse que já houve mais apoio popular para a arte nas cidades de União da Vitória e Porto União, “Quando montamos a Futura Dance em 1998, até 2005, eu sentia até nas apresentações mais público, mais participação em eventos. Existia uma movimentação cultural bem grande na cidade. Eu lembro muito desse apoio em massa, as vezes as pessoas me ligavam para pedir que nos apresentássemos, mas já estávamos com a agenda cheia. Isso não acontece mais hoje. Aos pouquinhos, a colaboração da população com os artistas foi se perdendo”, concluiu Jéscica.

Samira Castilho, professora de ballet no Ballet Samira Castilhos

Samira Castilho é uma das ex-alunas de Tadeu que se tornou uma professora de ballet clássico e abriu seu próprio estúdio de dança. O Ballet Samira Castilhos, localizado na Rua Prudente de Morais, 116, Centro de Porto União, foi aberto recentemente, e já conta com diversas turmas de ballet e outras modalidades.

Samira relata que começou seus estudos no ballet em 2005, “O primeiro espetáculo em que dancei foi ‘O Lago dos Cisnes’, na escola do Professor Tadeu, com dois anos e pouquinho”, relatou. Ela relembrou que as viagens e apresentações foram extremamente marcantes em sua vida, “Mas a apresentação mais marcante que eu tive foi em 2017, na minha formatura, em Bela Adormecida, quando eu concluí o curso de ballet. Por mais que durante todos os anos houveram outras coisas marcantes, o que mais marcou foi minha formatura”, disse Samira, que interpretou Carabosse, a fada má, na ocasião.

Ela afirmou que, após realizar um estágio onde lecionou ballet, percebeu que havia gostado de dar aulas, “Mais tarde, em 2019, tive a oportunidade de dar outra modalidade do ballet e fui para ter uma experiência. Percebi que o ballet tem a ver com meu propósito e vi que queria fazer isso com a minha vida. Ensinar crianças, ensinar valores. Há muito tempo já tinha o sonho de ter uma escola de ballet, mas nesse ano de 2021, vagou esta sala aqui e pude abrir a escola. Mas é um sonho que está no meu coração desde criança”, comenta.

“Tanto as crianças quanto os adultos, quero que aqui dentro eles se sintam amados. Que eles venham aqui e tenham tempo para eles e tenham um tempo de lazer. Tornar as crianças boas cidadãs”, contou. Para Samira, o próximo passo para sua escola de ballet é expandir as turmas e consolidar a qualidade de seu ensino. “Meu sonho é que tenham turmas de manhã, tarde e noite. Que essa escola cresça e futuramente tenha escolas filiais e que seja uma referência de excelência. Meu sonho, além de crescer a escola na estrutura, é que olhem para cá e vejam um lugar que tem amor”, concluiu.

Fábio Bianchini, professor de ballet no Grupo Corpo e Dança

Fábio Bianchini foi mais um dos alunos de Tadeu a seguir a carreira de profissional da dança. “Comecei a estudar o ballet clássico em 2005, com a Jéscica, na Futura Dance”, relembrou, “Fiz cinco anos de ballet lá, então fui estudar com o Tadeu, fiz mais dois anos e me formei. Nessa época eu já estava dando aula”, disse. Fábio contou que seu sonho era ser um bailarino clássico profissional, “Só que meu porte físico não deixou. Mas quando eu fui me formar no ballet, meu foco já havia mudado, eu queria obter a formação para lecionar”.

Para Fábio, havia algo faltando na dança das Cidades Gêmeas: “Eu sentia falta de algo que não tinha aqui na cidade. Não tinha bailarinos que viajassem, que fossem competir fora. Eu assistia o Festival de Dança de Joinville e pensava ‘por que nós não estamos competindo em Joinville?’. Eu queria saber porque tinha gente famosa na dança e porque eu não podia ser. Então, eu acabei abrindo um grupo de danças bem pequeno num centro comunitário. Eram 4 meninas e eu, e foi acontecendo”, afirmou. Conforme o tempo passou, o projeto cresceu em número de modalidades e alunos e Fábio decidiu abrir um espaço próprio para acomodar sua escola. “De 20 alunos que eu tinha, com o espaço novo foi para 170. Uma sala comprida, bem pequena, lá no bairro São Pedro. Fique lá 3 anos, e então abri um barracão no bairro São Pedro, onde fiquei mais 4 anos. Neste local começou a consolidar e acontecer o trabalho. Teve um momento que eu entendi que eu não ia ser mais bailarino, que eu ia ser professor. Esse momento e aceitar isso é um momento bem difícil. Mas então eu percebi que meu lugar é como professor e coreógrafo. Quando eu decidi que não iria para o Bolshoi (renomada escola de ballet), eu decidi que eu iria mandar um aluno para o Bolshoi. Anos depois, consegui colocar um bailarino lá, que se formou e hoje é bailarino profissional em Londrina”, concluiu Fábio, que já formou 8 bailarinos no ballet clássico.

O slogan da escola de Fábio, Grupo Corpo e Dança, é “Construindo profissionais para a vida”. Sobre esse princípio, Fábio afirmou que “nosso propósito sempre foi construir profissionais para a vida, independentemente se você vai trabalhar com a dança, você vai ser um profissional de qualidade, com comprometimento, empatia, compreensão, sabendo trabalhar em equipe. Não é porque você não vai trabalhar com dança, que não vai ser um profissional de qualidade, da forma que a dança te ensinou. Meu propósito hoje é construir pessoas através da dança, para que tenham uma vida profissional de qualidade”, comentou.

O professor Fábio também e conhecido por ter levado a dança das cidades para fora da região em mais de uma ocasião, “A gente foi para Los Angeles em 2015, e eu fui para Nova York em 2018, na Broadway. Dentro do País, já fomos para vários lugares como Fortaleza; Tocantins; Rio de Janeiro; São Paulo e Rio Grande do Sul. A dança me possibilitou e possibilita aos meus bailarinos viver experiências que eles nunca viveriam se não fosse a dança”.

Segundo Fábio, “O poder público dificulta muito os projetos culturais. Quando falamos do município, eles estão muito abertos a ouvir, porém muito fechados a executar. A gente sabe que existe verba, mas os secretários e governantes não se esmeram em passar isso para frente”, disse ele, que ainda citou que muitos bailarinos não conhecem seus direitos e deixam de reivindicar apoio às artes.

Guilherme Nakalski, professor de ballet no Centro de Danças

Guilherme Nakalski é o atual professor de ballet clássico do Centro de Danças. Ele afirmou que começou seus estudos na modalidade no grupo Corpo e Dança, do professor Fábio Bianchini, “De começo, era mais um hobbie. Hoje já fazem dez anos que eu danço. Dou aula aqui e em Cruz Machado, já trabalhei em quase todas as escolas de dança da cidade. Foi uma coisa que foi tomando conta da minha vida”, disse. Ele conta como se tornou professor de ballet clássico, “sempre gostei muito do ballet clássico e de sua leveza. Eu comecei dando aula aqui na escola para uma turma e fui ganhando proporção. Também fui contratado para dançar com as alunas que se formavam e aos poucos, foi acontecendo. Não foi algo planejado e eu acho que isso é muito mais legal do que algo planejado, porque simplesmente aconteceu”, relatou.

Para ele, é necessário muito esforço para concluir o curso do ballet, “Tem que ter uma persistência, uma força de vontade muito grande. Como sou da área de educação física, sempre ajudo elas nessa área de dieta, de treinamento da força, para não ocasionar lesão. Estou pegando bastante nessa questão de preparação física”.

Segundo Guilherme, não existe uma previsão para a realização de novas apresentações, “Se ocorrer uma diminuição dos casos após a vacinação, faremos uma reunião com a Secretaria de Saúde para ver a possibilidade de realizar o espetáculo. Estamos com ele pronto, só estamos esperando a liberação do teatro para podermos apresentá-lo”, disse Guilherme, que formará seus primeiros alunos no ballet clássico nesse próximo espetáculo.

Se existisse um incentivo do poder público, que diferença o ballet poderia fazer na sociedade?

“Existe um projeto social no Tocantins, que se chama Ballet Popular do Tocantins. O diretor desse projeto é um grande amigo meu, tanto que eu fui lá dar aula nesse projeto. É bizarro como tantas pessoas são salvas de uma vida de renda muito baixa através das aulas de ballet clássico. A partir de um projeto social de ballet a pessoa consegue entender o valor que ela tem e buscar a validação dela na sociedade. Um projeto da Prefeitura que agregasse crianças, adultos e idosos e agregasse para elas o ballet clássico, traria todos esses benefícios que eu sequer consigo falar, porque é muita coisa. Com certeza um projeto, um apoio do poder público na nossa cidade, que é muito rica na dança, faria uma diferença absurda. Conseguiríamos tirar pessoas da periferia, trazer para esse mundo”, afirma Fábio Bianchini.

União da Vitória flexibiliza decreto e anuncia nova faixa etária para vacinação

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O Prefeito de União da Vitória, Bachir Abbas (PP), anunciou no início da noite desta quarta-feira, novo decreto com a flexibilização de horários e nova faixa etária de vacinação para o Covid-19.

“Estamos fazendo um novo decreto relacionado ao combate o Covid-19, mas gostaria de falar que quando fizermos o decreto anterior tínhamos 432 casos ativos na nossa cidade e implantamos as medidas que eram necessárias no momento, hoje reduziu bastante o número de contágio, está em 292 caso ativos, uma queda de 30%. O que mostra a eficácia das ações que tomamos, temos que trabalhar com números e com a saúde, não existe sensacionalismo ou falácia, existe ações que precisam ser tomados e nós estamos tomando as medidas as ações que se mostraram eficazes. Tínhamos 22 pacientes que estavam internados na nossa UPA no oxigênio, conseguimos baixar para nove pacientes graças ao trabalho dos profissionais da unidade de pronto-atendimento”, explicou

Entre outas mudanças, o decreto altera o toque de recolher diariamente, das 22h às 6h do dia seguinte, valendo desde ontem, 10. Antes o toque de recolher era às 20h. As aulas presenciais serão permitidas para alunos de 0 (zero) a 6 (seis) anos, desde que aprovado o plano de contingência pela Secretaria Municipal de Saúde e aos alunos de ensino superior, cujo término do curso está previsto até a data de 31/12/2021. Ficam suspensos, por tempo indeterminado, no âmbito do município as aulas presenciais em todas as escolas, cursos técnicos, faculdades e similares, da rede de ensino público e privado.

Agora foram liberados a utilização, exclusivamente para a prática de esportes individuais, de todos os parques, praças, pistas de caminhada, academias ao ar livre, campos de futebol, arenas e demais espaços públicos e privados similares. 

Os restaurantes, bares, lanchonetes e similares poderão funcionar das 6h até às 22h, desde que respeitados sua capacidade de lotação máxima diminuída em 30% (colocarem, em destaque para o público, a capacidade máxima de pessoas permitidas), ficando proibida música ao vivo. O horário de funcionamento do comércio em geral passa a ser de segunda-feira à sábado, das 8h às 18h.

Bachir ainda falou sobre a vacinação anunciando que União da Vitória continua avançando muito e é uma das cidades que mais vacina no Paraná. “Nessa semana recebemos mais de 4 mil vacinas e estaremos vacinando durante a semana e com a vacinação avançando temos certeza que a vida voltará ao normal, mas antes precisamos que os números melhoraram, a situação continua delicada precisamos da colaboração de cada cidadão, que continue com esse cuidado para que a gente não tome medidas duras. Não tomamos essas medidas ao bel-prazer, elas são tomadas porque são necessárias”, continua.

O último boletim de União da Vitória, divulgado na manhã de ontem, mostrou 34 novos casos; 36 recuperados, 289 casos ativos e 111 óbitos.

Em União da Vitória iniciou ontem, 10, a vacinação para os profissionais de saúde do município como assistentes sociais; biólogos; biomédicos, educadores físicos; enfermeiros, farmacêuticos; entre outros (veja a lista completa no quadro).

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná começou a enviar 85 mil testes rápidos para pesquisa do antígeno viral SARS-CoV-2 e 640 oxímetros aos municípios sede das 22 Regionais de Saúde, quatro de fronteira, além de todos os do Litoral. São 31 cidades beneficiadas. A 6ª Regional de Saúde em União da Vitória recebeu 19 oxímetros e 2.500 testes rápidos.

O objetivo é fortalecer o rastreio, monitoramento e isolamento de contatos relacionados à Covid-19. A estratégia foi pactuada com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems/PR) e pretende reduzir o número de novos casos da doença, possibilitando que contatos próximos de confirmados possam ser testados mesmo assintomáticos, e, nos casos positivados, o oxímetro auxiliará no monitoramento do paciente.

“Estamos enfrentamento um dos piores momentos da pandemia até agora e precisamos evitar a contaminação pelo vírus. Estes insumos irão ajudar as equipes de saúde municipais a realizarem o controle e monitoramento dos casos, evitando a disseminação da doença”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Ainda segundo ele, as medidas de prevenção devem continuar, independente do avanço da vacinação. “O uso de máscaras, higienização das mãos e objetos, distanciamento social e outras testagens, ainda são ações que fazem a diferença e por isso devem ser reforçadas”, acrescentou.

O Paraná recebeu nesta semana 98.275 testes rápidos de antígeno (TR Atg SARS-CoV-2) do Ministério da Saúde. Essa remessa que possibilitou o desenvolvimento da estratégia. Este exame é realizado por meio de coleta de amostra da secreção nasofaringe, capaz de detectar o vírus Sars-CoV-2 com apresentação do resultado em até 15 minutos.

Já em Porto União, segundo anunciou em suas redes sociais a infectologista da secretaria de saúde, Dra. Suzanne Pereira, “estamos passando pelo momento mais difícil da Pandemia desde o início dela em março de 2020. A curva de contágio de janeiro pra cá, depois de uma leve queda, só tem subido. Mas por quê isso? As pessoas têm transmitido o vírus entre elas numa quantidade cada vez mais alta. E o que mais tem ocorrido é o contágio intradomiciliar. As pessoas saem, chegam em casa e contaminam a todos os familiares. Além disso, continuam as aglomerações. Continua o uso irregular da máscara, sem cobrir boca e nariz. Continua a pouca higiene das mãos”, explicou. Segundo ela, os pacientes têm chegado aos postos e hospitais já em fase adiantada da Covid-19.

No boletim divulgado pela prefeitura ontem pela manhã, haviam sido notificados 23 casos novos; 57 recuperados e nenhum óbitos. Casos ativos somam 376 e óbitos 71. A administração municipal também anunciou uma nova fase de vacinação universal de pessoas com idade acima de 59. Porto União está recebendo mais 920 doses do imunizante as AstraZeneca que estão divididos da seguinte forma: 253 doses para profissionais da educação; 195 doses para caminhoneiros; 11 para motoristas de transporte coletivo rodoviário; 495 doses para população em geral com idade entre 59 e 55 anos. Os profissionais da educação seguem sendo imunizados dessa vez incluindo os grupos 9 a 13.

Com a inclusão de novos grupos prioritários nesta etapa, além da apresentação de documento com foto, CPF ou Cartão SUS, as pessoas devem comprovar o vínculo com a atividade profissional desempenhada, informou em suas redes sociais a prefeitura.

“É importante salientar que, embora haja um Plano Nacional de Imunização que deve ser seguido, existe diferença nos cronogramas porque em algumas cidades as vacinas chegam antes mesmo dentro de um mesmo estado. Portanto, quando uma fase está autorizada a iniciar, ainda assim depende do recebimento de doses”, explica.

União da Vitória ganhará Botão do Pânico

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A Chefe da Secretaria Regional Justiça, Família e Trabalho (Sejuf) em União da Vitória, Gabi Bakri, anunciou nesta quarta-feira, 09, que União da Vitória terá mais uma ferramenta contra a violência contras as mulheres, o Botão do Pânico que aciona a Polícia Militar.

“Como chefe regional da Sejuf, um dos primeiros compromissos que assumi com União da Vitória foi a implantação do Botão do Pânico, um dispositivo no qual mulheres vítimas de violência poderão acionar a Polícia Militar através de um único toque no celular.  A partir do dia 29 de junho o Botão do Pânico será uma realidade para União da Vitória. Quero agradecer muito ao deputado Hussein Bakri por ter abraçado esta luta comigo e também ao governador Ratinho Jr e ao secretário Ney Leprevost que prontamente atenderam a nossa demanda”, afirmou.

Entenda como funciona o Botão do Pânico Virtual

Apenas três toques no celular e mulheres vítimas de violência doméstica e familiar podem acionar a Polícia Militar. É para agilizar o atendimento emergencial nesses casos que foi criado o Botão do Pânico Virtual, dispositivo lançado no dia 12 março que passou a integrar o App 190.

O botão é liberado apenas para mulheres que possuam medidas protetivas de urgência, concedidas através da Lei Maria da Penha. Ele possui duas funcionalidades: a primeira é o acionamento imediato da Polícia Militar, que terá acesso à geolocalização do celular e fará um atendimento de emergência por meio das informações disponíveis no aplicativo.

A segunda é a gravação do som ambiente durante 60 segundos, que é enviada à equipe policial como material de apoio para a compreensão do contexto da emergência. As duas funcionalidades operam independentemente, de modo que, caso a vítima feche o aplicativo durante a gravação do som, isso não interfira no seu atendimento.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Paraná, e Governo do Estado, através das secretarias da Segurança Pública, da Justiça, Família e Trabalho, Celepar e Polícia Militar.

QUEM PODE USAR

O objetivo do aplicativo é dar atendimento emergencial e prioritário às vítimas de violência doméstica que possuam a medida protetiva e estejam sob grave risco.

Para as mulheres que já possuem a restrição, é necessário apenas a autorização do juiz responsável pelo caso. A desembargadora Ana Lúcia Lourenço, coordenadora da Cevid (Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar) no TJPR, explica que qualquer mulher que já possua a medida e ainda se sinta em situação de risco pode requerer o uso do botão.

“Esse contato pode ser feito por meio de comunicação a autoridade policial, que encaminhará o pedido ao magistrado; por intermédio do Ministério Público; pela Defensoria Pública ou ainda pelo advogado particular da vítima”, diz a desembargadora. Os números do TJPR mostram que, em todo o Estado, mais de 29 mil mulheres têm medidas protetivas de urgência.

Mulheres que não possuam medidas protetivas e se sintam ameaçadas devem buscar o serviço da Justiça para obter a restrição. A desembargadora explica que, para isso, a vítima pode procurar a Polícia Civil, a Defensoria Pública ou um Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. O juiz então analisa o caso e concede a ordem judicial.

A desembargadora reforça que a concessão do Botão do Pânico pode ser dada tanto a mulheres que já possuam a restrição como àquelas que obtenham a medida futuramente.

Os números do TJPR mostram que, em todo o Estado, 29.361 mulheres têm medidas protetivas de urgência. A escolha das cidades, nesta primeira fase, foi feita com base em estudos que levaram em consideração a proporção entre os índices de violência e o tamanho da população. O mesmo critério será utilizado para a ampliação do serviço. A expansão será gradual, levando em conta a estrutura necessária para a operação, principalmente a capacitação de pessoas para atuar no atendimento.

“É muito gratificante participar desta importante iniciativa durante a semana da mulher. Com o auxílio da nossa tecnologia, por meio do aplicativo 190, as forças policiais poderão ajudar mulheres que estejam em situações delicadas, sob risco iminente. Para isso se concretizar, foram somados esforços de diversas equipes da Celepar, da segurança pública, bem como do Poder Judiciário”, disse o presidente da Celepar, Leandro Moura.

COMO BAIXAR

Uma vez com a liberação judicial, a vítima deve fazer o download do aplicativo 190 PR, disponível para celulares Android (via Google Play) ou iPhone (via App Store). No primeiro acesso ao app será necessário fazer um cadastro com informações básicas, confirmando os dados informados na medida protetiva, e liberar o uso do GPS pelo aplicativo – o que é essencial para o atendimento emergencial por parte da PM. Após o cadastro e liberação, o Botão do Pânico é automaticamente liberado no aplicativo para quem já possuir a autorização para usá-lo.

COMO ACIONAR

Após o cadastro, o botão do pânico pode ser acionado pela vítima a qualquer momento do dia. Para isso, basta abrir o aplicativo. O botão estará visível em vermelho na parte inferior da tela inicial do app. Para acioná-lo, a vítima deve deslizar o botão e, em seguida, selecionar o nome do agressor que está violando a medida naquele momento.

“Quando a vítima desliza o botão, surgem na tela as informações do agressor [contra quem ela possui a medida protetiva]. Se ela tiver mais de um mandado, todos os nomes aparecem para que ela selecione o autor da agressão. A partir desse momento, a PM já é acionada, recebendo a localização em que ela se encontra”, diz Jurandir Cordeiro Gonçalves, analista sênior e gerente de projetos na Celepar que participou de todas as etapas de desenvolvimento da ferramenta.

O aplicativo então passa a monitorar o som ambiente durante um minuto, enviando o áudio para a equipe policial ao final da gravação. “Esse envio não influencia no atendimento policial em si, porque a equipe já possui o registro da ocorrência. Ele serve como um complemento para que, durante o trajeto, a polícia saiba a gravidade da situação – se envolve, por exemplo, alguma menção a um objeto que coloque a vida dela em risco”, esclarece o analista.

Segundo a desembargadora, o botão do pânico permite atendimento de forma efetiva. “O dispositivo opera de forma discreta e sigilosa e permite que mulheres possam acionar ajuda sem a necessidade de se deslocar até a delegacia. O dispositivo permite que mulheres que já se encontrem em situação de urgência e perigo consigam obter ajuda sem risco de contágio da Covid-19 e sem infringir as normas de segurança impostas na pandemia”, enfatiza a desembargadora.

DENUNCIE

A ferramenta é mais uma alternativa no enfrentamento no combate à violência doméstica, mas não é a única solução. “Estamos vivendo um momento pandêmico muito difícil, em que a situação das famílias está mais difícil e fragilizada, e há aumento no número dos conflitos familiares. Não há dúvidas de que o confinamento intensificou o problema preexistente da subnotificação de ocorrências de violência doméstica”, diz a desembargadora.

Segundo relatório do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos publicado em março de 2021, o Brasil registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher em 2020 através dos números Ligue 180 e Disque 100.

Polícia Científica de União da Vitória a coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas

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Acontece entre os dias 14 e 18 de junho, na Polícia Científica de União da Vitória, a coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas. A ação faz parte de uma Campanha Nacional, elaborada pelo grupo de trabalho da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos (RIBPG), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Os familiares podem agendar a coleta pelo telefone (42) 3524-1000. A Polícia Científica está localizada na Rua Cel. João Gualberto, 337, no Centro de União da Vitória.

“Estaremos atendendo os municípios de Bituruna, General Carneiro, Porto Vitória, Rio Azul, Rebouças, Mallet, São Mateus do Sul, Cruz Machado, São João do Triunfo, União da Vitória, Paula Freitas, Paulo Frontin”, anunciou a entidade.

Serão coletadas amostras biológicas de familiares para exame de DNA e inclusão no Banco de Perfil Genético. O trabalho englobará todas as polícias científicas do Brasil, tornando mais fácil encontrar o paradeiro das pessoas desaparecidas em qualquer lugar do país.

A instituição paranaense, assim como a de outros estados, aproveitou o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas (25 de maio) para iniciar o incentivo à doação de DNA.

O secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, destacou que a iniciativa é uma oportunidade para os familiares encontrarem as pessoas desaparecidas por meio deste vínculo genético familiar. “A Polícia Científica do Paraná foi feliz no lançamento desta campanha, promovendo a mobilização para coletas de DNA de famílias que tenham entes desaparecidos. Com isso, incentivamos uma maior doação de DNA ao banco de perfis genéticos”, disse o secretário.

EXAME                                                                    

A campanha vai coletar amostras biológicas de familiares de pessoas desaparecidas para a realização de exame de DNA e inclusão nos bancos de perfis genéticos, por meio de encaminhamentos das amostras, de referências diretas da vítima desaparecida, que podem ser coletadas em objetos como escova de dentes, aparelho de barbear, entre outros materiais.

Para o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, o perito oficial Luiz Rodrigo Grochocki, a campanha tem o objetivo de acabar com dúvidas das famílias que buscam seus entes desaparecidos. Com o maior número de amostras no banco nacional de perfis, será mais fácil encontrar o paradeiro destas pessoas em qualquer lugar do País.

“Essa campanha nacional é fundamental para o nosso trabalho, pois englobará todas as polícias científicas do Brasil, chamando os familiares que buscam estes desaparecidos para coletarem o material genético, que será inserido no Banco de Perfil Genético. Muitas vezes o perfil das pessoas que estão desaparecidas pode estar em qualquer lugar, inserido no banco, mas se você não tiver o material dos familiares para o confronto de amostras, o caso pode ficar sem solução”, ressalta.

A campanha prevê que sejam coletadas, preferencialmente, amostras de dois familiares de primeiro grau, seguindo a ordem de preferência, com os pais em primeiro, depois filhos, pai/mãe do filho e os irmãos. As amostras poderão ser confrontadas com restos mortais não identificados (ossada) e pessoas de identidade desconhecida cadastradas no Banco de Perfis Genéticos, exclusivamente para fim de identificação humana.

Segundo a perita dos Laboratórios de Genético Forenses da Polícia Científica do Paraná, Marianna Maia Taulois do Rosário, as amostras coletadas terão apenas um intuito, inserir perfis genéticos de familiares no banco nacional para encontrar somente as pessoas desaparecidas. “As amostras dos familiares coletadas na campanha não serão confrontadas com as amostras de cenas de crime, pois são confrontos distintos e o intuito, neste caso, é encontrar pessoas”, completa.

Para a aplicação do exame, os familiares devem ter um registro ou ocorrência policial aberta de desaparecimento de pessoa. Além disso, o registro deve ter um período mínimo de desaparecimento (cerca de 30 dias – podendo variar conforme a circunstância do desaparecimento) com o objetivo de garantir que tenha uma investigação policial.

BANCO DE PERFIL GENÉTICO

A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) foi criada para manter, compartilhar e comparar perfis genéticos a fim de ajudar na apuração criminal e no processo de investigação, inclusive, de pessoas desaparecidas.

Até a divulgação do último relatório, em novembro de 2020, o Banco Nacional de Perfis Genéticos contava com mais de 91 mil cadastrados, sendo mais de 5,5 mil mapeados pela Polícia Científica do Paraná. O dado coloca o Estado na sexta colocação com a maior contribuição absoluta de perfis genéticos no Banco Nacional.

DNA é o ácido que registra a genética dos seres humanos. É graças à ciência que uma identidade pode ser apontada por meio da metodologia de comparação.

A RIBPG, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, foi criada com o objetivo de manter, compartilhar e comparar perfis genéticos para ajudar na apuração criminal e no processo de investigação em todo o Brasil.

O software do Banco Nacional de Perfis Genéticos é atualizado semanalmente com material colhido de presos que cometeram crimes hediondos, inclusive no Paraná.

Até a divulgação do último relatório, em maio de 2020, o banco contava com cerca de 82 mil perfis cadastrados, mais de 5,4 mil deles mapeados pela Polícia Cientifica do Paraná, posicionando o Estado como o quinto do País com a maior contribuição absoluta de perfis genéticos no Banco Nacional.

No Paraná, de acordo com o mesmo relatório, 65 coincidências de vestígios e nove coincidências de indivíduos confirmadas no Banco Nacional de Perfis Genéticos auxiliaram em investigações criminais no Brasil até maio de 2020.

Dentre os perfis genéticos mapeados no Estado, as situações mais recorrentes em que os materiais genéticos foram analisados referem-se a condenados, vestígios de crimes e restos mortais identificados e não identificados.

Foi graças a essa tecnologia que um dos crimes mais chocantes no Estado, e de repercussão nacional, foi solucionado. O caso da menina Rachel Genofre, que tinha apenas nove anos quando foi morta. Seu corpo foi encontrado dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba, em 2008. O autor do crime foi identificado 11 anos depois e condenado a 50 anos de prisão.

BUSCA DE DESAPARECIDOS

Para a solução do caso, o registro do boletim de ocorrência, que pode ser feito em qualquer delegacia no Estado ou também via internet, deve ser o primeiro passo para o início da busca pela vítima desaparecida. A partir deste procedimento, a Polícia Civil do Paraná, por meio do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (SICRIDE), Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) ou qualquer outro distrito policial, alinhará a tecnologia à expertise dos policiais, e iniciará a investigação para dar respostas rápidas e efetivas ao familiar.

ROBÔ DE DNA

Outra novidade no Estado é o Robô de DNA, ou Plataforma de Automatização Starlet ID, que acelera a extração de amostras dos materiais genéticos relacionados a crimes, otimizando tempo na obtenção de perfis genéticos dos possíveis autores.

Na prática, o robô permite que o DNA de mais de 80 amostras diferentes seja extraído, simultaneamente, no mesmo período em que, antes, um único fragmento poderia ser processado. Com isso, a Polícia Científica visa analisar, em um ano, cerca de 2 mil vestígios de crimes sexuais ocorridos no Estado, cujas investigações ainda não puderam ser concluídas por não haver suspeitos para o confrontamento de DNA

O coordenador do Laboratório de Genética Molecular Forense e Científica da Polícia Científica do Paraná, Marcelo Malaghini, destaca que por ser uma plataforma de automatização ela permite acelerar grande parte do processo técnico analítico, um grande diferencial para todos os peritos criminais do Laboratório de Genética.

“Com esse ganho de tempo conseguiremos fazer as tratativas do que chamamos de backlog, que são os casos de vítimas de violência sexual que ainda não foram solucionados, como já aconteceu em algumas situações específicas, como o caso da menina Rachel”, explica.

Lei do ‘Sinal Vermelho’ é sancionada

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A procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa do Paraná, deputada Cristina Silvestri (CDN), e o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) destacaram na semana passada, a sanção do projeto de lei que institui o Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho no Paraná. Com a medida, mulheres em situação de violência doméstica ou familiar podem denunciar a condição e pedir socorro expondo a mão com a marca de um “X”, preferencialmente escrito em vermelho.

O projeto de lei, proposto na Assembleia Legislativa do Paraná pelas deputadas estaduais Cristina Silvestri (CDN), Mabel Canto (PSC), Cantora Mara Lima (PSC), Luciana Rafagnin (PT), Maria Victoria (PP) e pelo deputado Romanelli, foi sancionado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em 28 de maio, sendo convertido na lei 20.595/21.

“A sanção desta lei é motivo de muito orgulho, mostrando mais uma vez a atuação firme da Procuradoria da Mulher na articulação de projetos que beneficiam as paranaenses. Agora nós contamos com o apoio do Executivo para que essa lei seja regulamentada e que sejam feitas campanhas periódicas de longo alcance, para que cada vez mais mulheres saibam que podem pedir ajuda mostrando o X na mão”, detalhou a deputada estadual e procuradora da mulher Cristina Silvestri. Ela frisou que o projeto que originou a lei foi apresentado pela Procuradoria a pedido da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Mais uma forma de proteção das mulheres que passa a valer como lei no Paraná. Vamos agora dar publicidade a esta medida, para que seja conhecida e usada para garantir a segurança das mulheres que convivem com o risco de violência doméstica. É nosso dever combater e prevenir este tipo de situação”, afirmou Romanelli.

O pedido de socorro é um dos meios previstos na Lei Maria da Penha. Com ele, a mulher pode solicitar ajuda sem se expor para o agressor. A ideia é disseminar a informação para atendentes de farmácias, repartições públicas e instituições privadas, portarias de condomínios, hotéis, pousadas, bares, restaurantes, lojas e shoppings center e supermercados.

Ao visualizar o pedido, a pessoa deve coletar o nome da vítima, endereço ou telefone, e ligar imediatamente para um telefone de emergência da Polícia Militar, o 190. “É importante que todas as pessoas que lidam com o público conheçam este sinal e saibam da importância da denúncia”, diz Romanelli.

Cooperação – Com a sanção da nova lei, o governo fica autorizado a promover ações de integração e cooperação para dar visibilidade à iniciativa. O objetivo é envolver o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, órgãos de segurança pública, Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de associações e organizações da sociedade civil e instituições representativas do setor.

Um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicou que caiu violência na rua e aumentaram agressões dentro de casa. O “vizinho”, que em 2019 ficou em 2º lugar como autor das agressões (21%), neste ano sumiu das respostas. Em seu lugar apareceram pai, mãe, irmão, irmã, e outras pessoas do convívio familiar.

Uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no último ano durante a pandemia de Covid.

Isso representa que 17 milhões sofreram violência física, sexual ou psicólogas.

No País

Somente entre fevereiro e abril deste ano, registrou-se um aumento de 431% em relatos sobre brigas entre vizinhos, que renderam 52 mil postagens no Twitter, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Desse total, 5.583 indicavam episódios de violência doméstica. Pelo mapeamento, concluiu-se que um quarto (25%) do total de relatos de brigas de casal foi publicado às sextas-feiras e mais da metade (53%) à noite ou na madrugada, entre 20h e 3h. Outra descoberta é de que as mulheres foram maioria entre os autores das postagens (67%).

O Instituto Igarapé foi outra organização engajada na causa, lançando o relatório Violência contra mulheres: Como a pandemia calou um fenômeno já silencioso. Como a questão está presente de norte a sul do país, virou foco do poder público, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que, em parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), desenvolveu a campanha Sinal Vermelho. O objetivo é encorajar as mulheres vítimas a pedir ajuda em farmácias. A prefeitura de Curitiba também divulgou, este ano, uma cartilha, intitulada Prevenção e combate à violência doméstica e familiar contra a mulher em condomínios.

No estado de São Paulo, onde os casos tiveram alta de 44,9% já no primeiro mês de pandemia, entidades de administradores de condomínios têm elaborado materiais e promovido eventos para orientar moradores e síndicos. Na capital paulista, uma das entidades que abraçaram a causa foi a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), que realizou um evento para discutir o tema, em outubro.

Legislação

No Brasil, o principal instrumento legal que serve de respaldo para as mulheres vítimas de violência é a Lei nº 11.340/2006, mais conhecida como Maria da Penha. Porém, há outras iniciativas que se somam a ela.

Uma delas ainda está em tramitação, já tendo sido aprovada pelo Senado Federal. Trata-se do Projeto de Lei (PL) nº 2510/2020, que obriga moradores e síndicos de condomínios a denunciar às autoridades competentes casos de violência contra mulher que ocorram nas dependências do condomínio, incluindo os ocorridos dentro de casas e apartamentos. O projeto é de autoria da deputada federal Elcione Barbalho (MDB-PA).

Segundo a proposta, que deve passar pela Câmara dos Deputados, o dever de notificar casos se estende a agressões cometidas contra crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. O projeto estabelece que os relatos sejam feitos ao síndico do condomínio, que terá até 48 horas para denunciar formalmente o caso à Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) ou a canais eletrônicos ou telefônicos adotados pelos órgãos de segurança pública.

Caso descumpra a medida após ter levado uma advertência, o síndico poderá perder o cargo. O morador poderá ter que pagar uma multa de até cinco vezes o valor da mensalidade do condomínio.

A advogada Alessandra Caligiuri explica que o projeto de lei segue uma tendência nacional, que já existe em algumas unidades federativas. Ela cita Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Ceará, Minas Gerais, Acre, Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em Rondônia, por exemplo, a lei foi promulgada em dezembro de 2019 e determina multa que varia de R$ 500 e R$ 5 mil. Já no Acre, o valor fica entre R$ 500 e R$ 10 mil, dependendo das circunstâncias da infração, das condições financeiras do infrator e do porte do condomínio. “Infelizmente, as pessoas só sentem quando mexem no bolso”, diz Alessandra.

Estatística

Ao se consultar dados reunidos pelo FBSP, observa-se que muitas brasileiras ainda são vítimas de violência. Em 2017, o total de casos de lesão corporal dolosa (quando há intenção, por parte do agressor, de cometê-la) foi de 252.895. Nos dois anos seguintes, permaneceu quase igual. Em 2018, foi de 263.067. Já em 2019, chegou a 266.310, ou seja, uma mulher foi agredida a cada dois minutos.

Em meados de outubro, o FBSP divulgou seu anuário mais recente, no qual apresentou dados sobre a violência contra mulheres durante a crise sanitária. Uma das conclusões foi a de que os chamados para o 190, da Polícia Militar, aumentaram 3,8%, desde que a pandemia foi declarada. No total, a corporação foi chamada para socorrer vítimas mulheres 147.379 vezes, em municípios dos 12 estados avaliados pela entidade. Apesar disso, as vítimas têm tido dificuldades para ir a delegacias ou outros locais que prestam atendimento.

Somente no primeiro semestre deste ano, 648 mulheres foram vítimas de feminicídio, isto é, mortas apenas por serem mulheres. O índice registrado é 1,9% maior do que o dos primeiros seis meses de 2019.

Diversos levantamentos comprovam a relação de proximidade entre vítimas e autores da violência doméstica. Um deles foi produzido pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), órgão subordinado à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). Divulgado em março de 2019, o estudo apontou que 58,8% das vítimas de feminicídios cometidos em naquele ano eram casadas com os agressores (https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-04/df-metade-das-vitimas-de-feminicidio-era-casada-com-agressor). Além disso, em 23,5% dos casos, eles  já haviam se relacionado dessa forma, estando já separados no momento do crime.

O FBSP também faz um alerta nesse sentido, destacando, no anuário de 2019, que 88,8% das vítimas foram assassinadas pelos próprios companheiros ou ex-companheiros. “A relação próxima com o algoz é apontada por diversos estudos de vitimização como característica marcante das violências de gênero. Este aspecto relaciona-se com a amplitude característica   da violência contra a mulher, que incide nas relações íntimas conjugais através da dependência patrimonial e violência psicológica, por exemplo. São traços desafiadores das políticas de prevenção e proteção, pois  ocorrem  no  seio  de  relações  das quais se espera segurança e confiança, e que comumente estão investidas de tabus por dizerem respeito à esfera doméstica e familia”, escreve o fórum.

Como denunciar

A Lei Maria da Penha lista cinco tipos de agressões que configuram a violência contra a mulher: a psicológica, a física, a moral, a sexual e a patrimonial. Muitas vítimas não conseguem romper o ciclo de violência, por seguir a seguinte lógica: há um aumento na tensão entre vítima e agressor, sendo que este demonstra irritação por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. A mulher tenta acalmar o agressor e se esforça para não adotar nenhuma conduta que possa desagradar ao agressor, como se fosse sua culpa. Na segunda fase do ciclo, a explosão do agressor irrompe e toda a tensão acumulada na etapa anterior se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial. Na última fase, chamada de “lua de mel”, o agressor se diz arrependido, tentando uma reconciliação com a vítima, que se sente confusa, pressionada e, muitas vezes, responsável pelo comportamento do agressor.

Na semana do Dia do Meio Ambiente, Paraná aprova Plano Estadual de Resíduos Sólidos

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Na segunda-feira, 31, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou em redação final o projeto de lei que cria o Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Paraná.

A proposta do Poder Executivo, que segue à sanção do governador Carlos Massa Ratinho Junior, estabelece normas para a elaboração, revisão, complementação, operacionalização e fiscalização para o destino correto do lixo e do material reciclável produzido pelos paranaenses.

As normas se aplicam a todos, seja nas casas de cada cidadão, quanto nas empresas, indústria e órgãos públicos municipais e estadual. Para o deputado Goura (PDT), presidente da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais, o projeto é essencial para o Paraná alcançar a meta de Lixo Zero.

“Após semanas de debates intensos, contribuições de vários setores da sociedade e construção entre deputados da base e da oposição, a Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade, o projeto que estabelece diretrizes do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Paraná. O texto será um instrumento para organizar a gestão e buscar estratégias e soluções sobre produção, tratamento e destinação do lixo no Paraná. Com horizonte de validade por 20 anos e revisão a cada 4 anos, o plano traz uma série de pontos para minimizar os efeitos dos resíduos sólidos – como a separação e a coleta seletiva –, para apoiar a implementação de infraestrutura de reciclagem e para erradicar e recuperar áreas inadequadas de depósito final. Por fim, estabelece a participação popular em todo esse processo, além de metas e avaliações periódicas de cumprimento das diretrizes”, explicou o deputado estadual e líder do governo na Alep, Hussein Bakri (PSD).

A Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), em parceria com o Grupo R-20, convidou os municípios do Paraná para participarem da ação Paraná Mais Limpo – uma iniciativa para celebrar a Semana do Meio Ambiente, realizando o recolhimento de resíduos com a participação da população. O plano prevê ainda a participação popular, desde a elaboração até a fiscalização das ações.

Coleta de lixo no País

A quantidade de resíduos sólidos urbanos destinados inadequadamente no Brasil cresceu 16% na última década. O montante passou de 25,3 milhões de toneladas por ano em 2010 para 29,4 milhões de toneladas por ano em 2019.

Em 2010, 43,2% do total de resíduos eram descartados de forma incorreta (para lixões ou aterros controlados).  Os dados são do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, lançado pela Associação Brasileiras das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

De acordo com a entidade, a destinação inadequada dos resíduos para lixões ou aterros controlados, e não para os aterros sanitários, prejudica diretamente a saúde de 77,65 milhões de brasileiros atualmente, e gera um custo ambiental e para o sistema de saúde de cerca de US$ 1 bilhão por ano.

Três regiões descartam seus resíduos inadequadamente acima da média nacional (59,5%). O Nordeste concentra o maior número de cidades com destinação irregular: 1.340 municípios (74,6%), seguido da Região Norte, com 79% das cidades (357 municípios) e do Centro-Oeste, 65% dos municípios (305 cidades).

Segundo a Abrelpe, considerando a manutenção do cenário atual, serão necessários 55 anos para que aterros controlados e lixões sejam encerrados em todo o país. “A lentidão observada nos últimos dez anos, aliada à projeção dos indicadores futuros, evidencia a extrema urgência para se viabilizar as ações necessárias para o encerramento definitivo dessas práticas medievais de destinação de resíduos”, disse o diretor-presidente da associação, Carlos Silva Filho.

Geração de lixo

Nos últimos dez anos, a geração total de resíduos sólidos urbanos no Brasil cresceu 19%, subindo de 67 milhões de toneladas por ano, em 2010, para 79,6 milhões de toneladas por ano, em 2019. De acordo com a Abrelpe, até 2050 a produção de lixo deverá crescer mais 50% e poderá alcançar 120 milhões de toneladas por ano.

Coleta

Pelo levantamento, a quantidade de resíduos coletados no país cresceu 24%, chegou a 72,7 milhões de toneladas e atingiu 92% de cobertura no país, índice que implica déficit de 6,3 milhões de toneladas por ano sem coleta, que acabam abandonadas no meio ambiente.

Segundo a Abrelpe, apenas dez estados do país têm índice de cobertura de coleta  acima da média nacional: São Paulo (99,6%), Rio de Janeiro (99,5%), Santa Catarina (95,84%), Goiás (96,1%), Rio Grande do Sul (95,5%), Distrito Federal (95%), Paraná (95%), Espírito Santo (93,7%), Amapá (93,3%) e Mato Grosso do Sul (92,7%). Os menores índices de cobertura de coleta são registrados nas regiões Norte e Nordeste, com os estados do Ceará (80,1%), Rondônia (78,9%), Pará (76,7%), Piauí (69,2%) e Maranhão (63,9%) nas últimas cinco posições.

Composição do lixo

De acordo com a pesquisa, os resíduos orgânicos ainda permanecem como principal componente do lixo dos brasileiros em 2019, com participação de 45,3%, o que representa pouco mais de 36 milhões de toneladas por ano. Já os resíduos recicláveis secos somam 35%, sendo compostos principalmente pelos plásticos (16,8%), papel e papelão (10,4%), vidros (2,7%), metais (2,3%) e embalagens multicamadas (1,4%). Os rejeitos, por sua vez, correspondem a 14,1% do total e são, principalmente, os materiais sanitários. Quanto às demais frações, os resíduos têxteis, couros e borrachas somam 5,6% e outros resíduos, 1,4%.

Coleta seletiva

As iniciativas de coleta seletiva, que estavam presentes em 56,6% dos municípios em 2010, foram registradas, em 2019, em mais de 73% das cidades. Esse tipo de coleta, no entanto, segundo a Abrelpe, ocorre ainda de forma incipiente.

“A inexistência de um mercado estruturado para absorver os resíduos e as dificuldades logísticas e tributárias devem ser objeto de atenção prioritária, juntamente com a estruturação dos sistemas de logística reversa definidos por lei, já que no período de uma década, apenas aqueles cuja obrigatoriedade antecede o Plano Nacinoal de Resíduos Sólidos apresentam resultados satisfatórios”, destaca Carlos Silva Filho.

Mês do Meio Ambiente no Paraná

A Sedest e o Instituto Água e Terra (IAT) estão mobilizando os municípios e a população paranaense a postarem na internet o antes e o depois de uma limpeza. A ação faz parte das atividades programadas para o mês do Meio Ambiente, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, que será comemorado neste sábado, 5. Devido à pandemia da Covid-19, a campanha orienta que é preciso evitar aglomerações, manter o distanciamento social, usar máscaras e higienizar as mãos.

Os 399 municípios do Paraná estão sendo estimulados a fazer o recolhimento de resíduo e postar fotos de como o local era e como ficou, com a hashtag #ParanáMaisLimpo. “Nós, humanos, somos os maiores causadores de resíduos todos os dias e precisamos de ferramentas como essa para minimizar os impactos causados”, afirmou o secretário Marcio Nunes.

A campanha pede que os municípios incentivem seus moradores a participar com o objetivo de promover a conscientização ambiental. A população deve ir até um local que precise de manutenção e limpeza, tirar uma foto ou selfie da área antes de fazer a limpeza e a separação dos resíduos.

Depois de cumprir o desafio, basta tirar uma foto ou selfie da mesma área e postar nas redes sociais com #ParanáMaisLimpo. É possível postar no Facebook, Instagram e LinkedIn. Também são permitidas postagens de desenhos feitos por crianças, a fim de promover a consciência ambiental.

Segundo o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto, estimular os municípios e a população a realizar pequenas atitudes faz parte da política de educação ambiental da Secretaria. “Quando mobilizamos um trabalho pequeno em cada canto do Estado, conseguimos um grande resultado e, com certeza, promover um Paraná mais limpo”, disse.

O QUE DIZ A LEI

 – A Lei Federal nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabeleceu a obrigatoriedade de erradicação dos lixões até agosto de 2014. Entretanto, devido à dificuldade técnica, econômica e política, alguns munícipios não conseguiram atender ao prazo estabelecido nessa legislação.

Com isso, em julho de 2015 o Senado aprovou uma proposta de emenda que estendeu a data limite para o fim dos lixões, que também não foi suficiente para atendimento. Assim, foi instituída pela Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020, denominada novo marco legal do saneamento, um prazo final para o cumprimento e extinção de lixões no país, sendo:

Art. 54 – A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos deverá ser implantada até 31 de dezembro de 2020, exceto para os municípios que até essa data tenham elaborado plano intermunicipal de resíduos sólidos ou plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e que disponham de mecanismos de cobrança que garantam sua sustentabilidade econômico-financeira, nos termos do art. 29 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para os quais ficam definidos os seguintes prazos:

I – até 2 de agosto de 2021, para capitais de estados e municípios integrantes de Região Metropolitana (RM) ou de Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) de capitais;

II – até 2 de agosto de 2022, para municípios com população superior a 100.000 (cem mil) habitantes no Censo 2010, bem como para municípios cuja mancha urbana da sede municipal esteja situada a menos de 20 (vinte) quilômetros da fronteira com países limítrofes;

III – até 2 de agosto de 2023, para municípios com população entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes no Censo 2010; e

IV – até 2 de agosto de 2024, para municípios com população inferior a 50.000 (cinquenta mil) habitantes no Censo 2010.

Nova Área Industrial de União da Vitória contará com investimento de R$ 10 milhões de reais e deve gerar novos empregos para a cidade

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O projeto foi revelado em abril pelo Prefeito Bachir, juntamente com o Deputado Estadual Hussein Bakri

No mês de abril deste ano, o prefeito Bachir Abbas, juntamente com o Deputado Estadual Hussein Bakri, assinou o decreto que concretizou o decreto de interesse público da área que será destinada para a Nova Área Industrial de União da Vitória. Com investimento Estadual e Municipal, a Nova Área Industrial ficará em um ponto estratégico as margens da BR 476, em um espaço de aproximadamente 28 alqueires e contará com infraestrutura para a instalação de empresas de grande porte. Atualmente, o projeto que deve criar muitos empregos para a cidade, aguarda aprovação na Câmara dos Vereadores.

A origem do projeto

Em entrevista ao Jornal O Iguassú, o prefeito Bachir discorreu sobre o projeto. “Vimos a necessidade de estruturar uma nova área industrial, já que no momento não temos uma área industrial com toda infraestrutura, como pavimentação, energia elétrica, licenciamento ambiental. Nos últimos 4 anos foi trabalhado muito a infraestrutura do município, e no momento atual é necessária essa estruturação de uma área industrial compatível. Fizemos um estudo detalhado em diversas áreas, sempre olhando a praticidade, a logística é a questão ambiental, e chegamos a uma área de aproximadamente 28 alqueires a beira da BR 476”, afirmou o prefeito.

Sobre as etapas percorridas pelo projeto, Bachir explicou que “Já fizemos o estudo, localizamos a área, foi feito o estudo do impacto ambiental, as avaliações imobiliárias para definir o valor da área. Foi declarada de utilidade pública, feito o projeto de lei, que foi encaminhado para a Câmara de vereadores, que irá analisar [o projeto]. Se houver a aprovação, será feito o pagamento e a escrituração para ser feita a infraestrutura”, informou. O prefeito ainda ressaltou que a Prefeitura conta com o compromisso do governo do Estado, através do Deputado Estadual Hussei Bakri, de investimentos de 10 milhões de reais para auxiliar na infraestrutura da área.

Consequências da obra

À respeito da importância do empreendimento para o fortalecimento da economia regional, Bachir comentou que “Será de vital importância, tão logo anunciamos, já fomos procurados por diversas empresas de União da Vitória e da região que estão querendo investir no município”. Ainda disse, sobre os cuidados ambientais necessários para a concretização do projeto, que “Tivemos o cuidado de projetar a área industrial para os próximos 20 anos, principalmente pensando na questão ambiental e na questão de logística, já que [a área] está à beira da BR 476”.

Investimento em tempos de pandemia

O prefeito ainda afirmou que é necessário realizar esse investimento no momento de pandemia que a cidade enfrenta, para que a economia possa estar estruturada quando as restrições acabarem, “O município vai fazer um aporte financeiro de mais de 4,5 milhões para adquirir essa área, num momento difícil que os municípios passam. Mas é necessário nos estruturarmos para sair na frente no pós-pandemia. Se pensamos em desenvolver a nossa cidade, temos que ter uma estrutura compatível. Estamos trabalhando também na área da inovação tecnológica e na questão de turismo, que são grandes geradores de emprego e renda”, assegurou.

Por fim, Bachir afirmou que “teremos uma nova realidade com essa Nova Área Industrial, tanto para nossos empresários, como para as empresas que estamos contatando para investirem em União da Vitória,  iremos estar apresentando uma área compatível para quem quiser investir em nossa cidade”, concluiu.

Outras obras ocorrendo em União da Vitória

Centro de Convivência da Terceira Idade do São Cristóvão: O Governo do Estado do Paraná autorizou no começo deste ano a abertura de processo licitatório para a reforma do Centro de Convivência da Terceira Idade, localizado no distrito de São Cristóvão, que atende cerca de 600 pessoas acima de 60 anos. Serão aproximadamente R$ 183 mil provenientes de recursos estaduais e contrapartida municipal. Serão reformados: o piso, a cobertura do salão de festas, instalações elétricas e hidráulicas, instalação de sistema de gás GLP e prevenção de incêndios, além da troca da iluminação do local. A cozinha ganhará atenção especial e receberá aparelhos industriais. No total, as reformas somam aproximadamente 770 m² reformados.

Na ocasião, o Prefeito Bachir Abbas, explicou que “Sabemos da importância deste local para a melhor idade de União da Vitória. Esta reforma vem de encontro com a melhor qualidade de vida que queremos oferecer aos nosso idosos. Só temos a agradecer ao Deputado Líder do Governo Estadual Hussein Bakri e ao Governador Ratinho Júnior por mais essa conquista para União da Vitória”, completou.

Programa Meu Campinho: O Programa Meu Campinho do Governo Estadual disponibilizou para União da Vitória duas novas áreas de lazer no bairro São Gabriel e no Loteamento Horst Waldraff. Essas áreas de lazer que compreendem uma mini arena de grama sintética, academia ao ar livre e playground infantil, além de toda estrutura necessária, tiveram suas construções iniciadas no ano de 2020 e com previsão para conclusão ainda no primeiro semestre de 2021. O investimento estadual com contrapartida municipal é de aproximadamente R$ 640 mil, e a obra do bairro São Gabriel conta com aproximadamente 2 600m² enquanto do loteamento Horst Waldraff com 1 300m².

“Havia muita necessidade desses locais serem atendidos com uma estrutura desta magnitude. Sabemos que as famílias precisam de um local para lazer e atividade física, e esses locais não contavam com uma estrutura a altura do que os moradores merecem. Esperamos que quando essas obras estiverem concluídas possamos liberar para que a população possa utilizá-los”, explicou o Prefeito de União Vitória, Bachir Abbas. “Foram conquistas junto ao Governo do Estado, que trabalha junto com a administração municipal, sempre pensando no melhor para nossa população”, completou.

Recuperação de vias dos bairros e interior: A Secretaria de Obras de União da Vitória iniciou os trabalhos de recuperação de vias, limpeza dos canais de escoamento de águas pluviais e recuperação de acessos nos bairros e interior do município em 28 de janeiro deste ano. Foram recuperadas as vias, com patrolamento, dos bairros São Luís, Jardim Roseira e Panorama. Já no interior os canais de escoamento de águas pluviais da Colônia Correntes foram limpas e recuperadas.

Em visita a Porto União, governador anuncia investimentos

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O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, liberou R$ 3 milhões para a recuperação do acesso ao distrito industrial de Porto União durante uma visita ao município na tarde de sexta-feira, 28. Parte do valor também será usado para a pavimentação de ruas na região. Com a contrapartida do município, o investimento deve chegar a R$ 5 milhões.

Carlos Moisés ainda vistoriou os trabalhos no local. Segundo o chefe do Executivo estadual, o repasse dos recursos é o cumprimento de um compromisso assumido quando o prefeito visitou a Casa d´Agronômica, em Florianópolis.

“Nós temos um estilo municipalista de governar. Fazemos convênios para obras estruturantes, que tenham um impacto positivo para os municípios e regiões. O Planalto Norte precisa de uma atenção especial do Governo do Estado e eu costumo dizer em minhas agendas que nenhuma região será esquecida, mesmo aquelas que não receberam um tratamento adequado ao longo dos anos. A nossa presença hoje em Porto União é uma forma de reafirmarmos esse compromisso”, afirma o governador Carlos Moisés.

O prefeito Eliseu Mibach reforçou, em seu discurso, que gestões anteriores do Governo do Estado já haviam se comprometido com a recuperação do acesso ao distrito industrial, porém coube ao governador Carlos Moisés fazer a obra sair do papel. Ele ainda elogiou a atual gestão, por ter saneado as contas públicas, realizando investimentos com recursos próprios: “Às vezes isso é esquecido pela população, mas quem realiza esse tipo de trabalho precisa ser lembrado e reconhecido. É uma grande satisfação receber o governado na nossa cidade”.

Além de elogiar o governo do Estado, Mibach fez um pedido, para que o governo do estado auxilie no pedido para uma ligação entre a BR 280 em Porto União com a BR-153 em União da Vitória. “Com essa ligação sonhada e solicitada há anos, acabaria com o trânsito de carretas e caminhões no centro das nossas cidades”, destacou.

O deputado estadual Vicente Caropreso (PSDB), destacou “Um grande prazer e uma grande emoção está aqui depois dá assinatura desse convênio de 3 milhões de reais que vai possibilitar o desenvolvimento e não é só desenvolvimento, mas é emprego que será gerado. Como bem falado quando a gente investe nesse tipo de empreendimento, a gente investe no emprego das pessoas. Isso é o mais importante”, afirmou o deputado.

O Presidente do Legislativo de Porto União, Gildo Masselai (PSDB), representou junto com os demais vereadores, a Câmara Municipal no almoço e no evento da assinatura do convênio. Masselai destacou a vinda do governador ao Município que ficou por muito tempo esquecido pelo governo do Estado. “Recebemos o Governador Carlos Moisés que veio conhecer a nossa realidade e esperamos que o governo do Estado traga mais recursos e melhorias para o nosso município e região”, falou.

Após o ato, o governador vistoriou, ao lado do prefeito, as obras de asfaltamento da rua Wenzel Rulf. Antes, na chegada ao município, ele passou pela SC-135, que liga a Matos Costa, onde o Governo do Estado realizou um trabalho de recuperação do pavimento.

Além do convênio com o município, o governador também participou da entrega de uma nova viatura para a Polícia Civil de Porto União, além de duas escopetas para as delegacias da região. Os deputados estaduais Vicente Caropreso e Valdir Cobalchini acompanharam o roteiro em Porto União, além dos secretários Thiago Vieira, da Infraestrutura, e Eron Giordani, da Casa Civil.

Também nesta sexta-feira, o governador visitou outras duas cidades do Planalto Norte: Três Barras e Itaiópolis, para atos da Secretaria de Infraestrutura e do Instituto do Meio Ambiente. A ordem de serviço para reabilitação da via em Itaiópolis, resultado de um investimento de R$ 11,8 milhões. O ato foi realizado na prefeitura do município. As obras vão abranger um trecho de mais de 12 quilômetros em Itaiópolis, entre o acesso na BR-116 à entrada do Bairro Alto Paraguaçú.

De acordo com o prefeito de Itaiópolis, Mozart José Myczkowski, a SC-114 em boas condições vai impulsionar o desenvolvimento da cidade e garantir segurança a quem transita pelo local. “A restauração certamente vai salvar vidas daqui por diante e ajudar nos investimentos de grandes empresas que estão se instalando aqui no nosso município. Foi uma luta de todos os ex-prefeitos, dos deputados, e o governador olhou para Itaiópolis de maneira estratégica. É um passo muito grande para nós”, resumiu.

Em Três Barras, o chefe do Executivo estadual entregou a licença ambiental de operação para o projeto de expansão da fábrica de papel da empresa WestRock. Trata-se de um investimento de US$ 345 milhões, iniciado em fevereiro de 2019, que permitirá expandir a produção em aproximadamente 40%.

O presidente do IMA, Daniel Vinicius Neto, ressalta que a emissão da licença exigiu um trabalho multidisciplinar de meses para verificar os impactos na região. Segundo ele, trata-se de um momento festivo não apenas para Três Barras, mas também para a região.

“O órgão ambiental emite essa licença para que a empresa possa operar dentro dos parâmetros legais. Nós parabenizamos toda a região, pois esta empresa tem um grande impacto socioeconômico. O Governo do Estado também está de parabéns, por oportunizar que a empresa se expanda, gerando mais desenvolvimento econômico sustentável, com todos os controles ambientais estabelecidos”, diz o presidente do IMA.

A WestRock atua há 65 anos no Planalto Norte de Santa Catarina, sendo a segunda maior produtora de papel e embalagens de papelão do Brasil. Atualmente, são empregadas diretamente mais de 800 funcionários, além dos postos de trabalho indiretos.

Presentes

No final do evento o Prefeito entregou ao governador alguns presentes que são originários de Porto União como a arte da pêssanka e produtos da Distilaria Doble W. O governador bem humorado afirmou que quando faz caipirinha, só usa o steinhaeger da Doble W, exigência da primeira dama Késia Martins da Silva.

Pior momento da pandemia: casos ativos e óbitos de covid no Vale do Iguaçu aumentam a cada dia

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O número de pessoas com covid na região é um dos mais altos desde o início da pandemia, há pouco mais de 1 ano

Apesar das diversas medidas tomadas para controlar a pandemia e do início da campanha de vacinação contra o covid-19, os números de casos ativos e óbitos em União da Vitória e Porto União crescem a cada dia. Nesse momento crucial, conversamos com o secretário de saúde de União da Vitória, Fernando Ferencz, que alertou sobre os cuidados necessários para frear a disseminação do vírus.

No boletim divulgado pelas prefeituras de União da Vitória e Porto União no dia 28 de maio, somam-se 893 casos ativos de covid-19 e 158 óbitos. Ao comparar os números com os divulgados um mês antes, no dia 28 de abril, a diferença é gritante. Na data, haviam 257 casos ativos e 107 óbitos. Os casos ativos aumentaram em 636, e no período de um mês, ocorreram 51 mortes em União da Vitória e Porto União.

P.: Apesar das medidas de proteção e início da vacinação, os casos de COVID em União da Vitória e Porto União aumentam cada vez mais. Por que isso está acontecendo?

R.: Referente ao município de União da Vitória informo que os casos de COVID aumentam cada vez mais devido ao relaxamento frente às restrições sanitárias. As medidas de proteção são recomendações onde se não cumpridas não tem efeito. A fiscalização é atuante, mas mesmo assim não abrange todo o município.

P.: Quais medidas estão sendo tomadas nesse momento para impedir que o número de infectados continue crescendo? Qual é a importância de agir imediatamente?

R.: As medidas tomadas nesse momento para impedir que o número de infectados continue crescendo foram o decreto emitido, a fiscalização mais efetiva com o apoio da Polícia Militar e o monitoramento dos casos positivos que foram indicados para efetuarem o isolamento domiciliar.

P.: Qual é a perspectiva para os próximos meses em relação ao número de casos? Espera-se que eles diminuam no longo prazo, com o avanço da vacinação?

R.: Estimamos que os números de casos reduzam no decorrer dos meses. A vacinação é uma ótima ferramenta para reduzir a curva de contaminação pelo coronavírus, mas para que isso aconteça devemos também tomar todos os cuidados para evitar a transmissão do vírus. As pessoas vacinadas devem tomar os mesmos cuidados que as pessoas que não foram vacinadas evitando a falsa sensação de segurança.

P.: Como os cidadãos podem ajudar a conter o avanço da pandemia?

R.: Os cidadãos podem auxiliar a conter o avanço da pandemia respeitando as restrições sanitárias como a utilização de máscara, higienização constante das mãos, distanciamento social e não aglomerando, mas o mais imprescindível é que quem tiver indicação de isolamento domiciliar, cumpra o mesmo.

P.: Quais medidas de precaução devem ser redobradas pelo comércio nesse momento de piora do quadro da pandemia?

R.: Os comerciantes têm se demonstrado muito parceiros se referindo as restrições sanitárias, mas agora todas as medidas devem ser seguidas à risca, inclusive a aferição de temperatura das pessoas que adentram nos estabelecimentos com termômetros calibrados e revisados para que não haja falha nesse processo.