Suspeito de matar ex-mulher é detido em Irati

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A Polícia Militar deu cumprimento ao mandado de prisão temporária contra o suspeito pelo homicídio de Daiane Aparecida da Silva, de 22 anos, encontrada morta em Rio Azul no dia 10 de março. O ex-marido da vítima, Edenilson Stasiak, foi abordado pela equipe do Serviço Reservado (P2), da 8ª Companhia Independente de Polícia Militar, às 13h50 de terça-feira, 20, no Centro de Irati.

Segundo o delegado Eduardo Mady Barbosa, titular da Delegacia de Rebouças, que conduz o inquérito policial que apura o caso, desde a cena do crime a Polícia Civil levantou a suspeita de que o autor poderia ser o ex-companheiro da vítima. “Angariamos mais provas, fizemos mais investigações, temos filmagens, oitivas de testemunhas. Resolvi pedir a prisão preventiva dele”, afirma.

Junto à Polícia Militar, a Polícia Civil executou uma operação de busca na casa do suspeito, onde foram apreendidos celulares e documentos, como recibos, que ainda estão sendo analisados.

Vítima tinha obtido medida protetiva

“Algumas pessoas ficaram revoltadas porque após ter sido feita a solicitação das medidas protetivas e deferidas, ele teria ido ao encontro dela no Posto de Saúde, numa data depois da expedição [da medida protetiva]. Ele foi até lá, mas não a ameaçou nem a agrediu. Se a pessoa vai lá e a agride, ela pode ser presa. Como ele não fez isso, nós informamos ao Poder Judiciário o descumprimento das medidas protetivas. É isso o que podemos fazer”, declara o delegado.

A Polícia Civil possui “fortes indícios” da autoria do crime. O delegado pondera, no entanto, que isso não necessariamente quer dizer que Edenilson seja, de fato, o assassino. “Ele só vai ser declarado culpado ou não depois da sentença transitado em julgado, por um juiz. Não é o delegado de Polícia Civil nem a Polícia Militar quem define se ele é culpado ou não”, ressalta.

Conforme o delegado, nessa altura das investigações é necessário que o suspeito permaneça preso, por isso foi solicitada sua prisão preventiva. A Justiça concedeu a prisão temporária – que é de, no máximo, 30 dias, podendo ser prorrogada por outros 30. A Polícia Civil, que ainda trabalha no inquérito, apura se o envolvimento do suspeito seria direto ou indireto: como autor ou mandante do crime.

A prisão preventiva foi determinada por duas razões. “O primeiro aspecto é que ele poderia fugir. O segundo, por conveniência da instrução criminal. Vamos solicitar perícia em aparelhos celulares, questioná-lo sobre horários onde ele estava e confrontar com a filmagem que temos. Por isso solicitei a prisão preventiva”, justifica o delegado.

O suspeito foi ouvido pela polícia no dia 12 de março, dois dias depois que o corpo da vítima foi encontrado. Ele compareceu à Delegacia acompanhado de advogado e negou a autoria do crime. “A polícia ainda não tinha indícios suficientes, ele não estava em estado de flagrância naquele momento. Mesmo ele se apresentando, solicitei a prisão preventiva. A população pode ficar sossegada que nós aqui procuramos trabalhar no mais estrito cumprimento do dever, dentro da legalidade, mas usando também do maior rigor possível, do rigor legal”, assegura.

© PM/Divulgação

Corpo de Daiane foi encontrado em terreno nas proximidades do ginásio de esportes de Rio Azul

Crime

A jovem Daiane Aparecida da Silva, de 22 anos, foi encontrada morta na manhã do sábado (10), num terreno baldio nas imediações do Ginásio de Esportes Albino Ianoski (Albinão), em Rio Azul. Segundo a PM, a vítima foi atingida com três disparos de arma de fogo: um nas costas e dois na cabeça. Ela deixou dois filhos: um menino de dois anos e uma menina de três meses.

Daiane desapareceu na manhã anterior, sexta-feira, 09, quando tinha saído de casa para uma consulta agendada no Hospital de Caridade São Francisco de Assis. Familiares tentaram localizá-la pelo telefone, ligando várias vezes, sem sucesso.

O pai da jovem relatou aos policiais que, três meses antes, ela sofrera violência doméstica, o que gerou uma medida protetiva contra o agressor. Nesse período, o ex-companheiro insistia em tentar contato com ela.

A PM realizou buscas na noite do desaparecimento da jovem, sem, no entanto, conseguir localizá-la. O próprio pai da vítima voltou ao Destacamento no dia seguinte pela manhã, com novas informações trazidas por um desconhecido. A testemunha disse que viu uma moto com dois ocupantes entrar num carreiro num terreno localizado na Rua Pedro Estival, na Vila Maria, e depois ouviu barulhos semelhantes a tiros. Em seguida, viu sair dali a moto apenas com o condutor, que usava uma roupa vermelha. O fato teria ocorrido por volta das 11h30 da sexta, 09.

Com as informações, a PM foi até o local junto dos familiares da vítima, onde foram visualizados rastros de uma moto e de outro veículo que realizou uma manobra. No local também estava o corpo de Daiane.

 

 

 

 

Fonte Najua / Alvorada

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