Manchetes: indícios suficientes de corrupção passiva

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Confira abaixo as manchetes dos principais jornais do país desta terça-feira, 11.

Notícias dos jornais O Globo, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.

 

O Globo

Manchete: Temer sofre derrota, mas aposta em trocas na CCJ

Apesar de manobrar para garantir votos na CCJ da Câmara, o governo sofreu a primeira derrota na tramitação da denúncia contra o presidente Temer por corrupção passiva. Em voto mais duro que o esperado pelo Planalto, o relator Sergio Zveiter, do PMDB, disse que a acusação não é fantasiosa e que há indícios suficientes. O governo pediu socorro a líderes aliados e trocou nove deputados na CCJ. Parte dos substituídos protestou. A oposição já admite perder na CCJ, mas diz estar mais forte para a votação em plenário. 

Governo amplia corte de atividades e programas

Diante da crise fiscal, cada vez mais órgãos enfrentam dificuldades para tocar suas atividades. O INSS estuda fechar postos, as Forças Armadas reviram o controle de fronteiras, a Agricultura está sem fiscais e a pasta das Cidades negou parceria a prefeituras. “A situação é dramática”, diz Luis Rangel, secretário de Defesa Agropecuária.

Um assassinato a cada duas horas

Desde 2013, quando a curva de assassinatos voltou a crescer, o Estado do Rio mergulhou numa espiral de violência. Foram 21.258 mortes até hoje, uma a cada duas horas. A polícia busca os ladrões que atropelaram grávida, matando bebê.

 

O Estado de S. Paulo

Manchete: Após revés na CCJ, Temer age para derrubar denúncia

O deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), filiado ao mesmo partido de Michel Temer, seguiu o roteiro previsto e concluiu que a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente da República não é “fantasiosa” ou “inepta”, como prega a defesa. Em um voto predominantemente político, Zveiter concordou que há indícios “sérios o suficiente” de crime de corrupção passiva supostamente praticado por Temer e que o fato precisa ser apurado. Ciente de que o relator não apresentaria voto contrário à denúncia, o governo colocou em prática a estratégia de trocar membros para derrotar o parecer de Zveiter no colegiado. Para rejeitar o relatório pela admissibilidade da acusação, o Planalto precisa de pelo menos 34 votos em um total de 66 na comissão. A base aliada promoveu 13 trocas (entre titulares e suplentes), sendo 9 apenas ontem. PR, PMDB, PTB, PRB e Solidariedade seguiram a recomendação do Planalto. A oposição aposta que, se não vencer na comissão, terá sucesso no plenário.

Presidente testa força hoje com reforma trabalhista

O governo de Michel Temer enfrenta hoje seu maior teste no Congresso com a votação da reforma trabalhista pelo plenário do Senado. A expectativa do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), é de pelo menos 48 votos favoráveis à proposta. Diferentemente da reforma da Previdência, a trabalhista é considerada “a mais fácil das reformas” por necessitar de maioria simples dos 81 senadores – a da Previdência exige três quartos.

Despesa do governo poderá crescer R$ 39 bi

As despesas do governo poderão crescer R$ 39 bilhões em 2018, valor insuficiente para cobrir gastos adicionais com INSS, por exemplo, estimados em R$ 42,5 bilhões. Os dados constam de relatório do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias. O governo diz que há margem para manobra.

 

Folha de S. Paulo

Manchete : Em reuniões, Maia avalia ser inevitável a queda de Temer

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), passou o domingo (9) imerso em articulações e traçou a diversos interlocutores um cenário em que trata a queda de Michel Temer como irremediável, informam Marina Dias e Daniela Lima. Sucessor imediato em caso de saída do presidente, Maia encerrou o dia com reunião em sua residência oficial, cercado de parlamentares aliados do peemedebista. Segundo deputado, Maia afirmou ter dito ao presidente que ele pode sobreviver à votação da primeira denúncia no plenário da Câmara, mas que certamente sucumbiria quando nova acusação da Procuradoria chegasse. Após encontrar-se com Temer, participou de almoço promovido pelo vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, acompanhado de outros políticos, por cerca de cinco horas. Ontem, Maia evitou aparecer no Congresso. Estava em casa quando o relatório contra Temer foi lido na CCJ, acompanhado de Henrique Meirelles, da Fazenda, diz Mônica Bergamo.

Planalto testa sua força política em votação no Senado

O Senado votará hoje a reforma trabalhista, uma das bandeiras do governo Temer. Fragilizado pela denúncia criminal contra o presidente, o Planalto tem, segundo levantou a Folha, 43 votos de 81 — o suficiente para vencer. A oposição tentará barrar a votação.

Relator na CCJ pede avanço da denúncia contra o presidente

Correligionário de Michel Temer, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), relator na Comissão de Constituição e Justiça, pediu a aceitação da denúncia contra o presidente na Câmara. Para tentar obter maioria na CCJ, que votará antes de o tema ir ao plenário, o governo remanejou 20 deputados, inserindo nomes fiéis. Com a manobra, diz a oposição, Temer virou o placar: agora, venceria por 38 a 28.

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