Porto União tem dois casos registrados de influenza H3N2

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A vigilância da influenza, no Brasil, é composta pela sentinela de síndrome gripal (SG), de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva(UTI) e pela vigilância universal de SRAG.

A vigilância sentinela conta com uma rede de unidades distribuídas em todas as regiões geográficas do país e tem como objetivo principal identificar os vírus circulantes, além de permitir o monitoramento da demanda de atendimento por essa doença. Os dados são coletados por meio de formulários padronizados e inseridos no sistema de informação online SIVEP-GRIPE. Atualmente, estão ativas 252 Unidades Sentinelas, sendo 140 de SG, 112 de SRAG em UTI e 17 sentinelas mistas.

As informações contidas neste informe são oriundas da vigilância universal da síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que monitora os casos hospitalizados e óbitos com o objetivo de identificar o comportamento do vírus Influenza, orientando os órgãos de saúde na tomada de decisão frente à ocorrência de casos graves deSRAG causados pelo vírus.

Os dados são coletados pelas Secretarias Municipais de Saúde, por meio de formulários padronizados, e inseridos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação on-line: SINAN Influenza Web. As amostras laboratoriais são coletadas e encaminhadas para a análise no LACEN/SC. As informações apresentadas no último informe são referentes ao período que compreende as semanas epidemiológicas (SE) 01 a 30 de 2018, ou seja, casos com início dos sintomas em 31/12/2017 até os registrados em 25/07/2018. Os dois casos registrados em Porto União já foram tratados e as pessoas estão bem.

Desse total de notificações, 325 (24,1%) foram confirmados para influenza, dos quais 145 (44,6%) pelo vírus A(H1N1)pdm09, 157 (48,3%) pelo vírus A(H3N2), 9 (2,8%) pelo vírus Influenza B, 1 (0,3%) por Influenza A encerrada por vínculo epidemiológico e 13 (4,0%) aguardam subtipagem.

Outros 550 casos (40,8%) tiveram resultado negativo para Influenza A e B (SRAG não especificada), 390 (28,9%) foram ocasionados por outros vírus respiratórios e 83 (6,2%) encontram-se em investigação, aguardando confirmação laboratorial, conforme a Tabela 1.

Foram detectados casos confirmados de influenza em 77 municípios do estado de Santa Catarina, destacam-se alguns municípios que detectaram o maior número de casos: Florianópolis, com 34 casos; Joinville, com 23 casos; Criciúma e Tubarão, com 22 casos cada; Blumenau, com 20 casos; São José, com 17 casos; e Chapecó, com 12 casos; também foram detectados 2 casos pertencentes ao estado do Paraná.

Até o dia 25/07/2018, do total de casos de SRAG notificados, 131 evoluíram para óbito. Destes, 33 (25,2%) foram confirmados por Influenza, sendo 17 (51,5%) pelo subtipo A(H1N1)pdm09, 13 (39,4%) pelo subtipo A(H3N2), 1 (3,0%) pelo tipo B, 1 (3,0%) por Influenza A encerrada por vínculo epidemiológico e 1 (3,0%) está aguardando subtipagem.

Os óbitos confirmados por SRAG Influenza acometeram pacientes residentes em 21 municípios catarinenses: Florianópolis e São José, com 4 óbitos cada; Jaraguá do Sul, com 3 óbitos; Barra Velha, Blumenau, Joinville e Vidal Ramos, com 2 óbitos cada; Antônio Carlos, Balneário Barra do Sul, Canoinhas, Guatambú, Imbituba, Itajaí, Lages, Leoberto Leal, Nova Trento, Palhoça, Pomerode, Rio Negrinho, São Miguel da Boa Vista e Videira, com 1 óbito cada.

Em relação aos tipos de vírus Influenza predominantes em Santa Catarina, em 2012 houve o predomínio do vírus Influenza A(H1N1)pdm09, com 722 casos e 75 óbitos. Em 2013, o vírus Influenza A(H1N1)pdm09 também predominou, com 229 casos e 34 óbitos; no entanto, os casos de Influenza A(H3N2) também foram significativos, apresentando 133 casos e 6 óbitos. Em 2014, ocorreu um predomínio na circulação do vírus Influenza A(H3N2), com 146 casos e 9 óbitos. Em 2015, ocorreu uma baixa circulação de ambos os vírus. Em 2016, houve o predomínio do vírus Influenza A(H1N1)pdm09, com 722 casos e 114 óbitos. Em 2017, o vírus que circulou foi o A(H3N2), com 233 casos e 29 óbitos. Em 2018, até o momento, os vírus que estão circulando são o Influenza A(H3N2) e o Influenza A(H1N1)pdm09.

Os serviços de saúde devem estar sempre preparados para promover o atendimento adequado aos casos de síndrome gripal, reforçando as medidas de manejo clínico dos casos. O uso do antiviral (Oseltamivir) está indicado para todos os casos de síndrome gripal com condições e fatores de risco para complicações e de síndrome respiratória aguda grave, independentemente da situação vacinal ou da confirmação laboratorial. A terapêutica precoce reduz tanto os sintomas quanto a ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza para esses pacientes, e o antiviral apresenta benefícios mesmo se administrado após 48 horas do início dos sintomas.

Nos pacientes com síndrome gripal sem condições e fatores de risco para complicações, a indicação do antiviral deve ser baseada em julgamento clínico se o tratamento puder ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início da doença.

A gripe causada pelo vírus Influenza é uma doença grave que causa danos à saúde das pessoas há muitos séculos. É transmitida a partir das secreções respiratórias, podendo também sobreviver de minutos a horas no ambiente, sobretudo em superfícies tocadas frequentemente. A partir do contato com um doente ou uma superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas vias respiratórias, causando lesão que pode ser grave e até fatal se não tratada a tempo.

Devido à baixa cobertura vacinal, a Dive/SC orienta que os municípios continuem vacinando os grupos prioritários e também crianças de 5 a 9 anos de idade e adultos de 50 a 59 anos até o termino das doses. A Dive alerta também que todas as crianças que receberam a vacina pela primeira vez neste ano devem retornar às unidades de saúde para receber a segunda dose, somente assim estarão imunizadas contra a doença.

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