Projeto União Pró-Vida realiza eventos para divulgar o Setembro Amarelo

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O Projeto União Pró-Vida (UPV) realizou nos dias 3 e 4 de setembro, panfletagem e a feira de livros doados, visando divulgar o Setembro Amarelo, os meios e formas de atendimentos realizados, além de ouvir e conversar com a população de União da Vitória e Porto União.

Além dessa ação, os integrantes voluntários do União Pró-Vida visitaram diversas entidades e instituições das cidades para divulgar o Setembro Amarelo que alerta para a conscientização e prevenção ao suicídio. Além das ações os voluntários da Família UPV, junto com outros parceiros realizaram a doação de sangue no Hemocentro de União da Vitória.

O UPV faz atendimento por telefone, WhatsApp e presencialmente na Rodoviária de Porto União, que deve ser consultado antes para esse tipo de atendimento (Veja em box os números).

O suicídio é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Por isso, a campanha Setembro Amarelo deste ano traz o slogan ‘Agir salva vidas’ e visa a alertar as pessoas sobre como identificar alguém que precisa de ajuda e tratamento psicológico. Os números reforçam a importância da campanha mundial. No Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos. Cerca de 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Em Santa Catarina, no ano de 2020, de acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), foram registrados 769 suicídios, dos quais 79% (611) foram cometidos por pessoas do sexo masculino. Em 2021, até julho, mantém-se proporção semelhante, com 416 registros (336 do sexo masculino). No período de 2017 a 2020, a maior proporção dos óbitos concentrou-se na faixa etária de 30 a 59 anos; no entanto, a maior incidência está na faixa etária de 70 a 79 anos, com 13,1 óbitos a cada 100 mil habitantes nesta faixa etária.

Prevenção

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. Por isso, para diminuir as estatísticas, o diálogo sobre o tema é fundamental. “Precisamos conscientizar as pessoas, esclarecer e abrir espaço para falar sobre suicídio. É preciso deixar que as pessoas possam falar sobre o sofrimento, e isso pode trazer alívio e conforto. As pessoas próximas podem perceber sinais e ajudar na prevenção. Lembrando que também é necessário procurar ajuda especializada para acolher e encaminhar para o tratamento adequado”, explicou Libiana Bez, enfermeira da Gerência de Análises Epidemiológicas e Doenças e Agravos não Transmissíveis, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive).

O Ministério da Saúde destaca que não há como detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, mas ela pode dar alguns sinais que devem chamar atenção da família e de amigos, como isolamento, abuso de álcool e outras drogas, mudanças bruscas de humor, diminuição do autocuidado e até a automutilação. Esses sinais, especialmente quando se manifestam constantemente, requerem atenção especial.

A porta de entrada para o acolhimento é sempre a unidade básica de saúde. Os serviços públicos de saúde mental de Santa Catarina contam com 110 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e diferentes modalidades. Nessas estruturas, são atendidas pessoas que vêm em demanda espontânea, incluindo as que têm distúrbio psiquiátrico, pensamento suicida e tentativa de suicídio.

No Paraná o mês foi lembrado na Assembleia Legislativa do Paraná que falou sobre a data de 10 de setembro que é o Dia Mundial de Combate ao Suicídio. No Paraná, a lei 18.871/2016, que teve parte de sua redação alterada, através de proposta dos deputados Dr. Batista (DEM) e Mabel Canto (PSC), pela lei 20.229/2020 criou a Semana de Valorização da Vida e de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, que deve ser realizada no período que compreenda o dia 10 de setembro.

O objetivo dessa legislação é o de promover a reflexão e a conscientização sobre essa temática, com o objetivo de dignificar avida em relação ao aumento do índice de suicídios e a automutilação, esclarecendo à população, através de palestras, debates e audiências públicas, sobre como identificar possíveis sinais suicidas e como auxiliar o acompanhamento de indivíduos que apresentem esse perfil, visando minimizar a evolução dos quadros que podem chegar ao suicídio.

A pedido da Associação, a Assembleia Legislativa do Paraná, por solicitação do deputado Alexandre Curi (PSB), estará iluminada com a cor amarela neste dia 10 de setembro em apoio à campanha do Setembro Amarelo. Movimento que acontece em todo o mundo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9 entre cada 10 fatos ocorridos poderiam ser evitados se essas pessoas tivessem ajuda, e é justamente esse alerta que o Setembro Amarelo traz: a necessidade de se falar sobre as doenças psíquicas que podem levar ao suicídio e, principalmente, provocar uma reflexão nas pessoas sobre as causas que geram o comportamento suicida, e como esse gesto extremo pode ser evitado com ações preventivas.

De acordo com o relatório “Suicide worldwide in 2019” publicado pela OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios. “Não podemos – e não devemos – ignorar o suicídio”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde.

A Campanha Setembro Amarelo tem por objetivo prevenir e reduzir estes números, e em trabalho conjunto entre Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Paranaense de Psiquiatria (APPSIQ), se tem, no ano de 2021, a intenção de aumentar ainda mais a visibilidade sobre este relevante tema.

Pandemia

Outro fator preocupante é o prolongamento da pandemia da Covid-19, o que tem obrigado muitas pessoas a se isolarem com medo do contágio da doença. Reuniões entre familiares e com amigos deixaram de existir, viagens foram adiadas e isso fez com que as pessoas ficassem mais em suas casas, muitas vezes no seu “mundinho particular”, o que pode acarretar ainda mais em quadros de depressão e crises de ansiedade e pânico que podem levar essas pessoas ao suicídio. Sem contar que muitos tratamentos de saúde mental foram interrompidos nesse período.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o primeiro lugar em casos de transtorno de ansiedade e o segundo lugar em casos de transtornos depressivos, que podem levar ao suicídio.

“Nossa atenção à prevenção do suicídio é ainda mais importante agora, depois de muitos meses convivendo com a pandemia de Covid-19, com muitos dos fatores de risco para suicídio – perda de emprego, estresse financeiro e isolamento social – ainda muito presentes. A nova orientação da OMS fornece um caminho claro para intensificar os esforços de prevenção do suicídio”, disse o diretor-geral da OMS.

Preconceito

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Tadeu Veneri (PT), realizou no final do mês de agosto uma audiência pública virtual onde o tema suicídio foi debatido. Para Diógenes Martins Munhoz, diretor da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção ao Suicídio, o preconceito sobre o tema é a principal causa para o aumento dos números de casos. “O preconceito em torno do tema suicídio é um dos principais fatores que corroboram para o crescimento dos números, especialmente de homens, que têm mais dificuldade em pedir ajuda que as mulheres. O primeiro passo é deixar de lado essa falácia de que uma terapia é “frescura” ou “mimimi”. Desmistificar a área da saúde mental. As pessoas precisam cada vez mais de ajuda profissional. E elas podem e merecem esse tratamento. E no caso da tentativa propriamente dita, a forma de acolhimento por parte dos profissionais tem se mostrado eficaz até em evitar uma provável reincidência”.

A psicóloga e especialista no tema, Karen Scavacini, lembra “que o suicídio tem relações com muitos fatores: relações sociais, culturais, econômicas, psicológicas e situacionais e a pandemia se tornou um destes fatores, como dentro do comportamento suicida”, indicou.

A especialista faz parte de uma organização internacional que abrange 41 países que estuda os números da Covid-19 e a relação da pandemia com os casos de suicídio. O objetivo é utilizar estratégias de prevenção antes e depois que a situação melhorar ou se resolver.

Alguns fatores como o isolamento social, estresse dos profissionais de saúde e o distanciamento físico podem ter contribuído para o crescimento dos casos. “O impacto tem sido muito grande, inclusive com a desativação de serviços psiquiátricos, o que comprometeu o tratamento de pessoas propensas ao suicídio”, ressaltou.

Uma cartilha confeccionada a pedido da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre prevenção ao suicídio pode ser acessada no link: https://bit.ly/3tazC9Q e mais informações sobre o Setembro Amarelo podem ser conferidas no site oficial da campanha: https://www.setembroamarelo.com/

Centro de Valorização da Vida

Um importante aliado na prevenção do suicídio é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional gratuitamente, de forma voluntária, 24 horas por dia, pelo telefone 188, e-mail ou chat pelo site da instituição.

Em União da Vitória e Porto União não há mais o CVV, em contrapartida foi criado o Projeto Pró-Vida que realiza atendimento semelhante e disponibiliza os seguintes números para atendimento:

42-35237217

42-988900279 (24h)

42-988156081

42-991381467

Maratona desenvolve negócios em potencial no Sul do Paraná

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Hackathon encerrado no domingo (29) trabalhou soluções de turismo inteligente, mobilidade urbana e automação no campo

De 27 a 29 de agosto, foi realizado o Hackathon SRI Sul Paraná, maratona para o desenvolvimento de ideias com potencial para geração de novos negócios. Conduzido de forma online, o Hackathon teve como focos o turismo inteligente, a mobilidade urbana e a automação no campo. Ao todo, sete soluções foram apresentadas à banca julgadora. Os três primeiros lugares foram: É os Guri, com o projeto Colonada (plataforma de serviços agrícolas); Glass Maps, com o projeto Glass Maps (solução em realidade aumentada que promete oferecer acessibilidade); e Coltec Elite, com o Guia Sul (aplicativo para divulgação de informações e localização de pontos turísticos).

Esta edição foi resultado da parceria entre Sebrae/PR, Prefeitura de União da Vitória, IFPR – Campus União da Vitória, Uniguaçu, Coltec, Uniuv e Comitê de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas do Território do Iguaçu (Comitê MPE Iguaçu), com o patrocínio de Bahniuk Supermercados, Capimar e Mineralle.

Elizandro Ferreira, consultor do Sebrae/PR, destaca que as sete soluções apresentadas têm potencial para tornarem-se negócios promissores e, em função disso, todas passarão por um processo de pré-incubação.

 “São projetos relevantes e relacionados à região, que serão levados a um novo estágio, para transformar as ideias em negócios”, adianta Elizandro.

 Wilson Petisco, vice-presidente da Companhia de Habitação e Desenvolvimento de União da Vitória (Ciahab), explica que uma das diretrizes da atual Administração Municipal é a geração de novos negócios, com uma lei de inovação já aprovada. A parceria no Hackathon visa incentivar o empreendedorismo.

“O objetivo é criar um ambiente favorável e implantar a cultura da inovação no Sul do Paraná. Temos as instituições de ensino superior e um campo propício para o surgimento de negócios inovadores que podem fortalecer a economia regional”, pontua.

Market place agrícola

Por ser 100% digital, o Hackathon SRI Sul Paraná permitiu a participação de pessoas de todas as regiões. A equipe vencedora, É os Guri, é de Dois Vizinhos, sudoeste do Paraná e formada por André Datsch, Fernando Matheus dos Santos e Luiz Eduardo Barbosa. Eles criaram uma plataforma para serviços agrícolas, para conectar fornecedores de serviços, máquinas e até arrendamento de áreas.

“Foi minha primeira participação em um hackathon e foi uma experiência positiva. As mentorias nos ajudaram a expandir a ideia. Queremos dar sequência, fazer mais validações e transformar o projeto em uma rede de negócios, pois há mercado para nossa solução”, analisa Fernando Matheus dos Santos.

Maria Salette Rodrigues de Melo, coordenadora geral do Comitê MPE Iguaçu, vê o Hackathon como uma forma de incentivar o desenvolvimento de novos projetos ligados ao Sul do Paraná.

 “Tivemos vários projetos relacionados ao Turismo, o que nos impulsiona a acreditar no grande potencial de crescimento e geração de emprego e renda para os municípios que compõem a região.”

 Daiane Scolaro, presidente da Associação de Turismo e Meio Ambiente do Vale do Iguaçu (Atema), participou da maratona como mentora e espera que os grupos deem prosseguimento aos projetos.

“Pela Atema, trabalhamos com projetos para o desenvolvimento do Turismo regional. Vamos torcer para que eles continuem trabalhando e estaremos à disposição para poder ajudá-los.”

Mais soluções

Além das três premiadas, quatro projetos foram elaborados, todos ligados ao Turismo. Os projetos são: Turismo Regional Inteligente; Tour Rota Sul – Turismo Paraná; Natuari; e Atlas Turístico.

O que é hackathon

O termo hackathon vem da junção de duas palavras da língua inglesa: hack, que quer dizer programar com excelência, e marathon, maratona. A maratona de programação, então, reúne hackers por muito tempo, com o objetivo de desenvolver soluções que causem impactos tanto internos (como no caso de uma empresa, por exemplo) quanto externos.

Mas não somente projetos específicos da área da programação fazem parte de um hackathon. Como a maratona foi se popularizando e mostrando ótimos resultados, outras áreas adotaram a prática para trazer melhorias de forma diferente e eficiente.

Paranaenses podem participar do Hackathon da NASA

A partir de iniciativa de Campo Morão, evento de inovação online é aberto para interessados de todo o estado

Nos dias 2 e 3 de outubro, será realizada uma edição da Space Apps Challenge, maratona de programação online organizada pela NASA, a agência espacial norte-americana. Simultâneo em 87 países, o evento é voltado para artistas, designers, engenheiros, empreendedores, pesquisadores e, entre outros, estudantes de todas as áreas, de qualquer localidade. A participação é gratuita, basta fazer a inscrição pelos sites: da prefeitura de Campo Mourão, Paraná State.

A atividade conta com a parceria do Sebrae/PR, Prefeitura de Campo Mourão, Idea 5 e sob o guarda-chuva do evento Empreende Week. O objetivo é que por meio da maratona, os participantes criem soluções inovadoras para resolver problemas do mundo, podendo utilizar dados abertos da NASA e de outras nove agências espaciais, inclusive a brasileira.

“No começo do ano realizamos o pedido para sermos sede do evento. Apresentamos o trabalho que estamos fazendo no ecossistema de inovação e número de startups desenvolvidas nos últimos anos. Por conta dessa movimentação, formos aprovados para rodar o hackathon em Campo Mourão, o que traz visibilidade para o município”, comenta o consultor do Sebrae/PR, Michael Douglas Camilo.

Para participar, é preciso formar equipes dispostas a se dedicar a criar soluções entre 9h do dia 2 de outubro e 23h59 do dia 3. O consultor recomenda que o grupo seja multidisciplinar. A solução ganhadora da edição de Campo Mourão será selecionada para a etapa global, que dará ao vencedor o direito de visitar a NASA. 

Para o diretor-geral na Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão, Eduardo Akira Azuma, o hackathon ajudará a estimular a inovação entre públicos distintos.  “O evento atrai pessoas que não são especificamente da área de tecnologia para pensar inovação. É uma forma de começarmos a furar bolhas e trazer os jovens para criar. Além disso, o evento prestigia nosso município, já que poucas cidades no Paraná vão recebê-lo”, comenta.

Na edição de 2020 do Space Apps Challenge, que está completando dez anos, 26 mil pessoas de diversos países desenvolveram novos produtos ou serviços, conforme os desafios propostos pela NASA. O primeiro teve a participação de 2 mil pessoas, em 17 países. O evento cresceu em decorrência da pandemia, com mais de 40 mil participantes, em mais de 80 países, engajados em soluções para causas como a covid-19.

Planalto Norte na luta pelo Gás natural novamente

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Representantes de empresas do Planalto Norte, SCGÁS e o Deputado Valdir Cobalchini reuniram-se na tarde da quarta-feira, 25, com a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Santa Catarina (ARESC) para buscar soluções para viabilizar a implantação da rede isolada de gás natural na região. A rede irá atender, principalmente, indústrias do segmento de papel e celulose, com investimentos de cerca R$ 12 milhões, de 2021 até 2023.

A necessidade de uma nova matriz energética com o gás natural, para motivar novos investimentos na região e reduzir custos de produção nas plantas industriais já é uma reinvindicação antiga da região. O ex-deputado estadual Antonio Aguiar em 2011 já fazia esse pedido ao governo do Estado. Havia planos de uma construção de um gasoduto que sairia de Araucária (PR) e chegaria a Mafra, tendo ramificações em São Mateus do Sul e Porto União.

Agora devido à necessidade de adaptação da regulação existente, a SCGÁS solicitou à ARESC revisões em resoluções para viabilização do projeto, em especial pedindo desvinculação de prazo para que a rede isolada alcance a rede principal de distribuição. A rede isolada é um projeto inovador no Brasil e consiste em levar Gás Natural Comprimido (GNC) ou Gás Natural Liquefeito (GNL) por meio de caminhões, para antecipar a oferta de gás natural ao mercado até a chegada da rede principal. A SCGÁS implantou o modelo no ano passado em Lages, onde a rede local está em fase de ampliação para atender quatro indústrias, postos de combustível e comércios da região. O ofício enviado a ARESC também pede o balanceamento dos custos operacionais nas redes de distribuição.

A implantação da rede isolada poderá antecipar o atendimento a indústrias nas cidades de Três Barras, Canoinhas e Mafra, fomentando investimentos e a geração de emprego na região. A construção do Terminal de Gás Sul na Baía da Babitonga também ajudará na viabilização do insumo, por meio de um novo modal de fornecimento de combustível, que poderá alcançar novos mercados através do GNL. Porto União ainda continua fora desse modelo.

Edital

A SCGÁS lançou, na última semana, edital para acolhimento de propostas para o Projeto Piloto de Geração de Energia Elétrica a Gás Natural. O Chamamento Público vai selecionar um cliente do segmento comercial para receber, em regime de comodato, um gerador de energia elétrica a gás natural, com o objetivo de formatar um modelo de uso de Gerador de Energia Elétrica a Gás Natural.

O cliente contemplado terá economia na aquisição do gerador de energia elétrica a gás natural, pois ele será fornecido pela SCGÁS em regime de comodato durante cinco anos. Além disso, o cliente também economizará no consumo de energia elétrica no horário em que o Kwh (Quilowatt-hora) é mais caro, entre 18h30 e 21h30, além da garantia de fornecimento de energia elétrica em caso de falta de suprimento por parte da concessionária de energia elétrica.

“Atualmente, mais de 650 clientes do segmento comercial utilizam gás natural em Santa Catarina. Com este projeto, poderemos formatar um case de uso de geração de energia elétrica a gás natural e agregar conhecimento técnico, possibilitando a SCGAS prestar o apoio necessário aos clientes que buscam uma solução energética segura, limpa e econômica para seus empreendimentos”, comentou Andre Tavares, engenheiro do mercado urbano da SCGÁS.

Biodiesel em Mafra

O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) concedeu a Licença Ambiental de Operação (LAO) para que a JBS Biodiesel, por meio da Seara Alimentos, opere no município de Mafra. Com o investimento de R$ 180 milhões, a maior fábrica de biodiesel de Santa Catarina vai gerar cerca de 100 vagas de empregos, além de outras 300 novas vagas de trabalho indiretas contribuindo para o desenvolvimento social e econômico da região.

Vale destacar que a produção de biodiesel da companhia utiliza, em sua maior parte, gorduras animais derivadas da cadeia produtiva da JBS. Ao destinar corretamente esses resíduos e transformá-los em biocombustível, a companhia agrega valor a este subproduto e promove a sustentabilidade na sua operação.

“Trata-se de um empreendimento comprometido com as ações de controle ambiental dentro da sua operação, que além de gerar oportunidade e renda para a região, executará programas ambientais fundamentais para preservação do meio ambiente”, destaca o presidente do IMA, Daniel Vinicius Netto.

O município de Mafra está localizado em uma região estratégica para o setor de biocombustível nacional. Além de contar com uma logística eficiente de embarque e desembarque pelos modais ferroviário e rodoviário, está a 120 quilômetros de distância de Araucária (PR), onde está instalada a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), uma das principais unidades de mistura e distribuição de diesel do país.

“O biodiesel é um combustível renovável que pode substituir ou reduzir a necessidade do óleo diesel. Assim, os automóveis que hoje rodam com diesel poderão aderir a um combustível mais amigável ao planeta. Isto é desenvolvimento sustentável. Investimos no fortalecimento da economia, geramos mais empregos e contribuímos com o meio ambiente”, ressalta o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon.

A JBS mantém mais de 30 operações da Seara em 18 municípios do estado, entre unidades produtivas de aves, suínos, industrializados, fábricas de ração, centros de incubação, terminais logísticos e centros de distribuição. Além disso, em Santa Catarina, a Companhia conta com mais de 20 mil colaboradores e uma rede de mais de 2 mil produtores integrados.

O que é biodiesel

O biodiesel é um combustível renovável obtido a partir de um processo químico denominado transesterificação. Por meio desse processo, os triglicerídeos presentes nos óleos e gordura animal reagem com um álcool primário, metanol ou etanol, gerando dois produtos: o éster e a glicerina. O primeiro somente pode ser comercializado como biodiesel, após passar por processos de purificação para adequação à especificação da qualidade, sendo destinado principalmente à aplicação em motores de ignição por compressão (ciclo Diesel).

O que é GNC

O GNC é o Gás Natural comprimido e armazenado a uma pressão de 250 bar, transportado e distribuído para regiões não-atendidas pelos gasodutos convencionais.

O produto é transportado em carretas especiais, o Gasoduto Móvel, e cestas de cilindros especialmente desenvolvidas para as demandas de indústrias, postos e plantas de processamento, num raio de até 300 Km da unidade de compressão.

O que é GNL?

Já o gás natural liquefeito (GNL) é o gás natural (GN) no estado líquido. A liquefação (mudança física do estado gasoso para o estado líquido) ocorre após o resfriamento do gás natural à temperatura de 162º C negativos. Nessas circunstâncias, o GN tem seu volume reduzido em cerca de 600 vezes, o que facilita o transporte para grandes distâncias.

SC atualiza portarias de eventos, casas noturnas e serviços de alimentação

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A partir de ontem, 30, Santa Catarina terá novos regramentos sanitários para realização de eventos sociais, coorporativos e de grande porte, e para funcionamento de serviços de alimentação como bares e restaurantes e casas noturnas, pubs e afins. Nesta quinta-feira, 26, foi publicado no Diário Oficial as portarias que trazem as novas adequações, que variam conforme o cenário epidemiológico e a avaliação de risco regionalizada.

O superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, destacou que, considerando o avanço da vacinação, mas também a confirmação da transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus no estado, deve-se agir com prudência na retomada destas atividades, evitando principalmente as aglomerações. Para isso, a Saúde decidiu manter o fator de distanciamento como uma forma de promover um ambiente mais seguro para os clientes e trabalhadores, possibilitando com que os estabelecimentos possam funcionar de acordo com sua capacidade e com o cenário epidemiológico.

“A ocupação desses espaços deve ser feito pela razão entre o tamanho espaço em metros quadrados pelo fator de distanciamento de acordo com o nível de risco. Esse fator varia de 2,0 no nível gravíssimo, 1,8 no nível grave e 1,5 nos níveis alto e moderado. Por exemplo, digamos que se tenha um restaurante com espaço de 500m². Se ele estiver numa região com o nível de Risco Alto (amarelo), basta calcular o tamanho do salão (500) dividido pelo fator de distanciamento (1,5), que se chegará ao total de 333 clientes sentados. E é esse o total de pessoas que o ambiente permite ter, de forma a manter o distanciamento”, resumiu. Na parte externa, basta seguir um distanciamento de um metro e meio entre as mesas.

Já para os eventos sociais e corporativos e para as casas noturnas, pubs e afins, além do fator de distanciamento, será permitido o funcionamento, com uma capacidade máxima de pessoas de forma simultânea, não podendo ser ultrapassada conforme o nível de risco da região: No nível Gravíssimo (cor vermelha), até 100 pessoas; No nível Grave (cor laranja) que Porto União está enquadrada, até 200 pessoas; No nível Alto (cor amarela), até 300 pessoas; No nível Moderado (cor azul), até 500 pessoas.

O acesso à pista de dança deve permanecer proibido em qualquer nível, pois há risco de se promover aglomerações que possam elevar o risco de transmissão de Covid-19 entre os participantes. Além disso, é reforçada a obrigatoriedade do uso de máscaras por todos os clientes, sendo permitida a retirada apenas quando estiverem sentadas as mesas durante o consumo. É recomendado que os funcionários estejam vacinados e que façam a utilização da PFF2 ou da N95.

As portarias também apontam para a importância de se manter a ventilação dos ambientes internos. “Deve sempre ser mantida a ventilação natural dos ambientes, com portas e janelas abertas favorecendo a circulação de ar externo, ventiladores de teto na função reversa ou sendo direcionados para espaços vazios. É importante que os estabelecimentos mantenham os ambientes bem arejados para que as partículas respiratórias sejam dissipadas”, enfatizou Macário.

Para Eventos de Massa ou de Grande Porte com a participação simultânea de mais de 500 pessoas, devem ser seguidas as orientações da Portaria SES n° 904, que estabelece fluxos, protocolos e regramentos sanitários para avaliação do plano de contingência para liberação de eventos com essas características. Para que esse tipo de evento seja autorizado durante a vigência da pandemia de Covid-19, é necessário que o organizador elabore um plano de contingência detalhado, e protocole para avaliação da Diretoria de Vigilância Sanitária com antecedência mínima de 15 dias antes do evento. A Vigilância Sanitária estadual irá emitir um parecer, e encaminhará para o município sede onde ocorrerá o evento e a Comissão Intergestora Regional (CIR) formado pelo colegiado de Secretários Municipais da Região que avaliarão o grau de risco do evento e darão o parecer final sobre sua realização ou não. O limite máximo de pessoas para que um evento seja avaliado nesse momento será de 7 mil, limite que será analisado pela Saúde a cada 30 dias ou a partir da mudança no cenário epidemiológico.

O secretário de Estado da Saúde André Motta Ribeiro aponta que a atualização dessas portarias são parte de uma necessidade de avançar com prudência na retomada destas atividades, mas que a situação sanitária ainda inspira cuidados principalmente com o avanço da variante Delta. “As regras vem não para penalizar, mas para promover ambientes em que as pessoas possam frequentar com segurança, servindo também para impulsionar a economia local. É importante um pacto para que estes regramentos sejam seguidos, para que possamos continuar avançando na redução da transmissão, ao mesmo tempo que avançamos na campanha de vacinação, imunizando o maior número de catarinenses”, finalizou.

Flexibilização na pandemia ajuda na recuperação do setor de serviços

O Índice de Confiança de Serviços, divulgado hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), subiu 1,3 ponto, ficando em 99,3 pontos em agosto, no maior nível desde setembro de 2013, quando o indicador estava em 101,5 pontos. Na comparação com agosto de 2020, a alta foi de 14 pontos e em médias móveis trimestrais o índice avançou 3,7 pontos, a quarta alta consecutiva.

O economista do FGV/Ibre Rodolpho Tobler explicou que esse é o quinto avanço seguido. Com isso, a confiança dos serviços se consolida em patamar acima do nível pré-pandemia e próximo ao nível neutro.

“Ao contrário do que foi observado nos últimos meses, a alta foi mais influenciada pela melhora no volume de serviços no mês, enquanto as expectativas ficaram estáveis. A combinação sugere que a recuperação do setor vem avançando em paralelo às flexibilizações na pandemia. Vale ressaltar que o cenário para os próximos meses ainda depende da recuperação da confiança do consumidor e carrega muita incerteza, especialmente associados aos riscos da variante delta”, destacou Tobler.

Segundo o Instituto, o resultado da confiança dos serviços do mês foi influenciado principalmente pelo Índice de Situação Atual, que subiu 2,6 pontos, para 93,0 pontos, ficando no maior nível desde junho de 2014, quando o indicador alcançou 94,3 pontos. Já o Índice de Expectativas cresceu 0,1 ponto, para 105,7 pontos, patamar mais alto desde novembro de 2012 (106,2 pontos).

Seguindo a tendência positiva, o saldo do emprego previsto tem demonstrado recuperação contínua, com médias móveis trimestrais em alta pelo terceiro mês consecutivo, ficando em 10,4 pontos em agosto, maior resultado desde maio de 2014. O saldo se refere ao percentual de empresas que planejam aumentar seu quadro de funcionários nos próximos meses, menos o percentual que planejam reduzir. No pico da pandemia, em junho do ano passado, no pico da pandemia, o indicador ficou negativo em 35 pontos.

Fecam estuda criação de Fórum Permanente para Proteção aos Animais

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A Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), atendendo ao pedido da vereadora de Florianópolis, Pri Fernandes (PODE), instalará o Fórum Permanente para Proteção aos Animais. Segundo informou a vereadora, “na prática a Fecam vai discutir e auxiliar as Prefeituras na busca de soluções para os problemas que envolvem a causa animal e que explodem quase sempre nas mãos das protetoras. Está mais do que na hora das Prefeituras fazerem a sua parte. Chega dos protetores pagarem a conta sozinha. Precisamos debater e cobrar as soluções. Vamos acompanhar de perto para que muito em breve a gente tenha o Fórum instalado e que a gente consiga fazer o poder público entender que juntos somos muito mais fortes”, destacou.

O Presidente da entidade Clenilton Pereira (Prefeito de Araquari) destacou a reunião, “nós tivemos uma reunião muito legal com a vereadora Pri Fernandes de Florianópolis junto com a equipe da Fecam e debatemos um assunto de extrema importância hoje no Brasil e no mundo que é a proteção animal. Nós vamos instituir um Fórum Permanente de Defesa e Proteção Animal. Nas próximos semanas a gente vai elaborar todo esse processo e vai começar com todas as associações dos municípios de Santa Catarina vamos levar adiante esse projeto que é de suma importância e que por muitas vezes se torna invisível aos olhos da população e dos gestores. Mas vai ser diferente agora, as prefeituras e as câmaras de vereadores que por exemplo quiser participar vai participar desse momento tão importante que é defender e proteger os animais”, afirmou Pereira.

A vereadora de Porto União, Vanessa Witiuk (PSD), em sua rede social destacou a importância e deu seu apoio a essa iniciativa, Encaminhei a Vereadora Priscila Fernandes, de Florianópolis, um ofício do meu gabinete em total apoio ao ofício de sua autoria, protocolado na Fecam, para a criação de um Fórum Permanente de Defesa e Proteção Animal, pois acredito que independentemente de partido, município, devemos nos unir neste caso, que é a causa animal. O estado, os protetores, os simpatizantes da causa e os animais, ganharam muito, se isto for concretizado”, enaltece.

O objetivo do Fórum deve ser mobilizar os diversos segmentos da sociedade para a discussão de temas e proposições a fim de estabelecer políticas públicas que visem a causa da defesa e da proteção animal e terá a competência para avaliar e apresentar sugestões e deve contar com a participação de entidades governamentais ou não, organizadores da sociedade civil, protetores independentes, voluntários e simpatizantes. A Fórum estabelecerá ações que tem por objetivo mobilizar os diversos segmentos da sociedade para a discussão de temas e proposições a fim de estabelecer medidas que visem a causa da defesa e da proteção animal.

Dia Mundial do Cão

O Dia Mundial do Cão é comemorado em 25 de agosto, mas em Santa Catarina um dia após a data a Assembleia Legislativa de Santa Catarina derrubou uma lei de proteção aos animais.

“Foi rejeitado na Assembleia o projeto de lei do deputado Marcius Machado (PL) que proibiria a corrida de cães no nosso estado. Foram 17 votos contra apenas três a favor e tivemos três abstenções. Desconhecimento, despreparo, desprezo com a vida dos seres vivos e falta de empatia de respeito de civilidade quando se acha normal usar os animais em competições e divertimentos pessoal. Será que é tão difícil entender que a sofrimento dos animais quando se usa anabolizantes entre outras medicações, para fazer com que os animais ultrapassem os seus limites. Esses animais desenvolvem problemas graves de saúde problemas respiratórios, problemas cardíacos e muitos sofrem mutilações e muitos são descartados e mortos”, critica a vereador de Florianópolis. 

A matéria alterava a Lei nº 12.854/2003 (Código Estadual de Proteção de Animais) para proibir a realização das corridas de quaisquer raças de cães. Na justificativa da proposta, o autor argumentou que as competições causam danos físicos e psíquicos aos animais envolvidos. Em alguns casos, conforme o deputado, os cães recebem substâncias para melhorar o desempenho. A prática, de acordo com Marcius, já foi proibida em outros estados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

O PL foi rejeitado por 17 votos a três, além de três abstenções. O placar da votação pode ser consultado no Portal da Transparência da Alesc.

Parlamentares contrários à matéria demonstraram preocupação com as consequências da aprovação. “É um projeto que deixa muitos pontos em aberto”, considerou Bruno Souza (Novo). “Pode prejudicar atividades praticadas por clubes, que são insuspeitos, gostam dos animais, não estão ali para maltratar. Essa lei não irá aumentar a proteção dos cães e poderá trazer empecilhos.”

Jessé Lopes (PSL) criticou que o chamou de “pautas dos ‘ecochatos’”. “O que é que tem os cachorros correrem? Eles até se divertem”, disse. “A tendência é daqui a pouco não poder comer mais churrasco.”

O deputado Silvio Dreveck (PP), que se absteve, afirmou que não compreendeu o teor do projeto e pediu esclarecimentos ao autor, que não estava presente na hora da votação. “Parece que em Santa Catarina não temos essa prática [da corrida de cães]”, disse.

O autor do projeto, Marcius Machado, se pronunciamento nas redes sociais sobre a derrubada do seu projeto. “Mas esta derrota não significa o fim do caminho. Voltarei a apresentar este tema em 2022. De acordo com a médica veterinária Kátia Chubaci, cães que são submetidos a estas práticas apresentam, além de problemas físicos, traumas psicológicos. Os galgos, por exemplo, têm expectativa de 15 anos de vida, mas, quando participam de corridas, esta expectativa cai para 5 anos. Esta prática já é proibida na Argentina, Uruguai e também no Rio Grande do Sul. A derrubada do Projeto de Lei é uma derrota gigantesca para a proteção animal, mas vamos voltar a discuti-lo. As corridas acontecem e não são brincadeira! Os animais são altamente prejudicados. Precisamos protegê-los”, destaca.

Na Câmara Federal

O Projeto de Lei 84/21 altera a Lei de Crimes Ambientais para tornar crime promover, estimular, divulgar ou permitir a realização de corridas, lutas, disputas ou outras atividades extenuantes utilizando cães, mesmo que não haja apostas, brindes ou promoções. O texto tramita na Câmara dos Deputados.

Segundo o projeto, a conduta passará a ser equiparada ao crime de abuso, maus-tratos, ou mutilação de cães e gatos, com pena prevista de reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda.

“Sabemos que a corrida de cães é reprovada no mundo todo, razão pela qual foi proibida em países como Estados Unidos, Itália, França, Argentina e Uruguai, como resultado do clamor popular”, explica o autor da proposta, deputado Ricardo Silva (PSB-SP). “A proibição dessa prática cruel em países da América do Sul (Argentina e Uruguai) tem causado o crescimento da conduta em diversas localidades do Brasil, especialmente na região Sul do País”, denuncia.

Saúde confirma dose de reforço de vacina para idosos

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 25, a aplicação de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 para idosos acima de 70 anos. Outra medida aprovada pelo ministério e pelas secretarias estaduais e municipais de saúde é a antecipação da segunda dose em alguns casos.

A chamada “dose de reforço” será aplicada em quem tomou a segunda dose há cerca de seis meses. As pessoas começarão a receber a proteção adicional em setembro. Os integrantes da pasta não adiantaram a data. O intuito é fortalecer a imunidade dessas faixas etárias diante do crescimento da circulação da variante delta.

“Nos países onde a variante tem transmissão comunitária tem havido maior problemas nos idosos e naqueles que não foram ainda vacinados. Vacinando os idosos com este reforço teremos proteção adicional”, disse na entrevista o ministro da Saúde.

As pessoas com dificuldades no sistema imunológico, denominadas “imunossuprimidas”, também serão convocados para a dose de reforço. Neste caso, a diferença entre a última dose e a de reforço será de 28 dias. Estão neste grupo, por exemplo, pessoas com HIV e transplantados.

O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Willames Freire, defendeu a medida. “Vamos trabalhar obedecendo a ciência e as orientações técnicas do PNI [Programa Nacional de Imunização]. Se neste momento está orientando vacinar acima de 70 anos com a dose de reforço é porque as evidências nos indicam que este público está mais vulnerável”, opinou.

O imunizante utilizado será o Pfizer. “Vamos fazer com vacina da Pfizer porque ela foi testada em regimes de intercambialidade [uso de diferentes marcas em distintas doses], porque está aprovada na maioria das agências sanitárias do mundo e porque o ministério se programou para adquirir uma quantidade expressiva e tem chegado em tempo que nos dá segurança”, justificou Queiroga.

Segundo o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, até o fim de agosto a previsão é de disponibilização de 80 milhões de doses. Cruz acrescentou que até o meio de setembro o Ministério da Saúde quer atingir a imunização de toda a população adulta com a primeira dose.

Antecipação

A Câmara Técnica do PNI também decidiu pela antecipação da segunda dose das vacinas da Oxford/AstraZeneca. Em vez de três meses, o intervalo entre as duas doses será de dois meses. Já a antecipação da Pfizer ainda está em estudo.

A medida foi adotada com o propósito de tentar alcançar a meta de aplicar a segunda dose em todos os brasileiros adultos até o fim de outubro. Até hoje, 35% das pessoas com mais de 18 anos completaram o ciclo vacinal no país.

Doses de reforço na segunda quinzena de setembro

Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde informou que iniciará, na segunda quinzena de setembro, a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a “todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses”.

Aplicação da terceira dose deve começar por idosos

O ministro Marcelo Queiroga disse, que a aplicação da terceira dose de vacinas contra a covid-19 deverá começar por idosos e profissionais de saúde. Ao explicar a metodologia de distribuição de imunizantes, Queiroga disse que cabe ao ministério equilibrar a distribuição de vacinas entre os estados e o Distrito Federal.

A aplicação da terceira dose de vacinas contra a covid-19 deverá começar por idosos e profissionais de saúde.

O ministro, no entanto, destacou que para iniciar a dose de reforço ainda são necessários mais dados científicos para que o Ministério da Saúde possa organizar a sua aplicação. “Planejamos, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacinação. Isso vale para todos os imunizantes”.

Distribuição de vacinas

Ao explicar a metodologia de distribuição de imunizantes, Queiroga disse que cabe ao ministério equilibrar a distribuição de vacinas entre os estados e o Distrito Federal. O ministro ressaltou a importância dos entes federados observarem o intervalo entre as doses, que varia de acordo com o cada imunizante.

“É fundamental que se observe o intervalo de vacinação entre as doses, para que possamos entregar as vacinas com a pontualidade desejada. Porque, se cada estado, cada município, resolver fazer a sua própria regra, o Ministério da Saúde não consegue entregar as vacinas com a tempestividade devida e isso atrasará a nossa campanha nacional de imunização”, disse.

De acordo com o ministério, as doses são enviadas aos estados levando em consideração a população, acima de 18 anos, que ainda não foi vacinada em cada unidade da Federação.

“Vamos fazer o possível para que essa distribuição ajustada garanta uma maior homogeneidade na vacinação em todas as unidades da Federação. O compromisso que o governo federal tem é com cada um dos 210 milhões de brasileiros. Se imunizarmos a população vacinável, todos vão se beneficiar com a imunidade que será proporcionada”, afirmou o ministro da Saúde.

Critérios

Para enviar as doses nesse formato, o Ministério da Saúde informou que fez um levantamento com base em dois critérios: as vacinas para a primeira dose já enviadas para cada estado, desde o começo da campanha de vacinação, e a estimativa da população acima de 18 anos de cada unidade da federação.

“O Ministério da Saúde, em momento nenhum, mudou a metodologia. A diferença é que temos que obedecer um princípio maior, que rege toda a gestão do SUS [Sistema Único de Saúde], que se chama equidade. Ela tem que ser sempre buscada e preservada. O Ministério da Saúde tem a obrigação de olhar para todos os brasileiros da mesma forma, independentemente da unidade federativa”, disse a secretária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo.

De acordo com o ministério, a medida foi acordada entre representantes da União, estados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e municípios pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), após a conclusão do envio de vacinas para imunizar todos os 29 grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

O ministério informou ainda que o ajuste na distribuição não impactará na distribuição das vacinas para a segunda dose, já que todos os estados continuarão recebendo o quantitativo necessário para completar todos os esquemas vacinais.

Santa Catarina

A partir do dia 1º de setembro, adolescentes com idade entre 12 e 17 anos, já podem tomar a vacina contra a Covid-19 em Santa Catarina. A vacinação desse público será apenas com doses da vacina Pfizer. Os municípios deverão destinar 10% das doses recebidas para vacinar os adolescentes com comorbidades, deficiência permanente grave, gestantes, puérperas e lactantes; e os outros 90% para a aplicação nos demais adolescentes. Esse avanço foi possível, pelo trabalho em conjunto do Governo de SC, Ministério da Saúde e prefeituras.

Paraná

Toledo, na Região Oeste, recebeu nesta quarta-feira, 25, as 35.173 doses do imunizante da Pfizer para dar início à vacinação de toda a população a partir dos 12 anos contra a Covid-19. A remessa especial faz parte de um estudo de natureza observacional da farmacêtiva norte-americana, autorizado pelo Ministério da Saúde, que busca analisar o comportamento do Sars-Cov-2 em adolescentes e jovens de uma cidade de porte médio que receberam a primeira dose do medicamento. A cidade para o estudo foi definida pela Pfizer e governo federal. O Governo do Estado apoiou na logística, com o transporte das vacinas de Curitiba para Toledo.

De acordo com a prefeitura do município, a aplicação dos imunizantes da faixa etária entre 12 e 17 anos vai começar nesta sexta-feira (27). A intenção é aplicar cerca de 7 mil primeiras doses por dia, contemplando duas idades no período.

Foram organizados quatro pontos para aplicação de D1, que vão funcionar com horário ampliado das 8h às 23h. Cada ponto receberá 1.750 doses por dia. Pelo menos 50 profissionais de saúde serão mobilizados nos pontos de vacinação, além das equipes de vigilância e saúde e atenção primária da secretaria municipal.

Caso de hantavirose é registrado em Cruz Machado

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Após o registro de dois casos positivos e dois casos suspeitos de Hantavirose no município de Cruz Machado, a secretaria municipal de saúde está com as atenções voltadas para esta doença que, em anos anteriores, já vitimou sete pessoas no município. Dos casos positivos, um foi na linha Encantilado e o outro na linha Rio da Areia. Os casos suspeitos estão localizados na linha Palmital e em outro ponto da linha Rio da Areia. O primeiro caso positivo do município em 2021 foi também o primeiro caso da doença registrado no Paraná neste ano, o que ligou o sinal de alerta.

Tendo em vista a prevenção e tratamento a possíveis casos da doença, na terça-feira, 17, foi realizada uma capacitação em União da Vitória, com a participação de representantes 4ª Regional de Saúde de Irati, divisão de zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, (SESA-PR) e representantes de todos os municípios que compõe a 6ª Regional de Saúde de União da Vitória, com o tema “Hantavirose, inspeção do local provável de inspeção e aplicação do roteiro de investigação”. Cruz Machado esteve participando com Felipe Siepko, Felício Suski Júnior, Daniel Lipinski, Rose Ferch, Sandro José Krawczyk, Dr. Helton Choman e Dr. Lázaro Daniel Pacheco.

Já na quarta-feira, 18, ocorreu pela manhã a parte prática da capacitação, com  a realização de um trabalho a campo na linha Rio da Areia, com representantes de todos os municípios da 6ª Regional e técnicos da 4ª Regional de Saúde. A equipe da divisão de zoonoses da Sesa continuou durante a semana passada em Cruz Machado, realizando o monitoramento dos casos suspeitos. Na sexta-feira, 27, a equipe da 6ª Regional de Saúde estará novamente em Cruz Machado, desta vez realizando uma capacitação com os agentes comunitários de saúde.

Histórico da doença no Paraná

Em 1998, a hantavirose apareceu no Paraná no município de Bituruna, pertencente a 6ª Regional de Saúde de União da Vitória. No mês de setembro de 1998, dois pacientes, marido e mulher, adoeceram e faleceram ao mesmo tempo, com quadro de insuficiência respiratória aguda.

Tal fato chamou a atenção dos profissionais da 6ª Regional de Saúde, levando-os a pensar em hantavírus. Todavia, como ambos os pacientes já haviam falecido quando a notificação foi realizada, não foi possível a coleta de amostras e consequente confirmação laboratorial. Por isso, foram considerados “suspeitos” de hantavirose. A partir desses dois casos, todo paciente com quadro clínico similar passou por uma investigação mais profunda, tentando caracteriza-la. Eles foram os dois únicos casos suspeitos em 1998. No ano de 1999, em janeiro, no município de Honório Serpa, pertencente a 7ª Regional de Saúde de Pato Branco, ocorreu um caso suspeito de leptospirose, cuja sorologia resultou negativa. O paciente, após queda do leito no hospital onde esteve internado, fez fratura de crânio, vindo a falecer no dia 20/01/99. O Laboratório Central do Estado guardou parte do soro utilizado para o diagnóstico de leptospirose e, com a confirmação do primeiro caso de hantavírus em outubro/99, enviou o mencionado soro para diagnóstico de hantavírus, que resultou positivo para o vírus Sin Nombre, sendo este, portanto, o primeiro caso confirmado laboratorialmente no Estado do Paraná, mas não o caso índice, já que só ficou conhecido em novembro.

No mês de agosto de 1999, em Cruz Machado, uma trabalhadora na área rural, apresentou quadro de insuficiência respiratória aguda e evoluiu para óbito. Os profissionais que a atenderam no Hospital Regional de União da Vitória suspeitaram de hantavirose e coletaram amostra para exame laboratorial.

Em outubro de 1999, o Instituto Adolfo Lutz de São Paulo confirmou a positividade para hantavírus Sin Nombre. Este caso se constitui no “caso índice”, uma vez que foi o primeiro caso confirmado da doença. Logo após a confirmação do primeiro caso em Cruz Machado em outubro/99 profissionais do nível central do CSA se deslocaram até a residência da vítima para a análise epidemiológica do caso, quando se constatou a presença de inúmeros locais ou fatores de risco do meio ambiente, como presença de roedores, paióis com depósito de milho, feijão, ou outros alimentos, não sendo possível estabelecer o local ou a maneira de transmissão.

No ano de 2000, novos casos apareceram, a partir de agosto, todos envolvidos com corte de Pinus, no município de General Carneiro.

Em Santa Catarina

A doença ocorre em todas as regiões do estado, embora a frequência seja maior no Oeste, Meio Oeste e Vale do Itajaí. Os casos são registrados durante todo o ano e estão relacionados, principalmente, às atividades de produção em área rural, bem como pesca e acampamentos. Em 2020, (última informação sobre o assunto no site da Secretaria de saúde e da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), mostra a semana epidemiológica 28 (11/07) onde foram registrados 08 casos, entre estes, três evoluíram para óbito. Em decorrência da pandemia de Covid-19, em que os quadros clínicos, afetando o sistema respiratório, podem ser semelhantes, é importante que os profissionais de saúde estejam atentos a possibilidade de hantavirose, realizando a suspeição e o manejo clínico indicado. (Com informações com as agências de Notícias dos governos do Paraná e Santa Catarina)

O QUE É HANTAVIROSE?

É uma doença perigosa, que pode levar à morte. Ela é causada por um vírus presente na urina, fezes e saliva dos ratos que vivem no mato (rato do arroz, rato da taquara).

COMO SE PEGA A DOENÇA?

Pela respiração de poeiras contaminadas com o vírus, principalmente em locais fechados. O contágio também é possível pela mordida do rato do mato.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS

No começo, parece uma gripe. A pessoa sente febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, tosse seca e falta de ar. Também podem ocorrer náuseas, vômitos e diarreias.

QUEM TEM MAIS CHANCES DE PEGAR HANTAVIROSE?

As pessoas que podem ter contato com os ratos do mato, como agricultores; pescadores; trabalhadores das áreas de reflorestamento; quem vive ou trabalha no campo; quem varre ou dorme em locais fechados há muito tempo, como galpões, paióis, armazéns, casas rurais, casas de campo, dentre outros. 

Como a hantavirose é transmitida?

A infecção humana por hantavirose ocorre mais frequentemente pela inalação de aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados. As outras formas de transmissão, para a espécie humana, são:

percutânea, por meio de escoriações cutâneas ou mordedura de roedores;

contato do vírus com mucosa (conjuntival, da boca ou do nariz), por meio de mãos contaminadas com excretas de roedores;

transmissão pessoa a pessoa, relatada, de forma esporádica, na Argentina e Chile, sempre associada ao hantavírus Andes.

O período de transmissibilidade do hantavírus no homem é desconhecido. Estudos sugerem que o período de maior viremia seria alguns dias que antecedem o aparecimento dos sinais/sintomas. Já o período de incubação do vírus, ou seja, o período que os primeiros sintomas começam a aparecer a partir da infecção, é, em média, de 1 a 5 semanas, com variação de 3 a 60 dias.

Fatores ambientais

Diversos fatores ambientais estão associados com o aumento no registro de casos de hantavirose, e estão ligados ao aumento da população de roedores silvestres como, o desmatamento desordenado, a expansão das cidades para áreas rurais e as áreas de grande plantio, favorecendo a interação entre homense roedores silvestres.

Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla é lembrada

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Apesar de o Brasil possuir uma das legislações mais avançadas do mundo no que se refere à garantia de direitos das pessoas em situação de deficiência, no entanto, na prática, a maior parte do que se assegura na lei não é acessível a todos, avalia a superintendente técnico-pedagógica da Federação das Apaes do Estado de Santa Catarina (Feapesc), Maria Nilza Eckel, ao divulgar a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, uma campanha anual que iniciou sábado, 21, e segue até este sábado, 28, desde 1963. O objetivo é promover a reflexão sobre as necessidades e os direitos dessa parcela da população que constantemente é esquecida.

Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) vem se destacando como um dos principais parlamentares na militância pela criação de políticas públicas que promovam a inclusão e a acessibilidade. o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência enfatiza que o Parlamento catarinense é parceiro em ações em prol da inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho e no ensino regular.

A presidente da Feapaesc, Alice Kuerten, destaca que a campanha “É tempo de Transformar Conhecimento em Ação” tem como objetivo divulgar conhecimento sobre as condições sociais das pessoas em situação de deficiência intelectual e múltipla, como meio de transformação da realidade, superando as barreiras que as impedem de participar coletivamente em igualdade de condições com as demais pessoas.

Ela explica que a cada ano é definido um tema, que busca conscientizar a sociedade acerca de determinadas necessidades para inclusão plena. Autonomia, protagonismo e independênci têm sido conceitos recorrentes. A campanha tem sido uma ferramenta para promoção de uma atitude de eminência para com a pessoa em situação de deficiência intelectual múltipla em diversos campos da vida.

Este ano, enfatiza Alice Kuerten, “nos propomos a provocar o debate nacional levando às pessoas em situação de deficiência intelectual e múltipla conhecimento sobre os seus direitos, a partir de conteúdos acessíveis sobre transporte, moradia, acesso à educação, saúde e assistência social, pensando em como assegurar que esses direitos se efetivem na vida diária.”

“Temos em Santa Catarina aproximadamente 23,5 mil de pessoas com alguma deficiência, que são atendidas pelas Apaes, mas provavelmente há muitos outros que não estão sendo atendidos devido haver ainda algumas famílias que não acham importante esse atendimento, não tem condições ou moram longe, enfim, por vários motivos.”

Ela destaca ainda que a semana tem como foco também conscientizar as famílias, os órgãos públicos, empresas privadas e a todos, que se houver possibilidade, oportunidade, mediação necessária, essas pessoas com alguma deficiência tem todas as condições de atuar dentro de qualquer sistema de trabalho, do ensino regular e na sociedade em geral.

Alice Kuerten salienta que o tema da campanha deste ano “É tempo de Transformar Conhecimento em Ação” serve também para as pessoas reflitam que todos têm conhecimento, sabem da importância da inclusão, mas que ainda precisamos agir para tornar realidade as legislações. “Muitas vezes é só proforma, as pessoas não estão preparadas para receber esse educando, esse trabalhador. Temos que transformar essa proforma em ação.”

Sobre as atividades para marcar o evento, Alice Kuerten informou que cada Apae catarinense está promovendo seus eventos. “Devido à pandemia de Covid-19, no ano passado e este ano muitos eventos são on-line.”  A dirigente disse que em Santa Catarina há cerca de 5 mil profissionais trabalhando nas associações e mais 4,5 mil voluntários. “Todos envolvidos nesta campanha.”

Agosto Laranja em União da Vitória

Foi aprovado em 2020 o Projeto de Lei que institui a campanha ‘Agosto Laranja’ em União da Vitória. Trata-se de uma mobilização, como justificou na época o autor da proposta, o ex-vereador Diego dos Santos, para a realização de ações no município como foco na prevenção de deficiências. Conforme o parlamentar, 24% dos brasileiros tem alguma deficiência – e muitas   delas, poderiam ter sido evitadas.

“O projeto foi construído com a Apae e contempla diversas deficiências. É um passo importante. São 45 milhões de brasileiros com alguma deficiência e 70% poderiam ser evitadas, tanto na gestação quanto no parto”, defendeu.

O vereador Ednilson Godoy (PV) lembrou da data na sessão realizada nesta segunda-feira, 23, “O mês de agosto foi instituído através de projeto de lei na legislatura passada, como Agosto Laranja que é o mês de realização de ações de conscientização e prevenção as deficiências. Ligada a esse assunto entrei com o projeto de lei nº 39 de 2021 que cria o programa de inclusão através da localização e identificação de pessoas com deficiência física, direito a inclusão a todos os deficientes físicos mesmo em lugares mais carentes. Também juntamente com o vereador Anderson Cardoso (PROS) pedimos alteração da lei 4891 de 5 de outubro de 2020, no qual acrescentamos nessa lei o dia 5 de Maio como o dia da conscientização da visão monocular e também a inserção do símbolo da Visão monocular como símbolo de prioridade ao atendimento as pessoas com visão monocular no município de União da Vitória”, explica.

Segundo informou o vereador Godoy em suas redes sociais o Art. 2° Institui a utilização do “Símbolo que representa à Visão Monocular” em todos os locais públicos e privados. O Art.7° Institui em âmbito do Município de União da Vitória o dia 5 (cinco de maio) como o dia conscientização da Visão Monocular.

Jogos paralímpicos

A abertura oficial dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 aconteceu ontem, 24. Por meio deles, os olhos de todo o mundo estarão voltados para grandes expoentes de uma parcela considerável da população: as pessoas com deficiência.

Esses homens e mulheres representam, hoje, cerca de 1,2 bilhão de pessoas. Por isso mesmo o Comitê Paralímpico Internacional (COI) lançou a campanha Nós, os Quinze, que tem como objetivo acabar com a discriminação e chamar a atenção para a inclusão desse público. A campanha do COI vai usar as paralimpíadas para aumentar dar mais visibilidade a essa causa.

O objetivo da Nós, os Quinze é colocar pessoas com deficiência “no coração da agenda de inclusividade e diversidade quebrando barreiras sociais sistêmicas que limitam a realização do potencial de pessoas com deficiência.”

A campanha tem duração prevista de uma década e também aborda outras características que são alvo de discriminação, como gênero, etnia e orientação sexual.

No vídeo da campanha, pessoas com diversos tipos de deficiência mostram “que, assim como qualquer um, realizam atividades arrumar a cama, pagar boletos, casar. E falam que não querem ser colocados num pedestal, e sim tratados como iguais.”

Entre as empresas que apoiam a campanha do COI, estão organizações como a Unesco, o Banco Mundial e a Comissão Europeia.  

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, reunida na manhã desta terça-feira, 24, aprovou o Projeto de Lei (PL) 347/2020, que dispõe sobre o registro de violência contra a pessoa com deficiência nos boletins de ocorrência expedidos pelas delegacias de Polícia Civil e pela Polícia Militar. De autoria da deputada Marlene Fengler (PSD), o projeto permitirá que se tenha um “mapa de estatísticas das violências contra a pessoa com deficiência”, conforme explicou o relator na comissão, deputado José Milton Scheffer (PP).

O relator argumentou que a inexistência de dados tabulados dificulta o enfrentamento da questão e que o registro permitirá visualizar o cenário dessa violência e definir providências de proteção às pessoas com deficiência.

Com a aprovação, está encerrado o trâmite do projeto nas comissões, restando apenas a deliberação no plenário.

Procon-PR alerta sobre novo golpe com cartão por aproximação

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Uma pesquisa do Procon-PR para verificar o nível de conhecimento dos consumidores paranaenses em relação ao recurso “Pagamento por Aproximação”, presente em boa parte dos serviços de cartão de crédito e débito, aponta que a maior parte dos consumidores não tem informações suficientes sobre o assunto: 76,8% desconhecem os cuidados e 67,5% não se sentem seguros para pagar contas utilizando a função.

O Procon é vinculado à Secretaria estadual da Justiça, Família e Trabalho. De acordo com o secretário Ney Leprevost, a tecnologia tem facilitado muito a vida dos cidadãos e é um caminho sem volta, mas deve vir acompanhada de informações que garantam que os consumidores sejam protegidos e não acabem tendo qualquer tipo de prejuízo.

Na prática, essa funcionalidade – cuja utilização aumentou bastante na pandemia – possibilita que o consumidor faça suas transações/pagamentos/compras sem precisar inserir o cartão nas máquinas dos estabelecimentos, nem precisar digitar sua senha e com isso acaba se protegendo de eventual contaminação pela Covid-19.

“É uma facilidade que pode esconder alguns perigos. Nem todo mundo sabe quais são os valores máximos para cada operação. Você pode pagar até R$ 200 por operação e se o cartão for furtado, e o consumidor não perceber imediatamente, pode sofrer um grande prejuízo”, alerta Claudia Silvano, chefe do Procon-PR.

Ela alerta também para um novo golpe que está sendo aplicado em quem tem o cartão por aproximação, “temos alguns perigos , o primeiro é o seguinte: nem todo mundo sabe quais são os valores máximos por cada operação e pasmem você pode pagar valores de até 200 reais por operação no cartão com aproximação, se seu cartão tiver essa funcionalidade, mas daí qual é o problema? O problema é que as pessoas podem fazer um verdadeiro estrago na sua conta. Pessoas mal intencionadas podem aproximar a máquina de cartão e passar valores o consumidor saber.  E o segundo é que nem sempre, pelo menos a partir de uma pesquisa que a gente fez recentemente, os bancos informam para os consumidores sobre essa funcionalidade. As pessoas não sabem que ela existe e como é que funciona; quais os limites na operação. E ficou para o consumidor, ainda mais uma situação de vulnerabilidade”, explica Silvano.

O resultado da pesquisa mostrou que 77,4% dos entrevistados relataram que não receberam informação de seu banco sobre o recurso. Ainda de acordo com a pesquisa, 67,5% dos entrevistados afirmaram que não sentem seguros utilizando o recurso de “Pagamento por Aproximação” por várias razões: medo de ter seu cartão roubado e terceiros utilizarem com facilidade; eventual aproximação de maquinetas por terceiros mal intencionados, entre outros.

Segundo ela informou, o Procon-PR está investigando qual é a distância máxima que cada operação se concretiza “Por exemplo você está no ônibus chega alguém com uma maquineta encosta na sua bolsa ou no seu bolso como os homens que usam cartões na carteira no bolso de trás e se concretiza a transação”, alerta.

Para ela o consumidor tem que saber como é o funcionamento do pagamento por aproximação “e nem sempre essa informação é dada da forma que deveria ser. Portanto fique atento e confira regulamento seu extrato e vendo qualquer operação estranha entre em contato com o seu banco e desative essa função se você não se sentir seguro utilizando essa função”, esclarece.

Claudia Silvano diz que os bancos e as bandeiras emissoras dos cartões deveriam assegurar que o consumidor pudesse escolher se quer ou não desativar a funcionalidade, o que hoje não é possível, segundo Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

“As empresas de cartões deveriam garantir que os consumidores fossem prévia e adequadamente informados sobre os valores máximos para cada transação, informação que 76,8% dos entrevistados relataram desconhecer”, afirma Claudia.

Como complemento da fiscalização do Procon, ela acrescenta que a intenção da Secretaria é reforçar o alerta ao consumidor para verificar seus extratos bancários com regularidade para identificar débitos indevidos e dialogar, junto à Abecs, sobre a possibilidade de desativação dessa função. A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de julho de 2021 e contou com 940 entrevistados.

A Proteste, associação de defesa do consumidor, relata que recebe várias reclamações de consumidores, que as instituições financeiras não estão fazendo o estorno dos valores realizados por aproximação. Para tentar barrar um pouco esses golpes foi estipulado uma valor máximo de 200 reais para cada transação dessa forma, antes de 2020 o valor era de 50 reais.

Aumento das compras com cartões

As compras realizadas por meio do sistema de cartões de crédito, débito e pré-pagos cresceram 52% no segundo trimestre de 2021 quando comparado ao mesmo período do ano passado. No total foram negociados R$ 609,2 bilhões no período, de acordo com dados divulgados este mês pela Abecs, que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento.

Em quantidade de transações, foram registrados 7,1 bilhões de pagamentos com cartões nos meses de abril, maio e junho, o equivalente a 55 mil por minuto, 53,9% a mais do que no ano anterior.

O cartão de crédito foi o meio de pagamento que apresentou o maior valor transacionado no segundo trimestre, registrando R$ 371,3 bilhões, com crescimento de 53%, seguido do cartão de débito que movimentou R$ 214 bilhões (+ 42,3%), e do cartão pré-pago, R$ 23,9 bilhões, o que representa alta de 214,3%.

Os gastos com cartões no exterior cresceram 62% depois de seis trimestres consecutivos de queda. Segundo os dados, o volume movimentado foi de US$ 708 milhões, o equivalente a R$ 3,7 bilhões. As compras realizadas por estrangeiros no Brasil somaram US$ 492,7 milhões (R$ 2,6 bilhões), uma alta de 73,6%.

Segundo a Abecs, o resultado é reflexo de um cenário de maior abertura da economia, com a flexibilização das medidas de isolamento social em combate à pandemia, levando em consideração que a comparação é feita com o segundo trimestre do ano passado, período de maior impacto na crise.

De acordo com o levantamento da entidade, quando avaliado o primeiro semestre do ano, os pagamentos com cartões cresceram 33,2% ao somarem R$ 1,2 trilhão. O cartão de crédito movimentou R$ 707,2 bilhões (alta de 30,8%), o cartão de débito, R$ 418,4 bilhões (alta de 30,3%), e o cartão pré-pago, R$ 41,8 bilhões (alta de 183,2%). Ao todo foram 3,6 bilhões de pagamentos com cartões no período, o que representa um crescimento de 30,5% em comparação com o primeiro semestre de 2020.

Os dados mostram ainda que o uso de cartões para o pagamento em compras na internet e aplicativos movimentou R$ 135,1 bilhões no segundo trimestre, com alta de 46,5%. No acumulado do semestre, o valor movimentado chegou a R$ 255,2 bilhões, com alta de 41,2%. O destaque foi o mês de abril, que registrou avanço de 60% dos pagamentos online.

Os pagamentos sem contato ou por aproximação no segundo trimestre cresceram 694%, somando R$ 34,4 bilhões. O mais usado nessa função foi o cartão de crédito, com R$ 19 bilhões, seguido pelo cartão de débito, com R$ 10,6 bilhões, e pelo cartão pré-pago, com R$ 4,8 bilhões. No semestre foram R$ 53 bilhões movimentados com esse tipo de pagamento. O crescimento foi de 540,7%, em comparação com o primeiro semestre de 2020. Por modalidade, o cartão de crédito registrou R$ 30,1 bilhões, o cartão de débito, R$ 15,7 bilhões, e o cartão pré-pago, R$ 7,1 bilhões.

O levantamento da Abecs também indicou que o segundo trimestre do ano foi o período que registrou a menor taxa de inadimplência do cartão de crédito desde a criação da série histórica do Banco Central, chegando a 3,8% em abril e ficando abaixo do índice de inadimplência geral da pessoa física em empréstimos recursos livres (4%), que inclui crédito consignado, crédito pessoal e financiamento de veículos, entre outros.

“Isso mostra que, mesmo com o aumento expressivo do uso dos meios eletrônicos de pagamento e a crise gerada pela pandemia de covid-19, o brasileiro usa o cartão de crédito de forma consciente. Ainda segundo dados do Banco Central, o saldo das transações sem juros do cartão cresceu 40,5% em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Por outro lado, o crédito rotativo recuou 8,3% e registrou sua 11ª queda consecutiva”, diz a Abecs.

Projeções

De acordo com a Abecs, a utilização de cartões deve ser 24,5% maior em 2021, de acordo com a revisão feita pela entidade. O número inicial era de 19%. “O avanço na abertura da economia e recuperação do setor de serviços reforçam as perspectivas positivas para o restante do ano. A tendência para os próximos meses é que o setor inicie um retorno a padrões de crescimento mais próximos aos dos anos anteriores à pandemia”, afirma a Abecs. O valor movimentado deve chegar aos R$ 2,48 trilhões.

Dia D da saúde do Homem será neste sábado em União da Vitória

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Os homens não gostam de ir ao médico para fazer exames de rotina ou consultas de prevenção. Talvez por isso, que esses mesmos homens vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres, segundo pesquisa feita pelo Ministério da Saúde.

Para tentar mudar isso no Paraná foi instituído desde 2012 o Agosto Azul, para que os homens possam dar mais atenção aos cuidados com a sua saúde. Em União da Vitória neste sábado, 21, acontece o Dia D da Saúde do Homem em União da Vitória. O evento organizado pela Secretaria de Saúde do município vai oferecer atendimento especial para os homens em razão do Agosto Azul.

O dia D acontecerá em todas as Unidades Básicas de Saúde, das 8h às 16h, onde será feita a avaliação da saúde do homem, consulta médica e de enfermagem para rastreamento de doenças e agendamento para estratificação do risco cardiovascular, para homens acima de 50 anos; Solicitação de exames para detecção precoce do câncer de próstata para homens acima de 50 anos, ou 45 anos com histórico de câncer de próstata na família.

O atendimento poderá ser com horário marcado diretamente na UBS mais perto da residência. Além do atendimento voltado para homens acima de 45 anos, homens de todas as idades que forem até as unidades de saúde também poderão fazer avaliação de saúde bucal e prevenção do câncer de boca, atualizar a vacinação, aferir a pressão arterial e fazer o teste de glicemia, além de testes rápidos de HIV, sífilis e Hepatite B e C.

O Agosto Azul é uma campanha que busca orientar os homens sobre a importância de manter hábitos de vida saudável, com foco de prevenção de doenças durante todo o ano.

A secretaria ainda reforça que esse atendimento poderá ser buscado nas UBS´s não apenas no dia D, mas todos os dias do ano, sendo a campanha apenas uma forma de atender aos homens que não podem ir até as unidades nos dias da semana.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou no dia 2 de agosto um evento online para marcar a início das atividades da campanha Agosto Azul. Durante todo o mês a Sesa vai incentivar e apoiar os municípios na organização de atividades sobre o tema.

Em virtude da pandemia da Covid-19, a maior parte da programação deste ano será desenvolvida em canais virtuais, a fim de evitar aglomerações. Neste ano a campanha tem como tema “Homem, torne a sua vida melhor! Cuide da sua Saúde”.

“É preocupante para a saúde pública o fato de que o homem, geralmente, busca pelo serviço já na atenção especializada, com o problema instalado e muitas vezes evoluindo de maneira insatisfatória, causando consequências como agravo da morbidade, maior sofrimento, menor possibilidade de resolução do problema de saúde e maior ônus para o SUS”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“A prevenção e a promoção em saúde, quando realizadas oportunamente, demonstram que muitos problemas podem ser evitados com a procura pelos serviços, nas unidades básicas, com mais regularidade, pela porta de entrada preferencial do SUS, ou seja, na Atenção Primária à Saúde”, afirmou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

“Por isso, estamos alertando os profissionais da Saúde que atuam neste acolhimento para que redobrem a atenção e as orientações ao público masculino”, ressaltou a diretora.

Outros eixos são: doenças prevalentes na população masculina, fortalecendo a assistência básica, e prevenção de violências e acidentes, promovendo ações com o objetivo de chamar a atenção para a preocupante relação entre a população masculina e as violências, em especial a violência urbana, e acidentes, sensibilizando a população em geral e os profissionais de saúde sobre o tema.

Audiência pública

Também no dia 2 de agosto a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) promoveu a audiência pública Agosto Azul 2021. O deputado Michele Caputo (PSDB) presidiu a audiência pública em substituição à deputada Mara Lima (PSC), autora do projeto de lei que instituiu no Paraná o Agosto Azul, em 2012.

“Desde então, as instituições comprometidas têm feito uma série de programações, com fóruns e debates sobre o câncer de próstata, contra a violência e questões de melhoria de vida. É uma campanha que busca reforçar esta política”, explicou Michele Caputo. De acordo com ele, mesmo com todos os esforços, ainda é comum os homens procurarem menos as unidades de saúde para exames da saúde sexual e reprodutiva.

“Isso define muito claramente a necessidade do Agosto Azul no Paraná. A cultura do homem forte que não adoece criou uma expectativa de vida muito menor”, explicou o parlamentar.

A afirmação foi reforçada com a palestra do cirurgião geral e urologista, Marcelo Bigarella. “A expectativa de vida das mulheres é quase oito anos maior que a dos homens no Brasil. Isto não tem explicação biológica e genética, é algo muito peculiar”, disse. De acordo com ele, a saúde do homem não se resume ao câncer de próstata, o mais frequente, só perdendo para o câncer de pele e melanoma, mas o mais característico, assim como o de mama para as mulheres. “O câncer de próstata não é a principal causa de mortalidade, o que mais mata nos dois sexos é o de pulmão”, explicou.

Ele falou ainda das atividades físicas, alimentação saudável e moderação do uso de álcool. “Precisamos de estratégias de prevenção ao uso abusivo. Uma das principais causas de morte dos homens até 35 anos é de acidentes de carro, e o álcool está envolvido em 61% dos casos. Quem fuma tem mais chances de desenvolver câncer, uma escolha individual que gera problemas muito graves. A ciência aponta o cigarro como algo extremamente nocivo”, alertou.

Segundo o urologista, exames de rotina são indispensáveis acima dos 30 anos, como endoscopias ou saúde bucal. “É preciso criar uma rede de apoio e também gerenciar o stress, com hobbies, distrações e conversas. Também é fundamental não postergar tratamentos de doenças que apareçam”, disse, ressaltando as particularidades da saúde do homem, como as doenças de próstata, doenças relacionadas à vida sexual, planejamento familiar, acesso à saúde e a conformação com os sintomas.

“O câncer de próstata é o crescimento fora de controle de células cancerosas que tomam outros tecidos. A maioria dos casos não tem sintomas na fase inicial. Os exames de rotina são importantes por isso, para detecção precoce. Com o diagnóstico precoce a chance de cura é de 95%. Um em cada dez homens terá câncer de próstata. Os fatores de risco são a idade, o histórico de família e é mais agressivo entre homens negros. Sedentarismo, abuso de gorduras e estresse podem aumentar as chances de incidência”, afirmou o especialista.

Ainda de acordo com o Marcelo Bigarella, o exame de toque deve ser incentivado. “18% dos casos são detectados precocemente pelo exame de toque aliado ao de PCA. Não existe outro exame de diagnóstico precoce. Homens com antecedentes familiares devem procurar urologistas a partir dos 50 anos, com fatores genéticos aos 45 anos e homens com gene compatível para câncer devem procurar a partir dos 40 anos”, explicou.

INCIDÊNCIA

O câncer está entre as quatro principais causas de morte prematura, de 30 a 69 anos, em todo o mundo. Entre a população masculina do Paraná estima-se 18.710 novos casos a cada ano, de 2020 a 2022, com 3.560 de câncer de próstata, 1.250 de câncer de colón e reto, 1.180 de traqueia, brônquios e pulmão, 900 de estômago e 720 de esôfago.

Dados sobre a proporção de óbitos no sexo masculino no Estado apontam também como causas de morte as doenças infecciosas e parasitárias e doenças dos aparelhos circulatório e respiratório e obesidade, além de causas externas, como violências e acidentes.

Entre os casos de Covid-19 registrados até o momento no Paraná, o sexo masculino corresponde a 53%. Os óbitos nesse público equivalem a 42%.

DADOS

A atenção primária à saúde no Paraná tem cadastrados, entre janeiro a julho deste ano, 4.275.378 usuários do sexo masculino e realizou neste período 1.017.075 atendimentos.

“São vários programas desenvolvidos pela Sesa e que abrangem a Saúde do Homem, como o programa de controle do tabagismo, o programa de saúde mental e o Vida no Trânsito, um projeto nacional para a redução do número de acidentes e que no Estado conta com a participação dos municípios considerados de maior porte”, arrematou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti.

Em Santa Catarina o mês de atenção a saúde do homem é novembro

A conscientização e campanhas acontece no estado vizinho no mês de novembro. A campanha Novembro Azul busca conscientizar sobre as doenças masculinas, em especial o câncer de próstata, que de acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) é a segunda doença que mais mata homens em Santa Catarina.

O tabu em torno do exame de toque retal

A cada dia 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e aproximadamente 3 milhões vivem com a doença, segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Datasus de 2017. Cerca de 20% dos casos de câncer de próstata não conseguem ser diagnosticados através do exame sanguíneo (PSA). Por essa razão, a importância do exame de toque retal.

Variantes do Covid-19 pode aumentar casos da doença

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Após uma grande parte da população vacinada, os decretos de restrições acabaram sendo afrouxados, mas as novas variantes principalmente a Delta e Lambda vem aumentando os casos de Covid-19, principalmente em grandes centros. Os órgãos de saúde orientam que os cuidados devem continuar, mesmo a maiorias das pessoas vacinadas. Em outros países que haviam liberado eventos e o uso da máscara tiveram que voltar atrás e exigir máscaras e reduzindo os eventos.

Em União da Vitória e Porto União ainda não há casos das duas variantes, mas nos estados já confirmaram a chegada das variantes. O Paraná confirmou o primeiro caso da variante Lambda (C.37), originária do Peru, na sexta-feira, 13, após o sequenciamento genômico pela Fiocruz, conforme amostragem aleatória, encaminhada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).

Trata-se de uma mulher de Londrina, no Norte do Estado, sem comorbidades e que não havia sido vacinada. Ela coletou exames em 9 de julho, após os primeiros sintomas no dia 5. Não foi internada e teve sintomas leves.

Dois outros casos da variante Delta também foram confirmados nesta sexta entre as 91 amostras que foram processadas nos últimos dias. O primeiro é de uma mulher, moradora de Londrina, que apresentou sintomas no dia 4 de julho. O segundo caso foi em Cascavel, no Oeste, em um homem que apresentou sintomas no dia 9 de julho e coleta do RT-PCR no dia 13 do mês passado.

Ainda não há informações sobre o estado de saúde e vacinação do caso de Londrina. O homem de Cascavel não tinha sido vacinado até a data da coleta do exame, e se recuperou da doença.

“Temos insistido para que a população vá se vacinar. A primeira dose é muito importante e a segunda é fundamental para criar o escudo da imunidade. Isso nos ajuda na proteção, inclusive contra essas variantes. Fica mais uma vez o pedido, vacina é a nossa única e efetiva arma hoje para combater o vírus”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A variante Lambda foi identificada no Peru no final de 2020. Ao contrário da Delta, designada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “variante de preocupação”, a Lambda é uma “variante de interesse”. O Paraná contabiliza 56 casos da variante Delta e 18 óbitos desde o começo da investigação da circulação no Estado. A transmissão dessa cepa já é comunitária. Os casos confirmados são em Apucarana, Curitiba, Piên, Fernandes Pinheiro, Araucária, Piraquara, São José dos Pinhais, Mandaguari, Irati, Imbituva, Colombo, Pinhais, Fazenda Rio Grande, Campo Mourão, Francisco Beltrão, Rolândia, Londrina e Cascavel.

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), confirmou 25 casos da variante Delta do coronavírus em Santa Catarina pelo Laboratório de Referência Nacional Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro e do Ceará.

Com isso, até o momento o estado detectou 36 casos da variante Delta em 20 municípios. Desse total, quatro são considerados casos autóctones (de transmissão dentro do estado), sete casos importados (transmissão fora do estado) e 25 em investigação sobre o local provável de infecção.

As amostras foram selecionadas por meio da estratégia de vigilância genômica do SARS-CoV-2 em Santa Catarina, que tem como objetivo monitorar as mutações e variantes que circulam no estado, bem como compreender os padrões de dispersão e evolução do vírus durante a pandemia em curso e o possível impacto na epidemiologia da COVID-19.

O Centro de Informações Estratégicas (CIEVS-SC), da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), acompanha o trabalho das equipes de vigilância em saúde dos municípios na investigação epidemiológica dos casos quanto ao local provável de infecção, identificando se os mesmos possuem histórico de viagem para fora do estado nos últimos dias, bem como buscar o monitoramento e rastreamento de contatos próximos.

O Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (LACEN/SC) implantou recentemente um protocolo de triagem de amostras de secreções respiratórias de casos confirmados de coronavírus por RT-qPCR para verificar as possíveis infecções por Variantes de Preocupação (VOC), como a delta. Para isso, utiliza uma metodologia que detecta mutações comuns às variantes alfa, beta e gama, e caso não seja detectada essa mutação, pode ser um indicativo de que a amostra seja da variante delta, vindo a receber prioridade para realização do sequenciamento.

Independentemente do tipo de variante do coronavírus, recomenda-se a adesão da população à vacinação contra a Covid-19, de acordo com o calendário pactuado entre o estado e os municípios. “É importante que todos compareçam aos locais de vacinação, quando chegar a vez, para receber tanto a primeira quanto a segunda dose da vacina. Também é importante que não se postergue e nem busque escolher o fabricante da vacina, pois todas as vacinas protegem contra as formas graves da doença. Apenas com o esquema vacinal concluído a imunização tem o seu efeito, e as pessoas estarão protegidas” alerta o Superintendente de Vigilância em Saúde Eduardo Macário.

Além disso, é fundamental continuar seguindo as medidas de prevenção para evitar a disseminação do vírus, como o uso de máscaras, com destaque para as do tipo PFF2 ou N95, que respeite o distanciamento social evitando aglomerações, mantenha os ambientes ventilados e pratique a higiene respiratória, lavando as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizando o álcool gel.

A variante Delta

A variante Delta é da linhagem viral B.1.617, que apareceu na Índia em outubro de 2020. Em maio de 2021, após ser associada ao agravamento da pandemia, a cepa foi declarada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Conforme um estudo divulgado em julho por pesquisadores ligados a OMS e ao Imperial College de Londres, a variante Delta é cerca de 97% mais transmissível do que o coronavírus original identificado na China, sendo assim ainda mais preocupante do que as variantes surgidas no Reino Unido (Alfa), na África do Sul (Beta) e no Brasil (Gama).

Epicentro da variante Delta

A prefeitura do Rio de Janeiro já havia anunciado que a cidade é o epicentro da variante Delta no Brasil. A análise genômica, que identifica as variantes do novo coronavírus, é feita por amostragem.

Apesar do apelo do secretário para que as pessoas evitem aglomerações e exposições desnecessárias, já que a variante Delta é mais transmissível que as outras, no fim de semana a Secretaria de Ordem Pública interditou duas festas clandestinas, uma com 2 mil pessoas e outra com 600.

Anvisa

A Anvisa esclarece que vem cumprindo seu papel na área de fronteiras, tanto no papel de órgão de caráter técnico e assessorial, nos termos da Lei 13.979, como no âmbito de suas competências operacionais em portos e aeroportos do Brasil.

A defesa técnica da Agência consta nos autos do processo judicial, tendo como fonte a Nota Técnica n. 137/2021/SEI/COVIG/GGPAF/DIRE5/ANVISA.

Cumpre destacar que a Agência não dispõe de competência legal para normatizar medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos, tais como restringir a locomoção de pessoas e disciplinar os critérios para aplicação de medidas de quarentena. Da mesma forma, não compete à Anvisa regulamentar e definir medidas de detecção ou prevenção de fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, tais como programas e políticas de testagem laboratorial e de imunização da população.

O trabalho técnico da Agência é de caráter assessorial, por meio da recomendação de medidas aos ministros de Estado responsáveis. Nesse sentido, desde novembro de 2020, a Anvisa vem recomendando a quarentena de 14 dias para todos os viajantes procedentes do exterior. No entanto, apesar de se tratar de medida primordial de combate à propagação do Sars-CoV-2 e suas variantes, tal recomendação nunca foi incorporada nas Portarias que tratam da restrição de entrada de estrangeiros no País. 

Os dados sobre a evolução da prevalência da variante Delta mostram que o surgimento dessa variante em outros países iniciou-se em janeiro, e sua prevalência começou a ser ampliada a partir de março de 2021. Porém tanto o surgimento da variante em território brasileiro quanto a sua evolução está sendo retardados, se comparados com as curvas de países desenvolvidos, o que reflete a atuação dos fluxos de contingência implementados pela Anvisa.

Em relação às práticas de testagem, é importante esclarecer que a política nacional de testagem em solo brasileiro é estabelecida pelo Ministério da Saúde, cabendo a sua execução aos estados e municípios.

Ônibus Lilás fará atendimentos a mulheres vítimas de violência na região de União da Vitória

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O Ônibus Lilás voltou a circular no Paraná neste mês de agosto, em que se comemora os 15 anos da Lei Maria da Penha. A unidade móvel da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho dedicada ao atendimento às mulheres vítimas de violência estará nesta quarta-feira 18, em União da Vitória, após passar por algumas cidades da região.

O programa desenvolvido por meio do Departamento de Garantias dos Direitos da Mulher oferece orientação contra violência doméstica e familiar, direitos da mulher, orientação psicológica, jurídica e assistência social para mulheres. Segundo a Lei Maria da Penha, agressão não é apenas aquela que deixa marcas físicas. Embora a violência física e o abuso sexual sejam mais evidentes, outros tipos de violência também causam sofrimento e podem ser punidos.

A legislação também condena casos de violência emocional ou psicológica, como xingar, humilhar, ameaçar, fazer a mulher acreditar que está ficando louca e controlar tudo o que ela faz; patrimonial, como controlar ou tirar o dinheiro da mulher ou destruir seus objetos; e moral, que consiste em humilhar a vítima publicamente e expor sua vida íntima.

“Políticas públicas são importantes para a prevenção e enfrentamento da violência. Os nossos ônibus são preparados para garantir a privacidade e sigilo no atendimento individual das mulheres”, diz o secretário Ney Leprevost.

Para as ações nos diversos municípios, todos os protocolos de segurança contra a Covid-19 são adotados para que os atendimentos presenciais aconteçam de forma segura no interior do ônibus, com a presença de uma pessoa por vez.

A unidade conta com dois consultórios, onde as mulheres podem fazer as denúncias e são acolhidas por psicólogas. As vítimas também recebem orientação jurídica sobre onde e como podem buscar ajuda, além de terem acesso a material gráfico para conscientização de seus direitos.

“O Paraná trabalha fortemente para que as mulheres se sintam protegidas e o Ônibus Lilás é mais um instrumento para isso”, afirmou a chefe do Departamento de Garantias dos Direitos da Mulher, Mara Sperandio.

“Atendendo uma requisição do deputado Hussein Bakri, líder do governo, nós liberamos o Ônibus Lilás para região de União da Vitória e vai estar a semana toda na região, atendendo os municípios porque é muito importante hoje você fazer a prevenção contra a violência. As mulheres têm sido muito vítimas de violência, inclusive nessa época de pandemia aumentou a violência contra mulher em alguns lugares do Brasil, mas aqui no Paraná nós estamos atentos e conscientizando, levando informações. No ônibus lilás para toda mulher tem o sigilo garantido para denunciar e recebe as orientações de como deve proceder juridicamente em busca de reparos também quando, ela é agredida, mas o ideal mesmo é nós conscientizarmos a sociedade de que não se pode agredir a mulher”, relatou o Secretário.

O deputado Hussein Bakri (PSD), destacou a vinda do ônibus para a região, “É um trabalho continuo, nós temos o trabalho comandado pela Gabi na Secretaria Regional da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), do botão do pânico com a polícia militar e nós já tivemos resultados fantásticos e agora nós estamos com esse Ônibus lilás que vai na mesma linha. Estou muito contente com o apoio do secretário Ney, do nosso querido Governador e dizer que a região inteira está sendo brindada nesse mês especial com esse ônibus. Quero agradecer a parceria das prefeituras e especialmente a Sejuf comandado pela Gabi e agradecer também a casa civil que fez um esforço muito grande para poder levar as pessoas da região esse benefício tão importante”, destacou o deputado.

O governador Ratinho Junior também falou sobre a vinda do Ônibus para a região de União da Vitória, “Essa semana vai estar acontecendo em União da Vitória e também toda a região que é o trabalho da Secretaria de Justiça família e Trabalho que é o nosso ônibus lilás que vem para fazer o atendimento de Combate à violência à mulher e também darão atendimento aquelas mulheres que para algum motivo foram agredidas moralmente e até fisicamente. Então esse ônibus que vai com a equipe jurídica, assistência social, psicólogos e tem uma parceria com as prefeituras que também entrou com toda a equipe técnica. Ao mesmo tempo é uma um trabalho de conscientização de levar uma cultura de paz e de também de punição até, criando a concepção que o homem que faz isso será punido aqui no nosso estado. A justiça tem tratado de forma muito severa isso e também a nossa Polícia Civil investigando os casos, então é um empreendimento importante que é um trabalho do Governo do Estado em atendimento em defesa da mulher e automaticamente atendendo essas mulheres que precisam desses atendimentos jurídicos psicológicos e de ação social”, completou o Governador.

A primeira parada do ônibus em União da Vitória será no bairro João Paulo, segundo informou em suas redes sociais a chefe da Sejuf. “Nesta quarta-feira, 18, o Ônibus Lilás estará em frente ao centro comunitário do bairro João Paulo, oferecendo diversos benefícios gratuitos para as mulheres das 9 às 17 horas.  Não posso deixar de registrar aqui o meu agradecimento a todos que ajudaram para que a nossa cidade fosse incluída no roteiro”, escreveu colocando a lista de várias entidades e pessoas que auxiliaram na vinda do Ônibus para a região. Os próximos locais que o Ônibus estar é em União da Vitória ainda não foram divulgados.

Agosto Lilás

Criada para punir casos de violência doméstica e familiar contra mulheres, a Lei Maria da Penha completou 15 anos no sábado, 7 de agosto. A Câmara dos Deputados vai comemorar a data com a campanha Agosto Lilás. A campanha contará com uma ampla programação transmitida pelo canal no YouTube da Secretaria da Mulher e pelo portal e-Democracia

Atendimento especializado

Atualmente, no Brasil existem apenas 381 delegacias especializadas – nem todas para atendimento à mulher – e apenas 139 varas especializadas no Poder Judiciário. Para reverter esse cenário, está em discussão na Câmara o projeto de lei 501/19, da deputada Leandre (PV-PR), que obriga os estados a criarem, em suas microrregiões, Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher no prazo de cinco anos.

“A especialização deste tipo de delegacia serve para criar não apenas um ambiente mais amigável ao acolhimento das denúncias, com a presença, por exemplo, de delegadas do sexo feminino, mas também para empreender ações mais efetivas de combate à violência contra a mulher”, justificou a deputada.

Segundo a autora da proposta, as delegacias especializadas estão em sua maioria sediadas em grandes centros urbanos e capitais, deixando “desassistidas as regiões no interior dos estados, onde também existem centenas de mulheres que precisam de proteção”.

Origem da Lei Maria da Penha

O nome da lei homenageia Maria da Penha, que sofreu tentativa de feminicídio em 1983, ficando paraplégica. Até 1998, o agressor de Maria da Penha continuava em liberdade, e o caso ganhou repercussão internacional e foi denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Em 2001, a OEA responsabilizou o Estado brasileiro por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica praticada contra as mulheres brasileiras.

A OEA recomendou não apenas que o Brasil desse seguimento à devida punição do agressor de Maria da Penha, como prosseguisse com uma reforma que evitasse a tolerância estatal nesses casos.

Diante da falta de medidas legais e ações efetivas, em 2002 foi formado um consórcio de organizações não governamentais (ONGs) feministas que elaborou a primeira versão de uma lei de combate à violência doméstica contra a mulher. Em 2006, após muita discussão na Câmara e no Senado, a lei foi aprovada pelos parlamentares.

UNIÃO DA VITÓRIA

Quarta-feira, 18/08

Quinta-feira, 19/08

Sábado, 21/08

CRUZ MACHADO

Sexta-feira, 20/08

Livro Memórias de União da Vitória em tempos de pandemia foi lançado

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Aconteceu durante toda a quarta-feira, 11 o lançamento do Livro Memórias de União da Vitória em tempos de Pandemia escrito por alunos da rede Municipal de Ensino de União da Vitória.

O lançamento aconteceu na Casa Vila Maria e foi exclusivo para os alunos autores, professores e familiares, que de forma escalonada e agendada foram até o local onde os alunos autografaram os livros.

Essa foi a primeira vez que a Casa recentemente reformada foi aberta para o público. No local, além de uma sessão de autógrafos, os alunos foram recepcionados pelo a Maestro Alceu Zonta tocando violino, puderam conhecer um pouco mais da casa, assistiram um vídeo que conta a história da Vila Maria e o trabalho do Professor Robson Castilho que expos suas flautas e musicalização para as crianças.

O livro contém 56 textos de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos e foi escrito durante o ano de 2020, em uma parceria entre a Secretaria da Educação e da Cultura.

O aluno Samuel Venkel de 12 anos é um dos autores que escreveu o livro, para o jovem autor participar do livro foi importante pois a escrita para ele é um prazer e uma das coisas que mais gosta de fazer, “eu estou muito feliz porque foi um momento muito diferente da minha vida, passar por esse tempo em casa, ter que usar máscara, essas coisas, e participar do livro me deixa feliz porque eu gosto muito de escrever”, afirmou o autor.

Para a professora Gizele Crêspo o momento do lançamento do livro dos alunos foi muito gratificante. “Mesmo restrito e com horário marcado para cada escola ser recebida, participamos do lançamento do livro “Memórias de União da Vitória em tempos de Pandemia” na Casa Vila Maria, onde teve como autores alunos do 5º ano e da Educação de Jovens e Adultos de nossas escolas que participaram no ano de 2020 do Concurso onde foram escolhidos textos que relataram sobre suas vivências durante a Pandemia. Estamos muito orgulhosos enquanto Escola e eu mais ainda por poder participar desse momento enquanto professora da Amanda Gabriela dos Santos e do Mateus Ciesielski, que tiveram seus textos escolhidos.  Por motivos particulares, mesmo convidadas, as crianças não puderam comparecer.  Mas teremos outro momento em que irão conhecer a Casa e receber o livro lançado. Parabéns Secretário de Educação, Ricardo Brugnago e ao prefeito, Bachir Abbas, e equipe organizadora pela iniciativa. Obrigada também a Neusa minha supervisora que acompanhou essa construção”, destacou.

Cápsula do tempo é guardada com as cartas dos alunos

Uma cápsula do tempo com cartas de alunos das escolas municipais de União da Vitória e de diversas autoridades locais foi enterrada e lacrada na quarta-feira, 11.  A capsula foi guardada na Casa Vila Maria e só será aberta daqui há 20 anos.

A cerimônia aconteceu no lançamento do livro “Memórias de União da Vitória em tempos de pandemia”.

O prefeito Bachir Abbas, afirmou sobre a importância desse momento, principalmente para as crianças que estão vivenciando o momento histórico que todos passaram nos últimos dois anos.  “O que vivemos nesse período de 2020 e 2021 é histórico e marcou todos nós, e quando essas cartas forem abertas daqui há 20 anos, as crianças já terão lindo nos livros tudo o que vivemos”, afirmou.

Bachir também afirmou que por meio da cápsula do tempo também será deixado um legado para as gerações futuras e antecipou a criação de um decreto, estipulando a data para a abertura da cápsula depositada e para que ao ser retirada em 2041, novas cartas sejam colocadas para a ação se perpetue no município.

Estudo aponta que com pandemia, 44% das crianças e adolescentes se sentiram mais tristes

Uma pesquisa feita pela Fundação Lemann em parceria com o Instituto Natura mostrou que 94% das crianças e dos adolescentes tiveram alguma mudança de comportamento durante a pandemia. Segundo os pais e responsáveis, 56% ganharam peso, 44% se sentiram tristes, 38% ficaram com mais medo e 34% perderam o interesse pela escola.

A pesquisa “Onde e como estão as crianças e adolescentes enquanto as escolas estão fechadas?” indicou que entre os que ficam sozinhos em casa são mais altos os índices dos que passaram a dormir mais, ficaram mais quietos ou têm mais dificuldades para dormir.

Quando avaliadas as crianças e adolescentes de famílias com renda menor, até dois salários mínimos, 59% tiveram ganho de peso, 51% passaram a dormir mais, 48% ficaram mais agitados, 46% ficaram mais tristes, e 35% perderam o interesse pela escola.

A pesquisa ouviu 1315 responsáveis por mais de 2,1 mil crianças e adolescentes (4 a 18 anos) matriculados na rede pública ou fora da escola, de todo o Brasil, entre 16 de junho e 7 de julho de 2021. O estudo também entrevistou 218 jovens entre 10 e 15 anos.

Comida

Quando avaliada a segurança alimentar, 34% das famílias afirmaram que a quantidade de comida foi menos que o suficiente, com destaque para as famílias do Nordeste (46%) e do Sul (18%).

Entre os que relataram insuficiência de alimentos, 63% são pretos e pardos, 63% das famílias ganham até um salário mínimo e 66% afirmaram que alguém da casa perdeu o emprego ou renda na pandemia.

A pesquisa também mostrou que as refeições das crianças e adolescentes eram melhores antes da pandemia: 81% dos pais disseram que era ótima ou boa antes do surto de covid-19, índice que caiu para 74%. Entre os que consideram a alimentação regular, a taxa aumentou de 16% para 23%; e o ruim se manteve estável em 2%.

Mais tempo nos eletrônicos

De acordo com a pesquisa, 10% das crianças e dos jovens passam o dia na casa de outras pessoas, metade deles na residência dos avós. Dos 90% que ficam na casa de seus responsáveis (pai, mãe, madrasta e/ou padrasto), 14% permanecem sozinhos no local ou apenas com irmãos, sem adultos responsáveis.

A pesquisa também mostrou que a rotina de atividades em casa mudou: 37% das crianças e adolescentes estão jogando videogame ou celular com mais frequência do que antes da covid-19 e 43% aumentaram as horas de TV.

Outro dado importante mostrou que 6% dos jovens entre 7 e 18 anos estão trabalhando, sendo maior o percentual entre os pretos (10%). Do total de jovens trabalhando, 60% começaram em 2021 e 74% são meninos. A idade média é de 16 anos, sendo que 9% têm entre 11 e 14 anos, 68% entre 15 e 17 anos e 23% têm 18 anos.

Jovens

Entre as crianças e adolescentes entrevistados, 75% disseram que sentem falta das aulas presenciais ou de algum professor e 60% sentem falta do convívio social e dos amigos. Aqueles que acreditam que terão o futuro prejudicado devido à pandemia são 66%. Pelo menos 40% sonhavam com profissões antes da pandemia e agora esse percentual é de 37%. Para 17%, o principal sonho agora é o de que a pandemia acabe.

“Isso mostra o papel da escola e desse ambiente na vida dessas crianças e adolescentes. Claro que é um espaço de ampliação de repertório e aprendizagem, mas também é de convívio e desenvolvimento pessoal, além de ser, para muitos, espaço de alimentação. Isso coloca muita luz no papel da escola e do retorno presencial das aulas”, afirmou a gerente do Instituto Natura, Maria Slemenson, que trata da articulação das agendas prioritárias da educação.

A pesquisa mostrou que 3% das crianças e adolescentes não estão matriculados na escola. Desses, 32% afirmaram não estar na escola por conta da pandemia e outros 32% afirmaram não encontrar vaga na rede pública de ensino. Além disso, 62% das crianças fora da escola têm entre 4 e 6 anos. Os estudantes que estão fazendo as tarefas recebidas são 92%, com 89% dos pais dizendo que acompanham as atividades feitas pelas crianças e adolescentes na escola e nas aulas on-line.

“Nós, da Fundação Lemann, acreditamos que a educação pública de qualidade muda a vida das pessoas e são elas que podem transformar o nosso país. Desde o início da pandemia, estamos trabalhando para apoiar as redes de ensino com estudos, dados, boas práticas e orientações diversas para que cada rede possa retomar as aulas presenciais e garantir que todas e todos possam aprender com qualidade, nas mais variadas realidades do país”, disse a coordenadora de projetos de Educação da Fundação Lemann, Barbara Panseri.

“Sabemos do tamanho das desigualdades de nosso país, sabemos que as crianças e adolescentes de menor renda, do Nordeste e negros e negras, têm menor acesso à internet de qualidade, e que o ensino remoto ampliou as desigualdades dos nossos alunos”, completou Barbara.

Projeto cria procuradoria da Mulher na Câmara de Porto União

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Foi apresentado na Câmara de Vereadores de Porto União, na 20ª Sessão Ordinária, pelo vereador Marcelo Storck (PL), que ocupa uma cadeira no legislativo com a licença do titular Walbert de Paul e Souza (PL), a criação da Procuradoria da Mulher no âmbito da Câmara Municipal de Porto União. O projeto segue para as comissões da casa para posterior votação.

Na tribuna o vereador defendeu a criação do órgão, “Atendendo a sugestão da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) trago o projeto de resolução para criação da procuradoria da mulher aqui neste legislativo. Sem ônus para o município trata-se de mais uma ferramenta para os avanços no Combate à violência contra a Mulher, lembrando que no último sábado a Lei Maria da Penha comemorou 15 anos”, destacou

Mas o que é a Procuradoria da Mulher? A Procuradoria da Mulher é um órgão institucional criado em 2009, pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, com o objetivo de zelar pela participação mais efetiva das deputadas nos órgãos e nas atividades da Câmara, e também fiscalizar e acompanhar programas do Governo Federal, receber denúncias de discriminação e violência contra a mulher e cooperar com organismos nacionais e internacionais na promoção dos direitos da mulher. A Procuradora da Mulher é eleita com três procuradoras-adjuntas (de partidos distintos), por todas as deputadas na primeira quinzena da primeira e terceira sessões legislativas, na mesma eleição para a Coordenação da Bancada Feminina.

Na atual legislatura Porto União conta com duas mulheres, Eliane Aparecida dos Santos (PSC) e Vanessa Witiuk (PSD). O legislativo municipal sempre teve a participação de mulheres, sendo a primeira vereadora de Porto União professora Araceli Rodrigues Friedrich (na legislatura 1947-1950), quando na formação do Legislativo Municipal, dois anos depois do fim do Estado Novo de Vargas. Durante o Estado Novo (1933 a 1945), os vereadores saem de cena para dar lugar a conselheiros escolhidos diretamente pelo prefeito ou pelo interventor do Estado.

Com a criação na Câmara Federal os legislativos estaduais e municipais começaram a seguir com a criação das Procuradorias. Apesar de as mulheres terem conquistado espaço em muitas áreas, a cena política continua predominantemente masculina. A criação de uma procuradoria da Mulher nos estados e municípios busca primordialmente garantir maior representatividade, visibilidade e destaque às mulheres na política. Além disso, pretende combater a violência e a discriminação contra as mulheres em na sociedade, qualificar os debates de gênero nos parlamentos, e receber e encaminhar aos órgãos competentes as denúncias e anseios da população.

No senado a Procuradoria Especial da Mulher foi criada em 2013, com o objetivo de inserir o Senado de forma mais efetiva no debate sobre questões de gênero e no esforço para a promoção de igualdade entre mulheres e homens. A procuradoria também é ativa na produção de artigos, pesquisas e livros voltados para inserção da mulher na política, além de fiscalizar e acompanhar a execução de programas federais que possibilitem a igualdade de gênero.

Em Santa Catarina a Procuradoria foi aprovada pela maioria dos votos em 2020, mas teve debate sobre a sua criação. O órgão fica vinculado à Presidência da Alesc, a procuradoria é composta por uma procuradora e uma procuradora-adjunta, eleitas pelas deputadas, com mandato de dois anos, vedada a recondução. As funções atribuídas às procuradoras não serão remuneradas. A proposta de resolução, de autoria da Mesa Diretora da Assembleia, atribui várias competências à procuradoria, entre elas o recebimento, o exame e o encaminhamento, aos órgãos competentes, de denúncias de violência e discriminação contra a mulher; fiscalizar e acompanhar a execução de programas governamentais voltados à promoção da igualdade de gênero; fomentar a participação das mulheres na política; promover eventos, pesquisas, campanhas educativas referentes à sua área de atuação; entre outras.

O pedido para a criação da Procuradoria Especial da Mulher partiu da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) e da deputada Ada de Luca (MDB), coordenadora da Bancada Feminina da Alesc. Ada citou que vários parlamentos contam com esse órgão.

“As deputadas da bancada entendem que a procuradoria será fundamental, será um ponto de referência para muitas e muitas mulheres que precisam de ajuda”, comentou a deputada. “A procuradoria vai trabalhar em conjunto com o Observatório Estadual da Violência contra Mulher.”

A deputada Ana Campagnolo (PSL) se posicionou contra a criação da procuradoria. Para ela, a estrutura seria desnecessária, uma vez que a Assembleia já conta com procuradoria própria, além da Escola do Legislativo, para desenvolver ações voltadas à mulher. Ela criticou o fato de apenas as deputadas terem direito a voto na eleição da procuradora.

“Se somente homens pudessem votar, com isso seria absurdo”, comentou Ana. “Sou mulher e não concordo com essa procuradoria. Não entendo a necessidade”, completou a parlamentar, que apresentou outro projeto de resolução, para a criação da Procuradoria Especial do Homem na Alesc.

Jessé Lopes (PSL) também foi contra a proposta. “Não há custos para a criação da procuradoria, mas acho um projeto inócuo, nada que a Bancada Feminina já não possa oferecer”, disse. “Não é por aqui que nós vamos conseguir resolver [o problema da violência contra a mulher].”

No Paraná a Procuradoria foi criada em 2019, “todas as iniciativas em benefício das mulheres devem ser consideradas e levadas em frente sempre que possível. É isso que estamos fazendo com a criação da Procuradoria aqui na Assembleia”, defendeu o Presidente da Alep, Ademar Traino.

Protocolo

O Protocolo da Procuradoria da Mulher, o primeiro do país, foi criado pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná com o objetivo de auxiliar as Câmaras Municipais na implantação de Procuradorias da Mulher em seus municípios, bem como, na uniformização das atividades praticadas pelo órgão. Em que pese o avanço legislativo dos direitos das mulheres no Paraná a falta de aplicabilidade dessas legislações, bem como a não criação de políticas públicas efetivas ainda faz do nosso estado um local inseguro para este público. No ano de 2019 foi registrado um caso de violência contra mulher a cada 24 minutos no Paraná, demonstrando um panorama dramático da desigualdade de gênero em nosso estado. Assim, o protocolo além de ser um marco no processo de inclusão de pauta da política da mulher em diversos espaços institucionais, visa dar continuidade à construção efetiva das políticas públicas em defesa da mulher e fiscalizar a aplicabilidade das legislações vigentes voltadas a garantir os direitos deste público

Quem pode ser Procuradora da Mulher?

A Procuradora da Mulher deverá ser uma das parlamentares da casa legislativa. Sugere-se que o projeto de resolução que crie a Procuradoria da Mulher seja articulado e apoiado por toda a bancada feminina da Casa e que a apresentação do projeto seja feita por uma parlamentar que se identifique com a temática de gênero e com os propósitos da procuradoria. Se for consenso, a autora da proposta será também a primeira procuradora.

No caso de não haver nenhuma mulher parlamentar eleita na câmara ou assembleia, um deputado poderá ser o proponente do projeto e, inclusive, ocupar os cargos de procurador especial da mulher e de procurador adjunto.

Qual o mandato da Procuradora da Mulher?

A procuradoria da Mulher deverá acompanhar o tempo de mandato do presidente da Casa. Na Câmara dos Deputados.

Quem não se vacinar contra Covid pode ser penalizado no Paraná, prevê projeto de lei na Assembleia Legislativa

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Já chegou a sua vez de se vacinar?  É bom ficar atento às datas, porque quem não comprovar que está imunizado no Paraná pode sofrer consequências desagradáveis, como por exemplo, não poder se inscrever em concurso público ou embarcar em um ônibus ou avião. Pelo menos é o que prevê o projeto de lei 371/2021 de autoria do deputado Arilson Chiorato (PT), em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná.

Na justificativa da proposta, o parlamentar escreve que “a situação de extrema urgência sanitária relacionada à proliferação do novo coronavírus – SARS-CoV-2, causou imensos prejuízos humanitários, e de ordem econômica e social. Todas as políticas públicas, especialmente de saúde, deverão ser repensadas a partir de ameaças globais de contaminação”.

A comprovação, segundo o projeto, deve ser feita com a apresentação da carteira de vacinação para entrada em creches, estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior, públicos ou particulares, de crianças, alunos, professores, funcionários e prestadores de serviço.

E as restrições vão além: incluem ainda a obrigação do documento no embarque em ônibus, trens, aeronaves, embarcações e ainda para a obtenção de documentos públicos, inscrição em concursos públicos e ingresso em cargos públicos.

“A oferta da vacinação é universal, para todos os cidadãos paranaenses, porém, todo o esforço do Poder Executivo muitas vezes é desperdiçado pela posição individual e contrária à coletividade, pois os frequentadores de espaços públicos ou particulares de uso coletivo são expostos à contaminação por pessoas que, mesmo dispondo da oportunidade de vacinação, optam por não se vacinar. O projeto pretende incentivar a exigência de vacinação, através do método de proibição de acesso a serviços públicos e ao uso de espaços públicos e privados de uso coletivo, para evitar que indivíduos que contrariem as determinações dos órgãos oficiais de saúde sejam beneficiados por políticas públicas enquanto prejudicam a coletividade”, assinala Chiorato.

O projeto

O projeto de lei institui diretrizes e medidas indiretas para a comprovação de imunização contra o coronavírus SARS-CoV-2 e outras patologias.

O Poder Executivo adotará todas as medidas para que a população do estado seja imunizada com qualquer vacina aprovada pelos órgãos competentes e distribuídas na rede pública contra o coronavírus SARS-CoV-2, e outras doenças infecciosas, desde que efetivamente comprovada a eficácia e observados os ditames legais quanto à autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

Adotadas todas as fases de aplicação da vacina, ou das diversas vacinas que estejam autorizadas pelos órgãos competentes federais, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, em conjunto com os órgãos de saúde dos municípios paranaenses, implementará os mecanismos para a efetividade plena de imunização de toda a população residente no Estado.

Em cumprimento aos princípios previstos no art. 6o, caput, 196, 197 da Constituição Federal, do artigo 3o, alínea d, e §4o, da Lei Federal no 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, ninguém poderá se escusar da imunização determinada pelos órgãos oficiais federais e estadual de saúde, sob pena de receber as devidas punições administrativas.

Em respeito à liberdade individual, não existe previsão para impor fisicamente a vacinação a qualquer cidadão.

Os cidadãos e cidadãs não serão prejudicados se não houver imunizantes disponíveis na rede pública, dentro do cronograma estabelecido pelas Secretarias Estadual e Municipais de Saúde para aplicação das vacinas.

O Poder Executivo poderá regulamentar a Lei e definir prazo para a integral implementação da imunização da população, com estrita observância à quantidade de imunizantes colocados à disposição do Governo do Estado.

Senado tem proposta semelhante – Tramita no Senado Federal um projeto de lei que torna obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação contra Covid-19 para a obtenção de serviços que necessitem atendimento presencial e em estabelecimentos públicos e privados passíveis de aglomeração. O PL 883/2021, de autoria do senador Jader Barbalho (MDB-PA), exige a comprovação de pessoas das faixas etárias em que a vacinação já tenha sido completada, seguindo a programação estabelecida pelo plano nacional do governo. “Acredito que com tal obrigatoriedade e o aumento do rigor na cobrança da vacinação das pessoas que estão dentro da faixa etária estabelecida pelo Ministério da Saúde, aliados à disponibilização de vacina pelo governo federal, será possível atingir uma maior cobertura vacinal e evitar que as pessoas adoeçam e morram”, afirma o senador na justificativa.

De acordo com informações da Agência Senado, a medida prevê ainda multa para o órgão ou empresa que não seguir a lei. Segundo o texto, todo o recurso arrecadado com a aplicação das multas será destinado exclusivamente para ações de enfrentamento da doença.

Combate às notícias falsas – Propostas como a federal e a paranaense também serão importantes para, além de proteger a coletividade, combater a desinformação e o preconceito com as vacinas, que têm levado, cada vez mais, pessoas a repassarem notícias falsas. Os pesquisadores e as autoridades de saúde temem que os ataques às vacinas e o aumento da circulação de fake news comprometam os esforços para imunizar a população e conter o avanço da pandemia.

STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) já analisou a matéria e definiu que ela está de acordo com a Constituição: “É constitucional a obrigatoriedade de imunização por meio de vacina que, registrada em órgão de vigilância sanitária, tenha sido incluída no plano nacional de imunizações; ou tenha sua aplicação obrigatória decretada em lei; ou seja, objeto de determinação da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios com base em consenso médico-científico. Em tais casos, não se caracteriza violação à liberdade de consciência e de convicção filosófica dos pais ou responsáveis, nem tampouco ao poder familiar”, demonstra.

Algumas teses com base em Ações Diretas de Inconstitucionalidade alegam que a proposta não obriga o cidadão a se vacinar se for implementada por meio de medidas indiretas, que incluem a restrição ao exercício de certas atividades ou a frequência de determinados lugares, desde que previstas em lei, ou dela decorrentes, e tenham como base evidências científicas e análises estratégicas pertinentes, venham acompanhadas de ampla informação sobre a eficácia, segurança e contraindicações dos imunizantes, respeitem a dignidade humana e os direitos fundamentais das pessoas; atendam aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade; e sejam as vacinas distribuídas universal e gratuitamente. É o caso da proposta em tramitação na Assembleia.

Ainda de acordo com as teses, a imunização coletiva é o único caminho demonstrado pela ciência e pela experiência de todo o país, “e deve ser seguida, sob pena de relegar à morte milhares de pessoas”.

Demissão

A Justiça do Trabalho em São Paulo confirmou a demissão de uma trabalhadora que se recusou a tomar vacina contra a covid-19, conforme informa a Agência Brasil. Por unanimidade, a 13ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região confirmou decisão de primeira instância que validou a dispensa por justa causa de uma auxiliar de limpeza que trabalhava em um hospital infantil e se recusou a ser imunizada duas vezes. O caso aconteceu em São Caetano do Sul, em São Paulo.

No julgamento, o relator do caso, desembargador Roberto Barros da Silva, afirmou que a recusa da empregada coloca em risco os pacientes e trabalhadores do hospital. Além disso, o magistrado destacou que, diante da pandemia, deve prevalecer o interesse coletivo e não a posição pessoal da trabalhadora.

A partir dessa decisão, conforme aponta o advogado empresarial atuante nas áreas trabalhista e previdenciária, Maurício Pallotta Rodrigues, em artigo publicado no site Conjur, “iniciou-se uma discussão em torno das liberdades individuais em confronto com os direitos coletivos e a Corte Suprema contribuiu, de certa forma, para o aumento da confusão e das inseguranças. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento de repercussão geral no ARE 1267879, por meio do qual entendeu ser constitucional a imposição da imunização por meio da vacinação, ao mesmo tempo que estabeleceu, nas ADIs 6586 e 6587, que essa compulsoriedade não deve ser confundida com vacinação forçada, mas que seria legítimo a existência de consequências práticas na vida privada do cidadão que se recusar a aderir à campanha nacional de imunização”.

Fura fila

A ansiedade para receber a vacina contra a Covid-19, em alguns casos, pode fazer com que a pessoa busque meios para furar a fila da ordem de vacinação estabelecida pelas prefeituras e definidas no Plano Nacional de Imunização (PMI). Mas esse ato agora pode render uma multa que varia de R$ 5.754,50 a R$ 57.545,00 para quem burlar a ordem de vacinação.

Desde o dia 27 de julho está em vigor no Paraná a lei 20.649/2021 que pune àqueles que burlarem a ordem de prioridade de vacinação.

A proposta foi apresentada na Assembleia Legislativa do Paraná pelos deputados Requião Filho (MDB), Delegado Francischini (PSL), Plauto Miró Guimarães (DEM), Ademar Traiano (PSDB), Alexandre Curi (PSB), Luiz Claudio Romanelli (PSB) e Boca Aberta Júnior (PROS).

Com o avanço da vacinação, as denúncias de pessoas que furaram a fila diminuíram, mas os deputados acreditam que com a legislação, e o alto valor da multa, os casos deixarão de existir.

“Nós temos tido diversas denúncias de fura filas ou mesmo de CPFs que tomaram por três vezes a vacina. Esse pessoal que fura a fila da vacinação tem que ser punido exemplarmente”, disse o deputado Requião Filho (MDB) na época da aprovação da proposta pelos deputados

“Acreditamos que, com essas penalidades, os agentes envolvidos na aplicação terão mais cuidado e respeito à ordem definida pelas autoridades”, disse Traiano.

O objetivo, segundo Romanelli, é o de “inibir a prática de pessoas que, muitas vezes, movidas até pelo desespero de não contrair a Covid acabam utilizando recursos que não são éticos nem corretos para poder furar a fila. Há um critério muito bem definido pelo PNI para que a pessoa possa receber a vacina”, disse. “Há um critério muito bem definido no Plano Nacional de Imunização junto com a Secretaria Estadual da Saúde, para que todos possam receber a sua vacina. E, apesar da imunização estar avançando, ainda temos muitos paranaenses para serem vacinados. É uma lei necessária para evitar essa prática”, completou.

As demais penalidades impostas no projeto aprovado pelos deputados, como a impossibilidade de receber a segunda dose; e a impossibilidade de receber benefícios ou incentivos fiscais, ainda que por meio de pessoa jurídica da qual seja sócio, pelo prazo de cinco anos, foram vetadas pelo governador. O veto, será encaminhado à Assembleia Legislativa e analisado pelos deputados, que poderão mantê-lo ou derrubá-lo.